A
cidade de Belfast, capital da Irlanda do Norte é
cortada por um grande muro.
O objetivo da construção é separar os cristãos. De um lado ficam
os cristãos católicos, do outro, os protestantes.
A
construção chamada de “linha de paz”, em certos
trechos chega a ter 15 metros de altura. O muro separa dois
bairros e revela uma intolerância religiosa, além de
divergências políticas entre os dois grupos.
A
Irlanda do Norte faz parte do Reino Unido. De um modo geral, os
protestantes de Belfast aprovam a ligação com a Coroa Britânica e
estão satisfeitos em compor o Reino Unido, que é de maioria
protestante. Já os católicos são, em sua maioria, nacionalistas, e
defendem a unificação do território à República da Irlanda, seu
país de origem, de maioria católica.
A
rivalidade entre os dois lados dura décadas e se intensificou nos
últimos 40 anos, com conflitos armados e atentados constantes. Nas
paredes das casas da cidade é possível ver as homenagens que cada
lado faz a seus mortos e a seus heróis. Existem mais de duas
mil casa com essa pinturas, algumas incitam o ódio entre os dois
lados. O grande muro que divide a cidade possui centenas de portões,
que permitem a travessia tanto de veículos como de pedestres.
Mas
os moradores que precisam cruzar essa fronteira afirmam que não se
sentem seguros do “lado inimigo”. Cruzar um dos portões
significa assumir ser hostilizado pelo simples fato de ter uma
religião diferente. No começo da noite os portões são
fechados, ninguém mais circula de um lado para o outro e as ruas ao
redor do muro ficam desertas.
A
rivalidade é tão grande que católicos e protestantes além de
morarem em bairros separados, não frequentam os mesmo hospitais, não
estudam juntos e até enterram seus mortos em cemitérios distintos.
Apesar
do tratado de paz assinada há 14 anos, em abril de 1988, a cidade
não conseguiu se reunificar. O clima é de rivalidade e as crianças
são ensinadas desde cedo a odiar os que têm outra religião, sem
nem mesmo compreender o motivo da intolerância.
A
justificativa para a manutenção do muro é que os moradores dos
dois bairros se sentem mais seguros assim.
Fonte
: The Christian Post
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