terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Regulamentações dificultam a legalização de Igrejas Protestantes

TURQUIA - Na cidade de Samsun, na costa ao norte da Turquia, a congregação da Associação da Igreja Ágape esta cercada e resiste à hostilidade islâmica contra sua presença.

Nos últimos três anos, os membros da igreja Ágape têm suportado abusos verbais e alegações falsas da parte de vizinhos nacionalistas e muçulmanos.

O pastor recebeu ameaças de morte e o edifício da igreja foi alvo de vandalismos, tudo numa tentativa de impedir aproximadamente 30 cristãos de fazerem uma reunião.

As autoridades locais também tomaram parte na oposição contra a igreja, ameaçando-a com ações legais baseadas em acusações falsas.

Apesar de ser uma “associação”, status que permite alguma proteção legal, a Igreja Ágape foi ameaçada com um processo, devido ao fato de seus membros penduraram nas paredes da igreja alguns versículos das Escrituras e uma cruz.

A secretaria provincial de Associações inspecionou o prédio e ordenou que retirassem os artigos, porque eles faziam as salas alugadas parecerem uma igreja.

“Não mudamos a decoração, pois ter uma cruz ou versículos nas paredes não é crime”, disse Orhan Picaklar, pastor da igreja. “Se assim fosse, então associações muçulmanas teriam de retirar suas decorações: versos do Alcorão, bênçãos e imagens da caaba em Meca. Não alteramos nada”.

Atitude discriminatória

Foi esse tipo de perseguição que levou a Aliança das Igrejas Protestantes da Turquia a escrever seu último relatório, publicado no mês passado. A Aliança, fundada em 1989, representa 34 igrejas por toda a Turquia e atua como um grupo de suporte e apoio legal.

O relatório foca as obstruções legais infundadas que as congregações cristãs têm enfrentado na hora de construir prédios de igrejas. Os autores do relatório disseram ao jornal Compass que as congregações não deveriam, em princípio, ter de se reunir como “associação”, uma vez que a lei proporciona, pelo menos teoricamente, a possibilidade de se estabelecer “lugares de culto”.

Segundo o relatório, o fato de as igrejas terem de se cadastrar como associações é, na verdade, uma atitude essencialmente discriminatória.

“Um lugar de culto para grupos religiosos é de importância crucial; eles precisam desses lugares de culto para sobreviver e se desenvolver”, disse um membro do comitê legal da Aliança.

“O processo para tornar-se um lugar de culto, apesar de legalmente possível, é, na prática, quase impossível. Por causa disso, percebemos a necessidade de discutir esse assunto. Gostaríamos de trazer o assunto à atenção de entidades nacionais e internacionais”.

O Estatuto 3194 de Assuntos Públicos, de 2003, que regulamenta a construção de prédios para fins religiosos, recebeu emenda devido às pressões da União Européia. A regulamentação revisada usa atualmente a frase “lugares de culto” em lugar de “mesquitas”. Isso levou os cristãos a solicitar a alteração do status de suas igrejas, que antes eram cadastradas como “escritórios”, “residências” e “depósitos”.

Essa mudança na lei abriu caminho para que esses lugares de culto cristãos pudessem ser “re-zoneados” e registrados legalmente como igrejas.

Mudança impossível

No entanto, as solicitações para mudança de status têm sido até agora, rejeitadas pelas municipalidades alegando-se várias razões.

A igreja protestante Besiktas está esperando o resultado da solicitação que fez para mudar seu status. Nenhuma igreja jamais teve este tipo de pedido atendido.

“Todos os documentos foram entregues há dois anos; mas a resposta simplesmente não chega”, disse um membro da igreja Besiktas. “Não querem dar a decisão. O fato de um grupo conseguir que um prédio comum receba um novo zoneamento seria um precedente que realmente não desejam ver”.

“O governo recomenda isso: ele quer que as igrejas se tornem associações”, disse o membro da igreja Besiktas. “Podemos muito bem fazer isso”.

Apesar de esse ser um grande passo na luta das igrejas da Turquia para alcançar legitimidade, o fato de estarem registradas como associações não as livra de perseguições e maus-tratos.

“Estar organizado como associação não muda o zoneamento do prédio”, disse um membro da igreja Besiktas. Somente recebendo o status legal de “lugar de culto” a celebração de um culto se tornaria legal. “Só assim você celebrará cultos em um lugar separado para esse propósito”.

Além da igreja Besiktas, o relatório da Aliança também cita os casos de mais quatro outras congregações ameaçadas de fechamento devido a processos baseados em violação das leis de zoneamento. É esse tipo de perseguição que as congregações têm esperança de prevenir com a mudança da classificação de seus prédios.

Quatro outras congregações tiveram suas petições para construir “lugares de culto” rejeitados; em cada um dos casos as autoridades disseram que não havia um local adequado disponível.

Fonte: Portas Abertas

Livro-texto encoraja discriminação religiosa


TURQUIA - O Ministério da Educação da Turquia introduziu um livro-texto escolar que estimula a discriminação da pequena comunidade cristã do país.

Isso aconteceu apesar de ser cada vez maior a atenção que a comunidade internacional sobre a violência contra não-muçulmanos na Turquia.

O livro – Educação Primária: a História das Reformas da República e Atatürkizmo – é dirigido para alunos de 13 anos e foi publicado neste ano pelo Devlet Livros [Estatais].

O controverso texto descreve a atividade missionária como ameaça à unidade nacional, destruindo valores nacionais e culturais pela conversão do povo a outra religião.

O texto acusa missionários de usar catástrofes naturais, como terremotos, para servir seus próprios interesses e alerta as crianças da intenção subversiva dos missionários. O livro também dá dicas de como reconhecer suas atividades.

Um representante da Aliança de Igrejas Protestantes da Turquia disse: “Para o Estado e a sociedade turcos, as palavras ‘atividade missionária’ encapsulam não só o trabalho de missionários estrangeiros, mas toda a atividade cristã no país. Durante anos, o Estado e outros grupos têm espalhado o boato de que os cristãos turcos são parte de uma conspiração estrangeira para destruir a Turquia. Essa é a mesma mentalidade destorcida que levou jovens a praticarem numerosos ataques contra nossas igrejas, jovens que acham que somos agentes de CIA ou algo similar”.

A comunidade cristã forma menos de 1% da população da Turquia de 70 milhões de pessoas. Há preocupação de que o sistema de educação irá marginalizar a população cristã local.

Desde o ano 2000, o governo turco tem usado campanhas estatais para influenciar a opinião pública a respeito de muçulmanos apóstatas e atividades cristãs no país.

As autoridades informam as forças de segurança sobre atividades missionárias; produzem e publicam relatórios, conduzem seminários e pregam sermões em mesquitas sobre o assunto, além de ordenar que funcionários públicos falem publicamente sobre os perigos que essa atividade representa.

Tal atitude continuou vigorosamente em 2006 e 2007, quando houve alguns ataques fatais contra cristãos. Um pouco depois do episódio de Malatya, Niyazi Guney, do Ministério da Justiça, declarou diante da Comissão de Justiça na Assembléia Nacional que a atividade missionária na Turquia era mais perigosa que ataques terroristas, e comparou essa atividade com os últimos dias do Império de Otomano.

(Fonte: Portas Abertas)

segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Repercute a anunciada separação de Igreja e Estado

A decisão do Reino Unido de instaurar a separação entre Igreja e Estado, anunciada esta semana, pode significar que a Igreja Anglicana perderá seus privilégios num prazo de 50 anos.

O anúncio, feito pelo secretário de Estado de Imigração, Phil Woolas, no sítio “Religión Digital” do dia 18 de dezembro, apresenta a consistente razão de que o país tornou-se “multiconfessional”. Conquanto essa posição possa significar um avanço há muito aguardado, mesmo que os motivos estejam bem sustentados por razões de Estado, deve ter efeitos positivos no tempo atual, por causa da realidade há muito marcada pela pluralidade.

A decisão anunciada certamente provocará reações antagônicas, apesar de aguardada, podendo criar espaços de liberdade para a vida religiosa e a política, incluída a resultante das relações Estado-Igreja, avaliam especialistas. Entre as primeiras conseqüências, previsíveis, estarão a dessacralização dos assuntos de Estado e a desestatização dos assuntos eclesiais, a um só tempo.

Mesmo que esse tema e a decisão de agora já tenha provocado debates, ainda será alvo de muitas discussões na Igreja, no governo e na sociedade. É possível entender que o tema volte ao debate de tempos em tempos, bem como explique o prazo de meio século destinado à implantação, a ser usado para a preparação da Igreja, da monarquia parlamentarista e da sociedade, ponderou o reverendo Eduardo Grillo, da Paróquia São Lucas, em Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro. O maior impacto certamente não será a compreensão dos princípios, mas as implicações práticas para a comunidade de fé e dentro das instituições governamentais e eclesiais.

Já pensando nos impactos da desvinculação da Igreja Anglicana do Estado, o arcebispo de Canterbury, Rowan Williams, adiantou que tal fato “não seria o fim do mundo”, mas, pelo contrário, poderia ser benéfica. O líder da comunhão anglicana mundial afirmou, em entrevista à revista “New Statesman” que, com a separação, algumas confissões poderiam inclusive beneficiar-se, ao se desvincularem do governo. Mesmo assim, ele que não acredita que seja o momento de fazê-lo, porque a posição da fé na vida pública não está muito segura.

Um efeito poderá ser uma percepção mais verdadeira da realidade, para a Igreja, destacou Grillo, apesar do impacto financeiro que ela poderá ter em algumas situações específicas. Ao mesmo tempo, ele entende que uma decisão dessa natureza poderá levar tempo para ser efetivada, porque a tradição britânica é de estudar demoradamente uma situação, procurando ver todos os lados, antes de efetivá-la.

As declarações de Williams surgem semanas depois de dizes que entende porque alguns defendem a desvinculação da Igreja do Estado, fato que pode acabar com a atual posição da rainha como chefe da Igreja da Inglaterra e também com o direito dos bispos ocuparem cadeiras na Câmara dos Lordes.

Ele lembrou que recebeu formação numa Igreja separada do Estado, como é a de Gales, assinalando possíveis vantagens burocráticas para a Igreja, como o sínodo não precisar apresentar uma decisão eclesial ao Parlamento regional, após ter aprovado ou rejeitado algum assunto.

Williams mostrou-se preocupado, contudo, com os motivos de muitos dos que defendem essa separação, assinalando que há quem queira expulsar a religião da vida pública, algo com o que não concorda. Já o pároco brasileiro admitiu não saber o significado mais amplo da decisão, mas disse que tal situação pode colocar a Igreja mais próxima da realidade, com os pés mais firmes no chão em que deve anunciar o evangelho, e perder um pouco desse ar de corte e de palácio, que surge em alguns espaços eclesiais.

Fonte: ALC

Madonna: institui a "igreja" do orgasmo

“Seita do Orgasmo”

A Igreja Madonna do Orgasmo, que tem centenas de seguidores, deu um importante passo em direção ao reconhecimento oficial na Suécia, quando uma corte disse que ela tinha o direito de registrar-se como uma comunidade de fé.

Inicialmente um órgão público da Suécia recusou o registro alegando que o nome da igreja poderia ofender os cristãos. Mas o fundador da igreja, Carlos Bebeacua, ganhou a apelação na corte administrativa local. O órgão público ainda pode apelar contra a decisão, do contrário será obrigada a registrar a igreja que foi fundada no início dos anos 90 e tem Carlos como Cardeal auto-proclamado.

Carlos teve a idéia de criar a igreja depois que a sua pintura “A Madonna do Orgasmo” levou a protestos na Feira Mundia de Sevilha, na Espanha, em 1992.

Para Carlos “O orgasmo é Deus, o orgasmo deve ser adorado”. “O orgasmo é o principal sentimento de luxúria e não deve ser limitado à ejaculação. Você pode alcançá-lo através da arte ou ao olhar uma paisagem enquanto pensa ‘Uau!’”

A igreja tem apenas sacerdotes mulheres e suas escrituras são chamadas de Catequismo do Orgasmo. O livro pregado é o do sexo.

Durante as cerimônias as sacerdotes lêem versos, comem frutas e bebem suco. Sexo não é o foco, mas também não é proibido. “Nunca aconteceu e eu não seu como nós reagiríamos que acontecesse.”

Ele diz que as alegações de que sai igreja só se interessa por orgias e sexo alegando que o propósito é ajudar as pessoas a ver orgasmos como uma metáfora de amor pela vida.

“Não há nada perigoso sobre o que dizemos, somos inofensivos. Nós apenas temos as nossas dúvidas com relação às religiões estabelecidas”, ele disse.

Fonte: http://hypescience.com/igreja-madonna-do-orgasmo

domingo, 28 de dezembro de 2008

Maria e José um Testemunho de Fé - Natal


O Natal nunca foi uma época de alegria para o povo judeu. A efervescência e o tumulto das festividades nesses feriados parecem, para muitos judeus, uma grande onda de agitação que passa pela vida dos pagãos uma vez ao ano, quando celebram o advento da “divindade pagã” que adoram. A árvore de Natal raramente ofende alguém, mas com a cena da manjedoura a história é diferente. Para um judeu que foi criado na sinagoga, há algo em seu íntimo que exclama “goyishe, goyishe” (“gentílico, gentílico”) quando vê representações de pessoas reverenciando um bebê.

Conseqüentemente, as pessoas do povo judeu se distanciaram tanto de Maria e José, que a maioria não sabe nada a seu respeito, nem mesmo de que tribo eram. Que vergonha, pois a história de Maria e José é um lindo testemunho de fé em Israel! Trata-se do registro histórico de uma jovem virgem judia e de seu noivo, que foram especialmente escolhidos pelo Deus de Abraão, Isaque e Jacó, para participarem do cumprimento da mais importante promessa feita por Ele a Seu povo escolhido – a promessa de um redentor.

Desde o tempo em que Deus usou Moisés para libertar Seu povo da escravidão no Egito, o tema da redenção teve papel de destaque na história judaica. Os dias de glória de Israel sob os reis Davi e Salomão duraram apenas 80 anos. Depois disso, Israel mergulhou na idolatria e no pecado. A recusa de retornar ao Deus que o amava custou a Israel sua preeminência, sua terra e seu reinado. Em 586 a.C., Deus enviou Nabucodonosor que varreu para sempre os últimos vestígios da monarquia davídica e levou o reino do Sul, Judá, para o cativeiro na Babilônia.

Na época em que Maria e José viviam, a nação judaica estava sob o controle de Roma. O que restava da promessa feita por Deus ao rei Davi, há mais ou menos mil anos – de que a semente de Davi “durará para sempre, e o seu trono, como o sol perante mim. Ele será estabelecido para sempre” (Sl 89.36-37) – podia ser comparado a uma brasa que mal se percebia estar ainda ardendo.

Nessa promessa de um Messias e de um reinado sem fim para Davi apegava-se o remanescente de judeus justos dos tempos antigos, enquanto esperava sua redenção ao longo de séculos de domínio gentio. A essa promessa também se apegavam Maria e José, quando César Augusto governava o mundo conhecido a partir de Roma, e Herodes, o Grande, era seu rei-fantoche, assentado no trono da Cidade Santa, Jerusalém.

José e Maria, cujo verdadeiro nome bíblico em hebraico era Miriam, viviam a aproximadamente 112 quilômetros ao norte de Jerusalém, na pitoresca cidadezinha de Nazaré, aninhada entre os declives circundantes da linda Galiléia Inferior. Ambos eram descendentes de Davi, da tribo de Judá. José, embora um simples carpinteiro, era o herdeiro direto de um trono e de um reino judaicos que jaziam em cinzas já há 580 anos. Deus não havia sequer se comunicado com Seu povo há séculos. Esse era um tempo de grande sequidão espiritual em Israel , conforme profetizado por Isaías (Is 53.2).

Finalmente, por volta do ano 5 ou 6 a.C., Deus quebrou Seu silêncio de 400 anos. Primeiro, enviou o anjo Gabriel a um sacerdote idoso chamado Zacarias. Anteriormente, o anjo Gabriel havia aparecido duas vezes ao profeta Daniel (Dn 8.16 e 9.21), nos dias do cativeiro babilônico. Gabriel disse a Zacarias que sua esposa Isabel, idosa e estéril, geraria um filho que deveria receber o nome de João. João seria um profeta como Elias, afirmou Gabriel, cumprindo a promessa de Malaquias, segundo a qual viria um mensageiro especial a fim de “habilitar para o Senhor um povo preparado” (Lc 1.17; compare Ml 3.1). Esse levita tornou-se conhecido como João Batista.

Depois, durante o sexto mês da gravidez de Isabel, Deus novamente enviou Gabriel, dessa vez a Maria, uma virgem, noiva de José. De acordo com o costume da época, Maria deveria ter no máximo 14 ou 15 anos de idade, e José, 17 ou 18. Ela era uma donzela de profunda humildade e fé, conforme revela sua imediata submissão à vontade de Deus e seu magnífico louvor e conhecimento dEle, de acordo com o relato em Lucas 1.46-55.

Gabriel revelou a Maria que ela conceberia um filho, a quem deveria dar o nome de “Yeshua”, que em hebraico significa “salvação”. Em português, esse nome é “Jesus”. “Este será grande”, disse Gabriel, “e será chamado Filho do Altíssimo; Deus, o Senhor, lhe dará o trono de Davi, seu pai; ele reinará para sempre sobre a casa de Jacó, e o seu reinado não terá fim” (Lc 1.32-33). Assim, Gabriel revelou a Maria que seu filho viria a ser “o Ungido”, o Messias de Israel.

Embora a doutrina de um Messias nascido de uma virgem pareça absurda a judeus modernos, bem como a alguns gentios também, esse não era o caso em Israel nos tempos antigos. “O caráter sobrenatural e o nascimento virginal do Messias foi, por muitos séculos, uma crença messiânica bem estabelecida entre os judeus” (Victor Buksbazen, “Miriam, The Virgin of Nazareth”, p. 82).

Essa notícia chegou até Maria em algum momento durante o seu período de noivado. De acordo com os costumes judaicos quanto ao casamento naqueles tempos, os pais de Maria e José provavelmente fizeram os arranjos necessários, tendo José dado uma soma de dinheiro (chamada “mohar”) ao pai de Maria, assegurando assim o casamento com ela. Então o casal entrou num período de noivado formal de doze meses.

Esse tempo de noivado era considerado sagrado, como o próprio casamento. Apenas um divórcio formal poderia desfazê-lo. Geralmente, um contrato escrito selava o acordo, e nesse caso um abuso moral constituía adultério, podendo ser punido com a pena de morte. Tradicionalmente, depois do acordo selado, o noivo voltava para casa a fim de preparar um lugar para sua esposa, retornando em algum momento indeterminado no fim dos doze meses para buscar sua noiva, consumar o casamento e levá-la para o lar.

É muito difícil imaginar a extensão da tristeza de José, um jovem justo, quando voltou para buscar sua noiva. Ao contrário da crença popular, a gravidez de Maria provavelmente não era visível ou publicamente conhecida quando José chegou. A Bíblia não nos diz quando o anjo Gabriel veio, durante o período de noivado, ou quanto tempo depois disso Maria concebeu. A Escritura nos relata, isto sim, que logo que Gabriel lhe contou da gravidez de Isabel, sua prima, ela imediatamente viajou à casa dela e passou lá três meses. O fato de que Isabel a saudou como “a mãe do meu Senhor” (Lc 1.43) indica que o nascimento do Messias era algo já consumado diante de Deus. Além disso, nunca se questionou acerca de quem seriam os pais de Jesus. Ele freqüentemente lia as Escrituras na sinagoga (Lc 4.16), um privilégio rigorosamente proibido a filhos ilegítimos (Dt 23.2), e era amplamente conhecido como “o filho do carpinteiro” (Mt 13.55; Mc 6.3).

Muito provavelmente, José foi buscar Maria logo após ela ter voltado da casa de Isabel. Nessa época, ela já sabia que estava grávida. Sendo um rapaz bondoso, justo e, provavelmente, apaixonado, José não queria que Maria fosse apedrejada até a morte, nem que fosse humilhada publicamente. Por isso, planejou divorciar-se dela sem nenhum alarde, quando um anjo lhe apareceu em sonho. Dirigindo-se a ele com a saudação real, “filho de Davi, o anjo disse-lhe que concretizasse o seu casamento com Maria, pois “o que nela foi gerado é do Espírito Santo” (Mt 1.20). O anjo ainda o instruiu, como Gabriel havia feito com Maria, a chamar a criança de “Jesus” – “salvação”. E então ele disse a José algo que não havia sido dito a Maria: “ele salvará o seu povo dos pecados deles” (Mt 1.21).

Por alguma razão, Deus revelou uma faceta de Seu plano de salvação a Maria e outra a José. Pelo anjo, Maria soube a respeito da segunda vinda do Messias, quando Ele viria redimir o povo judeu do domínio gentio e para reinar no trono de Davi para sempre. A revelação para José foi a respeito da primeira vinda do Messias para redimir a humanidade do pecado, por meio de Sua morte vicária. José deve ter se questionado a respeito de tudo o que estava reservado para essa criança. Como alguém que seguia a lei judaica, ele sabia muito bem que remissão de pecados apenas acontecia por meio de um sacrifício de sangue (Lv 17.11). Para que pudesse salvar “o seu povo dos pecados deles”, essa criança estava destinada a oferecer um sacrifício, ou a tornar-se um sacrifício.

Em obediência ao Deus em quem ele confiava, José casou-se com Maria (Mt 1.24). Ele viveu com ela, cuidou dela e providenciou tudo o que lhe era necessário – possivelmente, por um período de seis a oito meses –, mas não teve relações com ela até que nascesse seu primogênito. Que testemunho de retidão moral e de fé!

No nono mês da gravidez, perto de completarem-se os dias para dar à luz, “foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se” (Lc 2.1). Como era da casa e da linhagem de Davi, José e Maria, desposada com ele (desposada, pois o casamento ainda não havia sido consumado) fizeram uma viagem de três a quatro dias, de Nazaré a Belém, a cidade de Davi, onde deveriam alistar-se no recenseamento do Império Romano. Ali, na privacidade de um humilde estábulo, com José ao seu lado, Maria deu à luz o Salvador. Ela o envolveu em faixas de panos e deitou-O numa manjedoura.

“Havia, naquela mesma região, pastores que viviam nos campos e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” (Lc 2.8). Então, um anjo lhes anunciou o cumprimento de uma antiga promessa que Deus havia feito ao povo judeu: “hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador, que é Cristo,[*] o Senhor. E isto vos servirá de sinal: encontrareis uma criança envolta em faixas e deitada em manjedoura” (Lc 2.11-12; Mq 5.2).

Sinais bíblicos sempre foram ocorrências sobrenaturais operadas pela mão de Deus e que não poderiam ser duplicadas pelo esforço humano. Embora a grande maioria dos eruditos mantenha a opinião de que o “sinal” dado aos pastores foram as faixas de pano e a manjedoura, essas não eram sobrenaturais. Naquele tempo, os bebês costumeiramente eram envoltos em faixas de pano, e, embora fosse incomum colocar um bebê numa manjedoura, nada havia de sobrenatural nisso. Essa informação meramente identificava o local correto.

O sinal era o bebê. O profeta Isaías, 700 anos antes, já dissera à casa de Davi que esperasse por um bebê que nasceria de uma virgem (Is 7.14). O bebê que acabara de nascer, diante do qual os pastores se encontravam, era aquele ao qual se referia a profecia. Tratava-se de um sinal para as pessoas de fé, de que Deus não desistira de Seu povo escolhido, mas que se lembrara da aliança feita com Davi. O bebê era um sinal de que o reino dos céus estava próximo.

Em vez de anunciar a importante notícia aos sacerdotes ou aos líderes de Israel, Deus escolheu revelar essa notável verdade a humildes pastores, os quais ocupavam o lugar mais baixo na escala social dos judeus. Como eles ficavam muito tempo sozinhos com os animais, eram considerados tão sonhadores que seu testemunho não era aceito no tribunal. Apesar disso, esses pastores eram homens de fé. Eles se apressaram ao estábulo em Belém para ver o grande milagre “que o Senhor nos deu a conhecer” (Lc 2.15). O testemunho desses pastores deve ter sido, para Maria e José, uma confirmação bem vinda de que sua obediência e sua fé não tinham sido em vão. Como fazia freqüentemente, em sua maneira silenciosa e submissa, Maria “guardava todas estas palavras, meditando-as no coração” (Lc 2.19).

Provavelmente, nem ela, nem José, algum dia compreenderam inteiramente o plano final de Deus e o seu papel nele. O reino de Deus verdadeiramente estava próximo, mas o povo judeu não estava disposto a arrepender-se e voltar-se para Deus para recebê-lO. José não viveu para ver Jesus se dirigir à cruz e salvar o Seu povo dos seus pecados, tornando-se o sacrifício final que satisfez a lei judaica. Talvez o grito de vitória de Jesus, “Está consumado!” (Jo 19.30), tenha ressoado nos céus, onde o carpinteiro o ouviu e se alegrou.

Maria não viveu para ver Jesus reinar em glória, porque essa profecia ainda aguarda o seu cumprimento. Algum dia, quando Jesus retornar, tornar-se-ão realidade as palavras do profeta Zacarias, no Antigo Testamento, e o povo judeu olhará “para aquele a quem traspassaram; pranteá-lo-ão como quem pranteia por um unigênito” (Zc 12.10). Então Israel se arrependerá e compreenderá que Deus lhe providenciou a redenção por meio de Jesus Cristo – o Messias de Israel, o filho legítimo de José, o filho natural de Maria, o eterno Filho de Deus (Ez 36.31; Zc 12.12-13.1; Rm 11.26; Is 9.6). Então Deus restaurará a Israel a sua preeminência, a sua terra e o seu reinado (Is 60; Zc 8.23). Jesus se assentará no trono de Davi, e o Seu reino não terá fim.

Nesse tempo, nenhum detalhe da cena da manjedoura de Natal parecerá “goyishe”, porque ao nome de Jesus todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus, o Pai (Fp 2.10-11).
(*) "Cristo" (em Grego) = "Messias" (em hebraico). As duas palavras significam "Ungido".

Fonte: beth-shalom.com.br

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Gays criticam Obama por escolha de pastor para sua posse

Rick Warren defendeu o ’sim’ no referendo que definiu que união só pode existir entre homem e mulher.

Os ataques mais fortes a Barack Obama, a 26 dias da sua posse, não vêm da direita republicana, que tentou sem muito entusiasmo, e nenhum sucesso até agora, buscar alguma ligação do presidente eleito com o escândalo da tentativa de venda da vaga de senador por Illinois (deixada pelo próprio Obama) pelo governador democrata Rod Blagojevich. Surpreendentemente, o fogo contra Obama é amigo e está vindo do movimento gay, um segmento do eleitorado afinadíssimo com o discurso de tolerância do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. A causa básica é que Obama escolheu o pastor californiano Rick Warren para pronunciar uma oração na sua cerimônia de posse.

O problema é que Warren fez uma campanha acirrada pelo vitorioso voto no “sim” num referendo na Califórnia (simultâneo à eleição presidencial), que emendou a Constituição do Estado para explicitar que o casamento tem de ser consumado entre um homem e uma mulher - o que, na prática, eliminou o casamento entre parceiros do mesmo sexo, embora estes continuem a ter o direito de contrair a chamada “parceria doméstica”, que cria quase todos os direitos e deveres legais do casamento.

A briga judicial e política entre defensores e oponentes do casamento gay na Califórnia é antiga e complexa, mas em maio uma decisão da Suprema Corte Estadual (efetivada em junho) foi favorável aos primeiros, levando a uma onda de 18 mil casamentos entre parceiros do mesmo sexo no Estado. A decepção e o amargor do movimento gay americano com a derrota na Proposição 8, portanto, foi profunda. Daí a reação contrariada - ou até mesmo irada, em alguns casos - ao anúncio por Obama de que Warren iria participar da posse.

Num artigo no Washington Post, o colunista Richard Cohen informou que a sua irmã, lésbica que militou intensamente na campanha de Obama, havia cancelado a festa programada para o dia da posse. Para Denis Dilson, do Fundo Gay e Lésbico da Vitória, uma organização de apoio a candidatos homossexuais, a escolha de Warren “foi como um duplo soco no estômago”. Um fator agravante são comparações que Warren fez entre a sexualidade gay e o incesto, das quais recuou explicitamente em declarações nos últimos dias.

(Fonte: Estadão)

quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Cristãos na Índia continuam com medo de violência durante o Natal


Receios sobre a possibilidade de ocorrência de mais violência anti-Cristã no dia de Natal estão a continuar a intensificar-se no estado Indiano de Orissa.

Os receios centram-se grandemente em torno da agressiva promoção de uma ‘bandh’, ou greve geral, em todo o estado, no dia 25 de Dezembro, pelo grupo nacionalista Hindu local, Swami Lakhmananda Saraswati Sradhanjali Samiti (SLSSS).

No entanto, surgiram mais evidências no distrito de Kandhamal, o epicentro da recente violência, onde um aldeão Cristão relatou na Quarta-feira ter visto vários homens armados com armas AK-47 discutindo com outras pessoas que se pensa estarem ligadas a organizações extremistas Hindus, reportou a Solidariedade Cristã Mundial (CSW, sigla em Inglês).

Para além disso, um catequista Católico Jubaraj Digal foi encontrado morto na Quinta-feira, depois do seu filho ter relatado na Terça-feira, que ele havia sido detido e agredido por uma multidão.

O Ministro-Chefe de Orissa, Naveen Patnaik, afirmou na Segunda-feira que a realização da bandh proposta não seria autorizada. Os Cristãos em Orissa têm expressado receios que uma greve geral aumente a tensão e o medo, e possa facilmente desencadear mais violência contra os Cristãos.

Continuam a ocorrer ataques esporádicos anti-Cristãos em Kandhamal, desde o assassinato de Swami Lakhmananda Saraswati a 23 de Agosto, que desencadeou uma eclosão de violência que provocou a morte a 70 pessoas e 50.000 deslocados.

Entretanto, foi realizado um debate na Quinta-feira na Câmara dos Lordes, na qual os lordes chamaram à atenção para a ameaça do extremismo religioso em curso na Índia. Falando no debate esteve a Baronesa Cox, líder da HART, que regressou recentemente da região. Ela descreveu a violência em Orissa como “limpeza religiosa” decorrente de uma campanha sustentada pelo ódio contra os Cristãos.

O Dr. John Dayal, secretário-geral do Conselho Cristão da Índia, que visitou recentemente campos de ajuda em Orissa, disse à CSW: “A situação é terrível. A tensão e o medo são palpáveis.

“As pessoas nos campos não podem regressar às suas casas – eles adorariam voltar mas não podem, e nós não podemos, de boa consciência, pedir-lhes para voltar para Kandhamal.

“O bandh é para criar o medo e nós certamente não podemos garantir que não haverá mais violência.”

A directora de protecção da CSW, Tina Lambert, disse: “Este debate foi extremamente oportuno para salientar a gravidade e a extensão do extremismo religioso na Índia, que é mais premente em Orissa do que em qualquer outro lado.

“O apelo à bandh aumentou a tensão e provocou um novo medo entre os Cristãos em Orissa e indignação em toda a Índia naqueles que se empenham por uma sociedade laica e pluralista.

“Os acontecimentos da próxima semana irão demonstrar a coragem do governo Indiano e a sua capacidade para proteger as suas minorias religiosas.”

Fonte: Christian Today

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

Maioria dos Cristãos americanos não acreditam que o Cristianismo seja o único caminho para a vida eterna


- A maioria dos Cristãos Americanos acredita que muitas religiões podem conduzir à vida eterna, e entre eles, a grande maioria diz que nem sequer é necessário ser-se Cristão para ir para o Céu, mostra uma nova sondagem.

Sessenta e cinco por cento dos Cristãos consideram que há vários caminhos para a vida eterna – rejeitando, em última análise, a exclusividade dos ensinamentos de Cristo, de acordo com o último inquérito realizado pelo Fórum Pew sobre a Religião e a Vida Pública.

Mesmo entre os evangélicos Protestantes ‘brancos’, 72 por cento dos que dizem que muitas religiões podem levar à vida eterna, nomeiam pelo menos uma religião não Cristã como o Judaísmo ou o Islamismo, ou nenhuma religião sequer, que pode conduzir à salvação.

O Dr. Albert R. Mohler, Jr., presidente do Seminário Teológico Baptista do Sul intitulou os resultados da sondagem de “uma crise teológica para os evangélicos Americanos”, segundo o USA Today.

“Isto representa, na melhor das hipóteses, um mau entendimento sobre o Evangelho, e na pior, uma rejeição do Evangelho”, disse o proeminente teólogo evangélico.

A maioria dentre os evangélicos brancos, dentre os Cristãos brancos de corrente dominante e dos protestantes ‘pretos’, que não acreditam na exclusividade de salvação, consideram que o Catolicismo e Judaísmo podem levar à vida eterna, como mostram os resultados do Fórum.

Menores, mas ainda assim grande percentagem (mais de metade) dos Cristãos brancos de corrente dominante, Protestantes pretos e Católicos brancos que acreditam existir múltiplas vias para a vida eterna dizem que também o Islão pode conduzir à salvação; entre os evangélicos brancos, 35 por cento concordam. E mais de metade dos Cristãos de corrente dominante e dos Católicos brancos que têm esta visão alargada das portas do Céu consideram que o Hinduísmo pode guiar à vida eterna, em comparação com 33 por cento dos evangélicos brancos e 44 por cento de Protestantes pretos.

Surpreendentemente, os cristãos acreditam que o ateísmo também pode permitir um bilhete para o Céu. Quarenta e seis por cento dos cristãos brancos de corrente dominante, 49 por cento dos católicos brancos e 26 por cento dos evangélicos brancos que acreditam que muitas religiões levam à salvação acham que o ateísmo também pode levar à vida eterna.

Mohler apelidou os resultados de “uma depreciação do evangelicalismo e da pregação evangélica.”

“O ensinamento bíblico de como Jesus Cristo proclamou ser o único caminho para a salvação é claro”, contou ele ao USA Today.

Explicando o desafio que muitos crentes enfrentam na cultura actual, Mohler observou: “Vivemos numa época em que queremos dizer a toda a gente que estão a ir muito bem. É extremamente desconfortável voltarmo-nos para alguém e dizermos: ‘Você irá para o Inferno a menos que chegue a um conhecimento salvífico de Jesus’.”

A primeira vez que o Fórum Pew inquiriu os Americanos foi em 2007. Na ocasião, em vista da exclusividade da salvação. O levantamento realizado sobre 35.000 adultos mostrou números surpreendentes; com 57 por cento de participantes de igrejas evangélicas admitindo que acreditam que muitas religiões podem levar à vida eterna e, globalmente, 70 por cento dos Americanos partilham dessa opinião.

Mas quando os resultados da sondagem foram lançados em Junho deste ano, os críticos relataram falhas na pesquisa, tais como a definição de evangélicos do Fórum Pew e da falta de clareza da expressão “muitas religiões podem levar à vida eterna.” Os críticos dizem que é possível que alguns inquiridos possam ter interpretado “muitas religiões” como outras denominações Cristãs além da seu própria, enquanto que outros podem ter pensado num sentido mais lato, incluindo credos não Cristãos.

A nova sondagem, realizada entre 31 de Julho e 10 de Agosto de 2008, tendo uma amostragem de cerca de 3.000 adultos, serve para esclarecer os resultados anteriores.

E alarmantemente, 52 por cento de todos os Cristãos Americanos pensa que pelo menos algumas religiões não Cristãs podem conduzir à vida eterna.

Além disso, apenas 30 por cento das pessoas afiliadas nalguma religião admite que é a crença de uma pessoa que determina a vida eterna; 29 por cento dizem que a vida eterna depende das acções da pessoa, e 10 por cento acreditam que é uma combinação de acções e crença.

Os evangélicos brancos eram o grupo menos propenso a considerar que as acções são o que determina quem obtém a vida eterna quando comparados com os brancos de corrente dominante, Protestantes pretos e Católicos brancos; e eles eram os mais prováveis de aceitar que a salvação depende da crença (64 por cento), em comparação com apenas 25 por cento dos Cristãos brancos de corrente dominante.

Apesar das constatações alarmantes, o Fórum Pew deu a conhecer uma tendência que pode ser uma boa notícia para os Cristãos evangélicos.

A percentagem de Cristãos evangélicos que dizem que a sua fé é a verdadeira subiu de 39 por cento em 2002 para 49 por cento em 2008. A visão de exclusividade religiosa também cresceu entre os Protestantes pretos, todos os Católicos e, ligeiramente, entre os Protestantes brancos de corrente dominante.

Fonte: Christian Today

Aguinaldo Silva: Um abuso que não virou novela

Famoso escritor de novelas da Rede Globo confessa que foi sexualmente abusado por um homossexual quando tinha apenas 13 anos. Hoje, porém, em vez de fazer novelas desestimulando o homossexualismo, ele investe em cenas contra os cristãos.
Por Julio Severo

Freqüentemente, homossexuais entrevistados em pesquisas admitem que foram abusados quando eram crianças. É um padrão onde um menino que se torna vítima de um maníaco homossexual acaba depois caindo nas práticas homossexuais, inclusive cometendo os próprios abusos dos quais ele foi vítima.

No caso de Aguinaldo Silva, tudo o que a sociedade brasileira sabia dele e da questão homossexual era o que ele mostrava em suas novelas, especialmente “Duas Caras”.

Propaganda pró-homossexualismo e anti-Cristianismo de Aguinaldo Silva

A novela “Duas Caras” mostrou cena onde Bernardo, o personagem interpretado pelo ator Nuno Leal Maia, viveu um drama desde que flagrou o filho — Bernardinho (Thiago Mendonça) — com um homem na cama. O propósito do drama foi desenvolver a idéia de que Bernardinho estava apenas exercendo um direito sexual enquanto que seu pai Bernardo precisava aprender a aceitar dentro de casa as escolhas sexuais do filho.

Mas, conforme diz Euder Faber, diretor da VINACC, “Duas Caras” foi muito mais longe. Faber diz:

Parte da grande mídia tem estado a serviço desses movimentos que visam amordaçar o discurso evangélico no país. Uma demonstração de tudo isso se deu na última quarta-feira, dia 12, onde em horário nobre a Rede Globo veiculou em uma de suas novelas (Duas Caras), uma das cenas mais discriminatórias e preconceituosas que se tem notícia na TV brasileira (http://duascaras.globo.com/Novela/Duascaras/Capitulos/0,,AA1674499-9156,00.html).

No capitulo da referida novela é mostrado uma turma, sendo comandada por um grupo de “evangélicos”, se dirigindo a uma casa onde dois homens e uma mulher mantêm um suposto triângulo amoroso — sendo um deles gay. Na cena vemos os “evangélicos” de Bíblia na mão e uma das “irmãs” gritando: “Nós vamos tirar o demônio de seu corpo e vai debaixo de pau e pedra”. Em outro momento se ouve uma delas dizer: “Eu sou a mão da força divina”. Daí, em certo momento, uma das “evangélicas” atira uma pedra na direção da mulher que estava sendo acusada de manter a aventura amorosa com os dois homens. Depois, ocorre a invasão da casa, onde os “crentes” gritam: “Quem não quiser arder no fogo do inferno me siga”. O desfecho da cena é lamentável. A “crente” por nome de Edvânia de faca na mão esfaqueia o colchão dizendo: “O sangue de Jesus tem poder”.

Mas o que mais chamou a atenção foi quando um dos homens que é apresentado como suposto homossexual, ao ser agredido, gritou: “O pecado está no preconceito, na intolerância, na violência”.

Entretanto, por trás da novela defendendo o homossexualismo está um homem que confessa ter sido estuprado por um homossexual pedófilo. Aguinaldo Silva faz essa confissão em seu blog pessoal no site Globo.com, em 19 de dezembro de 2008.

Bullying e estupro homossexual

Ele conta que ele sofria muito preconceito nas escolas e que, estudando no Colégio Americano Batista do Recife em 1957, ele sofreu uma sucessão de eventos negativos que o tornaram presa fácil de um predador homossexual:

Pobre, feio, esquisito, e efeminado”. Por tudo isso acabei eleito como vítima preferencial de todas as brincadeiras malvadas...

E foi assim que nós chegamos ao tal concurso [Rainha da Primavera].

O colégio era misto, mas separado por sexos. Havia a ala das meninas e a dos meninos, e todos os dias eles só se reuniam no mesmo lugar na hora do culto.

Num desses cultos, por votação direta, seria eleita a tal rainha.

E foi então que um dos meninos mais velhos, ao me ver passar com meu andar de cisne envergonhado durante o recreio, teve a idéia: “vamos votar no Aguinaldo!”

Pra meu desespero sua sugestão se propagou. E vingou de tal forma que, no dia da eleição, o assunto da minha “candidatura” era o mais comentado.

O Pastor Albérico, encarregado da apuração diante do auditório lotado de alunos, professores e funcionários, em nenhum momento citou meu nome. Mas lá no púlpito, cada vez que abria um voto do qual ele constava, tratava de colocá-lo acintosamente de lado. Até que, no final da apuração, pelo tamanho da pilha era mais do que evidente: fora eu o mais votado.

Várias vezes, durante aquela hora de humilhação e escárnio, eu desejei estar morto. Mas - que esperança - continuaria vivo... E sem saber que aquilo fora apenas o começo.

Logo depois da eleição – da qual foi declarada vencedora a menina que teve mais votos depois de mim – era o recreio. E mal a campainha tocou, já prevendo a onda de escárnio que se abateria sobre o meu lombo, saí correndo para o único local que considerava seguro: os banheiros.

Mas não cheguei a me trancar num deles, pois os meninos, excitados por conta da brincadeira, sentindo o gosto de sangue na boca, me perseguiram e me acuaram. Enquanto eu gritava de pavor, não houve nada que eles não me jogassem: pedras, paus, sapatos, terra, cadernos, canetas, livros, a meia porta de um dos banheiros que acabou sendo arrancada... Tudo isso numa gritaria infernal, que só foi interrompida a muito custo quando o Pastor Albérico, temendo o pior – um linchamento – chegou lá e gritou mais alto.

Enquanto ele tentava enquadrar aquele bando de adolescentes histéricos, eu escapei sem ser notado. Em prantos, saí do colégio e fui sentar num banco da Praça do Entroncamento, onde fiquei a soluçar, em estado de choque.

Lembrem-se: eu tinha treze anos.

Enquanto eu estava lá, sentado no banco da praça, num pranto convulso e descontrolado, um homem se aproximou de mim e perguntou:

“Por que choras, linda criança?”

Em vez de lhe responder eu chorei ainda mais alto.

E então ele me tomou pela mão e me levou para o seu quarto, numa pensão ali mesmo na praça. Mas lá, o que ele me deu não foi propriamente consolo.

Quando saí do quarto do homem não chorava mais, porém estava ainda mais arrasado. Um drama sem precedentes acabara de acontecer na minha vida. Eu passara por uma sucessão de sérios, pesados, irreversíveis agravos; mas não tinha ninguém com quem pudesse conversar sobre o fato.

Pior ainda: eu tinha que esconder tudo aquilo da minha família. Não podia chegar em casa e dizer: fui humilhado, espezinhado, quase linchado, violentado... Pois, quando eles me perguntassem: “por quê?!” Eu teria que responder: “porque sou pobre, feio, esquisito, e efeminado!”

Vaguei durante horas, desnorteado, arrasado, me perguntando o que fazer. Até que uma luz se fez e eu descobri que podia fingir, e que talvez isso até me permitisse ficar menos pobre, feio, esquisito e efeminado, e mais parecido com os outros.

Foi assim que, embora tivesse só treze anos, dei meu primeiro passo em direção à dissimulação e o cinismo, os dois pilares sobre os quais se apóia o nosso mundo.

Combatendo o bullying criando outros bullyings

As pressões que Aguinaldo sofreu por parte de outros alunos por ser “pobre, feio, esquisito, e efeminado” são consideradas “bullying”. É claro que, para evitar esse tipo de bullying, os líderes cristãos (e não cristãos) têm de aprender a lidar com duas questões: 1) Ensinar os alunos de suas instituições escolares a não praticarem o bullying. 2) Oferecer acompanhamento moral às crianças que têm problemas de identidade sexual, social, etc.

Se o Estado entrar no cenário, haverá duas conseqüências:

1) O bullying anti-homossexualismo vai acabar, para dar lugar ao bullying estatal pró-homossexualismo. Quem não se prostrar diante da normalização forçada do homossexualismo sofrerá medidas estatais pesadas e cruéis.

2) A normalização do homossexualismo por imposição estatal vai aumentar, e não diminuir, os casos de meninos recebendo “acolhimento” de predadores homossexuais.

Então, vale a pena permitir que o Estado tente intervir no tipo de bullying que Aguinaldo sofreu? O bullying cultural hostiliza o comportamento efeminado em homens. O bullying estatal, que já está em plena fase de implantação, hostiliza a não aceitação do comportamento homossexual, criminalizando até mesmo críticas cristãs contra a sodomia. Por imposição do Estado, as escolas públicas já estão implementando políticas de educação sexual amplamente favoráveis ao homossexualismo.

O bullying estatal é muito pior do que o bullying cultural, pois tudo o que vem do Estado é universal, enquanto que o que não é estatal não é praticado por todos.

Além disso, Aguinaldo não foi a única criança a sofrer bullying na escola. Muitos meninos evangélicos sofreram e sofrem bullying por puro preconceito contra sua religião. Hoje, meninos de 13 anos — a idade em que Aguinaldo sofreu abuso sexual — são perseguidos por outros alunos por não quererem namorar e transar. Sem mencionar o bullying homossexual.

As próprias novelas de Aguinaldo hoje incitam a um bullying doentio contra pessoas que têm valores cristãos. O normal em suas novelas é ser depravado e anticristão. Em suas novelas é bonito ser homossexual. Em suas novelas o casal normal homem e mulher é o caso problemático com brigas, traições, separações e divórcios. O “casal” gay é exemplo de felicidade e harmonia, sem um pingo de traição.

Poderíamos achar que cenas pró-homossexualismo em novelas e programas da Rede Globo e outras emissoras não têm efeito, porém recente notícia da BBC mostra que o simples fato de a Globo apresentar nas novelas casais apenas com dois filhos está levando os telespectadores a querer dois ou menos filhos em suas próprias famílias. A audiência é tratada como robôs a serem programados. Aguinaldo Silva está feliz com sua posição de programador na área homossexual.

Abuso sexual de meninos: o crime que está superando o bullying

Aguinaldo teve sorte de não estudar numa escola moderna. Com as descaradas políticas pró-homossexualismo do governo federal, os alunos teriam medo de chamá-lo de “boiola” ou coisa parecida. Mas ele poderia enfrentar outro tipo de problema: predadores homossexuais. Aguinaldo encontrou seu predador homossexual adulto fora da escola. Com todas as suas deficiências, a escola dele não tinha esse problema. Mas hoje tudo é diferente.

Apesar de que a mídia prefere colocar os holofotes quase que exclusivamente nos abusos cometidos dentro da Igreja Católica, num sutil esforço de exterminar os valores cristãos da esfera pública, o maior índice de abusos contra as crianças não é cometido em instituições cristãs, mas exatamente em instituições estatais. Entre apenas 1991 e 2000, um número elevadíssimo de 290.000 crianças e adolescentes sofreu abuso sexual físico no ambiente escolar nos EUA. (Veja: http://www.wnd.com/index.php?fa=PAGE.view&pageId=83705)'

Em matéria de abusos, a Igreja Católica perde de longe para a educação pública. Um estudo feito pela Conferência dos Bispos Católicos dos EUA concluiu que 10.667 jovens foram sexualmente abusados por padres entre 1950 e 2002. A maioria das vítimas era do sexo masculino, comprovando assim o papel dominante do homossexualismo na área da violência sexual contra os meninos.

O mesmo padrão se revela na educação. Um estudo internacional sobre crimes sexuais entre 1980 e 2006 revelou 902 professores abusadores de alunos. Os professores envolvidos no homossexualismo constituíam 63% dos estupradores na Irlanda, 62% na Nova Zelândia, 60% no Canadá, 54% na Escócia, 48% na Austrália, 47% na Inglaterra e 35% nos EUA. As estatísticas são de modo particular assustadoras considerando que os homossexuais perfazem menos de 3% da população. (Veja: http://juliosevero.blogspot.com/2007/10/estudo-revela-que-professores.html)

A maior ameaça hoje para os meninos são exatamente os predadores homossexuais, e as iniciativas estatais de combater o bullying protegendo o homossexualismo apenas aumentam as oportunidades para os predadores homossexuais espreitarem meninos nas escolas.

Se em escolas, que não são ambientes exclusivamente homossexuais, ocorrem muitos abusos de natureza homossexual, e se até nas igrejas os meninos não estão a salvo de predadores homossexuais, o que dizer então de ambientes exclusivamente homossexuais?

Abusos iguais, porém histórias diferentes

Com sua experiência trágica, Aguinaldo Silva poderia, em vez de atacar ferozmente os evangélicos em suas novelas, usar sua inteligência para pedir que os pastores se envolvam no cuidado e atenção espiritual dos meninos em suas instituições de ensino.

Contudo, embora não poupe os evangélicos, ele poupa os homossexuais, se esquecendo completamente de que quando ele se sentou num banco de praça chorando, tudo o que um homossexual lhe ofereceu foi violência sexual.

Depois disso, Aguinaldo confessa que se entregou à dissimulação e ao cinismo. Dissimulação, de acordo com o Dicionário Aurélio, significa “encobrimento das próprias intenções”.

No entanto, nem todo menino que foi abusado acaba na vida adulta praticando ou defendendo o homossexualismo. O Dr. Paul Cameron, especialista americano em psicologia, foi abusado na infância e hoje, em vez de planejar novelas contra os cristãos e a favor da sodomia, ele dedica sua vida a pesquisas sobre os efeitos do homossexualismo nas pessoas, inclusive estudos sobre abusos sexuais de meninos. Não é necessário dizer que ele é detestado pelos militantes gays.

Mesmo quando a vida adulta perde o rumo por causa do abuso sexual na infância, o homem não é obrigado a optar pela permanência no comportamento homossexual. No Brasil, Claudemiro Soares, que também era “pobre, feio, esquisito, e efeminado”, acabou na adolescência e juventude conhecendo o mundo da depravação gay. Mas depois que aceitou Jesus, sua vida mudou e hoje ele tem uma linda esposa e filha.

Vindo da mesma origem “pobre, feio, esquisito, e efeminado”, Claudemiro encontra-se ainda hoje — muito diferente de Aguinaldo — sofrendo bullying. Uma palestra recente dele em Brasília para divulgar seu livro “Homossexualidade Masculina: Escolha ou Destino?” foi hostilizada por militantes gays que estiveram presentes com o único objetivo de gritar e atrapalhar. Claudemiro assim sofre bullying não só de grupos homossexuais que rejeitam ferozmente a transformação de Jesus na vida de homossexuais, mas também da caracterização maldosa de novelas como “Duas Caras” que retratam evangélicos como Claudermiro como pessoas insuportáveis e desagradáveis.

“Duas Caras” omite a existência de predadores homossexuais, mas faz questão de pintar de bonzinho qualquer indivíduo que pratica o homossexualismo. E faz questão de pintar de fanática, irracional e violenta toda pessoa que discordar da visão de dissimulação e cinismo que Aguinaldo Silva impôs sobre si mesmo logo depois que se tornou vítima de um predador homossexual.

Fonte: www.juliosevero.com

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Abaixo a ditadura gay, a Bolsa-Boiola e o KY do Temporão

Hugo Studart

O ministro da Saúde enlouqueceu de vez. Falta verba para comprar medicamentos para hemofílicos e para bolsas de coletas de sangue. Mas Temporão mandou comprar 15 milhões de lubrificantes KY para distribuir aos gays. Vai torrar cerca de R$ 40 milhões no dia 22 de dezembro. Recentemente, o ministro mandou distribuir pênis de borracha e uma cartilha ensinando as técnicas mais prazeirosas do sexo anal. É a Bolsa-Boiola. Temporão está confundindo a defesa da liberdade de opção sexual com boa administração do dinheiro público. Sucumbiu à “Gaystapo”, as patrulhas do movimento GLS. Chegou a hora de reagirmos contra as loucuras desse ministro.

O Artigo 5 da Constituição garante uma série de direitos fundamentais e inalienáveis, como a liberdade de expressão, de opinião, de credo, de organização política, etc. Não fala da liberdade de opção sexual, mas acredito que devemos respeitá-la por interpretação complacente — ou por simples amor à democracia, aos direitos civis e o respeito ao próximo. Portanto, é dever do Estado proteger as minorias sexuais da discriminação e da violência. Assim como criar políticas próprias de saúde, em especial para o controle da AIDS.

Na quarta-feira 17 de dezembro, o Ministério da Saúde divulgou a última extravagância de seu ministro, José Gomes Temporão — o edital de licitação número 142/2008, para a aquisição de 15 milhões de sachês de gel lubricante à base de água, o conhecidos KY, geralmente usado para facilitar o sexo anal (o edital completo está em link no final deste artigo).

O pregão do KY será às 10 horas da manhã da próxima segunda-feira 22 de dezembro. Tudo muito rápido, para não dar na vista. O Erário deve gastar cerca de R$ 40 milhões, calcula o funcionário do Ministério da Saúde que me forneceu o edital.

Está sendo preparado por um assessor do círculo íntimo de Temporão um outro edital semi-secreto para a compra de 1 bilhão de camisinhas. Os armazéns do ministério estão neste momento abarrotados de preservativos para serem distribuídos à população. Mas Temporão decidiu comprar mais 1 bilhão de camisinhas já lubrificadas. A licitação vai sair do armário na próxima semana. Está programada para o dia 29 de dezembro, no apagar das luzes do ano. Deve consumir outro R$ 1 bilhão dos cofres públicos. Por que tanta pressa? Por que tanto discrição com o dinheiro público?

A fonte das informações acima esclarece que a única prioridade do ministro Temporão é a comunidade gay e o programa DST-Aids. Os hospitais — isso é público — estão derretendo por falta de verba. Falta dinheiro para toda a sorte de medicamentos essenciais. Neste exato instante, por exemplo, faltam nos hospitais públicos bolsa para coleta de sangue e os hemoderivados fatores VIII e IX da coagulação, essenciais para a sobrevivência dos hemofílicos. O dinheiro está sendo desviado para KY, camisinhas e pênis de borracha.

Recentemente, Temporão mandou comprar e distribuir pênis de borracha para usar em educação sexual e cartilhas ensinando as melhores técnicas de penetração anal entre parceiros do mesmo sexo. Ninguém entendeu direito o que a didática do prazer tem a ver com prevenção à Aids. Agora, ao aparecer com o pregão do KY e de outro bilhão de camisinhas, Temporão está instituindo o Bolsa-Boiola.

LEGISLANDO EM CAUSA PRÓPRIA?

Não acredito, em hipótese alguma, que Temporão esteja legislando em causa própria. Nesse caso, seria prevaricação.

Vale lembrar que Roma teve grandes imperadores bissexuais, como Júlio César e Otávio Augusto, ou mesmo homossexuais convictos, como Adriano. Também teve governantes como Heliogábalo, que usava sua condição de gay para legislar em causa própria. No poder, Heliogábalo perdeu o equilíbrio emocional, passou a se vestir de mulher até chegar ao desplante de entregar todo o poder do império a um de seus favoritos, um escravo! Heliogábalo fez tantas loucuras usando o dinheiro público para proteger seus prazeres que ele e seu amante acabaram trucidados.

Não há nenhum indício de que Temporão esteja prevaricando. Entretanto, como Heliogábalo, ele anda muito mal assessorado. Afinal, desde quando se previne Aids ajudando os gays a praticar uma penetração anal mais prazerosa? E não me venham com a falácia de suposta homofobia. Estamos aqui discutindo tão-somente a boa gestão do dinheiro dos nossos impostos.

GESTÃO TRANSVIADA

Recentemente, Temporão baixou uma norma mandando o SUS fazer cirurgia de mudança de sexo para os travestis. Com direito a dois anos de acompanhamento psicológico para o transexual e para sua família, que está perdendo um filho, apesar de estar ganhando uma filha.

Falta dinheiro para transplantes. Falta dinheiro para cirurgias plásticas corretivas, como para crianças queimadas. Ninguém opta por necessitar de um coração, uma córnea, ou por deformar o corpo com o fogo. Os gays, por sua vez, insistem em dizer que o homossexualismo não seria uma distorção psicológica, mas sim uma opção, uma orientação. Se fosse uma psicopatia, então o Estado teria por dever dar tratamento. Mas é uma opção. Os travestis optaram por ser assim.

Então porque o Estado precisa pagar dois anos de tratamento psicológico para os transexuais e seus pais? Se Temporão fosse um ministro sério, ofereceria acompanhamento psicológico também para os pais daquele garoto de três anos que morreu baleado pela PM do Rio — cujo policial assassino dias atrás foi absolvido pela Justiça. Eles não optaram por perder o filho, morto por um agente do Estado. Eles, sim, precisam de acompanhamento psicológico com dinheiro público.

MANIFESTO CONTRA A GAYSTAPO

A explicação mais plausível para essas opções de Temporão é que ele seja um ministro incompetente. Um fraco. Está sucumbindo ao lobby do Movimento GLS. Houve um tempo em que os homossexuais eram agredidos nas ruas. Depois passaram a ser apenas discriminados em seus empregos. Então surgiram movimentos em defesa dos direitos dos gays, lésbicas e assemelhados.

Organizaram as paradas gays, instituíram o tal Dia do Orgulho Gay, mobilizaram simpatizantes, fizeram lobby nos três poderes, Executivo, Legislativo e Judiciário, por direitos justos e legítimos, como plano de saúde para companheiros do mesmo sexo. Ao fim, os movimentos gays deram uma enorme contribuição para a lapidação das instituições democráticas e o Estado de Direito.

Os gays mobilizados, enfim, têm sido tão importantes nesta virada de século para a afirmação dos princípios fundamentais da Liberdade, da Igualdade e da Fraternidade, quanto o movimento sindical o foi em priscas eras.

Ocorre que de uns tempos para cá, pelo menos no Brasil, o que era um movimento está se transformando numa patrulha ideológica. As campanhas contra a discriminação se transformaram em pressão para que os adolescentes assumam suas porções femininas (ou masculinas, no caso das garotas). Está virando anomalia amar homens e mulheres —agora só se pode amar “pessoas”.

De vítimas, os gays estão se transformando em agressores. Se alguém acredita que ser gay não é o normal, que o normal é ser hetero, é logo taxado de homófobo. Tal qual Hitler com sua Gestapo, estão criando uma Patrulha do Pensamento, a Gaystapo.

Exagero? Homofobia? Ora, ora, lembro-me de um caso exemplar ocorrido meses atrás com o então-presidente da Eletrobrás, Valter Cardeal. Ele é o homem de confiança da ministra Dilma Roussef no setor elétrico. Pois foram pedir R$ 2 milhões ao presidente de Furnas, Luis Paulo Conde, para o patrocínio da Parada Gay do Rio de Janeiro. Conde, titubeante, até pensou em dar o dinheiro. Mas Cardeal vetou.

Ora, desde quando uma estatal elétrica tem a ver com opção sexual? Se está sobrando dinheiro em Furnas, que patrocine escolas e postos de saúde para os desabrigados das barragens e outras vítimas sociais de suas ações predatória. Isso é o certo. Que patrocinem ações de recuperação do meio ambiente — ou até mesmo ONGs ou seminários ambientais. Quem tem que patrocinar parada gay é a Johnson&Johnson, fabricante do KY do do Jontex, a Ambev ou a companhia marítima dona dos transatlânticos Eugenio C e Eugenio G.

Pois Valter Cardeal, num rasgo de sensatez, vetou a concessão da verba. Publiquei esse fato na imprensa. No dia seguinte, Cardeal foi alvo de passeadas, ameaças de processo e até de representação da Comissão de Direitos Humanos da OAB. A Gaystapo agiu rápido, implacável como os nazistas. Cardeal foi obrigado a pedir desculpas, voltou atrás e deu dinheiro para os gays. Foi um erro.

É provável que Temporão não esteja prevaricando, mas apenas sucumbindo à Gaystapo. É um ministro fraquinho, incompetente. Qualquer que seja a opção, é hora dos cidadãos que pagam impostos se manifestarem, de exigirem seriedade na gestão das verbas da Saúde. Instituir o Bolsa-Boiola é uma idéia que nem o imperador Heliogábalo teve o desplante de fazer.
Para ver o edital do pregão n.°142/2008, clique aqui.

Divulgação: Julio Severo

domingo, 21 de dezembro de 2008

Califórnia: grupo apresenta recurso para anular casamentos gays

Para grupo, apenas uniões entre homens e mulheres são válidas. Organização reúne católicos e evangélicos.

Os adversários do casamento entre homossexuais que derrubaram as uniões oficiais entre pessoas do mesmo sexo na Califórnia, em novembro passado, apresentaram nesta sexta-feira (19) um recurso para anular os 18 mil matrimônios gays legais efetuados em 2008 no estado.

A mesma organização que convocou um referendo sobre o casamento gay e derrubou a decisão que permitia tais uniões, em 4 de novembro passado, apresentou um recurso à Suprema Corte da Califórnia pedindo a anulação das uniões oficiais entre pessoas do mesmo sexo concedidas entre junho e novembro deste ano.

Em sua alegação, os membros da organização, que reúne várias igrejas evangélicas e católicas, afirmam que não há lugar para que o máximo tribunal do Estado ignore o resultado do referendo de 4 de novembro porque a consulta foi “muito clara”.

No referendo, os eleitores da Califórnia emendaram a Constituição estadual para declarar que “apenas é legal e reconhecido o matrimônio entre um homem e uma mulher”.

Emendas similares foram adotadas após referendos na Flórida, Arizona e Arkansas.

Os casamentos entre pessoas do mesmo sexo tinham sido legalizados em junho na Califórnia, após a decisão da Suprema Corte do estado que anulou um artigo do código civil que impedia este tipo de união oficial.

Nova ofensiva

Entre a decisão da Suprema Corte e a emenda constitucional impedindo o casamento gay, 18 mil casais homossexuais contraíram matrimônio na Califórnia.

Esta nova ofensiva dos grupos mais conservadores dos EUA ocorre após o Supremo da Califórnia aceitar três ações contra o resultado do referendo.

Os estados de Massachusetts e Connecticut ainda permitem o matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.

(Fonte: G1)

Polícia secreta interrompe culto, filma e investiga cristãos

CAZAQUISTÃO - Uma reunião de oração de domingo à tarde, realizada por uma igreja protestante na cidade de Aral, sofreu em outubro uma batida realizada pela polícia e polícia secreta sem mandado judicial.

Policiais filmaram aqueles que estavam presentes sem o consentimento deles, e intimou sete pessoas a comparecer à delegacia de polícia.

Eles também tentaram indiciar a líder da igreja, Indira Bukharbaeva, por crime administrativo, mas ela foi inocentada no início de dezembro.

Os acusadores tentaram punir Indira por liderar uma pequena igreja na cidade de Aral que teve o alvará de funcionamento negado. Mas, em uma atitude inesperada, em 4 de dezembro o juiz Artur Narimanov da Vara Administrativa de Aral a inocentou.

Um membro da Igreja Protestante Ortalyk, na capital comercial do país, Almaty, à qual a igreja de Aral é afiliada, disse que Indira não era culpada de nenhuma violação, e por isso o tribunal não poderia puni-la. “Todo o caso contra ela foi forjado, e o pré-julgamento do processo foi feito às pressas e em violação à Constituição do Cazaquistão.”

Quando a igreja solicitou o registro ao Departamento de Justiça de Aral, ele foi negado. O Departamento referiu-se à nova lei sobre religião que, segundo ele, logo estaria em vigor, apontou o membro da igreja.

O caso judicial contra Indira aconteceu depois que um encontro de oração liderado por ela em um domingo à tarde na casa de um membro da igreja, em 12 de outubro, foi invadido por oficiais da polícia secreta KNB e pela polícia local de Aral.

O cristão de Almaty disse que a igreja de Aral estava reunida para leituras bíblicas e orações quando policiais invadiram a casa, segurando três câmeras de vídeo, e começaram a filmar tudo imediatamente. “Eles nem sequer mostraram um mandado de busca autorizando a ação deles”, reclamou o cristão.

Os policiais interrogaram nove adultos e duas crianças presentes durante a operação e “forçaram” sete dos adultos a escrever depoimentos. Depois de colher os depoimentos, o oficial de polícia Talgat Tleukhanov disse aos membros da igreja que aparecessem na delegacia de polícia na manhã seguinte.

(Fonte: Portas Abertas)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Intolerância religiosa fecha cemitério para evangélicos

MÉXICO - Indígenas da comunidade de San Nicolás, no município de Ixmiquilpan, foram impedidos, por moradores católicos, de sepultar o corpo de Otilia Coroa Chávez, falecida na madruga do último sábado, no cemitério da localidade. Ela professava a fé evangélica e foi enterrada na segunda-feira, 15, em terreno ao lado de sua casa.

O advogado do grupo de evangélicos, Guillermo Cano, acusou as autoridades de não ter capacidade de diálogo, e de permitir que um grupo de católicos mantenha o poder, pois nada puderam fazer para permitir que o corpo de Otilia fosse sepultado no cemitério local.

Após várias horas de diálogo, autoridades do governo estatal decidiram levantar-se da mesa de negociações e permitir aos evangélicos que enterrassem Otilia em terreno ao lado da sua moradia.

“O governo estatal não teve capacidade para desvencilhar o assunto da intolerância religiosa, foto registrado há quase duas décadas na comunidade de San Nicolás”, denunciaram os evangélicos, segundo a agência de notícias mexicana Notimex.

Em San Nicolás existe conflito religioso há anos, ressurgido no último dia 24 de novembro com a proibição de usar o cemitério depois que os evangélicos construíram um templo que não agradou à comunidade católica.

(Fonte: Portas Abertas)

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Madrugada de articulações escusas para aprovar PLC 122 da homofobia

Por Julio Severo

De acordo com informação que acabo de receber da Dra. Damares Alves, assessora do Dep. Henrique Afonso, em plena madrugada desta quinta, 18 de dezembro, a Senadora Fátima Cleide, do PT, solicitou a votação urgente do PLC 122!

Engraçado que o PT da Senadora Cleide fala em democracia. Até mesmo os ativistas gays falam em democracia. E democracia pressupõe que as políticas devem ser debatidas abertamente e tudo deve ser feito na maior transparência.

Contudo, os “defensores” da democracia se esquecem dos princípios democráticos exatamente nos momentos mais necessários.

Quando estava na Câmara dos Deputados, o PLC 122 foi votado na surdina, e os idealizadores da manobra planejaram colocá-lo em votação num dia e hora em que os outros deputados não estivessem presentes. Assim foi aprovado o chamado projeto anti-“homofobia” na Câmara: sem nenhuma democracia.

Agora, o PT e seus aliados tentaram repetir a façanha antidemocrática no Senado, e teriam conseguido, se o senador Magno Malta não tivesse sido alertado em tempo.

De acordo com a Agência Senado, Malta protestou contra o que qualificou de manobra legislativa para a aprovação na madrugada desta quinta-feira (18) do Projeto de Lei nº 122, conhecido como projeto da homofobia. Ele disse ter recebido um aviso, às 5h, dando conta da existência de um requerimento assinado pelos líderes partidários no Senado para a concessão de regime de urgência para aprovação do projeto. Após confirmar com a Secretaria-Geral da Mesa a existência do documento, o senador disse que conversou com cada um dos líderes que negaram conhecer o conteúdo do projeto e acabaram por retirar suas assinaturas do requerimento.

— Esse projeto não conseguiu ganhar no debate, não ganhou nas comissões, e querem que ele ganhe na manobra — denunciou o senador.

Malta destacou trechos do PLC 122 que condenam uma pessoa à prisão se recusar-se a empregar um homossexual ou alugar um imóvel a ele.

Discursando depois de Malta, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) manifestou sua preocupação com a denúncia e disse que o PLC 122 realmente é motivo de inquietação para alguns senadores, entre os quais ele se inclui. Para Valter Pereira, a manobra é grave, pois revela que matérias de grande importância estão sendo aprovadas sem o devido cuidado no Congresso Nacional.

Os socialistas só defendem a democracia quando é conveniente. No caso do PLC 122, princípios democráticos são inconvenientes.

Antes mesmo de ser aprovada uma lei anti-“homofobia”, cristãos já estão sendo hostilizados como se tal lei já existisse.

Fátima Cleide, o PT e os grupos gays garantem que o PLC 122 é democrático. Então por que aprová-lo debaixo dos panos?

Por que manobrar de madrugada uma votação às pressas bem às vésperas de um grande feriado, na tentativa óbvia de deixar de fora a participação democrática de outros senadores?

Cadê a democracia?

Com informações da Agência Senado.

Fonte: Julio Severo
Título adapatado por Zenóbio Fonseca

Magno Malta denúncia manobra para aprovação de projeto da homofobia

O senador Magno Malta (PR-ES) protestou contra o que qualificou de manobra legislativa para a aprovação na madrugada desta quinta-feira (18) do Projeto de Lei nº 122, conhecido como projeto da homofobia. Ele disse ter recebido um aviso, às 5h, dando conta da existência de um requerimento assinado pelos líderes partidários no Senado para a concessão de regime de urgência para aprovação do projeto. Após confirmar com a Secretaria-Geral da Mesa a existência do documento, o senador disse que conversou com cada um dos líderes que negaram conhecer o conteúdo do projeto e acabaram por retirar suas assinaturas do requerimento.

De acordo com o senador, o acontecido reflete o fato de o projeto não ter sido devidamente debatido pelos senadores e demonstra também que os argumentos dos que defendem sua aprovação não são suficientes para convencer a maioria dos parlamentares.

- Esse projeto não conseguiu ganhar no debate, não ganhou nas comissões, e querem que ele ganhe na manobra - denunciou o senador.

Para Magno Malta, a matéria é polêmica, "eivada de sutilezas e de inconstitucionalidades" e não pode, por isso, ser discutida pelo viés da religião.

- Falar em discriminação é nefasto. É crime desrespeitar as pessoas. Não estou discutindo o homossexualismo, pois Deus deu livre arbítrio ao homem. Essa discussão também não é de religião. As pessoas não têm coragem de falar, mas a verdade é que esse projeto cria uma casta especial, pois dá aos homossexuais o que não foi dado aos negros, aos idosos, aos deficientes físicos ou aos índios - afirmou Magno Malta.

O parlamentar assinalou que, entre os dispositivos do projeto, está aquele que estabelece que uma pessoa pode ir presa se recusar-se a empregar uma pessoa homossexual ou alugar um imóvel a ela.

Ao discursar depois de Magno Malta, o senador Valter Pereira (PMDB-MS) manifestou sua preocupação com a denúncia e disse que o projeto realmente é motivo de inquietação para alguns senadores, entre os quais ele se inclui. Para Valter Pereira, a manobra é grave, pois revela que matérias de grande importância estão sendo aprovadas sem o devido cuidado pelo Parlamento.

- Descuidos e exageros estão sendo cometidos no nosso ordenamento jurídico. É preciso que fiquemos atentos para examinar muito bem as mudanças que nós estamos fazendo, pois hoje há uma febre de produção de lei nesta Casa - alertou Valter Pereira.

Fonte: Agência Senado

Fora missionários!

Decreto restringe entrada de missionários e ONGs em terras indígenas

Já está na Casa Civil, aguardando a assinatura do Presidente, mais um decreto de lei que restringe a entrada de missionários, pesquisadores e ONGs em terras indígenas.

Se assinado, pessoas físicas e jurídicas que queiram desenvolver atividades nas reservas indígenas terão que enviar ao Ministério da Justiça um plano de trabalho que especifique o objetivo do projeto. Dependendo da área, também será obrigada a entrega do plano ao Ministério da Defesa e ao Conselho de Defesa Nacional. Aqueles que já estão em área terão 180 dias para submeter seus projetos a tais órgãos e, possivelmente, terão que deixar a área até sair a aprovação.

Para o Diretor do Departamento de Assuntos indígenas da AMTB, Associação de Missões Transculturais Brasileiras, em termos práticos, grande parte desses projetos jamais será aprovada, “não por falta de consistência mas por causa da resistência ao evangelho. Lembremos que equipes missionárias já foram retiradas de terras indígenas no Brasil sem jamais conseguirem autorização para retornarem”, afirma o diretor Rocindes Corrêa.

Ricindes conta que a AMTB planeja uma reunião no Congresso Nacional, com os parlamentares da frente evangélica, na próxima quarta-feira, dia 17, logo após o culto semanal normalmente realizado as nove da manhã. “Na ocasião disponibilizaremos a cada um deles, e suas assessorias, uma cópia do nosso recém escrito Manifesto” (clique aqui para vê-lo!).

O decreto é parte da estratégia do governo para controlar a ação das organizações não-governamentais e coibir a biopirataria e a exploração ilegal de recursos no Brasil, especialmente por estrangeiros. O documento chegou à Casa Civil uma semana antes do julgamento da demarcação da terra indígena Raposa Serra do Sol (RR) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcado para amanhã, dia 16.

Manifesto defende missionários em campos indígenas

Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lança manifesto respondendo às principais críticas feitas à evangelização indígena.


Três recorrentes questionamentos são feitos com relação à presença missionária evangélica entre os povos indígenas do Brasil. O primeiro é de que tal presença destrói a cultura dos índios, o segundo acusa os missionários de utilizarem o trabalho social como fachada para a evangelização e, o terceiro, aponta a presença missionária em área indígena como ilegal.

Foi para responder a tais acusações que a Associação de Missões Transculturais Brasileiras (AMTB) lançou, na última semana, seu manifesto oficial.

O manifesto começa com um resumo da situação atual dos índios no Brasil. Ressalta o quanto o universo indígena é heterogêneo, sendo formado por uma grande diversidade cultural e lingüística. “A realidade de um grupo indígena não é a realidade de todos, bem como sua jornada”, explica o relatório. “O universo indígena é formado tanto pelos índios citadinos semi integrados ao ambiente não indígena, quanto pelos índios da floresta que desejam manter distância, e por um leque enorme de categorias entre estes dois pontos”, completa.

Seu relatório segue com a demonstração de como a cultura humana é dinâmica provocando e sofrendo processos de mudanças. Seja por motivações internas ou a partir de trocas interculturais, “cabe ao próprio grupo refletir sobre sua organização social, tabus e crenças. Cabe também ao próprio grupo promover, ou não, ajustes sociais que julguem de benefício humano”, ressalta a AMTB.

O antropólogo Rouanet também é citado no manifesto, bem como sua visão de que “a cultura humana não é o destino do homem e sim seu meio de liberdade”. Dessa maneira, “é também respeito cultural conceber ao indígena o direito de realizar escolhas, voluntárias e desejadas, dentro de seu próprio bojo pessoal e social”, afirma o relatório da AMTB.

Em outras palavras, toda e qualquer sociedade e cultura está em constante transformação e exposta a diversas influências e, a cultura indígena, não é exceção. Sendo que a influência religiosa, e, no caso, das missões evangélicas, trata-se de apenas mais uma entre tantas, não sendo nem mesmo a principal. Assim, ela não deve ser condenada desde que esteja ocorrendo de forma aceitável, isto é, sem imposição.

O manifesto ressalta como toda “imposição é nociva e desrespeitosa” e “nenhum elemento deve ser imposto a uma sociedade, seja indígena ou não indígena, sob nenhum pressuposto”.

Assim, “as motivações missionárias evangélicas para o relacionamento com as sociedades indígenas devem ser igualmente respeitadas. Motivação religiosa não deve ser confundida com imposição religiosa”, observa a AMTB.

Catequização X Evangelização
- Tal confusão é feita com freqüência pela sociedade e órgãos responsáveis. O manifesto aponta o quanto há grave diferença entre a catequese e a evangelização.

A evangelização difere-se da catequese em relação ao conteúdo, abordagem e comunicação. O conteúdo da catequese é a Igreja, com seus símbolos, estrutura e práticas, sua eclesiologia. O conteúdo da evangelização é o evangelho, os valores cristãos centrados em Jesus Cristo. A abordagem da catequese é impositiva e coercitiva. A abordagem da evangelização é dialógica e expositiva. A catequese se comunica a partir dos códigos do transmissor, sua língua e seus costumes importando e enraizando valores. A evangelização se dá com a utilização dos códigos do receptor, sua língua, cultura e ambiente, respeitando os valores locais e contextualizando a mensagem.

Bráulia Ribeiro, missionária e ex-presidente da Jocum (agência missionária Jovens com Uma Missão), em entrevista para CRISTIANISMO HOJE (confira a entrevista), observou que “o trabalho considerado `religioso´ só acontece em populações aculturadas e a pedido destas mesmas populações. Não existe, pelo menos de nossa parte, uma `catequese´ sistemática. Tudo acontece no contexto de relacionamento”.

A diferenciação entre catequese e evangelização torna-se essencial visto que sua não clareza é fonte para diversas criticas às missões indígenas evangélicas. Além disso, o histórico das relações catequistas no passado entre colonizadores e índios, também geram controvérsia em relação às influências para as culturas indígenas.

O manifesto afirma que a postura antropológica brasileira, não intervencionista, é, em grande parte, “influenciada também pela culpa coletiva pelo passado, pela forma desastrosa como os indígenas foram julgados e condenados”, o que é compreensível. Porém, a AMTB também atenta para o fato de que “postura semelhante se viu na Alemanha pós-nazista que, de uma xenofobia causticante, se extremou por algum tempo nos caminhos de uma tolerância radical ao diferente, qualquer diferente, mesmo o nocivo socialmente”.

“O mito da tolerância cultural absoluta nos tirou a capacidade de perceber os seres humanos por trás da coletividade indígena”, afirma Bráulia. Assim, o manifesto defende a idéia de que as chamadas mudanças culturais, em lugar de causar rápida rejeição, devem ser observadas de forma mais íntegra, ou seja, se tais mudanças são voluntárias e desejadas.

“O machismo, na América Latina, embora seja cultural, é atacado e limitado por políticas públicas que vêem neste elemento cultural um dano ao próprio homem e sociedade. O jeitinho brasileiro, que patrocina a corrupção e tolerância de pequenos delitos, apesar de ser resultante de elementos também culturais não deixa de ser compreendido como nocivo ao homem. Como tal não é aceito pela sociedade como desculpa para a continuidade de práticas danosas à vida. O mesmo poderíamos falar a respeito do racismo. Nestes três casos a universalidade ética é evocada e aceita de forma geral pela sociedade e os direitos humanos são reconhecidos. Por que não no caso de elementos culturais nocivos à vida, como o infanticídio e conflitos étnicos, em contexto indígena?”, questiona a AMTB.

Missionários e a conservação da cultura indígena
- Aryon Rodrigues, autor de Línguas indígenas — 500 anos de descobertas e perdas, estima que, na época da conquista, eram faladas 1.273 línguas, ou seja, perdemos 85% de nossa diversidade lingüística em 500 anos. “Precisamos perceber que a perda lingüística está associada a perdas culturais complexas, como a transmissão do conhecimento, formas artísticas, tradições orais, perspectivas ontológicas e cosmológicas”, observa o relatório. Aqui, mais uma vez compreendemos o “medo histórico” da influência na cultura dos índios.

“Mas, em uma observação imparcial, destituída de pressupostos discriminatórios quanto à evangelização, perceberíamos que diversas sociedades indígenas que mantém um relacionamento mais próximo com missionários evangélicos valorizam mais sua própria cultura e língua do que no passado”, observa o manifesto.

O que é justificável se considerarmos que “muitas línguas teriam desaparecido se não houvesse o trabalho lingüístico feito pelos missionários. No esforço para alfabetizar e traduzir a Bíblia, é preciso fazer a análise lingüística e a descrição gramatical dos idiomas nativos. Então, essas línguas são estudadas profundamente”, como afirma o pastor Edward Gomes da Luz, presidente da MNTB (Missão Novas Tribos do Brasil).

“Nenhum lingüista de qualquer universidade se aprofunda tanto nesse trabalho quanto os missionários cristãos. Finalmente, vem a tradução da Bíblia, a escrita de histórias pela própria comunidade, os mitos etc. Com isso, acontece o registro dos códigos daquela língua – e efetivamente, a sua perenização”, completa Edward Gomes, também em entrevista ao CRISTIANISMO HOJE.

O pastor completa que “a língua é a expressão da alma, da cultura de um povo, e evidentemente é preciso conhecer profundamente a cultura também'. Além disso, 'é sabido que a lingüística e a antropologia têm o seu berço nos relatos dos missionários. Provavelmente, o último símbolo lingüístico descoberto, a `glotal sonora´, foi descrito por um missionário chamado Valteir, que trabalhou com o povo dow do Amazonas”, exemplifica Edward.

Segundo a AMTB, muitas línguas com risco de extinção ou experimentando épocas de desvalorização junto ao próprio grupo foram e são alvo de projetos lingüísticos que tendem grafá-las, produzir cartilhas de alfabetização, fomentar o seu uso e garantir sua existência para a próxima geração. O manifesto mostra como os lingüísticos evangélicos atuam na produção de material de relevância para a preservação lingüística e seu uso em meio ao próprio povo em cerca de 80 idiomas no momento. 'Trabalho este nem sempre reconhecido pelo segmento acadêmico, por discriminação religiosa e pela intenção de tradução da Bíblia para tais línguas”, lamenta o relatório.

Presença missionária ilegal?
- O manifesto da AMTB afirma ter seguido as orientações da IN 2 expedida pela presidência da FUNAI em 1994, ao ingressar com pedido, em tempo hábil, de celebração de convênios. No entanto, “esse órgão, aparentemente, não deu o devido valor à própria legislação que expediu”, conforme afirma o relatório, já que até hoje as agências missionárias não obtiveram resposta quanto a este processo.

Os missionários, porém, receberam abaixo-assinados de várias comunidades indígenas solicitando sua permanência nas aldeias. “Portanto, se nenhum missionário está em área indígena portando documento de permissão de ingresso emitido pela FUNAI-Brasília, possui a documentação mais importante de todo o processo de concessão de entrada nas áreas indígenas: a permissão dos próprios indígenas”, afirma a AMTB em seu relátório.

“Além do mais, no geral, as atividades missionárias são desenvolvidas em harmonia com as diversas ADRs [Agência de Desenvolvimento Regional] ao redor do país. Em outras palavras, os missionários não estão ilegais nas aldeias, embora não estejam regulamentados pelo órgão oficial responsável pela política indígena do Brasil”, completa o manifesto.

Edward Gomes da Luz observa que “infelizmente, existe uma discriminação contra os missionários, e sempre somos vistos como maléficos e prejudiciais aos índios. É este conceito que tem influenciado as decisões dos juízes – e não os fatos, a verdade”.

Projetos sociais - “Quando fizemos o contato com os zo’é, eles estavam sendo dizimados por malária Falciparum, endêmica na região. Com um tratamento intenso, conseguimos reverter o quadro e a população passou a crescer 10% ao ano. Se não tivéssemos feito o contato, eles teriam desaparecido em pouco tempo”, observa o presidente da MNTB.

Baseado em exemplos como este, o manifesto da AMTB afirma estar certo de que “as centenas de ações sociais, sobretudo nas áreas de saúde, educação e valorização cultural, coordenadas por missionários evangélicos têm contribuído, e muito, para o aumento populacional e melhor qualidade de vida entre as etnias indígenas em nosso país”.

Segundo o relatório, “há dezenas de casos, como os Dâw, Wai-Wai, Nadëb e tantos outros que passaram por um verdadeiro ciclo de crescimento populacional, restauração da valorização da cultura e língua e melhoria de qualidade de vida através de projetos missionários durante décadas em seu meio”.

Em 2007 as agências missionárias evangélicas promoveram mais de 50.000 atendimentos médicos e odontológicos entre as populações indígenas em nosso país através de agentes de saúde permanentes ou clínicas móveis em terra indígena.

“Atualmente a Igreja evangélica tem repensado cada vez mais o seu papel como agente de transformação Social. Numa visão de evangelho integral, iniciativa e projetos surgem a cada dia, é natural que tais iniciativas contemplem também os povos indígenas”, observa o manifesto.

O relatório também lamenta que a linha de isolamento da política indigenista seja uma barreira para que recursos humanos, materiais e de tecnologia social, oriundos dos segmentos evangélicos possam chegar aos indígenas que, como seres humanos e brasileiros têm direitos e necessidades.

Fonte: Cristianismo Hoje

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Mãe se alarma pela omissão de palavras Cristãs num dos mais famosos dicionários infantís do mundo


Uma mulher da Irlanda do Norte, mãe de quatro crianças, expressou esta semana o seu horror pelo número de palavras associadas ao Cristianismo que foram retirados da última edição do Dicionário Oxford Júnior.

Palavras relacionadas com o Cristianismo como “bispo”, “capela”, “discípulo”, “ministro”, “pecado” e “diabo”, foram substituídas por palavras como “blogue”, “biodegradável”, “leitor de MP3”, “democrático”, e “celebridade”, na edição de 2007 do popular dicionário infantil.

Apesar da nova versão do dicionário ter sido publicada no ano passado, a remoção das palavras passou largamente despercebida até Lisa Saunders, a mãe de quatro filhos, as ter apontado.

Ela apercebeu-se inicialmente da omissão de palavras durante a realização dos trabalhos de casa com o filho, quando não conseguiu encontrar as palavras “musgo” e “feto”, que se encontravam em edições até ao ano 2003, mas não foram incluídas na versão de 2007, reportou o jornal The Telegraph.

A descoberta levou Saunders a comparar as entradas de edições mais antigas, desde 1978, 1995, 2000, 2002 e 2003, com as últimas do dicionário júnior.

“Eu fiquei completamente horrorizada com o grande número de palavras que foram descartadas”, contou ela ao The Telegraph em Londres. “Sabemos que a língua evolui, e não devemos ser retrógrados, mas também não se pode destituir centenas de palavras importantes em troca de vocabulário das novas tecnologias.”

Vineeta Gupta, director para a área de dicionários juvenis da Oxford University Press (OUP), disse ao The Telegraph que foram feitas alterações a fim de reflectir uma sociedade “multicultural”.

“As pessoas já não costumam ir à igreja como antes. Temos um entendimento da religião inserida no multiculturalismo, razão pela qual algumas palavras como “Pentecostes” teriam estado presentes há 20 anos atrás mas agora não”, disse ele.

“A fé Cristã ainda tem forte adesão”, observou Saunders, segundo o The Telegraph. “Erradicar tantas palavras associadas ao Cristianismo terá um grande efeito sobre as inúmeras escolas primárias que as usam.”

A decisão da OUP de descontinuar certas palavras é uma forma de “engenharia verbal”, escreveu recentemente Erin Manning no conservador blogue da Beliefnet, Crunchy Con.

Manning citou o teólogo moral Católico William Smith, que dizia: “Toda a engenharia social é precedida por engenharia verbal.”

“Afinal de contas, a Europa não nasceu como uma entidade secularista pós-moderna no final do século XX. Sem entendermos o passado rico e cheio de história não temos contexto onde nos situarmos no presente ou para visionar um futuro promissor.”

O dicionário foi criado para crianças acima dos 7 anos de idade e inclui cerca de 10.000 entradas, palavras e expressões.
fonte: Gnoticias

domingo, 14 de dezembro de 2008

Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva confirma que a pílula anticoncepcional provoca aborto

Ellen M. Rice

LifeSiteNews.com, 12 de dezembro de 2008 — Em meio a um debate atual entre os ativistas pró-vida sobre se classificar a pílula anticoncepcional como abortiva ou contraceptiva, ativistas pró-aborto publicaram uma declaração oficial confirmando que a pílula anticoncepcional impede a implantação de embriões, provocando assim abortos.

Num suplemento à sua edição de novembro de 2008, a mais importante revista de saúde reprodutiva, a Fertility and Sterility, publicou declaração oficial da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (SAMR) intitulada “Contracepção hormonal: recentes avanços e controvérsias”.

Num resumo do desenvolvimento da contracepção nos Estados Unidos, a declaração considerou os anticoncepcionais orais o método reversível “mais amplamente utilizado”. Na “ampla variedade” de anticoncepcionais orais que são disponíveis, os “mecanismos de ação” são os mesmos, disse a declaração: “inibição da ovulação, alteração no muco cervical, e/ou modificação do endométrio, impedindo assim a implantação”.

Ativistas pró-vida que se opõem ao aborto, mas não à contracepção, há muito tempo consideram a pílula anticoncepcional como uma opção contraceptiva ética, ao contrário do DIU, que provoca abortos impedindo a implantação. Contudo, a declaração da SAMR indica claramente que a pílula é medicamente classificada como uma droga que age “impedindo a implantação”, causando assim a morte de um embrião fertilizado — um ser humano vivo e único.

Um grande volume de literatura apóia essa declaração, inclusive artigos de Fertility and Sterility. O mais importante deles é um estudo de 1996 feito por um grupo de ginecologistas da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, que concluiu que “a receptividade uterina debilitada” é “um mecanismo pelo qual as pílulas anticoncepcionais orais exercem suas ações contraceptivas”.

Divulgação: www.juliosevero.com

Fonte: LifeSiteNews

EUA:Importante líder evangélico se afasta após apoiar união gay

Reverendo disse em entrevista que acreditava em ‘uniões civis’ e que estava mudando sua opinião.

O reverendo Richard Cizik, uma voz sincera e conservadora do cristianismo evangélico na política dos Estados Unidos, se retirou na quinta-feira, 11, da Associação Nacional de Evangélicos (NAE), depois de uma entrevista para uma rádio em que defendeu união entre pessoas do mesmo sexo e disse estar “mudando” sobre o casamento gay. Os comentários do reverendo - feitos no dia 2 de dezembro na National Public Radio - desencadearam um tumulto que levou à sua saída da vice presidência da NAE.

Uma figura permanente em Washington por cerca de três décadas, Cizik teve um papel crucial em trazer questões evangélicas para a política. Votos evangélicos foram centrais nas duas eleições de George W. Bush, por exemplo. Mas em anos recentes, Cizik ganhou inimigos no movimento, por forçar a ampliação da agenda evangélica. Seu foco mais forte era o “cuidado com a criação”, argumentando que os evangélicos têm responsabilidade com o meio ambiente, o que envolve lutar contra o aquecimento global.

O reverendo Leith Anderson, presidente da NAE, disse na quinta-feira, 11, que o grupo não está se afastando de suas responsabilidades ambientais. A saída de Cizik foi necessária, disse, pois algumas de suas respostas à rádio não correspondem aos valores da NAE.

Cizik não respondeu ao pedidos de entrevista na quinta-feira, 11. A NAE disse que o reverendo expressou arrependimento, se desculpou e “afirmou seus valores.”

Anderson disse que “uma cobinação de coisas” que Cizik disse na entrevista levou a esse desfecho, incluindo seu comentário sobre o casamento gay: “Estou mudando, tenho que admitir. Em outras palavras, eu diria que acredito em uniões civis. Eu não apoio redefinir o casamento em sua definição tradicional, não acredito.”

Alguns evangélicos viram isso como um “tapa na cara”, disse David Neff, editor da revista Christianity Today e membro do comitê executivo do NAE. “Ele parecia estar abandonando a única coisa em que os ativistas evangélicos sentiam ter feito a diferença nos últimos tempos”, disse, se referindo à proibição do casamento gay em três Estados nos Estados Unidos.

Ainda, a comunidade estava desapontada pois Cizik disse ter votado em Barack Obama nas primárias do partido Democrata, disse Anderson. Cizik também deu a entender ter votado em Obama em novembro.

Fonte: AP
Via: Notícias Cristãs