terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

EMBRIÃO HUMANO: pessoa ou coisa?

O Supremo Tribunal Federal decidirá a questão em 05 de março de 2008.


(julgamento da ADI 3510, contra o artigo 5º da Lei de Biossegurança, que permite a destruição de embriões humanos).

No dia 24 de março de 2005, o Presidente Lula sancionou a Lei de Biossegurança (Lei 11.105 de 24 de março de 2005), vetando alguns dispositivos, mas mantendo intacto o art. 5°, que permite a destruição de embriões humanos. A Lei entrou em vigor com sua publicação no Diário Oficial da União em 28 de março de 2005.
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No dia 30 de maio de 2005, o então Procurador Geral da República Dr. Cláudio Fontelles ajuizou a Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 3510 (ADI 3510) contra o art. 5° da Lei de Biossegurança (Lei n.º 11.105/05) que permite a destruição de embriões humanos. _______________________________________________________

No dia 20 de abril de 2007, o Supremo Tribunal Federal, pela primeira vez na história, abriu suas portas para uma audiência pública. O objetivo era instruir os Ministros sobre "quando começa a vida humana". A discussão se dividiu entre os que afirmaram o óbvio e aqueles que tentaram negar o óbvio.

É interessante notar que nenhum dos oradores favoráveis à destruição de embriões ousou dizer que eles não eram indivíduos humanos. Quando muito, disseram que "não sabiam". De um modo geral, tentaram dizer que essa questão não tem importância, diante da perspectiva de cura de doenças degenerativas mediante o uso de células-tronco embrionárias.

Como, porém, estavam debatendo com cientistas pró-vida de alto gabarito, não puderam fazer no Supremo a propaganda enganosa que fizeram na Câmara e no Senado. Foram constrangidos a admitir que até hoje ninguém foi curado com transplante de células-tronco embrionárias, ao passo que a pesquisa com células-tronco adultas (que não requerem a destruição de embriões) tem tido grande sucesso terapêutico.


O que ficou patente, porém, em toda a discussão, foi o medo de que o pedido da ação seja julgado procedente e o artigo 5º da Lei de Biossegurança seja declarado inconstitucional. Os defensores da destruição de embriões humanos deixaram claro que tal decisão seria um golpe fatal na causa abortista. Confessaram que tratar os embriões humanos como pessoas tornaria inviável a fertilização in vitro, uma vez que a perda de tais embriões está no cerne de sua manipulação em laboratório.

Eles têm razão de ter medo. Mas também é de se temer que, se o Tribunal decidir de outro modo, ocorra no Brasil uma tragédia semelhante à ocorrida nos Estados Unidos em 1857, quando a Suprema Corte decidiu que os negros não eram pessoas (caso Dred Scott versus Sandford) ou em 1973, quando a mesma Corte decidiu que os nascituros não são pessoas (caso Roe versus Wade).

O julgamento está previsto para a sessão do dia 5 de março de 2008, no Supremo Tribunal Federal. No banco dos réus: os seres humanos em estágio embrionário.

Se o embrião humano é pessoa:
Ele tem dignidade humana;
não pode ser manipulado, congelado ou destruído;
não pode ser instrumentalizado para pesquisas ou terapias.

Se o embrião humano é coisa:
Ele não merece respeito algum;
pode ser manipulado, congelado ou destruído;
pode ser usado como simples material biológico.

A maioria considerada inútil e 'sacrificável' – judeus, ciganos, russos, e outros prisioneiros subumanos – era que virava forragem científica"(BLACK, Edwin. Guerra contra os fracos: a eugenia e a campanha dos Estados Unidos para criar uma raça dominante. São Paulo: A Girafa, 2003. p.583)

Fonte: Provida de Anápolis

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Entre em contato com os Ministros do Supremo:http://www1.stf.gov.br/institucional/quemequem/quemequem.asp


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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Estudantes cristãos são atacados com facões

NIGÉRIA - Um policial foi morto e dois adolescentes cristãos ficaram feridos na cidade de Sumaila, no Estado de Kano, na sexta-feira dia 8 de fevereiro, quando estudantes muçulmanos romperam em ira e acusaram estudantes cristãos de escreverem um artigo blasfemando contra o profeta islâmico Maomé.

O inspetor Jibrin Garba, que também era cristão, foi morto em um posto policial após o ataque a uma escola pública secundária em Sumalia.

Um dos jovens que foi esfaqueado, Ahmadu Inuwa, disse que o aluno cristão acusado, Ashiru Danlami, não poderia ter escrito o artigo, uma vez que não sabia quase falar inglês, muito menos escrever. Ahmadu diz que as autoridades certificaram-se deste fato.
O Reverendo Samaila Kogo, da Igreja Evangélica da África Ocidental (ECWA, em inglês), de Sumaila, disse ao Compass que suas investigações mostraram que os estudantes muçulmanos escreveram e publicaram o artigo com o pretexto de atacar os estudantes cristãos. Ele diz que essa estratégia é usada em muitos lugares na Nigéria para forçar a expulsão dos estudantes cristãos.

"As autoridades da escola investigaram as acusações dos estudantes muçulmanos e chegaram à conclusão de que Ashiru não era culpado, mas por causa do desejo das autoridades de manter a paz, Ashiru foi expulso apenas para agradar aos alunos muçulmanos", disse o reverendo ao Compass.

O Reverendo Sumaila disse que Ashiru fora suspenso da escola como uma tentativa de fazer com que o plano de ataque aos alunos cristãos não fosse levado a cabo, mas isso não aconteceu. Ao contrário, o plano recebeu apoio dos muçulmanos locais.

Ataque executado

"Apesar de Ashiru ter sido suspenso, o plano de atacar os estudantes cristãos foi executado e os forçou a fugirem da escola", disse o reverendo. "Foi então que as autoridades da escola e a polícia se encontraram e resolveram assegurar que os alunos pudessem voltar às aulas em segurança".

Apesar da promessa de que nada os aconteceria, apenas dois dos 57 cristãos ousaram voltar à escola. Ahmadu e Isiaku Dogo - alunos do último ano que se formariam em poucos meses - sentiram que precisavam ir à escola para se prepararem para as provas finais. Estudantes muçulmanos os atacaram com facas e facões.

Fontes cristãs relataram que após ferirem os dois estudantes, os alunos muçulmanos foram até a delegacia de polícia da cidade, mataram um policial cristão e incendiaram o local.

Este foi o segundo incidente ocorrido em menos de três meses. Durante as eleições do conselho local, em novembro último, muçulmanos atacaram cristãos na cidade de Gani, na área do conselho governamental local da Sumaila, e mataram uma pessoa porque um candidato cristão concorreu a uma vaga na Câmara dos Deputados pela primeira vez.

Vítima Advertida

O Reverendo Murtala Marti Dangora, secretário da Associação Cristã da Nigéria (CAN, em inglês), do Estado de Kano, disse que o Escritório da Divisão Policial (DPO, em inglês) de Sumaila avisara a CAN que a polícia tinha avisado à escola para suspender Ashiru como uma medida preventiva, mesmo sabendo que ele não havia escrito o artigo que continha a blasfêmia.

"O DPO nos disse que aconselhou que a escola suspendesse o aluno cristão por razões de segurança, mas isso não queria dizer que o aluno tivesse realmente cometido o crime de blasfêmia", disse o Reverendo Murtala. "O DPO disse que aquilo era para evitar que o usassem como desculpa para outro ataque a alunos cristãos".

As autoridades escolares concluíram que estudantes muçulmanos foram responsáveis pelo artigo para que pudessem ter uma justificativa para atacar os cristãos, ele disse. Então, na quinta-feira, dia 7 de fevereiro o diretor Alhaji Shehu Umar se dirigiu aos alunos muçulmanos e pediu que eles aprendessem a viver em paz com os cristãos.

O pedido não foi recebido muito bem pelos alunos muçulmanos, diz o reverendo, porque eles suspeitaram que o diretor estivesse tentando frustrar o plano que eles tinham de atacar os cristãos.

Inocente

De acordo com Ahmadu, muçulmanos da escola e da cidade pressionaram para que Ashiru fosse suspenso indefinidamente como punição, apesar das autoridades da escola terem chegado à conclusão de que o jovem era inocente.

A carta de suspensão de Ashiru, recebida por seus pais, não apresentava o motivo real que era de enfraquecer a tensão com os muçulmanos.

"Viemos por meio desta, comunicar a suspensão por tempo indefinido de Ashiru Danlami por ter violado as regras e os regulamentos da escola depois de tê-lo advertido por diversas vezes", declarava a carta. "O aluno deverá vir à escola acompanhado dos pais ou responsáveis para mais esclarecimentos na data acima, impreterivelmente".

A carta não diz a data em que Ashiru deverá ir à escola com os pais. Está assinada pelo vice-diretor em nome do comitê de disciplina.

Estratégia para prejudicar educação

O Rev. Murtala concorda com o Rev. Sumaila de que há muito não é segredo de que as acusações de blasfêmia contra Maomé se tornaram uma tática dos alunos muçulmanos e apoiadores islâmicos do norte da Nigéria para expulsar os alunos cristãos das escolas públicas. O reverendo citou vários ataques do mesmo tipo em várias escolas no Estado.

"A mesma história foi usada na escola pública secundária Gwarzo, onde alunos cristãos foram atacados e expulsos à força em outubro do ano passado", disse o Rev. Murtala. "Eles também usaram a mesma estratégia na escola Kura, há três anos, e na faculdade pública Tudum Wada Dankadai, no ano passado, e agora está acontecendo na escola Sumaila".

O reverendo diz que não há mais alunos cristãos nessas escolas. "Essa é sem dúvida a estratégia que está sendo usada pelo governo do Estado de Kano para manter as crianças cristãs fora das escolas públicas", acrescentou o Rev. Murtala.

Ele diz também que a tática de manter os cristãos fora da escola traria muito prejuízo uma vez que muitos deles são pobres e dependem da escola pública para educar seus filhos. O reverendo apelou para que o governo nigeriano salvasse os alunos cristãos da extinção e de terem a educação, que é a coisa mais importante para seu bem-estar, negada.

Fonte: Portas Abertas

Investigadores britânicos querem descobrir por que se acredita em Deus

Um grupo de cientistas da Universidade de Oxford, Reino Unido, vai gastar dois milhões e meio de euros para descobrir por que é que as pessoas acreditam em Deus.

Os investigadores do Centro Ian Ramsey para a Ciência e Religião e do Centro de Antropologia e da Mente, em Oxford (Reino Unido), vão desenvolver uma "abordagem científica ao porquê de se acreditar em Deus e a outros assuntos em torno da natureza e da origem da crença religiosa", explicaram na edição de hoje do jornal "The Times".

Os cientistas não tentarão responder sobre se Deus existe ou não: eles vão investigar se a crença em Deus foi uma vantagem que contribuiu para a sobrevivência e evolução da espécie humana, ou, ao contrário, se a fé é, tal como outras características do Homem, um produto dessa evolução.

“Estamos interessados em explorar exactamente de que forma a crença em Deus é um fenómeno natural [na espécie humana].

Achamos que há mais de natural do que muitas pessoas supõem", adiantou o psicólogo Justin Barret. O cientista compara os crentes a crianças de três anos de idade, que "assumem que os adultos sabem praticamente tudo o que há para saber".

Justin Barret, que é cristão, explicou que a tendência das crianças para acreditar na omnisciência dos outros, que é necessária para permitir que os seres humanos socializem e cooperem, é atenuada pela experiência ao longo do crescimento, mas continua no que diz respeito à crença em Deus. “Geralmente ela continua na vida adulta", afirmou o investigador britânico, rematando: acreditar "é fácil, é intuitivo, é natural".

O estudo vai também tentar demonstrar se a crença na vida depois da morte é algo que tem de ser ensinado ou se é uma característica inata ao Homem, produto da selecção natural, tal como procurará investigar outras questões, por exemplo se os conflitos religiosos são inerentes à natureza humana.

Os cientistas vão relacionar a religião com a biologia evolutiva, recorrendo ainda a outras disciplinas científicas ligadas à mente, da neurociência à linguística. O estudo conseguiu o financiamento de 2,5 milhões de euros da Fundação John Templeton, que apoia pesquisa em religião, ciência e espiritualidade, e terá a duração de três anos.

Fonte: Notícias Cristãs

Dois advogados cristãos recebem visitas de pastores

VIETNÃ - Os advogados cristãos Nguyen Van Dai e Le Thi Cong Nhan, que tiveram suas sentenças reduzidas em um ano devido à pressão internacional, raramente podiam receber uma visita que não fosse de membros da família, mas quatro pastores conseguiram vê-los no dia 31 de janeiro.

Quem liderou a visita foi o reverendo Nguyen Van Quang, um controverso ex-prisioneiro político, que pastoreia a igreja não-registrada Ho Chi Minh. Ele e mais três pastores pertencentes à minoria montagnard obtiveram permissão de visitar os advogados na prisão Nam Ha, em Nam Dinh, sul de Hanói no dia do ano-novo.

O caso dos dois advogados acusados de ameaça à “segurança nacional” no ano passado é de grande interesse dos grupos de defesa dos direitos humanos.

Em uma apelação ao Supremo Tribunal do Vietnã em novembro de 2007, a condenação por “propaganda contrária à República Socialista do Vietnã” foi confirmada pelas autoridades, mas acredita-se que a exposição do caso na mídia internacional contribuiu para a redução das sentenças em um ano.

Condenações

Após um julgamento que durou apenas quatro horas, em 11 de maio de 2007, Nguyen Van, de 38 anos, foi condenado a cinco anos de prisão e quatro de prisão domiciliar.

Le Thi Cong, de 28 anos, recebeu uma sentença de quatro anos de prisão e três de prisão domiciliar. Os advogados negaram todas as acusações feitas pela mídia estatal de que eles tivessem juntando “provas sobre a opressão do regime com base na religião protestante”.

Permissão rara

De acordo com o reverendo Quang, inicialmente as autoridades negaram seu pedido sob o argumento de que as visitas eram apenas para os familiares.

O reverendo argumentou que outros estrangeiros já tinham obtido permissão para visitas, referindo-se a um precedente ocorrido em outubro de 2007 quando uma delegação da Comissão Norte-Americana para a Liberdade Religiosa Internacional os visitou.

Ele também disse que se o pedido fosse negado consideraria participar de vigílias de oração por motivos políticos que acontecem em Hanói desde o meio do mês de dezembro e que vem reunindo centenas de católicos que pedem o retorno de um representante papal no país e a devolução de propriedades confiscadas desde 1954.

Batismo na prisão

Para sua surpresa, o reverendo Quang e mais três pastores obtiveram permissão para visitar os advogados cristãos. O reverendo relata que durante essa visita sem precedentes eles “ordenaram” Nguyen Van e batizaram Le Thi Cong que já havia se preparado para o batismo mas não pode recebê-lo por conta da prisão.

“Ela é uma mulher incrível. Muito forte e corajosa”, disse o reverendo a um parceiro. “Seu testemunho na prisão fez com que ela encontrasse oposição por parte de algumas de suas companheiras de prisão”.

O reverendo Quang,que tem uma experiência considerável em prisões, disse que a aconselhou em relação ao posicionamento que deveria tomar frente à oposição das gangues da prisão. Ele prestou 15 meses de uma sentença de três anos por “perturbar” um ataque policial em sua igreja antes de ser solto em agosto de 2005.

O reverendo disse que não ordenou Nguyen Van pastor menonita, e sim “ministro de Cristo”. Um líder cristão no Vietnã disse ao Compass que a ocasião seria mais bem compreendida como uma “oração dentro da prisão”.

Fonte: Portas Abertas

Liberdade de expressão dos atletas olímpicos é questionada

CHINA - Os comitês olímpicos europeus, que enfrentam a questão dos direitos humanos na China antes dos Jogos de Beijing, têm anunciado em sua maioria liberdade de expressão aos atletas, mas alguns tentam evitar qualquer incidente diplomático.

Os atletas mais vigiados serão os britânicos. O Comitê Olímpico obrigará os esportistas a assinar um contrato no qual se comprometem a não falar de questões políticas sensíveis como os direitos humanos no Tibet.

O objetivo é evitar que os atletas transformem as Olimpíadas em tribuna política, como foi o caso no México em 1968 com os militantes dos direitos cívicos dos Estados Unidos.

"Se for feita uma pergunta direta a uma pessoa e esta responder, não há problema", afirmou um porta-voz do Comitê Britânico.

"Este assunto é revelador da falta de valor que caracteriza hoje em dia algumas autoridades do movimento olímpico", lamentou a organização Repórteres Sem Fronteiras em um comunicado.

"O COI segue mudo sobre a situação dos direitos humanos na China. Por que os comitês olímpicos nacionais reagiriam diferente?".

Sem censura
Muitos não parecem dispostos a calar seus atletas. Na Noruega, as autoridades incentivam os esportistas a se expressarem.

"Como regra geral, nossos atletas são animados a mostrar sua amplitude de opiniões e expressar seus compromissos", disse Martin Hafsahl, porta-voz do Comitê Olímpico e Paraolímpico Norueguês.

Mais de 100 atletas noruegueses que buscam vaga nas Olimpíadas participaram em dois seminários sobre as liberdades, direitos humanos e a situação política na China.
Outros, italianos, holandeses ou espanhóis, garantem que seus campeões gozarão de liberdade de expressão desde que falem a título pessoal.

"O CONI (Comitê Italiano) não impede ninguém de falar", afirmou Raffaele Pagnozzi, secretário-geral. "Nossos atletas mostrarão o respeito que se deve a China, como sempre acontece em todos os países. Porém, todos serão livres".

"Os atletas são pessoas que pensam de maneira independente", declara Jan Martinek, porta-voz do Comitê Tcheco.

Norma proíbe manifestação religiosa

Como norma geral, os comitês olímpicos também recordam que a Carta do COI não autoriza "nenhuma categoria de manifestação ou de campanha política, religiosa ou racial nas sedes olímpicas".

"Nós fazemos esporte e os políticos, política", ressalta Ioan Dobrescu, secretário-geral do Comitê Romeno. "Nossos atletas têm o direito de falar do que quiserem. A respeito da política, não devem falar como equipe olímpica. Eles sabem".

O porta-voz do comitê organizador chinês, Sun Weide, questionado sobre a atitude dos europeus, foi lacônico: "Espero que o espírito olímpico e as regras do COI sejam respeitadas em todos os aspectos".

Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

ABI diz que ações da Igreja Universal são "grave ameaça à liberdade de expressão"

Em nota divulgada nesta segunda-feira, a ABI (Associação Brasileira de Imprensa) declara estar em "extremada preocupação" com as ações judiciais ajuizadas contra os jornais Folha de S.Paulo e "A Tarde", de Salvador, e a jornalista Elvira Lobato, repórter da Folha. As ações foram lançadas em diversos pontos do país por pastores e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, desde que a jornalista da Folha fez uma reportagem sobre o império da Universal, construído nos últimos 30 anos.

A associação considera que as ações constituem "grave ameaça à liberdade de informação e de expressão e pede à Anistia Internacional um movimento mundial em defesa dos dois jornais e da jornalista".

Confira a íntegra da nota da ABI:

"Como a mais antiga associação de imprensa do país e devotada desde a sua fundação, em 7 de abril de 1908, à defesa da liberdade de informação e de expressão, a Associação Brasileira de Imprensa acompanha com extremada preocupação o conjunto de ações judiciais ajuizadas contra os jornais Folha de S.Paulo e "A Tarde" de Salvador e contra a jornalista Elvira Lobato, repórter da Folha, por pastores e fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus, que desencadearam contra esses órgãos e contra essa jornalista uma campanha de intimidação e coerção sem precedentes na história da comunicação no Brasil.

Ao longo de sua existência, o país conheceu a fúria repressiva do poder do Estado contra a liberdade de imprensa, como se deu sob o Estado Novo e sob a ditadura militar que nos infelicitou entre 1964 e 1985, mas jamais assistira a uma investida partida da própria sociedade civil contra a liberdade de informação com a abrangência e o conteúdo desta que se materializa nas ações judiciais armadas contra esses jornais e contra essa jornalista. Através desse procedimento, buscam os autores de tais ações obter a cobertura do Poder Judiciário para cercear e condicionar o exercício do direito de informação.

Numa evidência de que há um cérebro e um comando a centralizar a instauração dessas ações judiciais, seus autores estão espalhados por quase 20 Estados da Federação, no caso da Folha de S.Paulo, e ajuizaram esses feitos em municípios longínquos, numa clara demonstração de que a ação assim coordenada tem por objetivo dificultar a defesa da parte adversa. Há a nítida intenção de dificultar o direito de ampla defesa e do contraditório assegurado pela Constituição, em face da disposição da lei processual de que o alegado na inicial será tido como procedente se não houver contestação, ainda que se ressalve, nesta hipótese, a formulação de convicção própria pelo juiz.

A existência de um comando na ação liberticida fica patente também em outros aspectos desse conjunto de ações, que repetem a mesma redação em quase todas as petições, à exceção de umas poucas, fazendo a mesma descrição, exibindo os mesmos argumentos e formulando as mesmas postulações, entre as quais a concessão do benefício da justiça gratuita, para livrar os autores dos ônus materiais de sua iniciativa. Salvo um ou outro caso, em que se reclama o pagamento de indenizações por danos morais que variam entre R$ 10.000,00 e 12.000,00, os demandantes fixam o valor do pleiteado em R$ 1.000,00, para diminuir o montante de seu desembolso na hipótese de negação do pedido de benefício da justiça gratuita pelo juiz da causa.

Subscritas por pastores mobilizados pela Igreja Universal como um encargo de seu ofício religioso ou por fiéis convocados para tal missão, essas ações constituem em seu conjunto intolerável agressão à ordem democrática, pelo empenho em substituir o exercício de direitos consagrados pela legislação, especialmente o direito de resposta, por alternativa que, embora aparentemente abrigada pelas leis do país, subtrai o direito de ampla defesa estabelecido pela Constituição. É grave e preocupante que tal se faça sob o pálio de uma confissão religiosa, que se porá acima do olhar dissonante dos que não a professam e da visão crítica com que estes a encarem.

A ABI dirige-se aos magistrados responsáveis pelo julgamento dessas ações para alertá-los acerca dos danos que o deferimento do pleiteado pode causar à democracia no país, objeto de um processo de construção ainda não encerrado e que deixou ao longo da recente História do Brasil não poucas vítimas e não poucos mártires.

Apela também a ABI aos cidadãos comuns e às instituições representativas dos diferentes segmentos da sociedade para que manifestem a esses magistrados a sua preocupação com a decisão que deverão tomar em cada causa, que não afeta apenas a Folha de S.Paulo, "A Tarde" e a jornalista Elvira Lobato, mas principalmente a integridade da democracia no país. Com esse fim a ABI divulgará proximamente em seu site (www.abi.org.br) os nomes desses juízes e os endereços desses juizados, para viabilizar a manifestação dos cidadãos ofendidos por essa ação antidemocrática.

Por fim apela a ABI à Anistia Internacional para que desencadeie um movimento mundial de solidariedade com os jornais e a jornalista ora ameaçados.

Rio de Janeiro, 18 de fevereiro de 2008
Mauricio Azêdo, presidente."
Fonte: Folha On line

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

País pede perdão oficial a aborígines após 2 séculos de abusos e exploração

AUSTRÁLIA - O governo da Austrália fez seu primeiro pedido formal de desculpas à população aborígine por injustiças cometidas no passado.

Durante mais de uma década o ex-premiê australiano John Howard se recusou a fazer este pedido de desculpas, mas o sucessor de Howard, o primeiro-ministro Kevin Rudd, fez o pedido no Parlamento australiano por leis e políticas que "causaram grande dor, sofrimento e perda" aos aborígines.

"Pela dor, pelo sofrimento destas gerações roubadas, seus descendentes e por suas famílias que ficaram para trás, nós pedimos perdão", disse o premiê.

A chamada "geração roubada" ou a "política de assimilação" permitia que crianças aborígines fossem tiradas de suas famílias para viver com famílias brancas. Milhares de crianças aborígines foram vítimas dessa política, adotada pelo país desde o século 19 até 1969.

O pedido de desculpas, transmitido em rede nacional pela televisão da Austrália, foi recebido com comemoração, mas alguns aborígines afirmam que este pedido deveria ter sido acompanhado por uma indenização por todo o sofrimento.

Valores europeus

A chamada "política de assimilação", que separou crianças aborígines de seus pais por tantas décadas, tinha como objetivo inicial civilizar as crianças, passar a elas valores europeus.

"Pedimos perdão pelas leis e políticas de Parlamentos e governos sucessivos que causaram profunda dor e perda a estes australianos", disse o primeiro-ministro Kevin Rudd.

A reação inicial ao discurso de Rudd no Parlamento foi positiva. Ao final do pronunciamento, todos os presentes no Parlamento levantaram e aplaudiram e houve comemoração do lado de fora, pois milhares de aborígines foram a Canberra participar do evento,porém, líderes tribais e organizações de defesa de direitos de aborígines defendiam o pagamento de bilhões de dólares a estas populações.

Os aborígines são atualmente 450 mil pessoas e este grupo étnico é considerado o mais pobre da Austrália.


Fonte: Portal Adorando

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Lei que combate o evangelismo começa a ser aplicada

ARGÉLIA -Várias fontes apontam para uma deterioração na situação dos cristãos na Argélia, particularmente na região de Kabyle, freqüentemente considerada como sendo um lugar onde o evangelismo ocorre.

Em dezembro passado, o diretor cristão de uma escola primária de Kabyle foi suspenso pelo Ministério de Educação. Segundo o ministério, “o diretor usou a escola para estimular o evangelismo cristão e não seguiu o currículo escolar”.

O Ministro para Assuntos Religiosos, Bouabdallah Ghoulamallah, ficou contente com a decisão. O diretor nega todas as acusações.

Em outro incidente, foram levadas cinco pessoas recentemente para a Corte de Tizi-Ouzou, em Kabylie, acusadas de evangelizar.

Os eventos realçam a aplicação da lei proselitista (relacionada a locais de adoração e culto) aprovada em setembro de 2006 e que está começando a ser aplicada na Argélia.

A lei busca prevenir a conversão de muçulmanos ao cristianismo e exige penas de prisão e multas para qualquer um que "incitar, forçar ou usar meios de sedução com uma visão diferente para converter muçulmanos a outra religião" ou que "faz, vende ou distribui documentos impressos ou materiais visuais auditivos ou qualquer outra mídia que busca arruinar um muçulmano na fé dele”.

Muitos temem o fechamento dos lugares não-registrados de culto na Argélia, o que seria contrário à Constituição do país, que garante liberdade de consciência e opinião (artigo 36) como também liberdade de expressão, associação e assembléia (artigo 41).

Pontos de oração:


• Ore para que o diretor da escola tenha uma audiência justa no Ministério de Educação

• Ore pelos cinco cristãos que enfrentam acusações atualmente

• Interceda por todos os cristãos da Argélia, que Deus os encha de sabedoria para lidar contra as leis anti-evangelismo e anticonversões

Fonte: Portas Abertas

Cristãos na Rússia se esforçam para obedecer a Deus e ao governo

RÚSSIA (*) - O pastor Yuri Semenyuk teve o culto de adoração da igreja pentecostal que preside interrompido, depois de uma advertência do promotor de Transdniester.

Ele disse que por conta disso a congregação, que conta com 300 membros, foi forçada a se encontrar em pequenos grupos domésticos. O problema é que agora as autoridades começaram a implicar com os cultos realizados em residências privadas.

Se a igreja desafiasse a proibição e continuasse se encontrando como uma grande congregação, o pastor Semenyuk suspeita que as autoridades tirariam o status legal da igreja. "Nós estamos tentando cumprir a lei", disse ele. "Nossa igreja passou a se encontrar em casas privadas e o promotor disse que isso não era permitido."

O promotor insistiu que “não há perseguição". Transdniester habitualmente permite a atividade religiosa, mas dificilmente permite em lugares não aprovados pelo Estado.

O pastor Yuri Semenyuk parou os serviços de adoração públicos da igreja Pentecostal dele após uma exigência do promotor Anatoli Guretsky. "Nós estamos tentando para cumprir a lei", disse ele.

A deputada de Transdniester, Yekaterina Lysenko, insistiu que os direitos da igreja não estão sendo violados. "De nenhuma maneira é esta perseguição".

“Um quarto na casa de Semenyuk estava sendo usado para serviços religiosos e isto não é permitido de acordo com o Código de Alojamento. Ele tem simplesmente que parar com essa violação. Ou registra de novo parte da casa para uso não-residencial ou aluga um edifício não-residencial em outro lugar", afirmou ela.

Igreja ganhou reconhecimento em 1995

O pastor Semenyuk disse que a Igreja do Evangelho Pleno de Cristo Salvador ganhou o registro das autoridades do Transdinester em 1995. A comunidade se reúne em uma casa que ele “aluga” gratuitamente para a congregação. "Mas nós enfrentamos pressão constante das autoridades", reclama. "Isto tudo foi determinado de acordo com a lei”.

Quando a Moldávia proclamou independência em 1990, o território do Transdniester fez o mesmo, mas não conseguiu o reconhecimento pela ONU e permaneceu independente, garantida por “forças de paz” russas. Sua absorção pela Romênia é uma alternativa, mesmo porque o povo e o idioma são praticamente os mesmos.

O Transdniester tem sua própria Constituição, bandeira, moeda, Parlamento e hino, além de uma localização privilegiada numa área de transição protegida pelo rio Dniester e pela porosa divisa com a Ucrânia.

Tradução: Tsuli Narimatsu
fonte: Portas Abertas

O Doloroso Segredo dos Muçulmanos Convertidos ao Cristianismo

Era uma reunião como centenas de outras de que tínhamos participado durante vinte anos. Meu irmão estava envolvido num debate amistoso com um outro árabe cristão, num seminário sobre os melhores métodos de pregar o Evangelho de Cristo aos muçulmanos. Os "pontos de discordância" eram praticamente os mesmos de sempre. De fato, já tínhamos discutido os mesmos assuntos em incontáveis reuniões e de várias maneiras. Tudo estava dentro dos padrões normais, até que um inocente estudante levantou-se para fazer a pergunta fatídica:

Como podemos proclamar fielmente o Evangelho a Israel? Os judeus estão envolvidos numa guerra horrível e pagando um preço tremendo. Como a experiência de ex-muçulmanos os ajuda a falar de Cristo aos judeus?

Meu irmão sorriu consigo mesmo. Embora ele soubesse a resposta, até aquele momento não sabia qual era a posição de seu colega. Seu companheiro de debates nesse fórum era um cristão evangélico muito culto que, como nós, se convertera do islamismo. Ele já havia falado inúmeras vezes a milhares de evangélicos americanos e era considerado um especialista em evangelização do Oriente Médio. O homem se ajeitou na cadeira, quase imperceptivelmente, e arrumou seus papéis, esperando que Emir respondesse a pergunta. Mas meu irmão ficou quieto e deixou que o silêncio pesado forçasse o outro a responder.

Lentamente, sem levantar os olhos, ele disse: "Bem, com relação à evangelização dos judeus, devemos sempre apresentar Jesus como o Messias. Isto é ponto pacífico. Entretanto... no que se refere ao conflito entre palestinos e israelenses... acho que devemos permanecer... neutros".

Bem-vindo ao nosso mundo!

"Abrindo o jogo"

Esta história poderá ser um choque ou uma surpresa para os leitores. Em todo caso, decidi contá-la, e "seja o que Deus quiser". Levei vinte anos para escrever este artigo. Estou prestes a trair meus irmãos segundo a carne. Estou prestes a revelar nosso terrível segredinho.

A maioria dos artigos e livros que escrevi em parceria com meu irmão foram trabalhos acadêmicos ou obras que falavam sobre como entender e alcançar os muçulmanos. Em 2002, quando nosso livro Unveiling Islam (O Islã Sem Véu) tornou-se um best-seller, ficamos sob os holofotes da mídia. Nossos debates, sermões e palestras passaram a ser assistidos por milhares de pessoas. Por duas vezes falamos aos milhares de pastores presentes à reunião anual da Convenção Batista do Sul dos EUA. Aparecemos em incontáveis programas de televisão, entrevistas e programas de rádio transmitidos em todo o país.

Em 2003, O Islã Sem Véu conquistou o Gold Medallion, prêmio concedido anualmente às melhores publicações cristãs dos Estados Unidos. Além disso, nossos livros More Than a Prophet (Mais Que Um Profeta) e Voices Behind the Veil (Vozes Detrás do Véu) – ainda não publicados no Brasil – também foram sucessos de venda e concorreram a vários prêmios. Atualmente, estamos escrevendo nosso maior livro, um manual de referência de um milhão de palavras que será o primeiro comentário cristão abrangendo todos os versos do Corão. Nosso editor vendeu todas as cópias de nosso último livro, Christian Jihad (Jihad Cristã), numa só conferência, em meados de 2004. Isso basta para mostrar quanto gostamos de escrever.

Porém, esses livros foram fáceis de escrever, se comparados com este artigo. O que escrevi aqui é algo extremamente pessoal e pensei e orei a respeito durante semanas.

Entretanto, por mais difícil que fosse, senti que, finalmente, deveria contar a história. Porém, isso significava que meu irmão e eu, ambos professores em universidades cristãs, seríamos objeto de escárnio. Na verdade, já estamos acostumados com o desprezo dos muçulmanos. Eles vivem atrás de nós e nos ameaçam toda semana por e-mail, por carta ou pessoalmente. Eles protestam quando aparecemos em programas de TV e fazem escândalos nas igrejas onde pregamos.

Mas esse escárnio seria de um tipo completamente diferente. Ele viria de nossos próprios irmãos cristãos. Seríamos desprezados porque revelamos o segredo daqueles que, como nós, são crentes [em Cristo] de origem muçulmana.

Finalmente, decidi "me expor" na revista Israel My Glory. Conhecendo os editores como conheço, eu sabia que eles ficariam ao nosso lado. Pelo menos, Emir e eu não estaríamos sozinhos.

Um ódio residual

Como muçulmanos, fomos ensinados a odiar os judeus. Como cristãos convertidos do islamismo, muitos de nós ainda os odiamos.

Leia de novo essas palavras, com atenção. Deixe seu significado e importância penetrar na sua mente. Com certeza, você já conheceu centenas de pessoas como nós durante sua vida. Os ex-muçulmanos saíram do segundo plano e subiram ao palco central de muitas conferências e reuniões denominacionais [nos EUA]. Embora todos nós sejamos questionados sobre assuntos ligados à apresentação do Evangelho aos muçulmanos, raramente nos perguntam a respeito de Israel, da nação judaica e das alianças entre Deus e Seu povo, narradas nas Escrituras.


Muitos de nós, cujos nomes você conhece e cujos livros já leu, ficam agradecidos porque ninguém os questiona sobre isso. Por quê? Porque muitos ex-muçulmanos que hoje são cristãos ainda sentem desdém, desprezo e ódio pelos judeus. Entre estes, estão muitos que falam em conferências, escrevem livros e pregam nas igrejas. Realmente, este é o nosso segredinho terrível.

Emir e eu chamamos isso de vestígios do islamismo. Quando éramos crianças, aprendemos nas madrassas (escolas religiosas islâmicas) que os judeus bebiam o sangue das crianças palestinas. As mensagens pregadas pelos imãs destilavam ódio aos judeus e à nação judaica. Para nós, eles eram os "porcos" e "cães" que tinham roubado nossa terra e massacrado nosso povo.

Então, quando um muçulmano se converte e abandona o islamismo, convencido de que Isa (Jesus) não era um profeta de Alá, mas sim o próprio Messias, ele se defronta com a mesma ameaça que nos atinge a todos. Muitos de nós fomos repudiados, expulsos de casa, deportados, presos, ou sofremos algo pior. Os que sobrevivem, começam vida nova separados da tradição de seus ancestrais e de sua família. Não resta quase nada de nossa vida antiga – exceto uma tendenciosidade que teima em não ir embora. Nós ainda odiamos os judeus. Tenho que confessar uma coisa: isso também aconteceu com meus irmãos e comigo.

No início da década de oitenta, após nossa conversão, meus irmãos e eu começamos uma nova vida em Jesus Cristo. Em muitos aspectos, a igreja tornou-se nossa família, já que nosso pai nos renegou. Eu estava ávido por conhecer nosso Senhor e a Sua Palavra, e lia a Bíblia apaixonadamente, às vezes durante três ou quatro horas por dia. Eu gastava muitas canetas marcadoras de texto à medida que ia estudando o Antigo Testamento.

Quando cheguei à aliança abraâmica, em Gênesis 12, tropecei. "Antigo Testamento" – resmunguei – "Jesus acabou com isso". Em pouco tempo, comecei a ficar aborrecido com a constante repetição do refrão: Abraão... Isaque... Jacó... José. Eu tinha sido ensinado a acreditar no que Maomé tinha escrito: Abraão... Ismael... Jesus... Maomé.

No Corão está escrito que Ismael, e não Isaque, foi levado para ser sacrificado no Monte. Essa é a doutrina central de nossas celebrações (Eid). Agora, eu estava sendo confrontado com o fato de que, 2200 anos depois de Moisés ter escrito Gênesis 22 e quase 2700 anos depois do evento ter ocorrido, Maomé mudou a história.

Rapidamente, pulei para o Novo Testamento. Eu tinha certeza de que iria descobrir que Jesus, meu Salvador, havia repudiado o Antigo Testamento e que meu preconceito poderia permanecer intocado.

Foi aí que cheguei a Romanos 9-11. "E o prêmio vai para"... os judeus, como a nação sacerdotal de Deus. Eu comecei a fazer perguntas. Comecei a ler livros. Cheguei até a assistir cultos de judeus messiânicos.

Então, lentamente... muito lentamente... comecei a amar os judeus com o mesmo amor que nosso Pai celestial tem por eles. Eles são os escolhidos de Deus – e a terra de Israel lhes pertence.

Levou algum tempo até que isso acontecesse comigo e com meus irmãos, e nós achávamos que todos os ex-muçulmanos passavam pela mesma experiência e chegavam à mesma conclusão que nós. Aparentemente, estávamos errados.

O mito da substituição

Pouco depois que apareci no programa de TV de Zola Levitt pela primeira vez, recebi uma enxurrada de e-mails de muçulmanos furiosos. Eu já esperava por isso. O que eu não esperava era um número tão grande de e-mails indignados vindos de cristãos anglo-saxões. "Meu caro irmão em Cristo" – escreviam eles – "a Igreja substituiu Israel!".

Um dia, depois de uma reunião, um ex-muçulmano, que na época pastoreava uma comunidade cristã egípcia, me chamou num canto e disse: "Você está prejudicando seu testemunho, meu amigo". Sua repreensão não muito amigável continuou: "As alianças de Deus com Israel através de Abraão, Davi e Ezequiel eram condicionais. Ele veio para os Seus, mas eles O rejeitaram. A Igreja agora é o novo Israel".

Depois disso, ele me indicou vários livros evangélicos para provar seu argumento. Comecei a ler esses estudos teológicos e sei que você, caro leitor, tem muitos deles em sua estante. Seus autores são protestantes reformados, escritores evangélicos e até pregadores muito conhecidos no rádio e na televisão. Todos eles diziam a mesma coisa: Israel foi substituído pela Igreja.

Bem, agora, vinte anos depois, permitam-me ser enfático, para que não haja nenhum mal-entendido:

A aliança de Deus com Israel foi incondicional. Israel continua sendo a nação escolhida por Deus.

Embora os judeus sejam, em termos bíblicos, um povo "teimoso" e de "dura cerviz", Deus não os abandonou. Qualquer outro ensino é anti-bíblico, ímpio, racista e anti-semita. Não me importa o quanto esses autores sejam respeitados nem o que isso vai me custar, em termos de amizades. Eu não posso abandonar o povo de Deus nem mudar o plano divino. Romanos 9 a 11 ainda fazem parte da Bíblia.

O mito da Palestina

Atualmente, os conflitos sobre a posse de Jerusalém estão todos os dias no noticiário. Diariamente, vemos bombas e balas voando para todos os lados, enquanto ressoa uma luta que já dura cinqüenta anos. E eu pergunto: "Onde está a voz dos cristãos?" Infelizmente, muitos estão emudecidos pelo resíduo do ódio a Israel que trazem em seu coração.

Já perdi a conta de quantas vezes Emir e eu pedimos que outros ex-muçulmanos nos mostrassem onde fica a "Palestina" no mapa. Perguntamos também quando foi que os palestinos tiveram um governo estabelecido, uma capital, uma embaixada?


É claro que a resposta é "nunca". O conceito de um país chamado "Palestina" só surgiu depois que Israel se tornou uma nação. Trata-se de um país inteiramente hipotético, baseado não numa origem étnica comum, mas sim num ódio comum a Israel. Conforme ilustrei no início deste artigo, nossos colegas árabes e persas têm encontrado companheiros entre os teólogos ocidentais que adotaram todo um esquema teológico e escatológico baseado nesse ódio comum. Meu irmão e eu estamos agora na irônica posição de sermos ex-muçulmanos e turcos persas defendendo Israel contra cristãos anglo-saxões e europeus de raça branca. Que mundo estranho!

Concordo com o ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu: "Jerusalém é a eterna e indivisível Cidade de Deus". Esperamos, um dia, encontrá-lo e dizer-lhe isso.

O mito de Alá

Outro componente estranho dessa questão é o uso da palavra "Alá". Recentemente, ouvimos um missionário evangélico falar sobre o movimento "Alá-leuia", em que os missionários estão usando a palavra árabe "Alá" para proclamar o Evangelho. Alguns chegam ao cúmulo de entrar nas mesquitas e ficar na posição de oração (rakat), mas orando a Jesus em pensamento. Alá, concluem eles, é só o nome árabe de Deus. Adonai e Alá seriam o mesmo Deus.

Mesmo correndo o risco de ofender mais alguns leitores, quero deixar uma coisa registrada: Alá não é o nome árabe de "Deus". Alá é um ídolo.

Em todos os debates de que participamos em universidades e entre colegas, meu irmão e eu nunca encontramos um ulema muçulmano que acredite que o Alá do Corão e o Deus da Bíblia sejam o mesmo Deus. Nunca. Se o monoteísmo é o único critério para distinguir a verdade neste caso, então deixe-me dizer uma coisa: se Alá é o mesmo deus que o Deus vivo, então Elias deve desculpas aos profetas de Baal (que também eram monoteístas).

Então, por que usar essa palavra? Perguntei a um árabe cristão por que ele continuava usando o termo "Alá" quando orava, e ele me respondeu baixinho: "Eu não consigo me convencer a usar os nomes hebraicos, sabe?"

Sim. Eu sei. Infelizmente, eu sei.

Estou ciente das implicações deste artigo. Eu as aceito. Numa única crítica dura, de poucas páginas, ataquei a teologia da substituição, a escatologia puritana, os teólogos modernos e denominações inteiras. Entretanto, meus vinte anos de silêncio acabaram. Nosso segredinho terrível foi revelado.

Emir e eu continuaremos do lado de Israel no conflito contra nossos parentes segundo a carne. Continuaremos contestando a teologia da substituição sempre que necessário.

Também continuaremos a defender Israel como nação escolhida por Deus, porque Ele nos manda fazer isso no Antigo e no Novo Testamento. Os judeus precisam aceitar Jesus como o Messias, isto é certo. Mas eles também precisam que a comunidade cristã – a Igreja – fique ao lado deles num mundo que quer a sua destruição. Isso começa agora. (Israel My Glory - Ergun Caner - http://www.beth-shalom.com.br)

O Dr. Ergun Mehmet Caner é professor de Teologia e História da Igreja na Liberty University, em Lynchburg, Virginia (EUA). O livro O islã sem véu, escrito em co-autoria com seu irmão, Dr. Emir Fethi Caner, pode ser pedido em nossa livraria virtual.

Fonte: Beth Shalon

Citar a bílbia contra o homossexualismo pode ser crime

Fonte: Revista Graça/ Show da Fé, ano 7 - nº 94

Em meados de março/07, enquanto o Brasil inteiro discutia quando, finalmente, o jogador Romário faria seu milésimo gol, outro debate, bem menos acalorado, mas envolvendo a violação do direito de alguns milhões de brasileiros, acontecia quase silencioso em uma das comissões do Senado Federal.


A comissão era a de Direitos Humanos (CDH) e o projeto de lei em questão o PL 5003B/2001, que, no Senado, ganhou a numeração 122/2006.Nascido na Câmara pelas mãos da então deputada Iara Bernardes (PT-SP), foi aprovado naquela casa no apagar das luzes da última legislatura – mais precisamente no dia 23 de novembro de 2006 - com um pequeníssimo quorum.


O projeto, mais conhecido como Lei da Homofobia, prevê justa punição de indivíduos violentos e insanos que se sentem no direito de insultar ou molestar outros cidadãos apenas em função da sua raça, cor, etnia, religião, procedência nacional, gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero -, embora o Código Penal já o faça há muito tempo. Entretanto, possui alguns pontos polêmicos, inclusive inconstitucionais.


Seu artigo 20, por exemplo, estabelece como crime o praticar, induzir ou incitar a discriminação, envolvendo a prática de qualquer ação violenta, constrangedora, intimatória ou vexatória, de ordem moral, ética, filosófica ou psicológica. Trocando em miúdos, o que esse artigo quer dizer é que qualquer brasileiro será considerado um criminoso se criticar ou manifestar-se contrário à prática da homossexualidade.


O projeto nº 122/2006 (numeração do Senado) restabelece o delito de opinião, que é uma das formas mais execráveis de opressão. […] O direito de não considerar natural, próprio e conveniente, ou de qualificar como moral, filosófica ou psicologicamente inaceitável o comportamento homossexual não seria mais tolerado, observou o jurista Célio Borja, Mininstro aposentado do Supremo Tribunal Federal (STF), no artigo intitulado A liberdade de pensar e julgar a homofobia.


Sobre o mesmo ponto do projeto de lei, o filósofo e escritor Olavo de Carvalho escreveu em sua coluna no Jornal do Brasil de 29 de março de 2007: O movimento gay planeja tornar o homossexualismo, por lei, a única conduta humana superior às críticas. É a pretensão mais arrogante e ditatorial que algum grupo social já acalentou desde o tempo em que os imperadores romanos se autodenominaram deuses.


Campanha na Internet

Na opinião de alguns juristas, o projeto pode abrir precedentes jurídicos perigosos. Quem se o próximo passo não será proibir a utilização da Bíblia, já que, em uma passagem, São Paulo recrimina a conduta de homens que se deitam com homens? […] É a face mais horrenda do totalitarismo: o Estado decretando uma suposta “verdade absoluta” – o homossexualismo é uma virtude – e proibindo qualquer oposição a essa “verdade” (sob pena de prisão), nada importando que a posição seja de cunho moral, ético, filosófico ou religioso, afirma o promotor de Justiça, Cláudio da Silva Leiria, em artigo publicado no site Ponto Jurídico.


Para o advogado evangélico Zenóbio Fonseca, o projeto entra em conflito direto com os princípios irrevogáveis de garantia às liberdade de pensamento, de consciência e de religião expressos no Artigo 5º da Constituição Federal e, por isso, deveria ser sumariamente arquivado.


“À luz do artigo 20, parágrafo 5º do projeto de lei, as pessoas que pregarem a Bíblia – valores éticos, morais, filosóficos ou psicológicos – poderão ser enquadrados e penalizados pela lei anti-homofobia. O fato é tão cristalino que já existe, no Brasil, psicólogo evangélico sendo processado por ajudar pessoas, em crise emocional, a deixarem a vivência da homossexualidade. Estamos a um passo de uma possível perseguição religiosa por expressar a fé e seus valores genuínos”, analisa o advogado, um dos responsáveis pela campanha deflagrada pela Internet, no mês de março, que mobilizou centenas – talvez milhares – de evangélicos e outros cristãos do Brasil contra a aprovação do projeto na CDH do Senado.


Seu artigo A criminalização da homofobia no Brasil e as igrejas cristãs, amplamente divulgado via mensagem de correio eletrônico, ajudou a despertar cristãos e lideranças evangélicas para a tramitação do projeto que corria praticamente à surdina. A campanha incentivava os cidadãos a escreverem e-mails e telefonarem aos gabinetes dos senadores alertando para a gravidade da matéria que seria votada na CDH no dia 15 de março.


Não é possível mensurar todo o alcance do movimento, mas o fato é que, no dia marcado para a votação do projeto na comissão, sua relatora, a senadora Fátima Cleide (PT-RO) – que dera parecer favorável à redação do texto -, pediu a retirada da matéria da pauta para que a comissão pudesse analisá-la melhor.


“Isso ocorreu em razão de diversas manifestações da sociedade que chegaram ao meu gabinete e também aos dos senadores membros da CDH. Foram manifestações que tratavam de diversos artigos do projeto. Então, pedi a retirada para dar a oportunidade às pessoas, inclusive senadores que não são membros da CDH, de apresentarem suas sugestões”, explica Fátima Cleide.


Para o escritor evangélico Júlio Severo, autor do livro O movimento homossexual (Editora Betânia) e um dos responsáveis por deflagrar a campanha dos e-mails, a participação dos cristãos foi decisiva nesse processo.


“A mobilização evangélica, com e-mails e telefonemas, ajudou a provocar uma pausa necessária. A partir do momento em que um alerta sério é veiculado pela internet, espalham-se as fagulhas, o fogo cresce e ninguém tem controlo sobre o incêndio. Muitos evangélicos e católicos estão se mobilizando contra o projeto anti-homofobia por perceberem que as implicações, cedo ou tarde, atingirão em cheio sua liberdade de expressar o que a Bíblia diz sobre o homossexualismo e também sua liberdade de tratar o homossexualismo do jeito que a Bíblia trata.”


Caminho perigoso

Depois de retirado da pauta da CDH, o projeto passou a se analisado por um Grupo de Trabalho (GT), composto por alguns parlamentares. Os senadores Flávio Arns (PT-PR), Gilvam Borges (PMDB-AP), Paulo Paim (PT-RS), Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC), Demóstenes Torres (DEM-GO) e Marcelo Crivella (PRB-RJ), integrantes do GT, foram procurados por nossa reportagem, mas somente Torres e Crivella responderam às perguntas da redação.


Para o senador Marcelo Crivella, o projeto de lei conduz a sociedade a um caminho perigoso. “Antigamente, homossexualismo era uma coisa escondida. Depois, passou a ser tolerável. Hoje é enaltecido. Com esse projeto, passa a ser protegido até de críticas. Temo que um dia se torne obrigatório”, ironiza o senador.


Segundo Crivella, seu trabalho no GT consistia em tentar conscientizar seus colegas da inconstitucionalidade da matéria, por não respeitar o direito de opinião de quem é contrário ao homossexualismo e por poder interferir em questões de fé. “É inaceitável que uma lei proíba um sacerdote, seja católico ou protestante, de pregar do púlpito que o homossexualismo é pecado.


É inaceitável também, que a lei tente interferir no direito de uma congregação de afastar um padre ou pastor, que, optando pelo homossexualismo, contrarie os princípios pelos quais se apóia a convenção religiosa daquela igreja”. Seu colega Demóstenes Torres discorda.


“O que o projeto de lei busca proibir é a discriminação à pessoa. O entendimento religioso de censura acerca de determinada prática ou condição não será considerado crime. Condenar o homossexualismo é diferente de condenar (discriminar) o homossexual”, minimiza.


Seja como for, o fato é que os congressistas parecem ter pressa em relação à votação do projeto. O presidente da CDH, senador Paulo Paim, afirmou, segundo nota veiculada em sites dirigidos ao público homossexual, que o PL 122/2006 seria votado em 15 dias a contar da data da instalação do GT (29 de março) com ou sem acordo entre os parlamentares contrários e favoráveis ao texto.


A senadora Serys Slhessarenko (PT-MT), relatora do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) – para onde as matérias seguem, se aprovadas na CDH – já teria até um esboço de parecer favorável ao projeto de lei recomendando sua aprovação.


Se for aprovado nessas comissões, o projeto será levado ao plenário do Senado. Se não houver modificações, irá à sanção do presidente da República. Até o fechamento desta edição, a matéria permanecia no CDH, mas a julgar pela pressa tão incomum dos parlamentares para aprová-la – tantos outros projetos de lei de interesse nacional levam vários anos nas comissões até serem aprovados -, é possível que, ao ler essa reportagem o leitor já esteja vivendo em um país no qual a liberdade de opinião, de expressão e – quem sabe – de crença, jazam sufocadas pela bandeira do arco-íris.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

COMO É FINANCIADA INTERNACIONALMENTE A PROMOÇÃO DO ABORTO



QUEM FINANCIA AS CATÓLICAS PELO DIREITO DE DECIDIR

Em 2002 Frances Kissling, presidente das Católicas pelo Direito de Decidir nos Estados Unidos, concedeu uma entrevista de mais de sete horas de duração narrando a história da organização que ela coordena até hoje. A entrevista original encontra-se no endereço

http://www.smith.edu/libraries/libs/ssc/prh/transcripts/kissling-trans.html

e mais adiante, nesta mensagem, o leitor encontrará a tradução de um condensado da mesma.

Frances Kissling preside a Catholics for Free Choice, ou Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização internacional sediada em Washington que trabalha atualmente com a promoção do aborto nos Estados Unidos, em todos os países da América Latina e na União Européia. No momento já está iniciando sua expansão para os países da África.

De Católicas elas possuem apenas o nome, propositalmente escolhido para confundir. Seu verdadeiro objetivo é a implantação definitiva e irreversível da prática do aborto em todo o mundo. Para isto são financiadas, juntamente com uma numerosíssima rede de outras ONGs que atuam em um só conjunto em todo o globo para este mesmo fim, por uma outra impressionante quantidade de fundações que definem as estratégias, financiam o trabalho e não costumam aparecer para o público.

A entrevista é grande e o texto abaixo, embora bem menor, é ainda um pequeno resumo. Mesmo assim, os leitores desta mensagem são exortados a imprimirem o conteúdo para poder lê-lo com calma, ainda que este trabalho possa demandar algum tempo. Esta entrevista é importante não por causa do enredo da história principal, centrado na carreira de Kissling e na fundação das Catholics for Free Choice, mas pela extraordinária riqueza de detalhes sobre como a promoção do aborto, que para o grande público parece um fenômeno histórico espontâneo, é organizada internacionalmente.

Estes detalhes, numerosíssimos em toda a narrativa, evidenciam a onipresença das fundações que financiam internacionalmente o aborto, e que o fazem movidos por uma ideologia totalmente diferente daquela que anima os próprios agentes que aparecem para o público como sendo os promotores do aborto. São estas fundações internacionais que já há décadas traçam as estratégias e financiam os trabalhos que serão realizados pelas organizações locais, as únicas que terão alguma visibilidade apenas para um reduzido público. Para a grande maioria do povo nem mesmo estas organizações aparecem, apesar de serem contadas em várias centenas no Brasil e em muitos milhares no estrangeiro, espalhadas por todo o globo em uma rede estrategicamente coesa e coordenada pelo financiamento das grandes Fundações. Para o grande público, no qual estão incluídos a maioria dos políticos e responsáveis pelo destino das nações, a explosão da pressão pela legalização do aborto parece ser um fenômeno natural, conseqüência inevitável do desenrolar da história, da expansão das comunicações ou do desenvolvimento político, contra o qual nada pode ser feito porque nada haveria para ser feito.

Poucos conhecem o gigantesco trabalho que esta máquina descomunal desenvolve no Brasil para promover o aborto e o quanto ela penetrou em todas as instâncias estratégicas da política governamental, mesmo contra a opinião da maioria do povo brasileiro, que é esmagadoramente contra não somente a prática como também contra a legalização do aborto. Muito menor é o número dos que conhecem as fundações que elaboraram toda esta estratégia, que promovem todo este trabalho e que estão todas sediadas no estrangeiro, decidindo desde lá o que deverá ser implantado no Brasil. E até mesmo para a própria Frances Kissling, que está no coração deste trabalho, como se depreende claramente de suas palavras, as verdadeiras intenções destas fundações das quais ela recebe o dinheiro para desenvolver suas atividades, estão envoltas em muitas dúvidas.

Para incentivar a leitura deste condensado, é interessante chamar a atenção do leitor para a importância de alguns dos numerosos detalhes que aparecem ao longo desta história e que revelam justamente aquilo que está para além da história que está sendo nardada. Espero poder incentivar o leitor a um estudo sério deste documento e também mais adiante deste mesmo assunto.

A. FINANCIAMENTO INTERNACIONAL DO ABORTO ILEGAL NA ITÁLIA.

Após ter sido diretora de clínicas de aborto nos Estados Unidos, Kissling foi chamada pelas Fundações que financiam o aborto no mundo para dirigir-se à Itália e convencer as feministas italianas e o Partido Radical, já responsável na época pela aprovação do divórcio e naquele momento tentando obter a legalização do aborto na Itália, a aceitar dinheiro americano para o estabelecimento de uma rede de clínicas clandestinas de aborto no país. Kissling afirma que as feministas, em conjunto com o Partido Radical, já administravam algumas das clínicas clandestinas italianas, mas as Fundações americanas estavam dispostas a financiar muito mais.

B. FINANCIAMENTO DO ABORTO NOS ESTADOS UNIDOS.

A IPPF (International Planned Parenthood Federation), é uma organização multinacional fundada por movimentos feministas em Londres na década de 50 para promover o aborto em todo o mundo. Hoje a filial americana da IPPF é proprietária de uma rede que abarca 20% de todas as clínicas de aborto nos Estados Unidos e é a maior provedora de abortos americana. Mas até a total legalização do aborto nos Estados Unidos ocorrida em 1973, quando a decisão Roe x Wade da Suprema Corte legalizou o aborto até os nove meses em todo o território americano, a IPPF apenas trabalhava na propaganda pela legalização da prática e não queria entrar diretamente no negócio das clínicas "para não ser estigmatizada". Kissling afirma que foram as fundações que obrigaram a IPPF a entrarem diretamente no negócio da fundação e gerenciamento do própria prática do aborto, tornando-se hoje a maior provedora de abortos na América e do mundo.

C. FINANCIAMENTO DO ABORTO ILEGAL NO TERCEIRO MUNDO.

Atualmente o IPAS, com a conivência das autoridades brasileiras da saúde, ministra cursos de técnicas de aborto a mais de mil novos médicos por ano no Brasil. A desculpa é que os cursos são para capacitar os médicos a realizarem abortos em casos de estupro, mas a verdade é que a instituição quer formar no Brasil quadros imensos para prover abortos em quaisquer circunstâncias. Em janeiro de 2007 o IPAS ministrou um curso de técnicas de abortos em Manaus, na Maternidade Ana Braga. Em fevereiro de 2007 no Rio de Janeiro, no Hospital Fernando de Magalhães no bairro de São Cristóvão, novamente Manaus na Maternidade Moura Tapajós, na Santa Casa de Sobral no Ceará, na cidade de Palmas capital do Estado de Tocantins, ma cidade de São Paulo, no Hospital da UNIC em Cuiabá, e outros dois em Goiânia, um deles na Santa Casa de Goiânia. Em Março de 2007 foi dado um curso de técnicas de aborto no Hospital Universitário de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. Em abril de 2007 estão previstos mais dois cursos no Instituto de Perinatologia da Bahia em Salvador. E em Maio de 2007 está previsto outro na própria Secretaria Estadual da Saúde em Boa Vista, Roraima. Todos estes cursos são anunciados publicamente e com antecedência há mais de dez anos, desde o primeiro mandato do presidente Fernando Henrique Cardoso, e ninguém jamais tomou nenhuma providência a respeito, nem na classe médica nem fora dela.

http://www.ipas.org.br/agenda.html

Mas nos anos 70 o IPAS era apenas um instituto norte americano de aconselhamento para a gravidez e, embora já promovesse a prática do aborto, tal como fazia a IPPF, também o IPAS não queria entrar no negócio da fundação e gerenciamento de clínicas.

Segundo Kissling, as mesmas fundações que obrigaram a IPPF a fundarem e gerenciarem a maior rede de clínicas de aborto nos Estados Unidos obrigaram naquela época também o IPAS a fazer o mesmo, mas nos países subdesenvolvidos, onde o aborto é ilegal. Como Kissling ela própria tinha experiência anterior no gerenciamento de clínicas de aborto e já havia feito um trabalho na Itália junto ao Partido Radical como representante das fundações que se dedicam ao financiamento do aborto, acabou por ser a escolhida para implantar as primeiras clínicas de aborto do IPAS fora dos Estados Unidos. Com o financiamento das Fundações, mas trabalhando para o IPAS, Kissling conta como venceu a resistência dos médicos austríacos e abriu a primeira clínica de abortos na Áustria, onde o aborto já estava legalizado mas nenhum médico ousava abrir a primeira clínica. Em seguida ela conta igualmente como dirigiu-se para a América Latina onde conseguiu abrir para o IPAS uma clínica de aborto ilegal na capital do México.

D. COMO AS FUNDAÇÕES DECIDEM AS POLÍTICAS A SEREM SEGUIDAS PELOS PROVEDORES DE ABORTO.

O papel decisivo das Fundações que não aparecem ostensivamente fica evidenciado mais adiante quando Kissling se viu envolvida no centro de uma disputa entre alguns sindicatos de provedores de aborto que haviam se formado nos Estados Unidos, cada um defendendo uma política diferente sobre o modo como deveria ser conduzido o negócio do aborto no país. É significativo que a decisão final não veio do consenso entre os próprios envolvidos no assunto, mas do fato que, em um determinado momento, as Fundações, em particular John Rockefeller III, decidiram financiar pesadamente apenas um dos lados envolvidos, o qual acabou vencendo em poucos meses aos demais e contratando a própria Kissling para compor o quadro de seus dirigentes.

E. O VERDADEIRO OBJETIVO DAS FUNDAÇÕES

Mais intrigante ainda são as inúmeras vezes em que, em suas mais de sete horas de depoimento, Kissling afirma desconfiar das verdadeiras intenções das entidades que apóiam e financiam o seu trabalho. Feminista e defensora convicta do aborto, Kissling gostaria que as mulheres tivessem o direito de abortar porque deveriam ser elas quem decidissem sobre se devem ou não ter um filho. Mas Kissling estranha constantemente ao longo de todo o texto da entrevista o fato de que, embora as Fundações não a contradigam e a apóiem, elas parecem mais interessadas no objetivo de diminuir a população mundial do que em promover os direitos das mulheres e em particular o direito ao aborto. Kissling afirma que tudo isto é "muito complicado" e que ela própria não consegue entender claramente o que realmente se passa nos bastidores do movimento.

Kissling narra que na Conferência sobre População promovida pela ONU no Cairo em 1994 houve uma mudança mundial de paradigma, quando ficou decidido que a ênfase das questões populacionais passaria do próprio problema do controle populacional para a defesa dos direitos sexuais e reprodutivos das mulheres. Mas ela própria, que participou da Conferência, passou a perguntar nos bastidores do evento aos seus principais participantes e organizadores:

"Se fosse provado que a promoção dos direitos reprodutivos tivesse como resultado um maior número de bebês, nós ainda continuaremos lutando por estes direitos?"

E é a própria Kissling que afirma em seguida:

"[Naquela Conferência] eu perguntei isto para um mundo de pessoas, e a maioria não queria responder a estas perguntas quando eu as fiz".

Segundo Kissling hoje um dos dilemas de algumas feministas consiste em que elas não sabem se podem acreditar se realmente foi "adotado um novo paradigma", ou se o trabalho delas não está sendo usado apenas como mais uma estratégia disponível entre muitas para promover a redução populacional. Conforme as suas palavras, se, então, na verdade,

"isso tudo não seria parte de um discurso e parte de uma estratégia para reduzir a população".

Kissling conclui uma destas digressões com uma expressão que, sem dizer nada, não poderia explicar melhor como ela vê, ou não consegue ver claramente, a questão:

"É tudo muito complicado".

F. O VERDADEIRO INTERESSE DAS FUNDAÇÕES EM FINANCIAREM O TRABALHO DAS CDDS.

Nos final dos anos 70 e no início dos anos Kissling tornou-se presidente das Católicas pelo Direito de Decidir, uma organização que até aquele momento existia quase que apenas nominalmente. Aqui outra vez pode-se percebe a onipresença das Fundações que se dedicam ao financiamento do aborto.

Nas palavras de Kissling, as Católicas pelo Direito de Decidir eram a menor entre as organizações então existentes destinadas à promoção do aborto, mas já contava com um orçamento de um quarto de milhão de dólares por ano, obtido inicialmente junto às mesmas Fundações que haviam financiado alguns anos antes a entrada da IPPF e do IPAS no mundo da rede das clínicas de aborto, com as quais Kissling já havia trabalhado. Mas foi quando as Católicas receberam uma doação simbólica de 20 mil dólares da Fundação Ford que a organização decolou. A doação era insignificante, mas, no dizer de Kissling,

"isto representou um ponto de virada, isto é, o fato de ter recebido uma doação da Fundação Ford. Isto significava que tínhamos sido finalmente admitidas naquele [outro] mundo".

Segundo uma reportagem publicada pelo New York Times em 27 de fevereiro de 2007,

"hoje o orçamento [anual] das Católicas pelo Direito de Decidir, [apenas da seção norte americana], é de três milhões de dólares, amplamente financiado por Fundações bem conhecidas, entre as quais a Fundação Ford".

[Backing Abortion Rights while Keeping the Faith: http://www.nytimes.com/2007/02/27/us/27choice.html?pagewanted=2&_r=1]

A filial mexicana das Católicas pelo Direito de Decidir conta com um orçamento de um milhão de dólares anuais, e a filial brasileira, a maior depois da mexicana, fundada nos anos 90 graças à intervenção da Fundação MacArthur, está situada bastante próxima disto.

Por que tanto interesse em promover esta organização? Kissling em sua entrevista não conta o que aconteceu depois do ponto de virada em que entraram para o outro mundo cuja porta de entrada foi a doação da Fundação Ford. Mas sabe-se que entre os empreendimentos das Católicas nos anos seguintes estiveram a organização iniciada em 1999 de uma campanha mundial chamada "See Change" ("Sé Mude") para destruir a influência da Santa Sé no debate relacionado com o aborto dentro da ONU, exigindo que as Nações Unidas deixassem de reconhecer o Vaticano como um estado independente e o rebaixasse ao status de uma simples organização não governamental como as próprias CDDs. A campanha contou com o apoio de milhões de dólares provenientes da Ford Foundation, da Hewlett Foundation, da Packard Foundation, da Buffet Foundation e outras mais. Terminou dois anos depois quando, apesar de todo o dinheiro envolvido, a Assembléia Geral da ONU confirmou por unanimidade o status da Santa Sé.

http://www.seechange.org/

http://www.c-fam.org/index.php?option=com_content&task=view&id=549&Itemid=102

Atualmente as Católicas pelo Direito Decidir estão desenvolvendo, em parceria com o Centro de Defesa dos Direitos Reprodutivos de Nova York e a Rede da União Européia de Peritos em Direitos Fundamentais, um trabalho de pressão sobre a União Européia para que sejam revogadas várias concordatas entre os países membros e a Santa Sé e possa ser extinto na Europa o direito à objeção de consciência por parte dos médicos que alegam motivos éticos para se recusarem a realizarem abortos. O Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York, que trabalha em parceria com as CDDs, é uma das muitas outras organizações que tem o apoio financeiro das mesmas Fundações que sustentam o trabalho de Kissling. Segundo as denúncias feitas recentemente por Alberto Monteiro, foi o Centro de Defesa de Direitos Humanos de Nova York a organização que orquestrou cinco anos atrás a legalização do aborto no Nepal, conforme pode ser lido à página 28 do seguinte relatório:

http://www.reproductiverights.org/pdf/pdf_CRRannual2002.pdf

O Centro foi também quem orquestrou, no ano passado, a legalização do aborto na Colômbia:

http://www.hazteoir.org/documentos/InformeAbortoIberoamericaDiciembre2006.pdf

e agora está treinando uma equipe de 15 advogados, em parceria com a Federação Polonesa de Mulheres e a Universidade de Varsóvia, para derrubar a posição a favor da vida do governo polonês junto à Corte Européia de Direitos Humanos:

http://www.crlp.org/ww_eu_poland.html

Mas se Kissling não revela a história do que aconteceu depois de sua entrada no outro mundo pós reconhecimento da Fundação Ford, o interesse que está por trás do apoio milionário a este tipo de iniciativa está claramente delineado na sua entrevista. O problema não é diretamente a Igreja Católica. O problema é a questão da implantação do aborto em todo o mundo de uma forma irreversível.

Segundo Kissling, a grande idéia por trás de seu trabalho, que granjeou o apoio de tantas fundações, consiste no reconhecimento de que enquanto os movimentos se limitarem apenas a legalizarem o aborto, nenhuma conquista poderá ser definitiva. O direito ao aborto somente será definitiva e irreversivelmente estabelecido entre as mulheres quando, mais do que a legislação, puder ser derrubada a própria moralidade do aborto, e nisto a Igreja Católica não passa apenas de um alvo instrumental.

"A moral católica é a mais desenvolvida",

diz Kissling.

"Se você puder derrubá-la, derrubará por conseqüência todas as outras".

Nas palavras de Kissling:

"As pessoas neste país questionaram a legalidade do aborto, mas de tal maneira que não questionaram o tema da moralidade. A incapacidade de tratar esta questão no nível moral é uma grave ameaça para o sucesso a longo prazo do movimento a favor do aborto. Você nunca realmente irá vencer definitivamente se a questão da moralidade for levantada [tal como ela é apresentada hoje]. Se nós, como movimento, tivermos que tratar de moralidade na questão do aborto, nós perderemos, porque o discurso moral é controlado pelos homens e pela religião, e é construído contra as mulheres. O argumento dos bispos diz que o aborto é um assassinato, que abortar é matar e que a vida começa na concepção. Mas esta perspectiva católica é o lugar certo onde começar o trabalho, porque a posição católica é a mais desenvolvida. Assim, se você puder refutar a posição católica, você refutou todas as demais. Nenhum dos outros grupos religiosos realmente têm declarações tão bem definidas sobre a personalidade, quando a vida começa, fetos e etc. Assim, se você derrubar a posição católica, você ganha".

A proposta de Kissling caíu como uma luva para as Fundações que financiam o aborto no mundo. Muitos anos antes, as organizações Rockefeller já haviam passado inúmeras mensagens mais do que contundentes de que o problema populacional jamais seria resolvido sem entrar fundo nas questões éticas. Em fevereiro de 1969, cerca de dez anos antes do ingresso de Kissling na presidência das Católicas pelo Direito de Decidir, Bernard Berelson, naquela época presidente do Conselho Populacional, a entidade que ocupa o lugar de cérebro entre as organizações Rockefeller que se dedicam à questão populacional, havia publicado um estudo muito grande na revista de maior circulação do Conselho, então conhecida como "Studies In Family Planning". O estudo, que ocupava a revista inteira, vinha apresentado pelo título sugestivo de "Além do Planejamento Familiar" ("Beyond Family Planning"). No final do estudo, o autor, falando como presidente da principal das organizações Rockefeller dedicadas ao tema do controle populacional, concluía com as seguintes palavras, que na época fizeram história:

"Em alguns países as pessoas que estão tentando fornecer contraceptivos temporários como meio de controle populacional estão também relutantes em estender a prática à esterilização e firmemente opostas ao aborto, embora novamente a roda da história pareça estar movendo o mundo naquela direção sob a pressão do crescimento populacional.

Quanto em valores éticos estaria uma sociedade disposta a renunciar em favor da solução de um grande problema social?

Estas não são perguntas simples, nem fáceis de se responder"

sábado, 9 de fevereiro de 2008

Igreja lança sua maior ofensiva contra a prática do aborto no Brasil

Sob o lema “Escolhe, pois, a vida”, adotado pela Campanha da Fraternidade de 2008, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou ontem a maior ofensiva da Igreja contra a proposta de legalização do aborto no País. Também estão sendo combatidas quaisquer intenções de se permitir eutanásia (procedimento que antecipa a morte de um doente incurável) e pesquisas com embriões humanos.

A escolha do tema, apresentado na sede da CNBB, em Brasília, abre uma linha de fogo contra três medidas polêmicas apoiadas pelo ministro da Saúde, José Gomes Temporão, e por importantes setores do governo. A campanha da fraternidade tradicionalmente elege temas consensuais, como paz no trânsito, justiça social, juventude e família.

No Brasil, o aborto só é permitido nas hipóteses de estupro ou risco de morte para a mãe. Temporão acha que a proibição para os demais casos - saúde física e mental, situação econômica da mãe ou deficiência do feto - é fruto de preconceito machista. Ele defende que o tema seja decidido sob a ótica da saúde pública, já tendo defendido realização de plebiscito.

Mas a Igreja é radicalmente contra as iniciativas do governo e do Congresso para ampliar as hipóteses de aborto legal, segundo informou o secretário-geral da CNBB, d. Dimas Lara Barbosa.

REVOGAR LEI DE 1940

E não ficará por aí: “Está no nosso horizonte, num segundo momento, lutar para revogar a permissão legal do aborto nos casos já permitidos”, disse d. Dimas, citando o exemplo de uma santa canonizada por ter preferido morrer para permitir que o filho nascesse.

No lançamento da campanha, que teve o depoimento de médicos antiaborto e de notáveis como dona Zilda Arns, criadora da Pastoral da Criança, a CNBB usou uma série de argumentos religiosos, científicos, políticos e éticos para mostrar que o aborto, além de ferir a dignidade da mulher, atenta contra o direito à vida dos bebês e viola os direitos humanos. Apelou até para o argumento duvidoso de que o aborto seria a principal causa de câncer de mama, a doença que mais mata mulheres no Brasil.

Preocupado com a mobilização católica, o governo mandou dois representantes ao lançamento da campanha: o chefe-de-gabinete da Presidência, Gilberto Carvalho, e o secretário nacional de Justiça, Romeu Tuma Júnior, que se manteve quieto.

Ouvido pelo Estado, Temporão evitou polemizar. “Acho importante que o tema continue sendo debatido e a igreja é um bom espaço para que isso ocorra”, disse. Mas ele não recua de suas convicções favoráveis à descriminação do aborto e não acredita em retaliações da Santa Sé, como a ameaça de excomunhão, feita pelo papa Bento XVI, contra os defensores da medida. “Que o resultado dessas discussões seja levado ao fórum adequado, que é o Congresso', completou.

Para d. Dimas, lutar pelo direito à vida e contra o aborto não é um dogma religioso, mas “constatação a partir de análises sérias da boa ciência”. Para ele, o aborto é questão ética e não de saúde pública. No segundo semestre, está prevista uma plenária dos organismos latino-americanos de defesa da vida. A CNBB vai também procurar Temporão e outros dirigentes do Executivo, além de ONGs que, na avaliação de d. Dimas, “fazem manipulação de dados” em defesa do aborto. “Não é um embate da Igreja com o governo. Diversos órgãos civis defendem a mesma postura da Igreja e estão articulados conosco pela vida.”

FRENTE ECUMÊNICA

D. Dimas informou que também ganha força uma frente com representantes de várias religiões. A primeira reunião, há um mês, já teria selado um pacto entre católicos, espíritas, evangélicos e movimentos espiritualistas.

O secretário-geral da CNBB avaliou ainda que, em eventual plebiscito, o povo se posicionaria contra o aborto, “se esclarecido sobre o tema com isenção e honestidade”. Mas ele é contra a realização da consulta. “A defesa da vida é inegociável para nós. Não é (a manifestação de) minoria ou maioria que mudará um valor universal dos cristãos.”

O cardeal-arcebispo de São Paulo, d. Odilo Scherer, reforçou ontem, ao lançar a campanha na cidade, que a oposição à legalização do aborto, da eutanásia e do uso de embriões humanos em pesquisas não é uma questão religiosa, mas de direitos humanos. “A inviolabilidade da vida humana é definida pela Constituição brasileira e pela Organização das Nações Unidas”, disse o cardeal.

Ao celebrar a Missa de Cinzas, que abriu ontem o período da Quaresma, d. Odilo convidou os fiéis a lutar contra todos os casos de violência e de ameaças à vida humana. “Não podemos aceitar leis contrárias à vida humana”, insistiu d. Odilo, acrescentando que, mesmo se não convencer quem defende posições contrárias, a Igreja terá de cumprir o seu dever, que é defender a vida. “Se não conseguirmos frear esses atentados contra a vida, (ao menos) teremos cumprido nosso dever”, afirmou o cardeal. É o que, lembrou, tem feito Bento XVI, que enviou mensagem à CNBB. No texto, o papa adverte que todas as ameaças à vida - ele cita o aborto e a eutanásia - devem ser combatidas.

D. Odilo admite que a Igreja enfrenta dificuldades para fazer valer seus argumentos quando se trata de salvar a vida da mãe - caso em que o aborto é permitido pela lei brasileira. “A morte da mãe é uma possibilidade sempre lamentável, mas é preciso redimensionar os números usados, pois, segundo o Ministério da Saúde, eles são menores que os divulgados”, disse o cardeal.

Quanto à alegação de que o uso de pesquisas com células-tronco embrionárias pode salvar outras vidas, d. Odilo argumenta que, “sendo um ser humano, o embrião não pode ser sacrificado, porque a vida humana não é um bem utilizável”. A Igreja, acrescentou o cardeal, não se opõe a pesquisas com células-tronco, mas à utilização de embriões.

Fonte: O Estado de São Paulo

Uma canção para o diabo.



Confesso que fiquei surpreso ao ler essa notícia no blog do Pr Renato Vargens, a compositora Ana Paula Valadão compôs um letra para o diabo, em razão das suas irritações com as afrontas que o "derrotado" insistentemente faz. Daí a inspiração para a música.


passamos a letra, após farei os comentários:


"Você pensa que vai me fazer tropeçar?
Você pensa que vai me fazer cair?
Você não se cansa de me tentar
Mas eu não me canso de te resistir
Você quer saber quem vai vencer?
Te digo: maior é o que está em mim
Bem maior é o que está em mim
Eu me cansei sim de você
Eu me cansei de acreditar em suas mentiras
Não sou mais seu escravo e agora em mim habita
O espírito de vida que me faz vencer
Em Jesus sou mais que vencedor
Você pensa que vai me fazer parar?
Você pensa que vai me fazer desistir?
Você não se cansa de me afrontar
Mas eu não me canso de te resistir
Você quer saber quem vai vencer?
Te digo: maior é o que está em mim
Bem maior é o que está em mim
Quem vai retroceder é você
Mas eu vou avançar e chegar ao fim
Coroa de vitória é o que vou receber
E no lago de fogo você vai arder
Em Jesus sou mais que vencedor”


Depois de muito me perguntar por que alguém de tamanha relevância midiática no "cenário gospel Brasil" faria uma música relatando uma "relação de erro e acerto com o diabo", dando uma enorme visibilida a este ser deprezível, "musicando"12 vezes no seu nome e apenas 7 no nome de Jesus (mesmo assim de forma indireta). Não achei respostas convincentes em minha mente para tamanha visibilidade a este ser.


Realmente a bíblia não apresenta fundamentos teológico para que este tipo de letra e música venha a ser criada e divulgada, e aí, concordo plenamente com o Pr Renato. Não há respaldo nas sagradas escrituras para entoarmos cânticos ao adversário das nossas almas. JESUS, JESUS, deve ser o alvo, o motivo principal de nossa adoração, ELE deve er exaltado, pois fomos criado para o louvor de sua glória, somos a primasia da criação.


Não posso deixar de falar que a compositora Ana Paula Valadão, através dos Dvds infantis, em muito tem ajudado na evangelização de crianças e louvor ao nosso Senhor Jesus, mas a música em que fala do "derrotado", não!!!!!!!!!!, foge a regra e a princípios bíblicos de cultuar a Deus.


Realmente quanta saudade da Harpa Cristã, do Cantor Cristão, s em falar do Salmos cantados, do Salmo 23, do Salmo 91, do Salmo 64, letras simples, mas profundas, ungidas, pois falam de uma adoração e relaçao direta com o Pai, falam de provações e vitórias.


Trouxe este assunto a discussão apenas para que reflitamos sobre acultura gospel que invade as nossas igrejas, os nossos lares, é necessário voltarmos verdadeira adoração com letras ancoradas nas escrituras, nos heróis da fé, nos exemplos registrados na palavras do Deus, Ele sim deve ser exaltado sempre.


Temos que usar as oportunidades na mídia para falarmos que Jesus salva, que Ele é o único caminho para uma vida eterna de alegria e paz, que é necessário nos arrependermos dos nossos pecados e na cruz fomos justificados pelo Seu sacrifício vivo, por amor a todos em que Nele crer.


graça e paz


Zenóbio Fonseca

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

A VONTADE DE DEUS

E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento para que possais experimentar qual seja a boa perfeita e agradável vontade de Deus.” ( Rom. 12.2)

A Vontade de Deus é demonstrada de dois modos. Primeiro, a vontade geral de Deus, aquela que é anunciada e dedicada a todos os homens – É a vontade de Deus que todos os homens se salvem. - Segundo, a vontade específica de Deus para cada pessoa. Deus escolheu Maria para ser a mãe de Jesus. A vontade geral, não conflita com a vontade específica de Deus, para vida das pessoas.

Acredita-se que a população mundial está em torno de seis bilhões de pessoas. Para cada pessoa Deus tem um objetivo específico.

Ocorre que boa parte das pessoas não sabe definir a vontade específica, da vontade geral de Deus para sua vida. Este detalhe gera grande perda de tempo, energia , desorientação e desconforto para muitos. Até certo ponto, não devemos nos culpar, porque neste terreno temos dificuldade até para discernir a nossa própria vontade.

- Quantos escolhem a profissão errada, os amigos errados, a pessoa errada para se casar, etc, etc. Como compreender a vontade de Deus, se não conseguimos compreender nem mesmo a nossa ! Existem diferenças bem definidas entre a vontade de Deus e a vontade humana. A vontade de Deus é comprovadamente boa, agradável e perfeita. Já a vontade humana nem sempre é boa ou agradável, quanto a perfeição nem se discute.

Basicamente não temos muita dificuldade em definir o que queremos de Deus. O nosso problema é o oposto. Saber o que Deus quer de nós. Qual o segredo então para experimentar a vontade de Deus? A primeira pista é : “...não se conformar com este mundo”

não se conformar...”- é não aceitar a fôrma que formata alguma coisa – a massa do bolo quando colocada na fôrma esta uniforme, após sair do forno, já estará formatada com a forma da fôrma. - A vontade de Deus é contrária a fôrma deste mundo.
Com este mundo...” - expressão bíblica para definir o planeta em que vivemos, com todos os seus envolvimentos.

A segunda pista é a transformação renovadora do entendimento.

Mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento... - Transformação aqui, esta relacionada a necessidade de mudança na estrutura do pensamento, resultando em mudanças na maneira de sentir e agir.

Fica claro que só é possível entender a vontade de Deus, através de uma reavaliação total do nosso procedimento, a começar por rever nosso modo de pensar e agir. Como me conduzo? A que princípios me submeto? Tenho Opinião ou aceito o modo de pensar da maioria?. Estou conformado com o que sou, ou aceito transformação? Quando me avalio gosto do resultado?

A vontade de Deus uma vez descoberta, e se aceita, implica inevitavelmente em mudanças para a vida das pessoas. O padrão de Deus está muito acima do padrão humano. Deus não formata, Deus transforma. Transformar é fazer novamente.

Uma boa nova é que podemos conhecer e experimentar a vontade de Deus. Para isso, permita que Deus desmonte sua rígida estrutura de pensar. Rompa com os velhos preconceitos! Deixe Deus renovar seu pensamento. Para descobrir a boa, agradável e perfeita vontade de Deus, é preciso que antes ocorra desformatação do mundo, renovação do modo de pensar, transformação do modo de agir. Comportamento novo. Tudo isto é possível, depende de você.

autor: Pr. Humberto Pacheco