segunda-feira, 28 de abril de 2008

CRIME DE HOMOFOBIA: aspectos jurídicos

Dr. Zenóbio Fonseca
No Congresso Nacional encontram-se tramitando 2 (dois) projetos de lei que “criminalizam a homofobia”, ou seja introduzem novos tipos penais referentes à discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero, a saber o PLC nº 122/2006 (em tramitação no Senado) e o PL nº 6.418/2005 (em tramitação na Câmara Federal).

Inicialmente, deve ser esclarecido que o termo “homofobia” é um neologismo[1] inventado pelos ativistas homossexuais[2] americanos, que significa literalmente aversão a pessoas do mesmo sexo. Seu antônimo seria "homofilia". Portanto, "Homófobo" não é quem tem apenas aversão por homossexuais: é quem tem aversão por todas as pessoas do mesmo sexo, sendo portanto incapaz de amizade, camaradagem ou coleguismo.

Neste sentido, o termo “homofobia” aplicado ao tema não é correto pela orientação etimológica da palavra.

Outro aspecto conflitante e conceitual apresentado pelos PLC 122/06 e PL 6.418/05 é no tocante aos tipos conceituais de “gênero[3]” e “identidade de gênero”, pois não existe conceito jurídico determinado para tais, o que dá margem à discricionariedade através do uso de conceitos indeterminados e elásticos nos textos legais, ferindo o princípio da legalidade, inserto no art. 5º, XXXIX, da Carta Maior, ocasionando insegurança jurídica na aplicação da lei.

O PLC 122/06 e PL 6.418/05 (substitutivo) inclui a orientação sexual como crime de discriminação, conferindo ao comportamento homossexual as mesmas garantias previstas na Lei Caó (Lei nº 7.716/89), que formalmente erigiu à categoria de crime os atos “resultantes de preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. A “Lei Caó” é uma regulamentação do artigo 5º, inciso XLII do texto Constitucional, que disciplina a pratica de racismo como crime imprescritível e inafiançável, sujeito à pena de reclusão até 05 anos.

Dessa forma, as alterações legislativas em tramitação no Senado e Câmara, ao inserir o conceito de orientação sexual no texto da Lei Caó, de forma “indireta” garante ao comportamento homossexual status e garantias Constitucionais, vez que os projetos de lei alteram a lei que regulamentou o artigo 5º da Carta Magna.

As propostas em tramitação no Senado e na Câmara, ao nosso ver, são inconstitucionais, pois entram em conflito direto com os princípios irrevogáveis de garantia à liberdade de pensamento, de consciência, crença, de religião ou convicção filosófica, expressos no Artigo 5º, incisos IV,VI, VII e IX da Constituição Federal.

Na prática, ao se aprovar esta lei estará sendo criada o chamado “crime de delito de opinião” no tema da homossexualidade, ou seja, ninguém poderá expressar manifestação contrária ao comportamento homossexual, sob pena de prisão e multa. Para alguns, trata-se da chamada “mordaça gay”.

Em tese, haverá sérios transtornos de ordem social, filosófica cultural e religiosa, pois existem valores e comportamentos inseridos no cristianismo, judaísmo e islamismo que são contrários aos valores do homossexualismo, que, por sua vez, se encontram tipificadas como condutas criminalizadas nos projetos de “lei da homofobia”.

Nesse particular, temos a nítida impressão que querem criminalizar e calar os religiosos e cidadãos de se manifestarem, de se expressarem e mesmo opinarem sobre qualquer tipo de conduta moral ou tema social. Nada pode ser incriticável.

A Educação familiar sofrerá fortes impactos, pois os conceitos de família natural à luz da bíblia estão sendo questionados e a legislação da homofobia pode vir a causar conflitos.

Estes projetos tentam estabelecer no Brasil uma legislação que muito se assemelha aos Estados totalitários, criminalizando qualquer opinião contrária a determinado comportamento social, limitando liberdades individuais e coletivas em suas manifestações de consciência e de crença, retirando livros de circulação, proibindo a veiculação de programas de rádio e televisão com temas contrários ao homossexualismo e, inclusive, suspender as atividades das pessoas jurídicas.

Tais atitudes são violações expressas ao principio constitucional da dignidade da pessoa humana, prevista no artigo 1º, inc. III da Constituição, pois todos têm o direito de ter a sua fé e expressá-la livremente, pois isso é inerente à existência humana.

Outro ponto em que os projetos de lei ferem a Constituição Federal é no tocante a gravidade das penas aplicadas em razão das condutas apresentadas como crimes, ou seja, a punição do Estado ao crime deve guardar proporção ao mal causado pelo ofensor a sociedade, daí afirmar que os projetos contrariam o princípio da proporcionalidade das penas quando aplicam penas severas de 01 (um) a 05 (cinco) anos por delito de opinião.

Portanto, com fundamento nos proposições em tramitação toda e qualquer manifestação contrária ao homossexualismo se tornará crime inafiançável e imprescritível.

Não é razoável a aprovação destes projetos de lei como garantia e efetividade dos direitos das minorias sexuais, em razão dos instrumentos jurídicos já existente no Brasil.

Autor: Zenóbio M. Fonseca Junior – Msc
Consultor Jurídico e Professor Universitário

[1] Neologismo: Termo utilizado para classificar uma palavra nova que surge numa língua devido à necessidade de designar novas realidades.
[2] Em grego moderno, designa-se o homossexual não como "homófilo", mas como "homofilófilo", ou seja, o indivíduo que gosta de quem gosta de pessoa do mesmo sexo. É diferente do indivíduo que simplesmente gosta de alguém do mesmo sexo, ou seja, do amigo, do companheiro, do colega ou do mestre. Ao dizer "homofilófilo", os gregos sublinham a idéia da reciprocidade, de que se trata de ligação sentimental entre invertidos.
[3] “Gênero”, pode ser entendido como papéis socialmente construídos. Não existe homem e mulher natural, o ser humano nasce sexualmente neutro. A sociedade é que constrói os papéis masculinos ou femininos. Conferencia Episcopal Peruana. Comisión Episcopal de Apostolado Laical. Disponível em http://www.vidahumana.org/vidafam/iglesia/genero.html.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Igreja promete ao MP evitar poluição sonora

Maceió - A Igreja Evangélica Gideões de Deus firmou, nesta terça-feira (22/04), um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta com o Ministério Público Estadual se comprometendo a só fazer uso de serviço de som em seus cultos após o licenciamento ambiental, fornecido pela Secretaria Municipal de Proteção do Meio Ambiente de Maceió (Sempma).

O termo de compromisso foi assinado pelo pastor Benedito Cândido Filho, durante audiência coordenada pelo promotor de Justiça Alberto Fonseca, da Promotoria Especializada de Defesa do Meio Ambiente.

Segundo o promotor de Justiça, o representante da Igreja Gideões de Deus foi convocado para firmar esse compromisso depois de denúncias feitas por moradores da Rua Hamilton Barros Soutinho, onde fica localizado o tempo religioso, na Jatiúca, em Maceió.

“Diante das reclamações dos vizinhos, foi instaurado um Procedimento Preparatório, que resultou nesse termo de compromisso, onde responsável pela igreja promete evitar ao máximo a poluição sonora no local, realizando suas pregações apenas com o emprego da voz”, explicou Alberto Fonseca.

A audiência foi realizada com a participação dos fiscais da Sempma Paulo Roberto Nunes e Alexandre Casado Gomes, que já estiveram na Igreja Gideões de Deus e constataram a veracidade das denúncias. Alguns moradores da Jatiúca, que assinaram o abaixo-assinado denunciando a poluição sonora, também compareceram à audiência, realizada na sede da Procuradoria Geral de Justiça.

Fonte: Alagoas 24 Horas

quinta-feira, 17 de abril de 2008

CONSELHO DA EUROPA PEDE LIBERAÇÃO DO ABORTO EM SEUS 47 PAÍSES

16/04/2008

A Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa aprovou hoje uma resolução na qual convida seus 47 Estados-membros a "descriminalizar o aborto, caso ainda não o tenham feito", a garantir o direito das mulheres a esta prática e a suspender as restrições existentes.

A resolução, aprovada por 102 votos a favor, 69 contra e 14 abstenções, pede respeito à autonomia da mulher para tomar suas decisões, a "oferta de condições para uma escolha livre e clara", o acesso a um "aborto sem riscos" e uma melhora na prestação dos serviços de contracepção.

A Assembléia Parlamentar do Conselho da Europa também requisitou um custo razoável para a realização do aborto e medidas para que, obrigatoriamente, os jovens recebam educação sexual.

O debate despertou grande interesse dos parlamentares, já que 43 pediram a palavra e foram feitas 70 emendas no texto original da resolução.

O documento diz que o aborto "não deve ser proibido", já que a imposição de restrições não necessariamente fará a prática diminuir.

A legisladora Gisela Wurm, da esquerda austríaca, disse que o objetivo da resolução é proteger as mulheres, já que 40% dos abortos são praticados em condições não higiênicas.

Por sua vez, a holandesa Christine McCafferty, também de esquerda, disse que o aborto legal permitiu que a taxa de interrupções voluntárias da gravidez em seu país se tornasse a menor do mundo.

Já o liberal irlandês Terry Leyden se posicionou contra a resolução, enquanto o polonês Ryszard Bender afirmou que "o aborto é um assassinato".

Fonte:http://www.clicabrasilia.com.br/portal/noticia.php?IdNoticia=53951

quarta-feira, 16 de abril de 2008

OS FATOS SOBRE O ABORTO

O que a Bíblia ensina acerca do aborto?

No Antigo Testamento, a Bíblia se utiliza das mesmas palavras hebraicas para descrever os ainda não nascidos, os bebês e as crianças. No Novo Testamento, o grego se utiliza, também, das mesmas palavras para descrever crianças ainda não nascidas, os bebês e as crianças, o que indica uma continuidade desde a concepção à fase de criança, e daí até a idade adulta.

A palavra grega brephos é empregada com freqüência para os recém-nascidos, para os bebês e para as crianças mais velhas (Lucas 2.12,16; 18.15; 1 Pedro 2.2). Em Atos 7.19, por exemplo, brephos refere-se às crianças mortas por ordem de Faraó. Mas em Lucas 1.41,44 a mesma palavra é empregada referindo-se a João Batista, enquanto ainda não havia nascido, estando no ventre de sua mãe.

Aos olhos de Deus ele era indistinguível com relação a outras crianças. O escritor bíblico também nos informa que João Batista foi cheio do Espírito Santo enquanto ainda se encontrava no ventre materno, indicando, com isso, o inconfundível ser (Lucas 1.15). Mesmo três meses antes de nascer, João conseguia fazer um miraculoso reconhecimento de Jesus, já presente no ventre de Maria (Lucas 1.44).

Com base nisso, encontramos a palavra grega huios significando "filho", utilizada em Lucas 1.36, descrevendo a existência de João Batista no ventre materno, antes de seu nascimento (seis meses antes, para ser preciso).

A palavra hebraica yeled é usada normalmente para se referir a filhos (ou seja, uma criança, um menino etc.). Mas, em Êxodo 21.22, é utilizada para se referir a um filho no ventre. Em Gênesis 25.22 a palavra yeladim (filhos) é usada para se referir aos filhos de Rebeca que se empurravam enquanto ainda no ventre materno. Em Jó 3.3, Jó usa a palavra geber para descrever sua concepção: "Foi concebido um homem! [literalmente, foi concebida uma criança homem]". Mas a palavra geber é um substantivo hebraico normalmente utilizado para traduzir a idéia de um "homem", um "macho" ou ainda um "marido".

Em Jó 3.11-16, Jó equipara a criança ainda não nascida ("crianças que nunca viram a luz") com reis, conselheiros e príncipes.

Todos esses textos bíblicos e muitos outros indicam que Deus não faz distinção entre vida em potencial e vida real, ou em delinear estágios do ser – ou seja, entre uma criança ainda não nascida no ventre materno em qualquer que seja o estágio e um recém-nascido ou uma criança. As Escrituras pressupõem reiteradamente a continuidade de uma pessoa, desde a concepção até o ser adulto. Aliás, não há qualquer palavra especial utilizada exclusivamente para descrever o ainda não nascido que permita distingui-lo de um recém-nascido, no tocante a ser e com referência a seu valor pessoal.

E ainda, o próprio Deus se relaciona com pessoas ainda não nascidas. No Salmo 139.16, o salmista diz com referência a Deus: "Os teus olhos me viram a substância ainda informe". O autor se utiliza da palavra golem, traduzida como "substância", para descrever-se a si mesmo enquanto ainda no ventre materno. Ele se utiliza desse termo para se referir ao cuidado pessoal de Deus por ele mesmo durante a primeira parte de seu estado embrionário (desde a nidação até as primeiras semanas de vida), o estado antes do feto estar fisicamente "formado" numa miniatura de ser humano.

Sabemos hoje que o embrião é "informe" durante apenas quatro ou cinco semanas. Em outras palavras, mesmo na fase de gestação da "substância ainda informe" (0-4 semanas), Deus diz que Ele se importa com a criança e a está moldando (Salmo 139.13-16).

Outros textos da Bíblia também indicam que Deus se relaciona com o feto como pessoa. Jó 31.15 diz: "Aquele que me formou no ventre materno, não os fez também a eles? Ou não é o mesmo que nos formou na madre?"

Em Jó 10.8,11 lemos: "As tuas mãos me plasmaram e me aperfeiçoaram... De pele e carne me vestiste e de ossos e tendões me entreteceste".

O Salmo 78.5-6 revela o cuidado de Deus com os "filhos que ainda hão de nascer".

O Salmo 139.13-16 afirma: "Pois tu formaste o meu interior, tu me teceste no seio de minha mãe. Graças te dou, visto que por modo assombrosamente maravilhoso me formaste... Os meus ossos não te foram encobertos, quando no oculto fui formado, e entretecido como nas profundezas da terra. Os teus olhos me viram a substância ainda informe".

Esses textos bíblicos revelam os pronomes pessoais que são utilizados para descrever o relacionamento entre Deus e os que estão no ventre materno.

Esses versículos e outros (Jeremias 1.5; Gálatas 1.15, 16; Isaías 49.1,5) demonstram que Deus enxerga os que ainda não nasceram e se encontram no ventre materno como pessoas. Não há outra conclusão possível. Precisamos concordar com o teólogo John Frame: "Não há nada nas Escrituras que possa sugerir, ainda que remotamente, que uma criança ainda não nascida seja qualquer coisa menos que uma pessoa humana, a partir do momento da concepção".[1]

À luz do acima exposto, precisamos concluir que esses textos das Escrituras demonstram que a vida humana pertence a Deus, e não a nós, e que, por isso, proíbem o aborto. A Bíblia ensina que, em última análise, as pessoas pertencem a Deus porque todos os homens foram criados por Ele.

E se você já fez um aborto?

Você já fez um aborto? Onde quer que se encontre, queremos que você saiba que o perdão genuíno e a paz interior são possíveis, e que uma verdadeira libertação do passado pode ser experimentada.

Deus é um Deus perdoador:

"Porém tu [és]... Deus perdoador, clemente e misericordioso, tardio em irar-te, e grande em bondade" (Neemias 9.17b).

"Pois tu, SENHOR, és bom e compassivo; abundante em benignidade para com todos os que te invocam" (Salmo 86.5).

Aliás, Deus não apenas perdoa, Ele, de fato, "esquece":

"Eu, eu mesmo, sou o que apago as tuas transgressões por amor de mim, e dos teus pecados não me lembro" (Isaías 43.25).

Você poderá encontrar perdão agora mesmo simplesmente colocando sua confiança em Jesus Cristo. Você pode confiar nEle, virando as costas para os caminhos que você tem seguido, reconhecendo e confessando seus pecados a Ele, e voltando-se para Cristo com a confiança de que através do Seu poder, Ele haverá de lhe conceder perdão e uma nova vida. Se você deseja ter seus pecados perdoados, se deseja estar livre da culpa, se quer ter nova vida em Cristo, se quer conhecer a Deus, e se você sabe que é amada por Ele, sugerimos a seguinte oração:

Querido Deus, eu confesso o meu pecado. Meu aborto foi coisa errada e eu agora venho à Tua presença em busca de perdão e de purificação. Peço que não apenas me perdoes esse pecado, mas que me perdoes todos os pecados de minha vida. Eu aceito que Jesus Cristo é Deus, que Ele morreu na cruz para pagar a penalidade pelos meus pecados, que ressuscitou ao terceiro dia, e que está vivo hoje. Eu O recebo agora como meu Senhor e Salvador. Eu agora aceito o perdão que Tu providenciaste gratuitamente na cruz e que me prometeste na Bíblia. Torna o teu perdão real para mim. Eu peço isso em nome de Jesus. Amém.

Notas:
Paul Fowler, Abortion: Toward an Evangelical Consensus (Portland, OR: Multnomah Press, 1987), p. 147.
Extraído do livro Os Fatos Sobre o Aborto.
Divulgação: http://www.juliosevero.com/

Governo brasileiro busca identidades de blogueiros "homofóbicos"

Usa decisão judicial secreta e intimidação para bloquear acesso a milhares de sites

Matthew Cullinan Hoffman


SÃO PAULO, 15 de abril de 2008 (LifeSiteNews.com) — O governo brasileiro começou a proibir o acesso a sites condenados por violação dos "direitos humanos", inclusive sites que são considerados "homofóbicos". O governo está também exigindo que os serviços de hospedagem divulguem as identidades de usuários que postam materiais ofensivos.

A empresa Google recebeu, conforme informou a imprensa, convocação judicial com um dossiê de 150 páginas documentando material "homofóbico" em seu serviço Orkut, um sistema de rede de comunicação social popular no Brasil.

O procurador federal Sérgio Suiama propôs um sistema de compartilhamento de informações para o Google que dará ao governo acesso a informações que identifiquem os usuários que fazem postagens que violam suas restrições.

"Com esse acordo, que já foi aceito no Brasil pelos provedores IG, Terra, Click 21 e AOL, a empresa Google se comprometeria, sob ordem judicial, a fornecer dados que ajudarão a descobrir aqueles que são culpados de crimes", Suiama declarou em notícia postada no SaferNet, site do governo brasileiro.

Contudo, o governo não está aguardando para agir. Depois de anos de avisos ao Google, Yahoo, Microsoft e outras empresas para que removam materiais ofensivos de seus sistemas, um tribunal estadual ordenou que os provedores de Internet proibissem o acesso a um blog hospedado no WordPress.com que descumpriu as leis de expressão do governo.

A ordem, que foi expedida recentemente pela 31ª Vara Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, exigirá que os provedores de Internet do Brasil impeçam o acesso a um blog que foi julgado como violador de "direitos humanos". O nome e o endereço do site, assim como o crime cometido, não estão sendo revelados ao público.

Os provedores de Internet no Brasil, porém, estão dizendo ao governo que eles não têm condições de bloquear um único blog do WordPress. Por isso, eles serão forçados a bloquear o WordPress por inteiro. No processo, eles eliminarão o acesso ao segundo maior sistema de blogs do mundo, o qual inclui milhares de blogs brasileiros.

"É uma decisão arbitrária", disse o jornalista e blogueiro Paulo Cezar Prado em entrevista ao jornal O Globo. "Não acredito que a Justiça vá fazer algo tão absurdo como tirar um monte de gente do ar por causa de um blog só". Os blogueiros do WordPress estão protestando e criaram um blog especial para se opor à medida.

O governo também anunciou recentemente um veredicto contra o Google de 10 mil reais como indenização a uma mulher que foi chamada de "vigarista" por outros usuários do Orkut.

O blogueiro pró-família Julio Severo, cujo blog foi temporariamente bloqueado no ano passado pela Google depois que ele foi acusado de "homofobia" (veja notícia em inglês em http://www.lifesitenews.com/ldn/2007/jul/07073011.html), diz que ele está preocupado com o futuro do seu blog bem como sua própria segurança. Ele comparou as ações do governo brasileiro ao nazismo.

"Creio que o governo Lula está usando alguns exemplos extremos para controlar a influência crescente dos blogs e outros serviços em que as pessoas expressam livremente suas opiniões", Severo declarou para LifeSiteNews.com.

Cobertura relacionada em LifeSiteNews.com:
Socialist Gays Seek Punishments for Brazilian Christian Congressman
Traduzido e adaptado por Julio Severo: www.juliosevero.com

sábado, 12 de abril de 2008

Sacerdote desafia Missionário cristão na India: JESUS vence

ÍNDIA - Santosh Murari, missionário da Gospel for Asia, passou a noite acordado, preocupado com a dia seguinte. Ele estava assustado. Tinha medo de não conseguir falar claramente num debate importante.

Clamando à Deus, Santsoh orou: “Deus, me dê sabedoria e me ajude a usar as palavras certas”.

Com ousadia, Santosh compartilhou a mensagem que Deus mostrou a ele. A vila em que ele vivia, em Manipur, na Índia, fora dominada por 30 sacerdotes locais de uma seita tradicional. E aqueles líderes espirituais locais condenam veementemente o cristianismo.

Com medo desses sacerdotes, os habitantes da vila o seguiam, pois acreditavam que eles poderiam feri-los através de magia.

Desafio

Um dos sacerdotes, Nadish Rahul, tinha seu próprio programa de rádio para propagar sua crença. Ele proclamava veementemente que o deus que ele adorava era o verdadeiro deus, e ele regularmente desafiava o cristianismo no seu programa.

Durante suas transmissões, Nadish desafiou os cristãos locais a debaterem as duas religiões.

Os líderes cristãos da região escolheram Santosh para representá-los no debate. Por isso Santosh estava com receio de ficar nervoso ao apresentar uma mensagem forte, especialmente num debate com Nadish, que era muito experiente em falar em público.

Santosh se preparou para o grande dia, mas não estava seguro da melhor forma de compartilhar sobre sua fé com esses espectadores.

Por isso passou a noite orando. Então às duas da manhã, o Senhor colocou em seu coração exatamente o que dizer.

O debate

No dia seguinte, todos da aldeia se reuniram para assistir o debate, incluindo 30 experientes sacerdotes da religião de Nadish. O grupo escolheu o cristão para apresentar primeiro a sua exposição.

Diante da platéia, Santosh falou do evangelho exatamente como Deus mostrara naquela madrugada.

Depois de duas horas de explanação, Santosh foi interrompido abruptamente por um dos sacerdotes, que levantou e disse: “Jesus foi o “verdadeiro deus”.

De repente, todos os sacerdotes começaram a discutir entre eles, chegando à conclusão de que Jesus de fato era deus.

A situação se invertera. Os 30 sacerdotes disseram à Nadish que ele estava enganado e que o deus que ele falava em seu programa de rádio era falso. Então, para a surpresa de todos, Nadish admitiu depois da apresentação de Santosh que também passou a crer que Jesus é o “verdadeiro”.

Mudança e conciliação

Agora os sacerdotes, incluindo Nadish, não se opõem aos cristãos locais. Embora ainda não tenham se convertido, estão mais abertos ao evangelho.

Por causa desse debate, Santosh tem tido muitas oportunidades de falar de sua fé, e várias pessoas da região se converteram.

Santosh pede oração à Nadish e aos outros sacerdotes para que eles coloquem sua fé plenamente em Jesus. Ele também pede oração para que os novos convertidos continuem a crescer na fé.

Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Guerrilhas mandam fechar igrejas e ordenam a expulsão de cristãos

COLÔMBIA - Quatro igrejas do Movimento Missionário Mundo Pentecostal Unido, das aldeias de Pueblo Seco e Alto Cauca, no Estado de Arauca, foram fechadas no dia 2 de fevereiro e os cerca de 80 membros desalojados, após ordem de um grupo guerrilheiro.

Pastores de Arauca têm sido alvos de assassinatos por parte de guerrilheiros. Estes grupos armados ilegais proibiram reuniões bíblicas e a livre movimentação de pastores.

Os cristãos, junto com outros residentes da região, receberam a ordem da guerrilha exigindo que eles deixem a área imediatamente, sob risco de um ataque iminente nas duas aldeias.

De acordo com a revista colombiana “Cambio”, os pastores de Arauca são alvos potenciais de ações militares por parte da guerrilha e de grupos terroristas no país, geralmente para serem assassinados.

Resistência

Apesar destas restrições, 10 igrejas reabriram as portas em áreas de Arauca, onde o exército colombiano mantém presença. Mas tais reuniões são vistas como um desafio à ordem dada pelas guerrilhas e aumentam o risco de represálias. Por isso os cultos vêm sendo celebrados com muita precaução e pouco barulho.

Dois grupos guerrilheiros colombianos estão disputando o controle dos Estados de Arauca, Cauca e Nariño. Em menos de dois anos, o saldo de mortes relacionadas ao conflito na região chegou a 280.

Fonte: Portas Abertas

terça-feira, 8 de abril de 2008

Cientistas transformam células de pacientes em células-tronco



Cientistas americanos retiraram células da pele de pacientes com oito doenças diferentes e as transformaram em células-tronco.


A pesquisa realizada pela Harvard Medical School, dos Estados Unidos, indica que os cientistas estão agora mais próximos de usar células-tronco dos próprios pacientes para tratá-los.

As células foram criadas a partir de tecidos de pacientes com males como doença de Huntington e distrofia muscular.

As chamadas células-tronco pluripotentes induzidas (IPS, na sigla em inglês) são células adultas criadas para agir como células embriônicas, ou seja, têm a habilidade de desenvolver em qualquer célula do corpo humano.

As células dos tecidos retirados dos pacientes são induzidas a retornar à sua forma embriônica e, depois, redirecionadas para se tornarem células específicas de cada órgão.

O pesquisador Willy Lensch, da Harvard Medical School, disse que a técnica tem um potencial incrível e poderia ajudar os cientistas a entender os primeiros estágios de doenças genéticas.

Em princípio, essas células poderiam ser usadas para tratar várias doenças, desde diabetes à doença de Parkinson.

Além disso, a fórmula evitaria a controvérsia hoje existente em relação às células-tronco obtidas a partir de embriões.

“Tijolo humano”

Em vez de lidar com os sintomas das doenças, as células seriam usadas para regenerar as partes afetadas do corpo do paciente.

"Nós estamos olhando para o perfeito tijolo humano", disse Chris Mason, da organização britânica UK National Stem Cell Network.

"Éticas, flexíveis e aceitas pelos pacientes, porque vêm deles mesmos", diise Mason.Na Universidade de Nottingham, pesquisadores britânicos estão usando IPSs para analisar problemas cardíacos.

Segundo o pesquisador Chris Denning, além de ajudar a entender como as doenças se desenvolvem, as células também podem ser usadas para testar remédios.

Riscos

Mas cientistas admitem que há riscos na nova técnica. Atualmente, as células precisam ser geneticamente modificadas para serem ativadas.Mas a prática de inserir genes pode ser perigosa, uma vez que eles podem se transformar em genes causadores de câncer.

Cientistas esperam chegar a um ponto em que a modificação genética não será necessária."Obviamente, nós queremos que a técnica seja a mais segura possível", disse Mason."Mas, contanto que nós possamos quantificar os riscos e entendê-los, a técnica deveria ser uma opção", afirmou.

Outro problema é que o transplante dessas células ainda não é possível, já que os cientistas não conseguiram criar a quantidade necessária para isso.

Fonte: http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2008/04/080407_celulasdoenca_mp.shtml

A PÍLULA DO DIA SEGUINTE – pode mudar alguma coisa?


(descoberta uma pílula capaz de mudar o passado ??????????)

O que passou, passou. Não se pode mudar o passado. Pode-se sim, tentar evitar os efeitos do passado. Aquele que furtou nunca poderá negar o furto que praticou. Mas poderá – e deverá – reparar o efeito do furto, devolvendo ao dono o objeto furtado. Uma ofensa praticada nunca deixará de ter sido uma ofensa. Mas seu efeito poderá ser reparado mediante um pedido de perdão. Se alguém comprou um produto com defeito, poderá desfazer o negócio; mas não poderá mudar o fato de que um dia comprou aquela mercadoria defeituosa.

Da mesma maneira, se uma mulher concebeu, sempre será verdade que ela concebeu. Ainda que no dia seguinte ela provoque um aborto, de modo a livrar-se do efeito da concepção (a criança concebida), ela não poderá mudar o passado. Ou poderá?

Segundo alguns laboratórios farmacêuticos e segundo o próprio Ministério da Saúde, o passado pode ser mudado.

Suponhamos que o ato sexual tenha ocorrido hoje.

Pesquisas de laboratório demonstraram que o esperma pode chegar ao interior das trompas de Falópio, onde acontece a fecundação, depois de cinco minutos da relação [...]. Algumas pesquisas até demonstraram que, com a ajuda das contrações uterinas, o transporte dos espermatozóides ao interior das trompas, já por si rápido, pode durar até um só minuto”[1].

Suponhamos que a mulher esteja em seu período fértil, de modo que tenha havido o encontro entre o óvulo e o espermatozóide, do qual resultou um novo ente humano, uma criança com o tamanho de apenas uma célula, denominada ovo ou zigoto. Esta criança ainda não está no útero. Está na trompa de Falópio, mas será conduzida até o útero, onde se fixará. O processo de implantação (ou nidação) da criança no útero começa no sexto dia de vida e se completa por volta do 12º dia. Nesta fase, a criança já é constituída de várias células, dispostas em uma estrutura denominada blástula ou blastocisto.

Continuemos a nossa estória.

No dia seguinte após o ato sexual, a mulher que já concebeu, toma uma pílula. Essa pílula, conhecida como “pílula do dia seguinte”, contém uma dose muito grande de hormônios sintéticos. Que faz essa pílula? Causa um aborto? “De maneira alguma!” – diz o Ministério da Saúde. “Ela não é abortiva! É um anticoncepcional de emergência! Ela apenas impede a concepção”....

Mas a concepção já não ocorreu no dia anterior? Sim, mas essa pílula tem um efeito retroativo: ela faz que a concepção – que já ocorreu – deixe de ter ocorrido. Ela faz que a mulher, que já concebeu, nunca tenha concebido. Ela é capaz de alterar o passado. Incrível, não?
Costuma-se dizer, jocosamente, que o cúmulo da rapidez é trancar a gaveta e colocar a chave dentro dela. A rapidez a que se refere essa anedota é semelhante à da “anticoncepção de emergência” (AE) da pílula do dia seguinte. O efeito deixa de ser posterior à causa. A causa passa a produzir um efeito anterior a ela!

Ação abortiva da “pílula do dia seguinte”

A chamada "pílula do dia seguinte" é "um preparado a base de hormônios (pode conter estrogênio, estrogênio/progestogênio ou somente progestogênio) que, dentro de e não mais do que 72 horas após um ato sexual presumivelmente fértil, tem uma função predominantemente ‘anti-implantação’, isto é, impede que um possível ovo fertilizado (que é um embrião humano), agora no estágio de blástula de seu desenvolvimento (cinco a seis dias depois da fertilização) seja implantado na parede uterina por um processo de alteração da própria parede. O resultado final será assim a expulsão e a perda desse embrião"[2].

O discurso do fabricante em 2001

O mecanismo de ação descrito acima era confirmado pela própria Aché, que no Brasil, desde a publicação da Portaria n.º 204, de 11 de março de 1999, da ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) comercializa a droga sob o nome de Postinor-2. O parágrafo a seguir foi transcrito do próprio sítio da Internet em 2001[3]:

"Como funciona o método de contracepção de emergência Postinor-2?

Se você tomar o primeiro comprimido de Postinor-2 até 72 horas após ocorrer uma relação sexual desprotegida ele vai impedir ou retardar a liberação do óvulo do ovário, impossibilitando a fecundação ou, ainda, impedirá a fixação do óvulo fecundado no interior do útero (a nidação), através da desestruturação do endométrio (parede interna do útero)." (grifo nosso)

O fato que o próprio laboratório fabricante admitia é este: a pílula impede que o ente humano concebido na trompa venha a se implantar no útero.

Ora, a causação da morte de um bebê dentro do organismo materno é um aborto. A conclusão óbvia, que ninguém poderia negar, é que a chamada "pílula do dia seguinte" é abortiva. Isso, porém, o fabricante negava, no parágrafo seguinte ao citado anteriormente:

"O método da contracepção é abortivo?

Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a gravidez só tem início após a implantação do ovo no útero, quando Postinor-2 não tem mais efeito. Portanto, Postinor-2 não é abortivo."

Vê-se o malabarismo verbal usado para ocultar o aborto.
Segundo a Aché, o aborto só poderia haver após o início da gravidez. E como a gravidez — diz a Aché — só começa quando a criança se implantou no útero, não haveria problema em matar a criança concebida, mas ainda não implantada na parede uterina. Tal morte não seria um aborto.

Algumas perguntas, porém, ficavam sem resposta: 1) Que diferença faz matar um bebê com poucos dias de vida (ainda no estágio de blástula ou blastocisto) e matar um bebê já fixado no útero, digamos, já com algumas semanas de vida? 2) Baseado em que motivo pode-se dizer que a gravidez começa apenas com a implantação, e não com a fertilização do óvulo pelo espermatozóide?

Etimologicamente, "gravidez" vem do latim "gravis", que significa pesado. A mulher grávida seria aquela que carrega dentro de si um "peso": um bebê por nascer. Um sinônimo de gravidez é "gestação", que vem do latim "gestare", que significa “levar, transportar”. A mulher gestante é aquela que está “carregando” um bebê por nascer.

Não importa que o não nascido esteja na trompa, no útero ou em outro lugar. O que importa é que ele está dentro de sua mãe.

Após a implantação (ou nidação), a criança cria uma "rede" de comunicação com a mãe, que inclui a placenta e o cordão umbilical. Mas antes de se implantar, de onde a criança retira seu alimento? Do lugar onde está, é óbvio. Se ainda está na trompa, é lá que ela vai-se alimentar, a fim de desenvolver-se e tornar-se apta a criar sua "casinha" no útero. Portanto, a mãe já é fornecedora de alimentos desde a concepção, que se dá no terço distal da trompa. Não faz sentido dizer que a gestação começa apenas após a implantação.

Citemos novamente a Pontifícia Academia para a Vida:

"A gravidez, de fato, começa com a fertilização e não com a implantação do blastocisto na parede uterina, que é o que tem sido implicitamente sugerido."

O discurso do fabricante hoje

Talvez o reconhecimento da fragilidade da argumentação acima tenha feito com que os defensores da “pílula do dia seguinte” mudassem de discurso. Em 2001, a bula de Postinor-2, admitia o efeito abortivo, embora sem usar esse nome:

“Acredita-se que Postinor-2 age para prevenir a ovulação, a fertilização e a implantação. Não é eficaz uma vez iniciado o processo de implantação. Os seguintes sítios de ação participam da ação contraceptiva do Postinor-2:

(1) eixo hipotalâmico-pituitário-ovariano;
(2) inibição da ovulação dependendo do horário e da frequência de ingestão;
(3) fator endometrial (inibição direta da implantação ou efeito direto sobre a blástula)...” [os grifos são nossos].

Agora, a bula de Postinor-2 garante que a pílula não impede que a criança concebida venha a se implantar na parede uterina (endométrio):

Assim sua ação pode se dar: pela inibição ou retardo da ovulação; por dificultar o ingresso do espermatozóide no útero; por alterar a passagem do óvulo ou espermatozóide pela tuba uterina. Se já tiver ocorrido a fecundação, ou seja, a união do espermatozóide com o óvulo formando o ovo, a medicação não mais agiria, por não apresentar ação no endométrio”.[4]

Portanto, uma droga que em 2001 era abortiva, agora não seria mais. O mesmo diz hoje o Ministério da Saúde: “Não existe nenhuma sustentação científica para afirmar que AE seja um método que resulte em aborto, nem mesmo em um percentual pequeno de casos. As pesquisas asseguram que os mecanismos de ação da AE evitam ou retardam a ovulação, ou impedem a migração dos espermatozóides. Não há encontro entre os gametas masculino e feminino e, portanto, não ocorre a fecundação”.[5]

Mas a emenda ficou pior do que o soneto. Pois, se esse fármaco tão-somente impede a fecundação, por que ele é usado depois de um ato sexual, em um intervalo de tempo que pode ir até três dias, (ou até cinco dias, segundo o Ministério da Saúde)?

Um efeito acidental

Descartando a hipótese de uma influência sobre o passado, haveria alguma chance de essa pílula funcionar como anticoncepcional? Haveria, mas só acidentalmente. Um relógio de pulso – que é fabricado para mostrar as horas – pode, acidentalmente proteger um cidadão contra uma bala perdida. A pílula do dia seguinte, feita para provocar um aborto, poderia, por acidente, impedir a concepção.

Imaginemos o seguinte caso: o ato sexual ocorreu hoje; mas a mulher iria ovular amanhã. Amanhã, portanto, haveria o encontro do óvulo recém-produzido com algum espermatozóide do dia anterior. A dose enorme de hormônios dessa pílula, poderia então impedir que o óvulo fosse produzido, e atuar assim como anticoncepcional. Esse efeito acidental não explica, porém, o alto Índice de Efetividade da droga. Segundo o Ministério da Saúde, “a AE apresenta, em média, Índice de Efetividade de 75%. Significa dizer que ela pode evitar 3 de cada 4 gestações que ocorreriam após uma relação sexual desprotegida.”[6].

Uma efetividade tão grande só se explica pela ação fundamentalmente abortiva dessa pílula. Convém lembrar que tal aborto é assintomático, isto é, não é percebido pela mulher, assim como ocorre com as usuárias do DIU (dispositivo intra-uterino) e de outros abortivos que impedem a nidação.

Uma atitude corajosa e pioneira

No dia 24 de janeiro de 2008, o arcebispo de Recife e Olinda, Dom José Cardoso Sobrinho, anunciou que iria ajuizar uma ação judicial para tentar evitar que a Prefeitura de Recife distribuísse a “pílula do dia seguinte” na cidade durante o Carnaval deste ano.[7]

A ação civil pública foi ajuizada pela Associação de Defesa dos Usuários de Seguros e Sistema de Saúde (Aduseps). Lamentavelmente, no dia 30 de janeiro, o juiz José Viana Ulisses Filho, da 7ª Vara da Fazenda Pública da capital (mas respondendo também pela 6ª vara, onde tramita o processo n.º 001.2008.003792-6) negou o pedido liminar de suspensão da oferta da droga, alegando não haver provas suficientes de que ela é abortiva.[8]

A atitude é louvável devendo ser seguida. Esta é a primeira vez que alguém no Brasil recorre ao Judiciário contra a “pílula do dia seguinte”. Em outros países latino-americanos, como Argentina e Chile, essa medida já foi tomada há muitos anos pelos defensores da vida. Não podemos desistir. Sempre há a esperança de que o processo venha a cair nas mãos de um juiz que não admita que uma pílula possa mudar o passado...

No Chile, (março de 2008) a Suprema Corte de Justiça proibiu a distribuição da Pilula dia seguinte pelo Governo, por haver indícios razoáveis de que a droga poderia ser abortiva, o que poria em risco a defesa constitucional da vida.

Notas:
[1] WILKS, John. Contracepção pré-implantatória e de emergência. In: PONTIFÍCIO CONSELHO PARA A FAMÍLIA. Lexicon: termos ambíguos e discutidos sobre família, vida e questões éticas. São Paulo: Escolas Profissionais Salesianas, 2007, p. 138.
[2] Pontifícia Academia para a Vida - Declaração sobre a chamada ‘pílula do dia seguinte’ - Cidade do Vaticano, 31 de outubro de 2000.
[3] Disponível em http://www.postinor2.com.br. Acesso em 28/04/2001.
[4] Disponível em: Acesso em: 10 fev. 2008. Os grifos são nossos.
[5] BRASIL. Ministério da Saúde. Anticoncepção de Emergência. 28 jan. 2008. Elaboração: Jefferson Drezett. Disponível em: http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/artigo_anticoncepcao_emergencia_2008.pdf Acesso em: 09 fev. 2008.
[6] Loc. cit.
Adaptado Por Zenóbio Fonseca
FONTE: Pró-Vida de Anápolis

O Israel de Deus

Por Thomas Ice
"E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus" (Gl 6.16).
Pouco antes de escrever este artigo, eu conversava com um amigo sobre o moderno Estado de Israel. Esse amigo, nascido e educado em Damasco, na Síria, é muçulmano. Trata-se de uma pessoa bem-educada, que vive nos EUA há cerca de 40 anos. Nossa conversa ia se desenvolvendo até que, em certo ponto, fiquei desconcertado quando ele afirmou que o povo judeu de hoje não tinha direito à terra de Israel, pois a Igreja teria ocupado o lugar de Israel. Para fundamentar sua alegação, ele citou Gálatas 6.16. Fiquei surpreendido pelo fato de um muçulmano ter tal compreensão da falsa doutrina cristã chamada de "teologia da substituição". Não é de admirar que se ouça isso em certos segmentos do cristianismo, mas perceber que esse ponto de vista desnorteado havia penetrado na comunidade muçulmana americana foi assombroso para mim.

O que é a "teologia da substituição"?

Kenneth Gentry, teólogo aliancista e preterista, define a "teologia da substituição" – a qual ele defende – da seguinte maneira:

Cremos que a igreja internacional sucedeu, para sempre, o Israel nacional como a instituição para a administração da bênção divina ao mundo.[1]

Gentry empregou o verbo "suceder" como sinônimo de "substituir". Eu até concordaria com sua definição se ele retirasse dela a expressão "para sempre". Nós, dispensacionalistas, cremos que a Igreja sucedeu Israel durante a presente era da Igreja. Deus, entretanto, tem uma época futura em que Ele restaurará o Israel nacional "como a instituição para a administração da bênção divina ao mundo".

À sua afirmação inicial, Gentry ainda adiciona o seguinte embelezamento:
Ou seja, cremos que, no desenrolar do plano divino na história, a Igreja cristã é a exata realização do propósito redentivo de Deus. Como tal, a Igreja multirracial e internacional sucede o Israel racial e nacional como ponto de focalização do reino de Deus. Na verdade, cremos que a Igreja se torna o "Israel de Deus" (Gl 6.16), os "descendentes de Abraão" (Gl 3.29), "a circuncisão" (Fp 3.3), o "santuário dedicado ao Senhor" (Ef 2.19-22), e assim por diante. Cremos que judeus e gentios são incorporados eternamente em um "novo homem" na Igreja de Jesus Cristo (Ef 2.12-18). O que Deus ajuntou, não o separe o homem![2]

Randall Price apresenta uma definição excelente e compreensível para a "teologia da substituição":

Uma perspectiva teológica que ensina que os judeus foram rejeitados por Deus e não são mais o povo escolhido de Deus. Aqueles que assumem esse ponto de vista rejeitam qualquer futuro étnico para o povo judeu em relação às alianças bíblicas, crendo que seu destino espiritual se resume em perecer ou tornar-se parte da nova religião que sucedeu ao judaísmo (seja o cristianismo, seja o islamismo).[3]

Talvez a última definição nos dê uma percepção mais clara do que pode haver em comum entre um muçulmano americano e um cristão americano [como Gentry]. Ambos crêem que Israel foi substituído permanentemente pela Igreja e que a Igreja é o Israel de Deus de Gálatas 6.16.

Gálatas 6.16

Gentry acredita que Gálatas 6.16 ensina que a Igreja substituiu ou sucedeu Israel:

Se Abraão pode ter gentios como sua "descendência espiritual", por que não deveria haver um Israel espiritual? De fato, os cristãos são chamados pelo nome "Israel": "E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles e sobre o Israel de Deus" (Gl 6.16).[4]

O "Israel espiritual" realmente existe. Esse termo refere-se aos judeus que confiaram em Jesus como seu Messias. A Igreja, no entanto, nunca é chamada de "Israel espiritual", como Gentry afirma. Vamos examinar Gálatas 6.16 e ver o que realmente está dito ali.

A passagem é simples e clara. A primeira parte do versículo 16: "E, a todos quantos andarem de conformidade com esta regra", refere-se à regra recém mencionada por Paulo no versículo 15: "Pois nem a circuncisão é coisa alguma, nem a incircuncisão, mas o ser nova criatura". Esta é uma categoria espiritual que engloba todos os crentes, para os quais Paulo pronuncia uma bênção: "paz e misericórdia sejam sobre eles". A ela segue-se seu comentário adicional: "e sobre o Israel de Deus".

S. Lewis Johnson examina as diferentes sugestões para a tradução da palavra grega "kai" em Gálatas 6.16 (normalmente traduzida por "e"). Johnson afirma: "Na ausência de fortes razões de ordem exegética e teológica, deveríamos evitar as estruturas gramaticais mais raras quando a comum faz bom sentido".[5] Ele demonstra que não há razão exegética ou teológica para não entender "e" em seu sentido normal nessa passagem. Johnson conclui:

Se a intenção de Paulo fosse identificar "eles" como "o Israel de Deus", então, por que não eliminou simplesmente o "e" ("kai") após "eles"? O resultado seria muito mais apropriado, caso Paulo estivesse identificando o pronome "eles", ou seja, a Igreja, com o termo "Israel". Nesse caso, o versículo seria traduzido da seguinte forma: "E, a todos que andarem de conformidade com esta regra, paz e misericórdia sejam sobre eles, o Israel de Deus"... Entretanto, Paulo não eliminou o "kai".[6]

Johnson está dizendo que não há base textual ou exegética para a crença de Gentry, de acordo com a qual Gálatas 6.16 ensinaria que "o Israel de Deus" inclui a Igreja ou os gentios. A "teologia da substituição" de Gentry não tem base no texto bíblico. Ele deve estar tão cego por causa das exigências de sua falsa teologia, a ponto de continuar insistindo em tal interpretação da Bíblia e na teologia desnorteada que daí resulta. Juntamente com Lewis Johnson, eu me pergunto por que, "apesar da assombrosa evidência em contrário, continua a haver persistente apoio à concepção de que o termo Israel pode referir-se com propriedade a crentes dentre os povos gentios na época presente".[7]

E. D. Burton afirma:

Em vista das fortes expressões antijudaístas empregadas anteriormente pelo apóstolo, ele se sente impelido a enfatizar essa expressão da sua verdadeira atitude para com seu povo – e o faz pela inserção do "e".[8]

O erudito hebreu-cristão Arnold Fruchtenbaum resume a passagem da seguinte forma:

Gálatas refere-se a gentios que procuravam alcançar a salvação pela lei. Eles estavam sendo enganandos pelos judaizantes – judeus que exigiam a adesão à lei de Moisés. Para estes, um gentio tinha de converter-se primeiro ao judaísmo a fim de ser qualificado para a salvação por meio de Cristo. No versículo 15, Paulo afirma que o importante para a salvação é a fé, que tem como conseqüência o ser nova criatura. A seguir, ele pronuncia uma bênção sobre dois grupos de pessoas que deveriam seguir essa regra da salvação unicamente pela fé. O primeiro grupo, referido na passagem pelo pronome "eles", é o dos cristãos gentios, a quem ele havia dedicado a maior parte da epístola. O segundo grupo é denominado de "o Israel de Deus". Nesse caso, trata-se de cristãos hebreus que, em contraste com os judaizantes, seguiam a regra da salvação unicamente pela fé. Por outro lado, nota-se uma distinção entre os dois grupos, pois apenas os cristãos hebreus são o Israel de Deus. Trata-se de uma questão de posição, que aqui representa uma função definida.[9]
Israel sempre significa Israel
Há alguns anos, eu estava discutindo profecia bíblica com alguém que escrevia artigos para uma revista sob a perspectiva da "teologia da substituição". Cada vez que ele substituía Israel pela Igreja em passagens do Antigo Testamento, eu repetia incansavelmente: "Israel sempre significa Israel!" Finalmente, ele queixou-se mais ou menos nestas palavras: "Você fica insistindo em sua pressuposição teológica de que Israel sempre significa Israel!" Eu retruquei que não se tratava de um a priori teológico, mas de uma conclusão exegética.

De fato, na Bíblia inteira não há um único caso em que a expressão Israel se refira a outra coisa que não ao povo judeu. Burton declara:

Não há, realmente, qualquer caso em que ele (Paulo) empregue o termo Israel, a não ser para referir-se à nação judaica ou a parte dela. Esses fatos favorecem a interpretação da expressão como aplicando-se não à comunidade cristã, mas aos judeus. Para ser exato, tendo em vista a expressão "de Deus", a referência não seria à nação como um todo, mas ao Israel piedoso, ao remanescente de acordo com a eleição da graça (Rm 11.5).[10]

Lewis Johnson é igualmente insistente quando diz:

Não existe exemplo algum na literatura bíblica do emprego do termo Israel no sentido de Igreja, ou do povo de Deus composto de cristãos de etnia judaica e cristãos gentios. Por outro lado, também não existem, como se poderia esperar se o contrário fosse verdadeiro, exemplos do emprego da expressão "ta ethnê" ("os gentios") para referir-se especificamente ao mundo não-cristão. Essa expressão é usada apenas para referir-se aos povos não-judeus, embora esses geralmente sejam não-cristãos.[11]

Fruchtenbaum resume assim a distinção entre Israel e a Igreja:

A primeira evidência é o fato de que a Igreja nasceu no dia de Pentecostes, enquanto Israel já existia por muitos séculos...

A segunda evidência é que certos eventos no ministério do Messias foram essenciais para o estabelecimento da Igreja – a Igreja não veio à existência até que certos eventos tivessem ocorrido...

A terceira evidência é o caráter de mistério da Igreja...

A quarta evidência de que a Igreja se distingue de Israel é o relacionamento singular entre judeus e gentios, chamados de "novo homem" em Efésios 2.15...

A quinta evidência para a distinção entre Israel e a Igreja é encontrada em Gálatas 6.16.

Talvez mais uma observação possa ser feita. No livro de Atos, tanto Israel como a Igreja existem simultaneamente. O termo Israel é usado vinte vezes, e o termo "ekklesia" (Igreja), dezenove vezes. No entanto, os dois grupos são sempre tratados de forma distinta.[12]
A afirmação de que "Israel sempre significa Israel" e o fato de Israel e a Igreja serem povos de Deus distintos não são apenas crenças teológicas. Essas coisas são especificamente ensinadas na Bíblia. Atualmente, vivemos na época da Igreja, que se encerrará com o Arrebatamento – que pode ocorrer a qualquer momento –, quando a última pessoa for salva e incluída no corpo de Cristo. Então, a história completará a semana final da profecia sobre as setenta semanas de Daniel, que terminará com a conversão de Israel a Jesus como seu Messias. Isso conduzirá ao reinado de mil anos, no qual Israel será o cabeça sobre todas as nações. Não somente a Bíblia distingue entre o plano de Deus para Israel e Seu plano para a Igreja, mas também ensina, em Gálatas 6.16, a distinção entre judeus salvos e judeus perdidos. Essa é uma das coisas negadas pela "teologia da substituição". C. E. B. Cranfield afirmou a respeito desse assunto:

Somente quando a Igreja insiste em não compreender essa mensagem, quando crê secretamente – talvez de maneira totalmente inconsciente! – que a sua própria existência se baseia em realizações humanas, deixando de entender a misericórdia de Deus para consigo mesma, é que ela se torna incapaz de acreditar na misericórdia de Deus para com o Israel ainda descrente. Desse modo, ela alimenta a idéia má e contrária às Escrituras de que Deus rejeitou o Seu povo Israel e simplesmente o substituiu pela Igreja cristã. Esses três capítulos [Rm 9-11] enfaticamente proíbem-nos de falar da Igreja como tendo tomado, de uma vez por todas, o lugar do povo judeu. ...Mas a pressuposição de que a Igreja simplesmente substituiu Israel como povo de Deus é extremamente comum. ...E, envergonhado, confesso que eu mesmo empreguei, por escrito e em mais de uma ocasião, esta linguagem da substituição de Israel pela Igreja".[13] (Thomas Ice - Pre-Trib Perspectives - http://www.beth-shalom.com.br/)
Notas:
1. Kenneth L. Gentry, Jr., "Supersessional Orthodoxy: Zionistic Sadism", Dispensacionalism in Transition, v. VI, nº 2, fev 1993, p. 1.
2. Kenneth L. Gentry, Jr., "The Iceman Cometh! Moronism Reigneth!", Dispensationalism in Transition, v. VI, nº 1, jan 1993, p. 1.
3. Randall Price, Unholy War: America, Israel and Radical Islam (Eugene, OR: Harvest House, 2001), p. 412.
4. Kenneth L. Gentry, Jr., He Shall Have Dominion: a Postmillennial Eschatology (Tyler, Tex.: Institute for Christian Economics, 1992), p. 167.
5. S. Lewis Johnson, Jr., "Paul and ‘The Israel of God’: An Exegetical and Eschatological Case-Study", em Stanley D. Toussaint e Charles H. Dyer, Essays in Honor of J. Dwight Pentecost (Chicago, Moody Press, 1986), p. 187.
6. Johnson, "The Israel of God", p. 188.
7. Johnson, "The Israel of God", p. 181.
8. Ernest Witt Burton, A Critical and Exegetical Commentary on The Epistle to The Galatians (Edinburgh: T & T Clark, 1920), p. 358.
9. Arnold G. Fruchtenbaum, Hebrew Christianity: Its Theology, History, and Philosophy (Washington, DC: Canon Press, 1974), p. 33.
10. Burton, Galatians, p. 358.
11. Johnson, "The Israel of God", p. 189.
12. Arnold G. Fruchtenbaum, "Israel and the Church", in Wesley R. Willis e John Master, gen. editors, Issues in Dispensationalism (Chicago: Moody Press, 1994), p.116-118.
13. C.E.B. Cranfield, A Critical and Exegetical Commentary on The Epistle to The Romans, 2 vols. (Edinburgh: T & T Clark, 1979), vol. 2, p. 448. Cf. também a edição em português: C.E.B. Cranfield, A Carta aos Romanos (São Paulo: Paulinas, 1992), p. 207.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

APROVAÇÃO AO ABORTO CONTINUA A DIMINUIR NO BRASIL


O Data Folha acaba de revelar uma nova pesquisa de opinião pública (06/04/2008) que confirma que a aprovação ao aborto no Brasil está diminuindo de ano para ano. Desta vez a reportagem foi publicada em destaque na primeira página da edição de domingo.

A pergunta dos pesquisadores, feita a uma amostra de 4.044 brasileiros em 159 municípios, foi se o entrevistado pensa que o aborto deve continuar sendo crime no país.

Em 2006 63% dos brasileiros responderam sim, em 2007 o percentual subiu para 65% e agora em 2008 o número dos que responderam afirmativamente subiu novamente para 68%. Sete em cada dez brasileiros, segundo o Data Folha, querem que o aborto continue sendo crime e, aparentemente, este número continua em crescimento.

Quando a pergunta é feita com outras palavras, a porcentagem obtida é ainda mais elevada.

Em 2003 o IBOPE realizou uma pesquisa nacional de opinião pública a pedido das Católicas pelo Direito de Decidir, onde a pergunta era se na opinião dos entrevistados o aborto deveria ser permitido sempre que a mulher decidisse. Somente 10% foram a favor.

A pesquisa foi repetida em 2005 pelo mesmo IBOPE, encontrando desta vez apenas um público de 3% do público respondendo afirmativamente.

Em 2007 uma nova pesquisa nacional sobre o aborto foi encomendada ao IBOPE pelas Católicas pelo Direito de Decidir, mas desta vez a íntegra da pesquisa não chegou a ser divulgada. As Católicas alegaram que não havia interesse em saber o que pensava o público sobre o aborto em si e que a pesquisa havia se centrado na questão se o público sabia localizar os hospitais credenciados para praticar um aborto em caso de estupro.

Uma cópia das pesquisas do IBOPE em 2003 e 2005 pode ser encontrada nos seguintes endereços:
http://www.pesquisasedocumentos.com.br/PesquisaIbope2003.pdf

http://www.pesquisasedocumentos.com.br/PesquisaIbope2005.pdf


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68% DEFENDEM QUE ABORTO CONTINUE CRIME NO BRASIL

fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidian/ff0604200804.htm

Segundo Datafolha, maior percentual favorável à lei está entre quem tem 60 anos ou mais: 73% Pesquisa revela que taxa dos que querem que o aborto continue sendo crime está em ascensão: era de 63% em 2006, ante 65% em 2007

DA REPORTAGEM LOCAL - 06/04/2008

Sete em cada dez brasileiros, praticamente, defendem que a lei de aborto continue como está. Segundo pesquisa Datafolha, 68% dos brasileiros querem que a lei não sofra qualquer mudança. Aborto é considerado crime pelo Código Penal, punido com pena de prisão de um a quatro anos para a mulher que consentiu a prática.

A taxa dos que querem que o aborto continue sendo tratado como crime está em ascensão. Em 2006, os que defendiam a lei somavam 63%; em 2007, eram 65%. A taxa dos que não querem flexibilizar a lei cresceu 14 pontos percentuais entre 1993 e 2008.

Naquele ano, 54% defendiam a punição criminal ao aborto. Quanto mais elevada a escolaridade, maior é o apoio a mudanças na lei. Entre os que concluíram curso superior, 30% defendem que o aborto seja permitido em mais situações do que é hoje: quando a mulher corre risco de morte, quando há má-formação no feto e quando a gravidez é resultado de crime.

Entre os que só cursaram o ensino fundamental, a taxa dos que são contrários a mudanças é a terceira mais alta: 71%. A segunda taxa mais elevada dos que defendem a manutenção da lei está na região Sul do país (72%). O percentual mais alto é encontrado entre os que têm 60 anos ou mais: 73%.

O grau de urbanização parece influenciar os que defendem mudanças. Um quinto dos moradores das capitais dizem que gostariam de uma lei que permitisse o aborto em mais situações -seis pontos percentuais acima da média nacional. Já nas cidades do interior, 70% querem que a lei siga sem mudanças -dois pontos acima da média. Cariocas e paulistanos têm visões diferentes sobre essa questão. No Rio, o tema é tratado com mais liberalidade -53% defendem que a lei continue a mesma (15 pontos abaixo da média). Já em São Paulo, essa taxa é de 59%.

Campanha O aumento da taxa dos que são contrários a flexibilizar a lei de aborto pode ter alguma relação com a campanha que a Igreja Católica move contra esse tipo de prática no Brasil. A campanha mais contundente foi feita pela Arquidiocese do Rio de Janeiro. Lá, no último mês, padres levaram às missas reproduções de fetos.

Foram produzidos 600 bonecos imitando fetos com três meses de gestação. Eles foram usados em procissões e nas 264 igrejas da cidade. Os bonecos de fetos fazem parte da campanha da fraternidade de 2008 da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), cujo lema é "Escolhe, pois é vida".

Em São Paulo, as manifestações da Igreja Católica tiveram um tom menos contundente: foi realizado um ato público contra o aborto na praça da Sé. O alvo da CNBB é um projeto de lei que descriminaliza o aborto. Ele está parado há 16 anos na Câmara dos Deputados e havia a previsão de que poderia entrar na pauta neste mês.

sábado, 5 de abril de 2008

TRIBUNAL CONSTITUCIONAL DO CHILE PROÍBE DISTRIBUIÇÃO DA PÍLULA DO DIA SEGUINTE

CHILE - O Tribunal Constitucional do Chile decidiu proibir a distribuição gratuita da pílula do dia seguinte por parte do governo, sob alegação que haviam sido apresentados indícios razoáveis de que a droga poderia ser abortiva, o que poria em risco a defesa constitucional da vida, ainda que os juízes afirmem não haverem chegado a um entendimento definitivo de que o fármaco seja realmente abortivo. A causa havia sido apresentada ao tribunal por 31 deputados pró-vida.


O Tribunal não proibiu, entretanto, a comercialização privada da pílula do dia seguinte, nem a utilização do DIU de cobre, alegando neste último caso que os proponentes da ação não haviam conseguido demonstrar o caráter abortivo do dispositivo.

Para os que entendem que a vida começa a partir da concepção, não é possível negar que a pílula e o DIU não sejam abortivos. Se a mulher está em seu dia fértil, ela pode ter o óvulo fecundado pelo espermatozóide em questão de minutos ou poucas horas após a relação sexual. Se a pílula pode impedir a gravidez mesmo tomada até após 72 horas após a relação sexual, isto significa que ela poderá impedir a gravidez mesmo após ter-se verificado a fecundação.

Não há como poder negar-se que ela é abortiva. Já o DIU nada faz para impedir a ovulação, quando ele é de plástico produz uma inflamação do endométrio que impede a implantação do óvulo fecundado. Sendo de cobre, afirma-se possuir um efeito espermicida, mas não se provou que este efeito é 100% eficaz, portanto, ele pode também impedir a gravidez sem que entretanto impeça a fecundação. O Tribunal resolveu publicar a sentença antecipadamente para evitar a polêmica promovida pelos meios de comunicação, mas somente irá divulgar a fundamentação daqui a um mês.


A presidente Bachelet anunciou que acatará a decisão, mas declarou tratar-se de uma ferida profunda causada pelo Tribunal:


"Lamento profundamente a decisão, em um país que queremos continuar em sua modernização, em seu crescimento, associados com grupos maiores", afirmou a presidente.


Segundo o médico Ramiro Molina, do Centro de Medicina Reproductiva de la Universidade de Chile, trata-se de uma "medida curiosa", porque declara a inconstitucionalidade da distribuição gratuita da pílula pelo Ministério da Saúde mas declara constitucional vendê-la nas farmácias.

Os deputados que promoveram a causa afirmaram estarem contentes com a decisão "porque o Tribunal acolheu a tese de que esta pílula possui características abortivas, o que se reconhece em todos os países onde a pílula é distribuída e o aborto é legal. Trata-se de uma grande notícia para o Chile e para muitos países, porque aqui alguém pode começar a dizer que começou uma civilização mais humana, que protege a vida do que está para nascer".

Os senadores do Partido Socialista, entretanto, qualificaram a decisão de "retrograda, absurda e lamentável", afirmando que os juízes querem fazer retroceder o Chile aos anos 60 quando "mais de 60% das mulheres que praticavam abortos morriam".

Por mais fantástica que possa parecer esta afirmação, é o que consta nos periódicos chilenos.


"O Chile está retrocedendo em matéria de Saúde sexual e reprodutiva", continuam os senadores, afirmando que "nem sequer o Papa aceitou a tese de que a pílula do dia seguinte seria abortiva, ninguém, exceto no Irã, em Uganda e nas Filipinas afirma que a pílula é abortiva, os 196 países que formas as Nações Unidas consideram que não é assim".

Fonte: http://news.bbc.co.uk/hi/spanish/latin_america/newsid_7332000/7332523.stm

sexta-feira, 4 de abril de 2008

A Bússola de Ouro - Adivinhações e demônios para crianças

Baseado no best seller de Philip Pullman, A Bússola de Ouro conta a primeira história da trilogia Fronteiras do Universo.

A adaptação para o cinema da controvertida trilogia de um autor ateu causa alvoroço ecumênico; mas será que “matar Deus” é o verdadeiro perigo?

Para os que ainda não conhecem esse filme e todo o evento de mídia relacionado a ele, um comunicado distribuído à imprensa esclarece: “Baseado no best seller de Philip Pullman, A Bússola de Ouro conta a primeira história de sua trilogia Fronteiras do Universo (FDU). Esta excitante aventura de fantasia se passa num mundo alternativo povoado por ursos falantes vestidos com armaduras, feiticeiras, gípcios e dimons. No centro da história está Lyra, uma garota de 12 anos que começa tentando salvar um amigo e termina numa busca épica para tentar salvar não só o seu próprio mundo, mas o nosso também”.

Parece familiar? Crianças iluminadas (desprezadas ou excluídas pela família ou pela sociedade) tropeçam num segredo por acaso, e são escolhidas para salvar o mundo usando quaisquer meios permitidos por sua imaginação e sendo auxiliadas por alguma forma de poder ancestral ou sobrenatural ou entidade espiritual. Essa idéia está tão disseminada, que muitos a chamam de “ mito universal”. Entretanto, não importa qual seja a época ou o local, o tema do jovem herói continua a fascinar o público e a vender mais produtos que qualquer outra trama jamais concebida.

Então, por que tanto alvoroço por causa desse filme? Bem, para começo de conversa, como a página oficial na internet informa, “no mundo da Bússola de Ouro, a alma de uma pessoa vive fora do corpo, sob a forma de um dimon, um espírito animal que acompanha a pessoa por toda a vida”. Embora espíritos-guias na forma de animais sejam tão universais e antigos quanto o próprio xamanismo, os livros de Pullman são talvez os primeiros a popularizarem uma criatura como uma manifestação do espírito pessoal de alguém, e não como uma entidade “auxiliadora” independente ( como uma fada, um elfo, um anjo ou um “mestre iluminado”). Também é notável o atrevimento de chamar esses espíritos de “dimons”* (que é exatamente o que eles são, de acordo com o entendimento bíblico a respeito do nosso mundo real). Fica claro que esse “dispositivo literário” cheira a ocultismo.

Por essas e muitas outras razões, fica difícil engolir o alegado ateísmo de Pullman como genuíno naturalismo humanista. Embora afirme que “esta vida é tudo o que temos”, ele criou um “universo paralelo” pseudocientífico, baseado na teoria quântica e na metafísica. Esses princípios idênticos formam a base do “conhecimento secreto” das religiões esotéricas, refletidas em outras histórias pós-modernas, como a trilogia Matrix e O Show de Truman, onde a “verdadeira realidade” é encontrada através de um processo de rebelião contra a “autoridade”, renascimento e autodescoberta.

O extremo desprezo que Pullman tem pelo Catolicismo não é nem disfarçado: a hierarquia do mal estabelecida pela “Autoridade” da trilogia FDU (o eufemismo que a trilogia usa para se referir a Deus) não é outra senão o “Magistério”. Não admira que a perversão do Evangelho bíblico perpetrada por Roma e sua perseguição aos verdadeiros crentes tenham destruído a fé de muitos ao longo dos séculos – inclusive, aparentemente, a esperança de Pullman de obter a redenção. Os evangélicos bem informados conhecem muito bem todo o mal perpetrado pelo Catolicismo em nome de Deus. Além disso, a perspectiva de Pullman também foi distorcida pelas torturas e assassinatos cometidos em nome do Calvinismo. Por essa razão, não admira que ele não consiga distinguir o Cristianismo bíblico das formas falsificadas que o mundo vem adotando há muito tempo. É esse preconceito que forma o alicerce da FDU, no que talvez seja o mais poderoso ataque para arrasar a percepção da próxima geração a respeito do Cristianismo.

Sem dúvida, as crianças ficarão encantadas com o filme e suas engenhocas fascinantes, e assim serão atraídas para os romances de Pullman, exatamente como aconteceu com as crianças do Flautista de Hammelin. Um dos principais instrumentos usados por Lyra, a heroína da trilogia, é o “Aletiômetro” (a “Bússola de Ouro”). Da mesma forma que um rabdoscópio – ou varinha mágica – ou uma tábua Ouija, o mecanismo usa símbolos, indicadores e a “força do pensamento” para adivinhar a verdade (em grego, Alethéia) sobre uma determinada questão. Uma extraordinária versão digital desse instrumento diverte os visitantes que acessam a página oficial do filme na internet. Lá também existe um perfil de personalidade composto de 20 perguntas que, depois de preenchido, anuncia dramaticamente: “Seu dimon foi encontrado”. As crianças e outros visitantes são convidados a se inscreverem numa comunidade online especial de onde podem baixar ícones (avatares) representando seu dimon pessoal.

Parece que Pullman fez um grande esforço para inverter a Palavra de Deus, torcendo paralelos bíblicos até transformá-los na verdadeira antítese do relato bíblico. Como comenta um crítico: “A Luneta Âmbar (último livro da trilogia FDU) reformula o relato da Tentação e do Pecado Original, mostrando-os como o início da verdadeira liberdade humana”. Mais uma vez, isso é xamanismo revivido; muitas religiões ainda reverenciam a Serpente como o ser que “traz a luz”, como fazem as seitas e sociedades esotéricas modernas.

A editora de Pullman é a Scholastic, um vasto império da mídia que se descreve como “o maior publicador e divulgador de livros infantis do mundo, incluindo o estrondoso sucesso Harry Potter®, Animorphs®, Goosebumps® e Clifford, o Gigante Cão Vermelho® [...]. A Scholastic alcança 32 milhões de crianças, 45 milhões de pais, e praticamente todas as escolas dos Estados Unidos. A Scholastic é uma empresa de multimídia, com um capital de 2 bilhões de dólares e 10.000 empregados, que opera globalmente nos segmentos de educação, entretenimento e publicidade [...] vendendo para crianças, pais e professores”. Isso é um autêntico exército das trevas.

É compreensível que muitos cristãos estejam alarmados com o modo como Pullman caracteriza Deus: um ser finito, débil, frágil, assustado e impostor (muito parecido com o homem por trás da cortina em O Mágico de Oz). Contudo, muitos desses mesmos crentes dão apoio a uma espiritualidade ecumênica, mística e baseada no ocultismo em suas próprias igrejas – incluindo ioga, oração centrante e outras “disciplinas espirituais” enganosas. É o Cavalo de Tróia de Satanás dentro da igreja, perseguindo o mesmo objetivo que Fronteiras do Universo procura alcançar no mundo: questionar a autoridade e a suficiência da Palavra de Deus, ao mesmo tempo em que olha para dentro, em busca do Eu.

Pullman revelou um pouco do que está em seu coração quando um repórter perguntou qual seria o seu dimon pessoal, se ele tivesse um: “Provavelmente, seria uma gralha ou outra ave da família dos corvos, porque esses são os pássaros que normalmente se interessam por coisinhas brilhantes e vão pegá-las. Eles realmente não sabem distinguir entre um anel de diamante e um pedaço de papel dourado, desses de embrulhar bombons” (Pv 16.16).

Infelizmente, Pullman se traiu ao reconhecer sua incapacidade de distinguir entre a inestimável sabedoria da Escritura e o “ouro de tolo” (1 Co 2.14). Sua abordagem “Frankenstein” da espiritualidade (costurando partes mortas da religião com outras da “falsa ciência”) deu o sopro de vida a um Demônio de proporções infernais. Ao criar um Deus magro e exaurido, que sofre uma “misericordiosa” eutanásia em seu romance, Pullman mudou “a verdade de Deus em mentira” (Rm 1.25) e mudou “a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, bem como de aves, quadrúpedes e répteis” (Rm 1.23).

Rejeitando comparações com a trilogia épica de J. R. R. Tolkien, Pullman insiste em afirmar: “O que estou fazendo é completamente diferente. Tolkien teria odiado”. Embora os evangélicos estejam divididos a respeito dos méritos de As Crônicas de Nárnia, a ira de muitos deles se acende ainda mais diante do franco desprezo que Pullman tem por C. S. Lewis, a quem ele agride juntamente com todos os cristãos: “Estou tentando minar as bases da fé cristã. – diz Pullman – O senhor Lewis diria que estou fazendo o trabalho do Diabo”. (Mark Dinsmore, The Berean Call - http://www.chamada.com.br)

*. No original inglês, “daemons”, outra grafia para “demons”, demônios. (N. da T.)

fonte: Chamada da Meia-Noite.

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Igreja metodista é dissolvida por manter escola dominical

RÚSSIA - O governo decidiu dissolver uma igreja metodista na Rússia por causa da escola dominical que atendia quatro crianças, na cidade ocidental de Smolensk. O Tribunal Regional proferiu a decisão no dia 24 março, segundo o pastor da Igreja Metodista Unida, Aleksandr Vtorov.

O tribunal concordou com a denúncia da polícia regional para o crime organizado, entendendo que os metodistas estavam quebrando a lei ao administrar uma “atividade educacional em uma escola dominical sem uma licença correspondente."

"Todo aluno tem o próprio arquivo, mantido nos locais da igreja, contendo material de estudo e documentos que atestam os resultados de assimilação de conhecimento religioso recebidos em lições", declarou a promotoria pública em sua suposta evidência contra os metodistas.

A investigação na congregação começou depois de uma reclamação do bispo ortodoxo russo lgnati Punin.

Inicialmente a denúncia fora feita contra uma faculdade missionária, mas depois passou para a escola dominical.

Escola dominical

Vladimir Ryakhovsky, do Centro Eslavo para Lei e Justiça, baseado em Moscou, teme que a liquidação da congregação metodista aumente a ameaça à educação religiosa na Rússia.

"Quase todas as organizações religiosas têm uma escola dominical", contou ele ao Forum 18. "Eu não conheço uma que tenha uma licença de educação separada. Eles pretendem liqüidar tudo?"

Em outros lugares da Rússia, a educação religiosa, sem licença, para adultos já culminou com invasões e fechamentos forçados a igrejas.

Para surpresa adicional, o caso contra a igreja mudou abruptamente de foco. Inicialmente era contra os planos de instalação de uma faculdade missionária e em seguida foi mudado para a pequena escola dominical que já está em funcionamento.

Enquanto a ação estatal súbita chocou a congregação de 36 anos de existência, o pastor Vtorov permanece firme. "Nós somos metodistas, não queremos e não nos tornaremos ortodoxos, não importa quão duro eles tentem nos assustar”, disse o pastor.

Fonte: Portas Abertas

A arma mais poderosa de Israel: a oração

Michael Freund, jornalista e conselheiro político do ex-primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu, publicou no jornal israelense "Jerusalem Post" um artigo sobre a melhor arma defensiva de Israel: a oração ao Deus de Israel. A seguir publicamos a tradução desse comovente apelo:

A melhor defesa de Israel

Parece que as notícias não nos deixam em paz. A cada hora ouvimos sobre novos atentados, novas vítimas, mais lágrimas e mais derramamento de sangue. Tornamo-nos dependentes do rádio e da TV como um alcoólatra da bebiba, completamente atordoados por tantas informações, mas mesmo assim incapazes de fugir de sua influência inclemente. Parece que a cada dia cresce o perigo a que Israel está exposto – e cresce nosso desespero. Todos nós queremos ajudar, queremos mudar alguma coisa em favor de nosso povo nessas horas críticas. Mas falta-nos qualquer idéia do que poderíamos ou deveríamos fazer.

As costumeiras listas de atividades pró-israelenses – contatos com políticos, campanhas contra a mídia tendenciosa ou apoio financeiro – parecem não produzir mais resultados. Pessoas morrem nas ruas, são fuziladas a caminho de seu trabalho ou despedaçadas na pizzaria da esquina. Mas ainda deve haver algo, alguma coisa que cada um de nós possa fazer e que vá mudar a situação – independentemente de quem somos ou de onde quer que estejamos. Sim, existe algo assim! Seja como for a designação que você dá a si mesmo – judeu ou cristão, incrédulo ou que tem dúvidas – a chave para a vitória de Israel poderia estar em suas mãos, ou melhor, nas palavras de seu coração. A melhor defesa de que Israel dispõe é o poder da oração, e é chegado o tempo de usarmos essa arma com todo o nosso empenho e firmeza. Isso pode soar como algo arcaico aos ouvidos modernos, ou simplista demais. Mas as soluções modernas falharam vergonhosamente nos últimos anos, a diplomacia e as manobras de Estado nos conduziram à beira do precipício. Apesar de toda a nossa avançada tecnologia e do destemor militar de nossa nação, Israel parece incapaz de sair do beco sem saída em que se encontra. Talvez tenha chegado a hora de nos desfazermos de todo o cinismo e de todas as reservas, passando a fazer aquilo que as pessoas sempre fizeram nas horas de angústia: dirigir-se ao Pai no céus pedindo por ajuda.

Os palestinos declararam publicamente que todos [os judeus] são alvos potenciais. A "Frente Popular Para a Libertação da Palestina", cujo líder foi morto por Israel recentemente, avisou: "As chamas vão atingir os sionistas em qualquer lugar" (o que já foi cumprido parcialmente com o assassinato do ministro do Turismo de Israel em 17 de outubro de 2001 – NR). Isso significa, em última instância, que todos nós que apoiamos Israel tornamo-nos soldados na luta pela salvação do Estado judeu. E assim como não existem ateus dentro das trincheiras, também não deveria haver lábios que permanecem mudos na presente batalha. Israel deveria iniciar uma campanha internacional, uma operação "Escudo de Davi", que unisse judeus, cristãos e membros de outras religiões para orarem pela causa do país. O livro dos Salmos, escrito pelo rei Davi, sempre foi uma das mais eficazes armas no arsenal espiritual de Israel. É chegada a hora de tirar o pó dessa obra poderosa e de fazer soar ao redor do globo terrestre suas palavras de consolo e socorro. Em sinagogas, igrejas e locais de cultos deveríamos orar regularmente, lendo salmos específicos relacionados à causa de Israel, o que poderia ter seu ponto culminante no "Dia Internacional de Oração" junto ao Muro das Lamentações em Jerusalém. Dezenas ou até centenas de milhares de vozes, levantando-se ao mesmo tempo pelo mundo inteiro, ecoarão não apenas nos centros de poder como Washington ou Moscou, mas, e isso é o mais importante, terão seu eco também no céu. Em contraste com diversas outras atividades, a oração é algo que cada um de nós pode fazer. Ela não custa dinheiro, não exige muito tempo e permite que cada um se expresse de maneira pessoal e individual. E a oração tem o poder de nos unir – mesmo que seja por apenas um instante – em uma experiência solene e significativa, que ultrapassa nossas limitações pessoais e nos aproxima uns dos outros como intercessores pela causa de Israel.


"Quando Moisés levantava a mão, Israel prevalecia; quando, porém, ele abaixava a mão, prevalecia Amaleque. Ora as mãos de Moisés eram pesadas; por isso... Arão e Hur sustentavam-lhe as mãos..." (Êx 17.11-12). Desenho de Yossi Rosenstein.


Sem dúvida, os críticos irão zombar dessa sugestão, talvez com a afirmação de que orar é sinal de fraqueza ou de desespero. Mas quando um povo está contra a parede (ou, em nosso caso, de costas para o Mar Mediterrâneo), nenhuma sugestão deveria ser descartada precipitadamente. O fato é que, na década que passou, demos uma chance aos políticos, e eles falharam. Agora é chegado o tempo de darmos uma chance a Deus. Pois contrariamente aos políticos, podemos confiar que Ele cumpre Sua Palavra.

Devemos lembrar que essas palavras foram escritas por um judeu que ainda não conhece o Messias, mas elas não são animadoras? Deus usa o conflito com os palestinos para que Israel comece a buscá-lO! Apesar de suas grandes conquistas na ciência e na tecnologia, Israel parece incapaz de acabar com os distúrbios e os atos de violência por parte dos palestinos. Será que essa situação é dirigida por Deus para fazer com que o povo judeu comece novamente a ler a Bíblia e a orar? O Senhor conduz a Israel pelo caminho que Ele escolheu, até que o último remanescente O aceite e retorne a Jerusalém. Talvez esta também seja uma ilustração da situação de Israel durante a Grande Tribulação: quando nada mais der certo, quando todos os povos se voltarem contra Israel, em sua angústia, esse povo clamará a Deus. E então o Senhor voltará ao Monte das Oliveiras, salvará Seu povo e destruirá seus inimigos! Atualmente vemos grandes acontecimentos futuros já lançando as suas sombras diante de si.

Continuemos orando por Israel, pedindo ao Senhor que mais judeus levantem suas vozes, conclamando o povo a buscar ao Senhor! Quando os israelenses começarem a ler a Bíblia e a crer nela, eles poderão encontrar a Jesus, pois Ele mesmo disse a Seu povo: "Porque, se, de fato, crêsseis em Moisés, também creríeis em mim; porque ele escreveu a meu respeito" (Jo 5.46).

fonte: Beth-Shalon