quinta-feira, 30 de abril de 2009

Mobilização: PLC 122/06 entrou hoje na pauta de votação no Senado com parecer pela aprovação.

Por Dr. Zenóbio Fonseca

Alerta Nacional contra aprovação do PLC 122/06.!!!!!!!!!

Avisem aos Senadores de seu Estado para votar contra este projeto hoje
.

Ligação gratuita para o Senado Federal disque 0800612211


Mas uma vez (muita coincidência !!!!) na véspera de um feriado nacional (dia 30/04/2009) o Projeto de Lei nº 122/2006 é colocado pronto para entrar na pauta de votação da Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, pela relatora Senadora Fátima Cleide – PT, com relatório de 15 laudas pela aprovação do projeto.

Parece que nada mudou em Brasília, em particular no Senado, pois a relatora tenta usar o mesmo “modo operandis” de tentar votar o PLC 122/06 no “grito silencioso” e na “raça oculta”, sem grande publicidade, quando muitos parlamentares já devem estar deixando a capital federal com destino aos seus Estados pelo motivo do feriado.

O Parecer da Senadora Fátima Cleide, pela aprovação do PLC sem emendas na forma apresentada, não adentra as questões já levantadas por alguns juristas no tocante as graves inconstitucionalidades apontadas.

Leia as inconstitucionalidade no artigo: crime de homofobia

A Relatora também traz argumentos frágeis para o suporte de sua conclusão dados estatísticos, não científico, sobre violência e assassinato contra homossexuais na ordem de 2.043 homicídios nos últimos 20 anos, quando na verdade tais dados não espelham uma realidade como bem mostrou o escritor Reinaldo Azevedo (leia) ao impugnar essas ilações estáticas dos ativistas homossexuais.

Outro ponto que chama a atenção na fundamentação do relatório é na afirmação equivoca de que a orientação sexual é inerente a existência humana, arvorando-se no princípio universal e constitucional da “dignidade humana”, bem como, princípio da liberdade e igualdade, ensejando a regularização da convivência.

Não se pode perder de foco que o projeto criminaliza o delito de opinião e atenta com garantias constitucionais.

LEIA OS ARTIGOS SOBRE A CRIMINALIZAÇÃO DA HOMOFOBIA:

http://zenobiofonseca.blogspot.com/2008/01/criminalizao-da-homofobia-no-brasil-e.html

http://zenobiofonseca.blogspot.com/2008/04/crime-de-homofobia-aspectos-jurdicos.html


VEJA A INTEGRA DO PARECER, PELA APROVAÇÃO, AO PLC Nº 122/06, DA SENADORA FÁTIMA CLEIDE - PT NO SEGUINTE LINK:

http://legis.senado.gov.br/mate-pdf/57153.pdf

Entrem em contatos com os Senadores e deputados de seus Estados e divulguem em todas as mídias mais essa manobra na tentativa pela aprovação do PLC 122/06.

PEÇA PARA OS SENADORES VOTAREM CONTRA O PLC 122/06

terça-feira, 28 de abril de 2009

Homossexuais podem mudar

Três psiquiatras que participaram de uma conferência judaica-cristã sobre questões sexuais afirmaram que pessoas com atração por indivíduos do mesmo sexo podem mudar de comportamento.

A conferência Sex and the City tem o intuito de ajudar sacerdotes e rabinos, entre outras pessoas, a lidarem - com uma abordagem terapêutica - com indivíduos que têm tendências homossexuais. Outros assuntos abordados foram a sexualização da cultura e a Bíblia e o sexo.

“Queremos transmitir a mensagem de que a mudança é possível”, afirmou Joseph Nicolosi, fundador da organização NARTH, uma das responsáveis pelo evento.

“Muitas pessoas que têm atração por indivíduos do mesmo sexo dizem que você não pode mudar, que isto é determinado biologicamente, que isto é baseado geneticamente. Porém, isto não é verdade”, afirma.

“Após 30 ou 40 anos tentando encontrar o gene gay, o mesmo não foi descoberto e muitas pessoas, especialmente as mais jovens, estão ouvindo que não há outra escolha, o que é trágico”, encerra Nicolosi segundo o site Christian Today.

Fonte: Cristianismo Hoje

domingo, 26 de abril de 2009

Grupo transforma célula adulta em célula-tronco sem alteração genética



Pesquisadores nos EUA e na Alemanha afirmam ter obtido o que pode ser visto, sem muito exagero, como o Santo Graal da pesquisa com células-tronco: uma forma segura de transformar células adultas em entidades “primitivas”, capazes de dar origem a qualquer tecido do organismo. Essa reprogramação, que leva a células adultas com características embrionárias, só tinha sido conseguida até hoje alterando geneticamente as células originais. Na nova pesquisa, um coquetel de proteínas é suficiente para operar a mágica.

A importância do feito não pode ser subestimada. Se o trabalho coordenado por Hongyan Zhou, do Instituto de Pesquisa Scripps, na Califórnia, estiver correto, trata-se de uma maneira aparentemente segura de produzir tecidos “sob medida” para transplante. Esses tecidos — como músculo cardíaco para doentes do coração ou neurônios para portadores do mal de Parkinson — teriam DNA idêntico ao do paciente, uma vez que seriam derivados, por exemplo, de uma amostra de pele dele. Assim, não haveria risco de rejeição. Como um bônus, os problemas éticos ligados ao uso de células-tronco de embriões ou à produção de embriões clonados ficariam de vez para trás.

Essa, ao menos, é a promessa embutida nessa linha de pesquisa, envolvendo as células iPS, ou células-tronco pluripotentes reprogramadas, na sigla inglesa. Hongyan Zhou e seus colegas, em artigo na revista científica “Cell Stem Cell”, descrevem a criação de um coquetel proteico que induziu células de camundongos a assumir as características de células iPS. As proteínas usadas — com os nomes nada amigáveis de Oct4, Klf4, Sox2 e c-Myc — são as mesmas que serviram para reprogramar células em tentativas anteriores.

A diferença é que as pesquisas prévias usavam o DNA que contém a receita para a produção dessas proteínas. Ele era inserido nas células adultas. Funcionava — mas o medo era que a alteração genética também bagunçasse aspectos fundamentais dessas células. No fundo, poucos pacientes iriam querer inserir células transgênicas em seu organismo.

Zhou e companhia viraram esse jogo ao modificar o quarteto de proteínas de forma que elas fossem absorvidas pela membrana das células de camundongos. Após um processo de “tratamento” prolongado, eles obtiveram células reprogramadas que, na prática, são iguais a células-tronco embrionárias. São pluripotentes, ou seja, conseguem dar origem a qualquer tipo de tecido - alguns exemplos são células pancreáticas, do coração e do fígado.

Se o procedimento realmente se mostrar seguro e for reproduzido com células humanas — e não há nenhuma razão especial para isso não aconteça –, testes pré-clínicos e clínicos das iPS contra doenças podem estar a caminho.
Fonte: G1

sábado, 25 de abril de 2009

Vamos cair fora

Diogo Mainardi

Depois de Iron Maiden, Simply Red e A-Ha, chegou a hora de Mahmoud Ahmadinejad atormentar o Brasil. Este é um ano particularmente penoso para todos nós.

Mahmoud Ahmadinejad desembarca no comecinho de maio. Ele foi convidado por Lula. Uma semana atrás, num congresso da ONU, o presidente iraniano acusou Israel de racismo. Dois dias mais tarde, voltou ao assunto, acusando Israel de praticar limpeza étnica e o assassinato em massa dos palestinos. Ele já anunciou qual é a sua proposta: eliminar Israel da face da Terra.

No congresso da ONU, em protesto contra o discurso de Mahmoud Ahmadinejad, os representantes europeus abandonaram a sala. Quem continuou lá? Os representantes brasileiros, enviados por Lula. No total, mais de trinta apaniguados do PT e ongueiros, do ministro Edson Santos ao pai de santo mangueirense Ivanir dos Santos. Quando Mahmoud Ahmadinejad chegar ao Brasil, podemos imitar os representantes europeus e abandonar o país por alguns dias. Ele deseja ir à Fiesp? A Fiesp estará fechada. Ele pretende conhecer a Praia de Copacabana? Copacabana estará deserta. Para recepcioná-lo, ele encontrará somente os apaniguados do PT e os ongueiros.

Se é para abandonar o país por alguns dias, nenhum lugar é melhor do que a Argentina. Em 1994, terroristas dinamitaram o prédio de um centro israelita em Buenos Aires. Foram assassinadas 85 pessoas. O relatório do Ministério Público argentino acusou as autoridades diplomáticas iranianas de montar uma rede de espionagem no país, que coordenou o atentado praticado por terroristas do Hezbollah. Os organizadores do atentado se refugiaram em território iraniano. A Interpol emitiu uma ordem de captura contra oito deles, mas Mahmoud Ahmadinejad e seu bando se recusaram a entregá-los. Atualmente, dois desses foragidos trabalham como assessores do guia supremo, o aiatolá Ali Khamenei. A Argentina rejeita qualquer contato direto com o presidente iraniano, que protege os terroristas. É para lá que temos de ir.

Na última semana, o Itamaraty prometeu condenar publicamente as ideias negacionistas de Mahmoud Ahmadinejad durante sua passagem pelo Brasil. Lula poderia ganhar coragem e condenar também o programa nuclear iraniano. Mas ocorre o contrário: ele apoia o programa nuclear iraniano. O mesmo programa nuclear que, associado às ideias negacionistas de Mahmoud Ahmadinejad, torna especialmente alarmante sua promessa de eliminar Israel da face da Terra. Assim sendo, Lula poderia ao menos condenar algumas das práticas mais repelentes do estado iraniano: o apedrejamento de mulheres, os abusos contra as minorias religiosas, o assassinato de homossexuais, o encarceramento de políticos, a censura à imprensa. O que Lula fará quando se encontrar com Mahmoud Ahmadinejad? Simples: ele ficará sentado, calado, como um pai de santo mangueirense num congresso da ONU.

Fonte: revista VEJA/juliosevero.com

quinta-feira, 23 de abril de 2009

REPUBLICA DOMINICANA ALTERA CONSTITUIÇÃO PARA DEFENDER A VIDA

21 de abril de 2009
Os legisladores dominicanos encarregados de modificar a Constituição aprovaram um artigo que estabelece o direito à vida desde a concepção até a morte natural. O artigo 30 da nova Constituição foi aprovado pela impressionante diferença de 167 votos a favor e apenas 32 contra. O artigo declara que"O direito à vida é inviolável desde a concepção até a morte. Não poderá estabelecer-se, pronunciar-se nem aplicar-se, em nenhum caso, a pena de morte".

Organizações defensoras dos direitos da mulher, entidades financiadas por fundações americanas como a Fundação Ford, Rockefeller e MacArthur, interessadas não em promover as mulheres, mas em estabelecer o controle populacional mundial, pediam que pelo menos fosse mantida a legalização do aborto terapêutico. Uma das técnicas utilizadas para obter a completa legalização do aborto nos países latino americanos consiste em estabelecer uma exceção à proibição do aborto e em seguida levar ao máximo a oferta de serviços referentes a esta exceção, modificando gradualmente a jurisprudência relativa àquela exceção.

Atualmente a medicina não conhece mais casos em que seja necessário praticar um aborto para salvar a vida da mãe. Recentemente no Brasil a imprensa divulgou que uma menina de nove anos grávida em Recife teve um aborto realizado para salvar a sua vida. A própria direção do hospital, entretanto, já havia declarado que a menina não corria risco de vida e que poderia levar a gravidez a termo sem perigo se fossem oferecidos os cuidados necessários. O aborto foi realizado, contra a vontade dos pais, após a menina haver sido raptada por dois grupos feministas com o apoio de alguns dos médicos do Hospital Materno Infantil de Recife quando o pai estava chegando com um advogado para pedir a alta da filha.

Leia um relatório completo a respeito com todos os detalhes omitidos pela imprensa em http://www.pesquisasedocumentos.com.br/silencioabortolegal.pdf

A insistência dos grupos que promovem o aborto em manter a exceção do aborto legal se deve ao fato de que, com isto, pode-se ampliar, através de casos como os ocorridos em Recife, o acesso ao aborto terapêutico, afirmando por exemplo, que todo aborto seria terapêutico, porque quando a gestante opta pelo aborto clandestino ela estaria colocando a sua vida em perigo e, portanto, qualquer aborto legal estaria sendo realizado para salvar a vida da mãe. Esta estratégia, e muitas outras, fazem parte dos manuais das organizações que promovem a legalização do aborto em toda a América Latina.

Mesmo assim, - na verdade exatamente por causa disso-, a reprovação do aborto terapêutico foi claríssima por parte dos legisladores da República Dominicana.

O Colégio de Cirurgiões dos Estados Unidos é bem categórico ao afirmar que "todo médico que pratica um aborto mal chamado de terapêutico ou ignora os métodos modernos para tratar as complicações de uma gravidez ou não quer perder tempo para utilizá-los".

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LEGISLADORES DOMINICANOS VOTAN POR PROHIBICIÓN CONSTITUCIONAL DEL ABORTO

21 de abril 2009
El artículo aprobado establece el derecho a la vida desde la concepción hasta la muerte natural, con lo que proscribiría el aborto aun en los casos en que la vida de la madre corra peligro Los legisladores dominicanos encargados de la modificación de la Constitución aprobaron hoy un polémico artículo que establece el derecho a la vida desde la concepción hasta la muerte natural, con lo que proscribiría el aborto aun en los casos en que la vida de la madre corra peligro.

El artículo 30 del texto constitucional que se debate en la Asamblea Nacional Revisora, planteado en la forma en que solicitaron el Poder Ejecutivo y la Iglesia católica entre otros organismos, fue sancionado favorablemente por 167 asambleístas y rechazado sólo por 32.

"El derecho a la vida es inviolable desde la concepción hasta la muerte. No podrá establecerse, pronunciarse ni aplicarse, en ningún caso, la pena de muerte", reza el artículo aprobado, que generó una gran polémica en el país por las encendidas posiciones hechas públicas por sus defensores y por quienes exigían su modificación.

Organizaciones de salud y defensoras de los derechos de la mujer, principalmente, pedían que el artículo fuera modificado para que legalizara el aborto terapéutico, el que se realiza en los casos en que la vida de la madre corre peligro.

Algunos de estos grupos reclamaron ante el Parlamento el derecho de la mujer a decidir sobre su embarazo y advirtieron que, de aprobarse el texto en la forma que se sancionó, quedaría abierta la posibilidad de prohibir la utilización de métodos anticonceptivos y se crearían las condiciones para vetar constitucionalmente los tratamientos de infertilidad.

Asimismo, consideraron que no permitirá realizar en ninguna medida investigaciones a partir de la manipulación de células madres, lo que cerraría el paso a los avances médicos para la cura de enfermedades a los ciudadanos dominicanos.

Esa postura fue apoyada por algunos políticos como la ex vicepresidenta dominicana, Milagros Ortiz Bosch, al considerar que la cúpula del opositor Partido Revolucionario Dominicano (PRD), al que pertenece, se trazó como "estrategia" rechazar el aborto terapéutico para "congraciarse" con la Iglesia católica.

Sin embargo, el rechazo al aborto terapéutico fue claro al juzgar por el voto de los asambleístas, donde el oficialista Partido de la Liberación Dominicana (PLD) tiene mayoría relativa.

En uno de los momentos más álgidos del debate en torno al tema, el cardenal dominicano Nicolás de Jesús López llamó "carniceros" a los grupos médicos que favorecen el aborto terapéutico.

El purpurado llevó la voz cantante de los religiosos locales y advirtió a los legisladores que la mayoría del pueblo rechaza "cualquier" tipo de interrupción del embarazo desde su concepción.

O fim da América cristã

Pesquisa indica queda no número de pessoas que se dizem cristãs nos EUA.

A reportagem de capa da edição de 4 de abril da revista americana Newsweek traz um título que, ao menos, chama a atenção de qualquer líder eclesiástico: “O fim da América cristã”.

A partir de uma pesquisa da “American Religious Identification Survey”, a revista afirma que entre 1990 e os dias de hoje o número de americanos que declaram não ter religião alguma quase dobrou - indo de 8% para 15%.

Além disso, a sondagem diz que o número de americanos que se identificam como cristãos - considerando suas inúmeras variações - teve uma queda de 10 pontos percentuais no mesmo período, passando de 86% para 76% da população.

Estes são dados que impressionam, principalmente quando se considera que os mesmos são provenientes dos Estados Unidos, vistos por muito tempo como um verdadeiro celeiro de pastores e missionários.

Fonte: Cristianismo hoje

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Mensagem oficial do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva por ocasião do III Congresso da ABLGT

Brasília-DF, abril de 2009

“Senhoras e Senhores,

Impossibilitado de atender o amável convite formulado pela Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais, envio aos participantes deste congresso minha saudação e algumas palavras de ânimo e incentivo.

Reafirmo o que todos as aqui presentes já sabem: eu e meu governo somos frontalmente contrários a toda a forma de preconceito e discriminação com base em diferenças de origem, de etnia, sexo, credo, religioso, convicção política, orientação sexual e identidade de gênero. A Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República tem trabalhado ativamente nesse sentido, e até o final de nosso mandato continuaremos a trilhar esse caminho.

Tem meu apoio tanto a luta das organizações LGBT pelo respeito às diferenças, especialmente à orientação sexual e à identidade de gênero, como as iniciativas parlamentares que as reforcem. Vocês com certeza estão lembrados de que foi nosso governo que convocou a I Conferência Nacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, à qual compareci e onde me dirigi aos que lá estiveram presentes.

Naquela oportunidade, eu disse-lhes que só há um modo de a sociedade reconhecer os direitos e a dignidade do segmento LGBT: é cada vez mais brigar; é cada vez mais andar de cabeça erguida; é cada vez mais lutar contra o preconceito; e cada vez mais denunciar as arbitrariedades. Somente assim a gente vai conquistar a cidadania plena e poder, todo o mundo, construir este país sem preconceitos.

Sei muito bem que, por minha atitude de apoio à luta de vocês, eu também tenho sido alvo de preconceito, de resistências. Alguns setores atrasados e ao mesmo tempo hipócritas — já propus a criação do Dia de Combate à Hipocrisia — têm criticado nosso governo por apoiar iniciativas que criminalizam PALAVRAS e atos ofensivos à homossexualidade. Isso não tem importância. Continuarei — com o apoio de todo o Governo — a manter essa atitude.

Essa luta continua. Estou certo de que neste congresso serão discutidos vários temas que lhes interessam e que, no fundo, também interessam ao restante da sociedade. Desejo que as propostas que resultarão dos debates aqui travados contribuam, concretamente, para o avanço do respeito aos direitos de todos os cidadãos, independentemente da orientação sexual e identidade de gênero. Afinal, somos todos brasileiros e a Constituição Federal é clara: todos são iguais perante à Lei.

Recebam todos meu fraternal abraço.”

Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil

Fonte: ABGLT

terça-feira, 21 de abril de 2009

UM VERMELHO-E-AZUL PARA DISSECAR UMA NOTÍCIA. OU COMO LER UMA FARSA ESTATÍSTICA. OU AINDA: TODO BRASILEIRO MERECE SER GAY

Por Reinaldo Azevedo

Vocês querem ver como se produz uma mistificação? Então leiam o texto abaixo, publicado na Folha Online. Refiro-me à notícia que ele relata. Reflitam um pouco a respeito do seu conteúdo. Leiam depois o vermelho-e-azul que segue. Tomem o exercício como um instrumento de leitura de jornais, sites, revistas, blogs etc e como arma para se defender da picaretagem de ONGs. Vamos à notícia:

Um homossexual é assassinado a cada dois dias no Brasil, mostra pesquisa

Relatório do GGB (Grupo Gay da Bahia) aponta que foram assassinados 190 homossexuais no ano de 2008 no Brasil — um a cada dois dias. O número é 55% maior que o registrado pela ONG (organização não governamental) em 2007, quando foram registrados 122 crimes do tipo. Das vítimas, 64% eram gays, 32% travestis e 4% lésbicas.

A entidade, a mais antiga associação de defesa dos direitos dos homossexuais no país, fundada em 1980, faz a pesquisa com base em notícias divulgadas pela imprensa nacional, pois não existe um órgão oficial que realize essa estatística.

Dados do GGB mostram o Brasil como o pais com maior número de crimes homofóbicos, seguidos do México — com 35 — e Estados Unidos — com 25. Mesmo extraoficial, o relatório da associação é utilizado em citações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

A pesquisa mostra que o risco de um travesti ser assassinado é 259 vezes maior que um gay. Pernambuco é o Estado mais violento para esse tipo de crime, com 27 mortes, e o Nordeste aparece como a região mais perigosa: um homossexual nordestino corre 84% mais risco de ser assassinado do que no Sudeste e no Sul.

Os homossexuais jovens, com menos de 21 anos, são 13% das vítimas. Segundo o levantamento, predominam entre as vítimas travestis que se prostituem, cabeleireiros, professores e vendedores ambulantes. Gays são mais assassinados dentro de casa a facadas ou por estrangulamento, enquanto travestis são mortos na rua a tiros, segundo o GGB.

A maioria dos assassinos — 80% — são desconhecidos das vítimas e, de acordo com a pesquisa, predominam nesse grupo garotos de programa e vigilantes noturnos. Ao menos 65% deles são menores de 21 anos.

O GGB disponibiliza o manual “Gay vivo não dorme com o inimigo” como estratégia para erradicar os crimes homofóbicos. A associação pede providências à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e ameaça enviar um relatório, contra o governo brasileiro, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA (Organização dos Estados Americanos) e à ONU (Organização das Nações Unidas), pelo crime de prevaricação contra os homossexuais.

O relatório é elaborado pelo GGB desde 1980. Até 2008 foram documentados 2.998 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, concentrando-se 18% na década de 80, 45% nos anos 90 e 35% — 1.168 casos — a partir de 2000.

VAMOS AO VERMELHO-E-AZUL

Relatório do GGB (Grupo Gay da Bahia) aponta que foram assassinados 190 homossexuais no ano de 2008 no Brasil — um a cada dois dias. O número é 55% maior que o registrado pela ONG (organização não governamental) em 2007, quando foram registrados 122 crimes do tipo. Das vítimas, 64% eram gays, 32% travestis e 4% lésbicas.

Os números do Grupo Gay da Bahia devem estar errados. O bom senso e a lógica indicam que deve haver mais vítimas homossexuais do que assevera esse levantamento, que, nota-se, nada tem de científico. Ninguém sabe ao certo qual é o percentual de homossexuais na população. Parece crível um número em torno de 10%.
Pois bem. São assassinados no Brasil, a cada ano, 50 mil pessoas. Se, desse total, 190 eram homossexuais, então concluímos que eles representam apenas 0,38% das vítimas. SERIA O CASO DE ACUSAR UMA DISCRIMINAÇÃO CONTRA OS HETEROSSEXUAIS? Mesmo representando 90% da população, seriam 99,62% dos mortos. “Ah, Reinaldo, os números se referem apenas a mortes violentas, com características de discriminação”. É? Acompanhem, então, até o fim.


A entidade, a mais antiga associação de defesa dos direitos dos homossexuais no país, fundada em 1980, faz a pesquisa com base em notícias divulgadas pela imprensa nacional, pois não existe um órgão oficial que realize essa estatística.

É, trata-se de uma falha lamentável. Dos 50 mil assassinados todos os anos, quanto serão míopes, coxos, diabéticos, deprimidos? A gente precisa saber.

Dados do GGB mostram o Brasil como o país com maior número de crimes homofóbicos, seguidos do México — com 35 — e Estados Unidos — com 25. Mesmo extra-oficial, o relatório da associação é utilizado em citações da Secretaria Nacional de Direitos Humanos.

Da Secretaria Nacional de Direitos Humanos, confesso, espero coisas muito piores. Quer dizer que o Brasil é o país com o maior número de crimes homofóbicos? Bem, os números acima evidenciam a falácia. A afirmação é mesmo fabulosa:

— todos os homossexuais assassinados foram vítimas de homofobia?;

— isso significa que nenhum deles estava envolvido com o crime?;

— será que há mais crimes homofóbicos no Brasil do que no Irã ou na Arábia Saudita? Ops! Desculpem! Esqueci que não existe homossexualismo no Irã e na Arábia Saudita. É proibido! E aí ninguém é...

A pesquisa mostra que o risco de um travesti ser assassinado é 259 vezes maior que um gay.

Qual é o “risco” de um travesti estar envolvido com o mundo do crime na comparação com qualquer outra, vá lá, categoria sexual do país?

Pernambuco é o Estado mais violento para esse tipo de crime, com 27 mortes, e o Nordeste aparece como a região mais perigosa: um homossexual nordestino corre 84% mais risco de ser assassinado do que no Sudeste e no Sul.

Ops! Pernambuco é o terceiro estado mais violento do país. Para Gays e não gays. O levantamento é da própria Folha, publicado há menos de uma semana. Há lá 51,6 homicídios por ano para cada grupo de 100 mil habitantes — em São Paulo, são 13,2 (quase um quarto). Pernambuco não é o estado que mais mata gays. É um dos estados onde mais se matam brasileiros. Sua população é estimada em 8,8 milhões de pessoas. Se há 51,6 homicídios para cada grupo de 100 mil, são assassinadas, por ano, 3.996 pernambucanos. Se 27 forem homossexuais, isso representa menos de 0,7% do total. Como se vê, também ali se pode acusar um inaceitável preconceito contra... heterossexuais. O Brasil estaria inventando a heterofobia.

Os homossexuais jovens, com menos de 21 anos, são 13% das vítimas. Segundo o levantamento, predominam entre as vítimas travestis que se prostituem, cabeleireiros, professores e vendedores ambulantes. Gays são mais assassinados dentro de casa a facadas ou por estrangulamento, enquanto travestis são mortos na rua, a tiros, segundo o GGB.

A maioria dos assassinos — 80% — são desconhecidos das vítimas e, de acordo com a pesquisa, predominam nesse grupo garotos de programa e vigilantes noturnos. Ao menos 65% deles são menores de 21 anos.


Qual é a reivindicação do GGB? Que um guarda acompanhe o homossexual que vai “caçar” um garoto de programa? Travestis mortos nas ruas, a tiros, foram alvejados como gado? Estariam envolvidos em alguma atividade, vamos dizer, de risco? Estamos falando de “homofobia” mesmo ou de pessoas que escolheram viver uma vida perigosa — que nada tem a ver com a sua condição sexual? Ninguém pode escolher a sua sexualidade (hetero ou homossexual), mas é perfeitamente possível escolher o grau de risco que se quer correr.

Não sei, com efeito, se há mesmo 10% de homossexuais. O que posso assegurar é que eles são mais de 0,35% ou 0,7% da população...

O GGB disponibiliza o manual "Gay vivo não dorme com o inimigo" como estratégia para erradicar os crimes homofóbicos.

É uma boa providência. Sendo impossível dormir com o guarda (a menos que o guarda seja do babado), uma boa providência seria não tentar dormir com um desconhecido... Aliás, é uma coisa que os heterossexuais também deveriam evitar.

A associação pede providências à Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República e ameaça enviar um relatório, contra o governo brasileiro, à Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) da OEA (Organização dos Estados Americanos) e à ONU (Organização das Nações Unidas), pelo crime de prevaricação contra os homossexuais.

Quais providências? Voltamos à história do guarda?

O relatório é elaborado pelo GGB desde 1980. Até 2008 foram documentados 2.998 assassinatos de gays, travestis e lésbicas no Brasil, concentrando-se 18% na década de 80, 45% nos anos 90 e 35% — 1.168 casos — a partir de 2000.

Reitero: os números do Grupo Gay da Bahia são uma rematada tolice. Certamente morrem mais homossexuais assassinados — em razão das mais diversas causas, não apenas homofobia — do que a ONG conseguiu registrar. “Ah, Reinaldo, o GGB só contabilizou os crimes com características de execução. Um gay assassinado num assalto a banco, por exemplo, não entra na lista”.

É? Então vamos lá. Consideremos uma população de 180 milhões de brasileiros: 18 milhões seriam gays. Ainda que as 190 vítimas de que fala o GGB só se referissem a mortes realmente violentas, com características de agressão de natureza sexual, estaríamos falando de 1,05 morto para cada grupo de 100 mil gays. Sabem o que isso significa? Que ser alagoano é 63 vezes mais perigoso do que ser gay — Alagoas lidera o ranking dos homicídios, com 66,2 mortos por 100 mil. Ser capixaba é 53,9 vezes mais perigoso do que ser gay. De fato, ser brasileiro é 28 vezes mais perigoso do que ser gay.

Se o Brasil matasse apenas 1,05 brasileiro para cada grupo de 100 mil, em vez de 50 mil assassinados por ano, eles seriam apenas 1.890.

É ISTO! O CONJUNTO DOS BRASILEIROS PRECISA RECORRER À OEA E, QUEM SABE?, ATÉ AO VATICANO PARA EXIGIR O MESMO TRATAMENTO QUE SE DISPENSAM AOS GAYS.

Não sei qual é a percentagem de matemáticos gays — deve ser bem superior a 1,05 por 100 mil. Poderiam dar um auxílio aos colegas.

Fonte: Reinaldo Azevedo

Divulgação: www.juliosevero.com

Holocausto - Lembrar e jamais esquecer!

Por email

Amigos,

Hoje à noite aqui em Israel, começou o dia de recordação às vítimas do Holocausto. Por um dia inteiro, todos os canais de televisão e rádio mudam suas programações para relembrar os 6 milhões de judeus que foram assassinados das maneiras mais brutais que o ser humano já foi capaz de fazer.

Lembro-me que no Brasil esse dia passava praticamente desapercebido, enquanto que aqui em Israel todos sentimos o peso deste dia triste. Amanhã as 10 horas da manhã todo o país parará e ficará dois minutos de silêncio.

O que me deixou mais triste foi o fato de que justamente hoje, a ONU realizou uma conferência contra o racismo na Suíça e convidou nada mais nada menos que Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã, para ser o convidado de honra e fazer um discurso para todo o mundo. É revoltante ver que o mundo não aprendeu com o Holocausto e ainda hoje, em uma conferência para se debater o racismo, o foco foi dado ao mais anti-semita e racista dos tempos atuais. Ahmadinejad em diversas ocasiões incitou o ódio, negou a existência do Holocausto e declarou abertamente que Israel deve ser varrido do mapa, assim como Hitler dizia que o povo judeu deveria ser exterminado!

Sabendo do conteúdo racista e anti-semita que aguardava esta conferência, países como EUA, Canadá, Itália, Alemanha, Holanda e outros resolveram boicotar o evento. Aqueles que assistiram ao discurso nojento de Ahmadinejad viram que quando ele recomeçou com seu ataque anti-semita e anti-Israel, os delegados dos países civilizados levantaram-se e saíram. Mesmo assim, Ahmadinejad continuou com seu discurso de ódio, do mesmo gênero que Hitler usava antes do Holocausto para colocar os alemães contra os judeus. A diferença é que hoje este discurso foi em uma conferência da ONU, transmitida para todo o mundo e com um novo Hitler que está construindo suas bombas nucleares!

Me deixa muito preocupado o fato de mesmo ainda tendo alguns milhares de sobreviventes vivos contando suas histórias, cada vez mais parece que o mundo esquece o Holocausto e dá voz àqueles que querem negá-lo. O que será daqui a alguns anos quando não houverem mais sobreviventes provas vivas dos crimes nazistas?

Lembro, que quando estava no Brasil achava que o Holocausto e o anti-semitismo era algo muito longe e que o mundo já havia se livrado destas idéias racistas de uma maneira geral. Sentia-me imune, principalmente no Brasil, onde sempre acreditei que algo deste gênero nunca poderia acontecer por estar longe de conflitos e pelo Brasil zelar por uma boa convivência entre os povos. Hoje acho que posso estar enganado, já que o nosso presidente Lula, em 15 dias (6 de maio) irá receber de braços abertos em solo brasileiro este Hitler dos novos tempos, que incita o ódio, a não tolerância e a extinção do povo de Israel. O anti-semitismo e o negador do Holocausto está mais perto do que nunca e será convidado de gala de nosso governo!!!

Não vamos deixar que o Holocausto se apague de nossas memórias, para que ninguém ouse tentar fazê-lo novamente.

Lembrar e jamais esquecer!

André

Fonte http://namiradohamas.blogspot.com/

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Nasce bebê concebido de sêmen congelado há 21 anos

Médicos nos Estados Unidos anunciaram o nascimento de uma menina concebida por meio de fertilização in vitro (FIV) usando sêmen que ficou congelado durante 21 anos.

O pai do bebê, Chris Biblis, hoje com 38 anos de idade, recebeu tratamento para leucemia entre os 13 e os 18 anos. Aos 16, antes de ser submetido a sessões de radioterapia, Biblis foi aconselhado a congelar seu sêmen, uma prática pouco comum na época.

Os especialistas responsáveis, de uma clínica em Charlotte, na Carolina do Norte, acreditam que o intervalo de 22 anos entre o congelamento do sêmen, em 1986, e a concepção, em 2008, seja o mais longo já registrado.

Apenas 35% dos espermatozoides do pai eram saudáveis, o que significa que o método de FIV convencional - em que o esperma e os óvulos são misturados no laboratório para que a fertilização ocorra espontaneamente - oferecia menos chances de sucesso.

A técnica usada para fertilizar o óvulo extraído da esposa de Biblis, a injeção intracitoplasmática de espermatozoides (intracytoplasmic sperm injection, ou ICSI, na sigla em inglês), foi usada pela pela primeira vez em 1992.

Nela, os especialistas selecionam um espermatozoide saudável e o injetam no óvulo, aumentando a probabilidade de concepção. Após a fecundação, o ovo é colocado no útero da mãe.

Chris Biblis, clinicamente livre da leucemia há 20 anos, e sua mulher Melodie, de 33, decidiram fazer o tratamento em maio de 2008.

O médico responsável, Richard L.Wing, do grupo Reproductive Endocrinology Associates of Charlotte (REACH), disse:

"Eles alcançaram a gravidez no primeiro ciclo de injeção intracitoplasmática de espermatozóides, usada em conjunção com a FIV".

"Hoje, esse é um procedimento de rotina para (o tratamento da) infertilidade masculina, usando os óvulos dela e o sêmen congelado".

Stella Biblis nasceu com ótima saúde no dia 4 de março.

fonte: BBC Brasil

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Descaminho Das Índias


Enquanto uma novela conquista o público, difundindo o hinduísmo, a maioria dos telespectadores não tem noção da realidade dessa religião, que está por trás da maior parte das idéias da Nova Era.

Quando os deuses se enganam

O que pensar de um deus que corta a cabeça de um menino por engano e em troca lhe dá uma cabeça de elefante? Deuses que se enganam são deuses vãos. Eles não são confiáveis. Mesmo assim, têm adoradores que se sacrificam por eles:

Na revista alemã Der Spiegel apareceu a história de um adolescente indiano de 16 anos que decidiu fazer uma oferenda singular ao deus Shiva[1]. Sua peregrinação ao templo Trinath em Rourkela, na Índia, durou dez semanas. “Você jamais será alguém na vida!”, costumava dizer seu pai. Aswini Patel andava sempre sozinho e não era muito popular na escola, nem entre as crianças da vizinhança. Em casa, ele tinha de escutar acusações constantes de ser pouco inteligente e preguiçoso. Finalmente, ele decidiu não ouvir mais as ordens de ninguém. Ele decidiu que iria ouvir somente aos deuses. Aswini era especialmente fascinado por Shiva, o deus de muitos braços. Foi Shiva que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher. Em troca, deu-lhe uma cabeça de elefante. Assim surgiu um novo deus, chamado Ganesha. Essa história impressionou muito a Aswini.

No começo de maio de 2008, depois de uma viagem penosa, o jovem finalmente chegou ao templo cinzento de Shiva. Tirou uma lâmina de barbear de seu bolso, olhou bem para o pequeno deus de pedra e murmurou: “Senhor Shiva”. Aí estendeu sua língua e cortou um pedaço dela, depositando-o como oferenda ao lado da estátua do seu ídolo. Seu grito de dor chamou a atenção da esposa de um sacerdote, que o socorreu. Algum tempo depois, a polícia levou Aswini ao hospital, onde foi imediatamente operado. Quando seu pai chegou no dia seguinte, só abraçou seu filho. Não o xingou nem o repreendeu pelo que tinha feito. Apenas disse que o rapaz era maluco e que tudo iria ficar bem. Os médicos explicaram que Aswini voltaria a falar em alguns meses e que o resto de sua língua iria se readaptar para articular as palavras.

A Bíblia deixa bem claro: “Que digo, pois? Que o sacrificado ao ídolo é alguma coisa? Ou que o próprio ídolo tem algum valor? Antes, digo que as coisas que eles sacrificam, é a demônios que as sacrificam e não a Deus; e eu não quero que vos torneis associados aos demônios” (1 Co 10.19-20).

É muito triste que um jovem de origem humilde tenha feito algo assim. Desprezado pelos conhecidos, impelido pelas religiões ao seu redor, movido pela esperança de uma vida melhor e em busca de atenção e afeto, Aswini se dispôs a um sacrifício dolorido. Mas, por trás desse gesto está toda a cruel realidade do demonismo, da fúria destrutiva de Satanás, de seu engano e de suas impiedosas mentiras.

O jovem fez uma longa viagem e se dispôs a sacrificar um pedaço de sua língua a um deus que, por engano, cortou a cabeça do filho de sua mulher, dando-lhe em troca uma cabeça de elefante. Que deus é esse que se engana dessa forma e nem percebe estar matando seu próprio enteado? Na verdade, esses ídolos não são capazes de coisa nenhuma, pois não podem absolutamente nada, nem mesmo agir por engano:

“No céu está o nosso Deus e tudo faz como lhe agrada. Prata e ouro são os ídolos deles, obra das mãos de homens. Têm boca e não falam; têm olhos e não vêem; têm ouvidos e não ouvem; têm nariz e não cheiram. Suas mãos não apalpam; seus pés não andam; som nenhum lhes sai da garganta. Tornem-se semelhantes a ele os que os fazem e quanto nelesconfiam" (SL 115:3-8)

O demonismo que está por trás dos ídolos é que impele as pessoas a atos tresloucados como o desse jovem indiano. Muitos sofrem com compulsões demoníacas por buscarem sua salvação nos lugares errados, ao invés de procurarem auxílio em Deus, que se revelou em Jesus Cristo e quer ajudar a cada um em qualquer situação.

Como é diferente desses falsos deuses aquilo que Pedro diz de Jesus: “Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6.68). Suas palavras poderiam ser transcritas assim: “Senhor, a quem poderíamos nos dirigir? Teria de haver alguém maior do que Tu! Mas não há ninguém. Tua grandeza suprema se mostra não em símbolos nem em sinais e milagres, mesmo que estes Te acompanhem, mas naquilo que Tu dizes e com o que Tu nos dás pela Tua Palavra. Tu tens as palavras da vida eterna, essa é a grande diferença. Ninguém do mundo visível ou invisível pode tentar comparar-se contigo. Ninguém é mais importante, mais consistente ou mais significativo do que Tu, e ninguém pode dar o que Tu dás. Diante de Ti todos os grandes deste mundo somem na insignificância. Por isso, está fora de questão para quem iremos e a quem nos dirigiremos com todo o nosso ser”.

No lugar de tentarmos ofertar alguma coisa a Deus tentando agradá-lO, foi Ele que se ofereceu em sacrifício através de Jesus Cristo (2 Co 5.18-19). Por meio desse sacrifício em nosso lugar recebemos o perdão dos nossos pecados e uma vida santificada, além de sermos considerados aperfeiçoados diante de Deus, em Jesus:

Perdão: “...agora... ao se cumprirem os tempos, se manifestou uma vez por todas, para aniquilar, pelo sacrifício de si mesmo, o pecado” (Hb 9.26).

Santificação: “Nessa vontade é que temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas” (Hb 10.10).

Perfeição: “Porque, com uma única oferta, aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.14).


Quem aceita, de forma pessoal, pela fé, o sacrifício de Jesus, passa a usufruir de todo o agrado de Deus: “pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus, para servirdes o Deus vivo e verdadeiro e para aguardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura” (1 Ts 1.9-10).

Fonte: Norbert Lieth - chamada.com.br.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Cristãos protestam contra a nova constituição na Bolívia

As religiões católica e protestante são as mais duras opositoras à nova Constituição que o presidente Evo Morales quer fazer aprovar no referendo de hoje (05), já que amplia o texto a temas tão sensíveis como o aborto ou o casamento entre homossexuais.

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A Conferência Episcopal Boliviana declarou seus temores sobre o futuro das liberdades de imprensa e informação que, segundo a Constituição, devem estar sujeitas aos princípios da “verdade e responsabilidade”.

Os temores religiosos - em um país onde cerca de 80% professa as religiões católica ou evangélica - se tornaram nos últimos dias o principal tema de debate, somando-se às críticas dos partidos de direita e empresários sobre os benefícios em excesso concedidos aos 36 povos indígenas, alguns deles em processo de extinção.

As Igrejas Evangélicas Unidas (IEU), que congregam meia dezena das mais influentes denominações protestantes, expressaram suas observações no mesmo tom dos prelados católicos.

“Nós examinamos os perigos da proposta. Cinco aspectos nos preocupam, especialmente, como os itens que falam sobre Deus, a família, os direitos sexuais e reprodutivos, a educação e a propriedade privada”, afirmou o presidente da IEU, José Luis de Losantos.

Os evangélicos consideram que a nova Constituição não coloca a família na base da sociedade boliviana, o que poderia permitir os casamentos entre homossexuais, além de trazer o risco de legalização do aborto. Na educação temem que, ao torná-la laica, não haverá respeito à religião nas escolas e universidades.

Quanto à propriedade privada, os evangélicos querem que seus templos e instalações não sejam declarados uma “função econômica e social” para que não fiquem sujeitos à expropriação.

O governo, por sua vez, considera esses temores infundados, porque a nova lei fundamental não permite abortos, nem os casamentos entre homossexuais e defende a liberdade de culto, que é uma exigência da sociedade boliviana.

“Que leiam para o povo boliviano em que artigo se legaliza o aborto, que o digam, e não simplesmente interpretem. Nós somos os maiores defensores da vida”, afirmou o presidente boliviano, Evo Morales, confiante na sua vitória, como no referendo de agosto de 2008, quando foi confirmado no cargo por 67,4% dos votos.

Fonte: Portas Abertas / Gospel+

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Um Sacrifício Perfeito, Uma Aliança Superior - Páscoa

Aquela era a última ceia de Páscoa que Jesus celebraria com Seus discípulos antes da crucificação. Enquanto comiam, Jesus tomou um cálice, agradeceu e disse: “isto é o meu sangue, o sangue da [nova] aliança, derramado em favor de muitos, para remissão de pecados” (Mt 26.28). É incerto quanto os discípulos entenderam desse pronunciamento profético. Porém, seu significado se esclareceria pouco depois, ao testemunharem a morte sacrificial de Jesus na cruz e lembrarem as palavras que Ele dissera ao erguer o cálice. Foi através de Sua morte e do Seu sangue derramado que Jesus estabeleceu uma Nova Aliança que mudaria o rumo da história da humanidade, tanto para os judeus quanto para os gentios.

Um Superior Sacrifício pelo Pecado

Dia após dia, um sacerdote levita entrava no templo e oferecia sacrifícios de animais para a remissão de pecados, conforme determinava a Lei de Moisés. O sistema sacrificial da Lei era apenas uma sombra do que Jesus iria realizar no futuro, através de Sua morte na cruz. O Livro de Hebreus ilustra de duas maneiras a ineficácia dos sacrifícios levíticos para remover o pecado. Em primeiro lugar, se o sacrifício pelo pecado aperfeiçoasse quem o oferecia em adoração, não haveria necessidade de repeti-lo (Hb 10.2). Em segundo lugar, se os israelitas tivessem sido verdadeiramente purificados do pecado através de sacrifícios de animais, “não mais teriam consciência [senso] de pecados” (Hb 10.2). Mas o fato é que nenhum de seus sacrifícios podia torná-los perfeitos ou livrá-los da consciência do pecado (Hb 9.9). Por quê? “Porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados” (Hb 10.4). O sangue de animais não tinha o poder de efetuar a redenção; a imolação ritual não podia purificar a carne, isto é, realizar a purificação cerimonial (Hb 9.13).

Através de um nítido contraste, o Livro de Hebreus explica como Deus providenciou um sacrifício melhor para a redenção do homem. Deus Pai enviou Seu Filho Jesus para ser o sacrifício pelo pecado. Jesus tomou parte na obra da redenção e tornou-se o sacrifício da expiação, com profundo e total envolvimento, e não em resignação passiva. Obedecendo à vontade do Pai, Cristo entregou Seu corpo como uma oferta definitiva, permitindo que o pecado do homem fosse removido (Hb 10.5-10). A conclusão é óbvia: Deus revogou o primeiro sacrifício, que dependia da morte de animais, para estabelecer o segundo sacrifício, que dependia da morte de Cristo.

Qual a diferença entre o sacerdócio de Cristo e o sacerdócio dos levitas?

Na Antiga Aliança, centenas de sacerdotes levitas ofereciam, continuamente, sacrifícios inefetivos que “nunca jamais podem remover [apagar completamente] pecados” (Hb 10.11); mas o sacrifício de Cristo removeu os pecados, de uma vez por todas. Os sacerdotes araônicos ofereciam sacrifícios pelo pecado, dia após dia; Cristo sacrificou-se uma só vez. Os sacerdotes araônicos sacrificavam animais; Cristo ofereceu a si mesmo. Os sacrifícios dos levitas apenas cobriam o pecado; o sacrifício de Cristo removeu o pecado. Os sacrifícios dos levitas cessaram; o sacrifício de Cristo tem eficácia eterna. Assim, Cristo está agora assentado “à destra de Deus” (Hb 10.12; cf. Hb 1.3; 8.1; 12.2), o que demonstra que Ele completou Sua obra, obedientemente, e foi exaltado a uma posição de poder e honra.

Cristo, o holocausto supremo e perpétuo, é o único sacrifício pelo pecado que existe atualmente. Os que rejeitam o sacrifício de Cristo têm sobre sua cabeça três acusações: (1) Eles desprezam a Cristo, calcando-O sob seus pés; (2) consideram o sangue de Cristo como profano (comum) e sem valor; e (3) insultam o Espírito Santo, que procurou atraí-los para Cristo (Hb 10.29). Os que rejeitam Seu holocausto redentor são considerados adversários. Na aliança mosaica, os adversários eram réus de juízo e morriam sem misericórdia. Conseqüentemente, as pessoas que rejeitam a Cristo aguardam o horrível juízo de Deus (Hb 10.30-31).

Por meio de Sua morte, Jesus inaugurou um “novo e vivo [vivificante] caminho” (Hb 10.20) para que a humanidade possa chegar à presença de Deus com “intrepidez [confiança]” (Hb 10.19). Portanto, o que possibilita a existência de uma Nova Aliança é o sacerdócio e o sacrifício superiores de Cristo.

Uma Aliança Superior para os Santos

O Livro de Hebreus revela que Cristo é o “Mediador de superior aliança instituída com base em superiores promessas” (Hb 8.6). Ela é mais excelente porque as promessas do pacto mosaico eram condicionais, terrenas, carnais e temporárias, enquanto as promessas do Novo Testamento são incondicionais, espirituais e eternas.

Quais as diferenças entre o Antigo Testamento e o pacto abraâmico?

Deus estabeleceu a aliança mosaica (Antigo Testamento) com a nação de Israel, no Monte Sinai. Esse pacto não foi o primeiro que Deus firmou com o homem, mas foi o primeiro que Ele fez com Israel como nação. A aliança mosaica foi escrita 430 anos depois da aliança abraâmica, e não alterou, não anulou, nem revogou as cláusulas da primeira aliança, a abraâmica (Gl 3.17-19), que era incondicional, irrevogável e eterna.

Muitas pessoas, hoje em dia, confundem a aliança mosaica com a abraâmica e afirmam que a Terra Prometida não pertence mais ao povo judeu porque a nação perdeu seu direito em razão do pecado. Entretanto, Deus garantiu a Israel a posse permanente da terra, não através da aliança mosaica, mas da aliança abraâmica (Gn 15.7-21; 17.6-8; 28.10-14).

As promessas do pacto mosaico eram condicionais. O pré-requisito era que Israel obedecesse aos mandamentos para que Deus cumprisse as promessas de bênçãos, estabelecidas no pacto (Êx 19.5). Mas Israel não cumpriu as cláusulas do pacto. A falha não estava na Lei, pois o mandamento era “santo, e justo e bom” (Rm 7.12), mas na natureza pecaminosa do homem, que se rebelou contra as condições estipuladas no pacto. Essa aliança tinha um poder limitado e não podia conceder vida espiritual nem justificar os pecadores (Hb 8.7-9).

Com quem Deus firmou a Nova Aliança?

A Escritura deixa claro que a Nova Aliança foi feita exclusivamente com Israel (os descendentes de Jacó, pelo sangue) – e não com a Igreja (Hb 8.10). Em nenhum lugar da Escritura a Igreja é chamada de Israel ou “Israel espiritual”, como alguns ensinam. Está claro na Escritura que as bênçãos nacionais, espirituais e materiais prometidas na Nova Aliança serão cumpridas com o Israel literal, no Reino Milenar (Jr 31.31-40).


A Nova Aliança foi profetizada pela primeira vez por Jeremias, seis séculos antes do nascimento de Cristo (Jr 31.31; cf. Hb 8.8). Ao falar do novo pacto, Deus usa os verbos no futuro (“firmarei”, “imprimirei”, “inscreverei”, “serei”, “usarei”, “lembrarei”, veja Hb 8.8,10,12), mostrando que cumprirá as cláusulas dessa aliança. Além disso, o cumprimento depende unicamente da integridade de Deus, e não da fidelidade de Israel.



Se a Nova Aliança não foi firmada com a Igreja, por que foi apresentada em Hebreus 8?


O escritor de Hebreus foi movido pelo Espírito Santo a citar a Nova Aliança com o propósito de ressaltar o fracasso da aliança mosaica e mostrar a Israel que as promessas reunidas num pacto melhor estavam disponíveis através de Jesus Cristo. A Nova Aliança foi instituída na morte do Senhor (Hb 9.16-17), e os discípulos ensinaram seus conceitos à nação de Israel (2 Co 3.6). O fato da nação de Israel ter rejeitado seu Messias resultou num adiamento do cumprimento cabal do pacto, que só ocorrerá quando Israel receber a Cristo, na Sua Segunda Vinda.


Quais são as promessas da Nova Aliança?



Em primeiro lugar, a Nova Aliança proporciona uma
transformação interior da mente e do coração, que só pode ser produzida através
da regeneração espiritual. Deus disse: “Nas suas mentes imprimirei as minhas
leis, também sobre os seus corações as inscreverei” (Hb 8.10
). A Antiga
Aliança era exterior, lavrada na pedra (Êx 32. 15-16); a Nova Aliança é escrita
em tábuas de carne, isto é, nos corações” (2 Co 3.3), através do
ministério do Espírito Santo. Isso acontecerá com Israel, como um todo, na
Segunda Vinda de Cristo, quando Deus derramará o Seu Espírito sobre o povo judeu
não-salvo, fazendo com que se arrependa de seus pecados e aceite Jesus como seu
Messias (Zc 12.10; Rm 11.26).



Em segundo lugar, a aliança mosaica estipulava que os
conceitos da Lei, com seus complicados rituais e regimentos, só fossem ensinados
pelos líderes religiosos. Os que vivem sob os preceitos da Nova Aliança são
ensinados pelo Senhor, por meio do Espírito Santo que habita em seu interior, e
recebem poder para andar nos caminhos do Senhor e guardar os Seus estatutos (Ez
36.27).



Em terceiro lugar, na Antiga Aliança, o pecado era lembrado
sempre que um animal era oferecido em sacrifício (Hb 10.3). Na Nova Aliança,
Jesus foi o Cordeiro do sacrifício, que, de uma vez por todas, removeu o pecado
(Hb 10.15-18) através do Seu sangue. O Senhor disse: “Pois, para com as suas
iniqüidades usarei de misericórdia e dos seus pecados jamais me lembrarei” (Hb
8.12; cf. Jr 31.34)
. A palavra jamais é uma dupla negativa
no texto grego, o que significa que “não, nunca, sob nenhuma circunstância” Deus
se lembrará dos pecados do Israel redimido.



Em quarto lugar, Cristo é o Mediador da Nova Aliança (Hb
9.15-20). O mediador atua como um intermediário entre duas partes que desejam
estabelecer um acordo entre si. Os mediadores põem seus próprios interesses de
lado pelo bem das partes envolvidas no acordo. Um mediador precisa ser digno de
confiança, aceitável pelas partes e capaz de assegurar o cumprimento do pacto.
Através de Sua morte, Cristo tornou-se o Mediador da Nova Aliança, e
possibilitou a reconciliação de todos aqueles que confiam em Sua obra redentora.

A mediação de Cristo também se estende aos santos que viveram debaixo da Antiga Aliança, bem como aos que virão a crer, no futuro. Cristo concede uma herança eterna a todos os crentes, através da Nova Aliança. Um beneficiário só pode entrar na posse legal da herança com a morte do testador. Para que a Nova Aliança tivesse efeito e, legalmente, pudesse conceder a salvação aos pecadores, Cristo tinha que morrer (Hb 9.15-17).


Até mesmo a aliança mosaica teve de ser inaugurada com sangue para ter efeito legal. Moisés mediou o primeiro pacto tomando o livro da Lei, lendo-o diante dos filhos de Israel – que concordaram em guardar os seus preceitos – e, depois, aspergindo o livro e o povo com sangue (Hb 9.19-20). O fato do Antigo Testamento ter sido firmado com sangue mostrou que era necessária a morte de uma vítima inocente para consagrar e estabelecer uma aliança. Aquele pacto era apenas um tipo e uma sombra que apontava para o dia em que Cristo consagraria e firmaria um Novo Testamento, através do derramamento de Seu próprio sangue. Somente Ele poderia mediar a Nova Aliança entre Deus e a humanidade (1 Tm 2.5).


A Nova Aliança, ao contrário da aliança mosaica, é eterna. O Senhor disse: “Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua” (Ez 37.26). Depois de servir ao seu propósito, o pacto mosaico tornou-se sem efeito. As palavras “antiquado” e “envelhecido” (Hb 8.13) mostram que o pacto mosaico estava esgotado, perdendo as forças e prestes a ser dissolvido.


Embora a Nova Aliança tenha sido feita com Israel, e não com a Igreja, os cristãos têm garantido o extraordinário privilégio de experimentar certos benefícios do novo pacto que passaram a vigorar quando Cristo derramou Seu sangue na cruz. Hoje, a Igreja usufrui das bênçãos espirituais da salvação, estabelecidas na Nova Aliança. As bênçãos físicas do Novo Testamento serão cumpridas com Israel, no Milênio. Os que seguem a Cristo são “ministros de uma nova aliança [testamento, pacto]” (2 Co 3.6) e foram chamados para divulgar a mensagem da salvação. Louvado seja Deus por tão grande salvação!



Por: David M. Levy -


Fonte: Chamada da Meia Noite

terça-feira, 7 de abril de 2009

Entra em vigor a nova lei que restringe atividades religiosas

TADJIQUISTÃO - A Igreja Protestante de Grace Sunmin em Duchambe, capital do Tadjiquistão, perdeu a batalha de conservar a posse de seu templo que comprou legalmente em um leilão em 1997. No dia primeiro de abril, a igreja recebeu uma carta da Justiça com a determinação de desocupar o prédio em até dez dias, disseram os membros da igreja. Alihon Nuraliev, o oficial de justiça que notificou a igreja, minimizou suas preocupações sobre a saída abrupta, insistindo que a igreja ganhou mais tempo para se preparar para a mudança e poderá celebrar a Páscoa no prédio este mês. Os juízes que decidiram privar a igreja de seus direitos de propriedade defenderam sua decisão, alegando que “a mudança de circunstâncias” permitiu-lhes descumprir a lei.

O prédio da Igreja de Grace Sunmin foi comprado em 1997 e era, originalmente, uma construção inacabada de uma escola. A igreja recebeu sua escritura de posse em julho de 1998, iniciando sua obra para terminar a construção (o prédio não tinha telhado) e reforma interior. A igreja se mudou para o prédio em 2000, um ano após seu templo anterior ter sido devastado por um ataque a bomba que matou nove pessoas. Desde 2002, as autoridades têm contestado a posse do prédio pela igreja.

Karim Hakimov, juiz presidente do Tribunal Econômico da Cidade de Duchambe, confirmou que, em 14 de março de 2009, a corte cancelou sua decisão de 2004 de recusar o questionamento da propriedade da igreja feito pela promotoria pública da cidade. Karim disse que eles podiam voltar atrás em suas decisões anteriores e cancelá-las “em vista da mudança de circunstâncias”. Perguntado que circunstâncias haviam mudado, ele respondeu que a Suprema Corte Econômica do Tadjiquistão tinha decidido anular a decisão original da Prefeitura de Duchambe e seus contratos de venda.

Perguntado se a igreja receberia alguma compensação, Karim disse que acreditava que a igreja já havia recebido a quantia original que pagara para comprar o prédio. Ele disse que eles poderiam reivindicar na Justiça por compensações adicionais de investimentos que tenham feito no prédio.

Membros da Igreja de Grace Sunmin disseram que não pediram por compensação da quantia original paga pela compra do prédio. Eles disseram que as autoridades converteram o preço original de 1997 de aproximadamente 18 milhões de rublos (antiga moeda) para 18 mil somonis (nova moeda), equivalente a US$ 4.700. Quando o rublo foi substituído pelo somoni, em 2000, o câmbio oficial era de um somoni para mil rublos. “Não queremos essa quantia ridícula nos valores de hoje comparada ao que investimos na propriedade nos valores de 1997”, lamentaram.

O oficial de justiça, Alihon, disse que o Comitê de Construção da Capital estendeu o prazo do despejo para o fim de abril. Ele disse que as autoridades não querem “perturbar” os membros da igreja enquanto estiverem celebrando a Páscoa. “As autoridades não querem ofender a igreja. Assim, o Comitê de Construção continuará a negociar com seus líderes após a Páscoa.”

Os membros da igreja reclamaram que o Comitê não lhes deu mais tempo para se preparar. “Eles nos deram um ultimato onde a igreja deve escolher entre informar por escrito ao Comitê que não tem nenhuma reivindicação no caso e que desocupará o prédio até o fim de abril, se quiser celebrar a Páscoa em paz no mesmo local; ou deverá começar a demolir as ampliações feitas no prédio, retornando à sua forma orignal.

A Controversa Lei Religiosa Entra em Vigor

A ordem para a Igreja de Grace Sunmin desocupar o prédio veio quando a nova lei religiosa, plena de restrições, entrou em vigor em sua publicação em primeiro de abril, no jornal oficial Jumhuriyat.

A lei foi aprovada pelas duas casas do Parlamento no início de março e assinada pelo Presidente Emomali Rahmon, em 25 de março, a despeito dos protestos de defensores dos direitos humanos e comunidades religiosas, bem como de organizações internacionais.

A controversa lei impõe restrições rígidas sobre a quantidade de mesquitas que podem ser abertas, dependendo do número de moradores de qualquer localidade; dá ao Estado a responsabilidade de nomear todos os imãs; impõe a censura do Estado sobre todas as literaturas religiosas; impõe um procedimento de registro burocrático e complicado; proíbe os funcionários do governo de estarem entre os fundadores de uma comunidade religiosa; requer aprovação do Estado para se convidar estrangeiros para visitas religiosas ou viajar para o exterior para participar de eventos religiosos; e restringe a educação e as atividades religiosas de crianças.

Governo Tadjique Afirma que Preocupações São Infundadas

Em 30 de março, o Ministério da Cultura, o Gabinete da Presidência, o Centro de Estudos Islâmicos e a União de Jornalistas reuniram-se em Duchambe para discutir a nova lei antes de sua entrada em vigor.

Na reunião, os funcionários do governo rejeitaram todas as crítcas da controversa lei, relatou no mesmo dia o Serviço Tadjique da BBC. Saidmurod Fattoev, conselheiro do Presidente Rahmon para assuntos sociais, descreveu as preocupações internacionais como “infundadas” e denominou as críticas de tais organizações, como a Comissão dos Estados Unidos sobre Liberdade Religiosa Internacional, como um “tipo de intervenção nos assuntos legislativos do Tadjiquistão”.

No dia em que o Presidente assinou a lei, o Vice-Ministro da Cultura, Mavlon Mukhtarov, responsável por supervisionar os assuntos religiosos no governo, negou que a mesma imponha qualquer restrição sobre atividades religiosas. Perguntado por que a nova lei impõe limitações sobre onde e quantas mesquitas podem ser abertas, impõe censura do Estado sobre as literaturas religiosas e aplica o controle e restrições do Estado sobre a educação religiosa, Mavlon negou que estas coisas restrinjam a atividade religiosa.

Jornalistas da mídia independente ressaltaram que tinham feito a cobertura das declarações do governo sobre a nova lei bem como das preocupações das comunidades religiosas, dos defensores dos direitos humanos e da comunidade internacional; enquanto que a mídia controlada pelo governo não divulgou nenhuma crítica e tinha apresentado a nova lei como “perfeita”. Adolat Mirzo, editor da publicação independente “Millat”, reclamou que os funcionários do governo recusaram-se a discutir a lei com os jornalistas, a despeito de inúmeros pedidos.

Tradução: Getúlio Cidade

Fonte: Portas Abertas

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Marx e Satanás

“Quero me vingar daquele que reina lá em cima” – Karl Marx

Livro impressionante, a merecer urgente atenção de um bom editor nacional é, sem sombra de dúvida, este “Marx and Satan”, do reverendo Richard Wurmbrand (Living Book Company, Bartlesville, USA, 1986). A edição que leio, a oitava, data de 2002, porém em 2008 o livro já cruzara a 20ª impressão e fora traduzido para o russo, chinês, alemão, romeno, eslovaco, húngaro e albanês – não por acaso línguas de países que constituíam a antiga Cortina de Ferro e materializavam, na prática, as teorias demoníacas de Karl Marx.

No histórico, o livro de Wurmbrand começou como uma pequena brochura que continha algumas anotações sobre as possíveis ligações entre Marx e a igreja satânica. Posteriormente o autor, durante 14 anos prisioneiro nos campos de concentrações da Romênia comunista, levantou uma quantidade enorme de documentos e correspondências e aprofundou pesquisa biográfica minuciosa em torno do “filódoxo” alemão, mormente no período em este freqüentou a Universidade de Berlim, sem deixar de lado, no entanto, a temporada em que viveu na próspera cidade de Colônia (1842), onde trabalhou como co-editor da “Gazeta Renana” – fase em que Marx, negando Deus, “tornou-se um adorador de Satã e partícipe ativo e regular de práticas e hábitos ocultistas”.

De fato, nesta época, conforme registra Wurmbrand com riqueza de detalhes, Marx mudou inteiramente de conduta. Longe da casa paterna, ao repudiar Cristo ele tornou-se um beberrão violento. (Habitualmente, quando embriagado, para não pagar os credores, partia para a briga – sendo autuado, certa feita, por porte de arma). Então, na qualidade de co-presidente do “Clube Tabernário”, que tinha como associados um bando de estudantes porristas, Marx organizava rituais de magia negra, professando a idéia de “chutar Deus do Reino Celestial”. Por qualquer razão, ou sem razão nenhuma, voltava-se para o alto e proclamava, em ira incontida: “Eu o destruirei! Eu o destruirei!”.

O próprio pai de Marx, Heinrich (um advogado judeu convertido ao cristianismo luterano), na ocasião, ao saber que o filho tinha “colocado novos deuses em lugar dos antigos santos” (confissão de Marx), tentou chamar sua atenção, por carta, lamentando o estranho comportamento do jovem radical: “O teu progresso, a querida esperança de ver teu nome algum dia ter grande reputação, e tua riqueza terrena não são os únicos desejos de meu coração. Essas são ilusões que tive há muito tempo, mas posso assegurar-te que a realização delas não me teria feito feliz. Apenas se teu coração permanecer puro e bater humanamente e se nenhum demônio for capaz de desviar teu coração de sentimentos melhores, apenas assim serei feliz”.

Ao lamento da carta paterna, Marx deu o calado como resposta, cortando a correspondência com o pai, salvo no caso de bilhetes curtos para pedir crescentes somas em dinheiro para saldar dívidas provenientes dos porres homéricos e gastos com os rituais ocultistas.

Na mesma época, Marx ficou obcecado pela leitura do “Fausto”, a peça teatral de Goethe em que o personagem central faz um pacto com a figura de Mefistófeles, o “diabo em pessoa”. Num impulso, o futuro “Doutor do Terror Vermelho”, para tornar público a sua nova crença, escreve um drama intitulado “Ulanem” - anagrama de Emanuel, nome bíblico de Cristo -, tempos depois encenado e representado pelo próprio autor.

No texto, medíocre, mas considerado de natureza confessional, Marx revela o objetivo que marcará todos os atos de sua atribulada existência, qual seja, “a idéia de expulsar o Criador de sua morada e, ele próprio, Karl Marx, substituí-lo”. No último ato de “Ulanem”, em tom apocalíptico, assim se exprime o imperioso cultor de Satã: “Os vapores do inferno enchem o cérebro, até que fico louco e meu coração muda muito. Vês esta espada? O Príncipe das Trevas me vendeu. Para mim, ele marca o compasso e ordena os sinais. Cada vez mais atrevido, eu danço a dança da morte. E só então poderei caminhar triunfante, como um Deus, através das ruínas do seu Reino”.

Dado curioso, a mudança de Marx não se deu apenas no plano espiritual. Segundo anota Karl Heinzen, jornalista que trabalhou com ele na “Gazeta Renana”, a transformação se manifestou, também, no aspecto seu físico. “De jovem esbelto, ele se transformou num tipo atarracado, de lábio inferior incomumente grosso e de tez amarelo-sujo, acentuada pelos cabelos negros e espessos que pareciam brotar-lhe de quase todos os poros da face, dos braços, da orelha e do nariz. Cabeludo, com sua juba negra retinta e olhos enlouquecidos por um espírito de fogo perverso, Marx era a imagem de Lúcifer, o anjo decaído”.

O mesmo Heinzen relata que, certa noite, depois de um porre, querendo parodiar Mefistófeles numa cena do “Fausto”, Marx “Aproximou-se e deu a entender que eu estava sob seu poder. Com malícia de pretendido demônio, começou a me agredir com ameaças e tapas. Adverti-o a sério que o trataria do mesmo modo. Como nada adiantasse, derrubei-o com um sopapo num canto da sala. ‘Há um prisioneiro lá dentro...’ - caçoou ele, numa imitação precária de Mefistófeles”.

Mais tarde, consolidada a personalidade demoníaca, Marx observa, em correspondência para Engels (segundo Franz Mehring, em “Marx – Story of His Life”): “A abolição da religião como uma felicidade ilusória dos homens é um requisito para a verdadeira alegria deles. O chamado para o abandono de suas ilusões acerca de suas condições é um chamado para abandonar uma condição que requer ilusões. A crítica da religião é, portanto, a crítica deste vale de lágrimas de que a religião é o halo”.

Marx se deu mal na sua pretensão de abolir a religião sobre a face da terra. A crença na existência de uma força transcendente, considerada como criadora do Universo, nunca esteve tão presente na vida da humanidade - em que pese a ingerência do “neodarwinismo” e a “singularidade” de teorias impossíveis de comprovar como a do Big Bang.

O Cristianismo, por sua vez, infenso a fricção da excomungada “Teologia da libertação”, nitidamente anticristã, cada vez mais se propaga em número de fiéis, a fortalecer a crença no Cristo filho de Deus.

Quando à Marx, reconheça-se, o seu espírito maligno permanece atuante - como o do próprio Satã, de resto –, a iludir facções de deserdados que, sob seus vapores, alargam as dores do mundo.

Por Ipojuca Pontes - Cineasta, jornalista

domingo, 5 de abril de 2009

Políticos cristãos carecem de acompanhamento pastoral

Guatemala - “Em que falhamos” – perguntou o teólogo Mynor Herrera, da Igreja O Verbo, depois da morte de três motoristas de coletivos e um usuário de 85 anos durante a onda de violência que se abateu sobre a capital, em vários pontos, na semana passada.

O presidente Álvaro Colóm pediu calma à população e reconheceu, em discurso, que a situação de segurança está difícil na capital do país.

As manifestações de violência serviram de gancho a Herrera na conferência que apresentou aos integrantes da Sociedade Evangélica de Estudos Sócio- Religiosos. Na avaliação dele, a igreja falha no acompanhamento pastoral de cristãos que estão na política.

De 35 políticos cristãos por ele entrevistados, apenas um disse que teve acompanhamento pastoral para si e sua família. “Os demais não o receberam, mesmo precisando, foram marginalizados pelas suas igrejas e, portanto, estão decepcionados”, disse o teólogo.

Alguns desses políticos tinham a ilusão de contribuir com a sua congregação, contribuir na melhoria da qualidade de vida, “mas a igreja os separou e ficaram sozinhos, foram presa fácil de politiqueiros. Sem acompanhamento pastoral, esses políticos, ao chegarem ao poder, são corrompidos pelo poder”, destacou Herrera.

Muitas vezes se pensa que cristãos precisam de pouca ajuda para desenvolver suas atividades pastorais com os políticos. A situação é bem mais complexa, porque a falta de orientação política é geral. Em muitos casos, pastores condenam a politicagem que acontece fora da igreja, essa é, contudo, a mesma prática dentro da igreja”, apontou o teólogo.

Os políticos cristãos devem ser vistos como pessoa com necessidades espirituais, recomendou Herrera.

Fonte: ALC /Gospel+

sábado, 4 de abril de 2009

CIÊNCIA VICIADA

Por

José Maria e Silva

EM RECENTE defesa da descriminalização da maconha, Fernando Henrique Cardoso afirmou que o debate sobre a legalização das drogas enfrenta um tabu que precisa ser quebrado. Trata-se de miragem do ex-presidente, já que a descriminalização das drogas — incluindo a defesa explícita da legalização da maconha — não sai da pauta da imprensa e das universidades, permeando até os “temas transversais” do MEC, impostos às crianças nas escolas. Na prática, o uso de drogas já foi legalizado no país, com a bênção de tucanos e petistas — ideologicamente ecumênicos quando se trata de subverter costumes.

A lei nº 11.343, de 23 de agosto de 2006, que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, aboliu qualquer punição para os usuários. A pena máxima é a prestação de serviços à comunidade, que, se não for cumprida, acarreta simples “admoestação” por parte do juiz, até que o crime prescreva. E quem sofre as consequências é o bolso do contribuinte. Para a nova lei, consumir drogas é um direito inalienável do usuário, e curar sua dependência, um dever incondicional do Estado.

Essa tendência já havia sido antecipada pela Assembleia Legislativa de São Paulo, que, em 9 de fevereiro de 2006, derrubou veto do governador do Estado e, num arroubo de independência não muito comum no Parlamento brasileiro, promulgou, por decreto legislativo, a lei estadual nº 12.258, que confere privilégios aos usuários de drogas sem lhes impor nenhum dever. Essas leis nasceram de uma tese hegemônica nos meios acadêmicos: a política de redução de danos — eufemismo com que intelectuais universitários disfarçam sua apologia ao uso de drogas.

O brasileiro nem sonha, mas existe até a “Declaração dos Direitos dos Usuários de Drogas”, que, obviamente, não foi feita por uma Constituinte de usuários, mas por acadêmicos financiados pelo contribuinte. Subscrita pelo Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas), da Universidade Federal de São Paulo, a declaração finge-se arauto da ciência de ponta, mas não passa de entulho ideológico do Maio de 68. Nela se alicerçam a nova lei sobre drogas e as políticas do MEC e do Ministério da Saúde na área.

Professores universitários, a quem cabe a educação da juventude, proclamam, na referida declaração, o seguinte mandamento: “Conclamamos as organizações não governamentais e governamentais a incluir usuários de drogas em seus conselhos, gerências e direções”. Ou seja, as universidades estão defendendo cotas para drogados nas mesas diretoras do Congresso, nos gabinetes ministeriais e nas cortes de Justiça. Deve ser por isso que os autores da declaração condenam, veementemente, o exame antidoping.

Mas, enquanto não chega o mundo sonhado por essa espécie de “Manifesto Consumista” dos acadêmicos (versão lisérgica do “Manifesto Comunista” de Marx), a deputada Cida Diogo (PT-RJ), apoiada por Rita Camata (PMDB-ES), contenta-se em impor ao mundo real dos usuários do SUS os privilégios dos usuários de drogas. Cida Diogo é autora de projeto de lei que obriga o SUS a dar a eles, entre outros insumos, agulhas e seringas descartáveis. A expressão “outros insumos” abre brecha para que o SUS distribua a própria droga, como a maconha, usada como alternativa de redução de danos para viciados em crack. O projeto está sendo aprovado sem passar pelo plenário da Câmara, como se o luxo da distribuição de seringas para viciados não merecesse debate diante da miséria da falta de medicamentos para crianças nos postos de saúde.

Mais grave é que a atuação dos especialistas encarregados da redução de danos oscila entre a incapacidade e a inconsequência. O próprio Ministério da Saúde, em um texto sobre álcool e drogas recomendado em seu site para crianças de 12 anos, mistura vulgaridade, lascívia e imprecisão, ao comparar a “fissura” proporcionada pelo crack ao prazer do orgasmo — aguçando dupla e criminosamente a curiosidade das crianças. E ainda nega, taxativamente, que a cocaína produza tolerância e síndrome de abstinência, numa indisfarçável apologia da droga para menores, contrariando a lei e a ciência.

Eis, portanto, a danosa política de redução de danos. Ela se alicerça na crença pueril de que o drogado — useiro e vezeiro em escarnecer da lei, da pátria e da família — vai obedecer feito criança as recomendações dos engenheiros sociais. Ainda que quisesse fazê-lo, de nada adiantaria. A “Declaração dos Direitos dos Usuários de Drogas” é uma prova de que a ciência de muitos especialistas é mais alucinada do que delírio de viciado.

JOSÉ MARIA E SILVA, 45, jornalista, é mestre em sociologia pela Universidade Federal de Goiás, com dissertação sobre violência nas escolas.

Fonte: Folha de S. Paulo, 23 de março de 2009

Divulgação: www.juliosevero.com

Funcionário é suspenso por falar de Deus

INGLATERRA - Um funcionário de um escritório em Londres foi suspenso do trabalho por quase dois meses por encorajar uma sem-teto com uma doença incurável a procurar ajuda em Deus, depois que os médicos disseram a ela para desistir.

De acordo com o Centro Cristão Legal (CLC em inglês), Duke Amachree, 53, funcionário do escritório de prevenção à falta de moradia há mais de 18 anos, foi suspenso em 28 de janeiro por falar de sua fé com um cliente. Em uma entrevista investigativa no final de março, ele recebeu a ordem de não falar sobre religião no trabalho.

A CLC disse que além de terem dito para que ele “nunca fale sobre Deus”, também afirmaram que ele não pode nem dizer “Deus te abençoe”.

Amachree, membro da Igreja World Evangelism em Londres, foi intimado para um interrogatório como resultado de reclamações feitas por alguém do público.

Michael Phillips, advogado que trabalha junto ao CLC, disse: “Em 26 de janeiro, Amachree conheceu uma cliente que seria retirada de sua casa porque o senhorio queria vender a propriedade. Os médicos disseram que ela tinha uma doença incurável, e que por isso só poderia trabalhar meio turno”.

“Durante a conversa, Amachree perguntou para a senhora por que acreditava que suas condições eram incuráveis, e com coragem, comentou que algumas vezes os médicos não têm todas as respostas. Ele estava tão preocupado com o desespero e a falta de esperança da senhora, que sugeriu que ela colocasse sua confiança em Deus. No entanto, a mulher explicou que já havia tentado a religião, e que por não ter nenhuma fé, estava satisfeita com o que os médicos disseram, e pronta para seguir em frente. Ela sorriu, agradeceu e foi embora.”

O CLC afirma que dois dias depois, entregaram uma carta para o senhor Amachree, informando que uma cliente (a senhora) tinha feito sérias acusações contra ele, e por isso, foi suspenso.

O senhor Phillips, que estava presente na reunião, acrescentou: “Em 17 de março, os funcionários de Amachree disseram que ‘Deus deveria ser mantido do lado de fora do ambiente de trabalho’. Ele foi acusado de ultrapassar os limites”.

Amachree está processando o escritório. Ele alega que a decisão de suspendê-lo “privatiza” a fé cristã e vai contra os direitos humanos. Os advogados aguardam o resultado da investigação.

Tradução: Deborah Stafussi

Fonte: Portas Abertas

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Gritos de louvor viram dor de cabeça

MG - Moradores do Palmares protestam contra abuso de religiosos que fazem cultos na madrugada

Sexta-feira, 21h30. Grupos de pessoas caminham pelas ruas do bairro Palmares, na região Nordeste de Belo Horizonte. Determinados, eles se dirigem ao monte que fica em uma das partes altas do bairro. Alguns seguem alegres. Outros, pensativos. São religiosos, a maioria evangélicos, que vão ao monte para orar e louvar a Deus.

A prática é antiga. Cerca de 4.000 anos antes do nascimento de Jesus Cristo, hebreus e samaritanos se encaminhavam às montanhas em busca de um local onde pudessem ficar reclusos, segregados.

O objetivo dos fiéis de hoje é o mesmo, porém, a sociedade se modernizou e exige regras que permitam a boa convivência entre os desiguais.

O monte no bairro Palmares, localizado em uma área de aproximadamente 10,5 mil metros quadrados - sendo 500 m de propriedade particular e o restante pertencente à prefeitura - é desabitado, mas em frente a ele, na rua Professor Antônio Márcio, estão casas e prédios onde residem várias famílias.

Há pelo menos um ano e meio, os moradores reclamam do barulho provocado pela multidão que frequenta o monte. Todos as sextas-feiras e fins de semana, fiéis de várias igrejas evangélicas da capital se reúnem no local, a partir das 22h, e passam a madrugada fazendo orações e cantando, às vezes, acompanhados de instrumentos musicais.

O terreno é cercado, mas o acesso ao monte é feito livremente por uma entrada localizada na área de propriedade particular, que pertence ao Hotel Ouro Minas. A reportagem visitou o monte na semana passada e presenciou centenas de pessoas no local, depois das 23h, quando o movimento é mais intenso.

“Sexta-feira é o dia mais crítico. A gente não consegue dormir. O barulho que eles fazem incomoda muito, sem contar os gritos de madrugada. Quando vão embora, eles saem do monte tocando instrumentos até chegarem nos carros”, reclama um empresário de 39 anos, morador da região, que pediu para não ser identificado com medo de represálias.

A presença de ambulantes nas imediações e carros estacionados nos dois lados da rua, alguns na contramão e outros em portas de garagem, foram outros problemas flagrados.

BARULHO INCOMODA

A Secretaria Municipal de Meio Ambiente já fez vistorias na área e constatou que os níveis dos ruídos provocados por vozes, cânticos e barulho do trânsito local estão acima dos padrões estabelecidos pela Lei do Silêncio para o horário noturno.

No entanto, a secretaria informou que não tem como aplicar multa porque não existe nenhuma entidade ou pessoa específica que assuma a responsabilidade pelos cultos no local.

De acordo com o secretário da regional Nordeste, Cláudio Vilela, a prefeitura tem fiscalizado a área para coibir o comércio de ambulantes.

Segundo ele, está em estudo um outro acesso ao monte, de modo que a entrada dos fiéis seja feita pelo terreno da prefeitura, onde não existem residências. O estudo deve ficar pronto essa semana.

Além da poluição sonora, a dificuldade de trafegar à noite pela rua Professor Antônio Márcio é outro problema enfrentando por moradores e, inclusive, pelos motoristas da linha 8405, que atende a região.

Às 23h20 do último dia 20, a reportagem flagrou o momento em que o coletivo não conseguiu fazer uma conversão à esquerda por causa dos veículos estacionados nos dois lados da rua. “Às vezes, quando o ônibus não consegue passar, o motorista aciona a buzina de cinco a dez minutos”, conta uma dentista.

Segundo os moradores, no local existiam placas de proibido estacionar que foram arrancadas pelos fiéis. Os fiéis que frequentam o monte contam até com um segurança no local. Um homem usa um jaleco de segurança e também atua como flanelinha.

Fonte: Super Notícia

Bebê morre sem receber alimento porque não dizia 'amém'

Baltimore (EUA) - Uma americana que parou de alimentar filho de 1 ano e 4 meses porque ele deixou de falar "amém" antes das refeições, admitiu a culpa na morte da criança, em Baltimore, no Estado de Maryland.

Segundo a BBC Brasil, a mãe do bebê faz parte de um culto chamado 1 Mind Ministries (Ministérios de uma mente, em tradução livre), cuja líder, Queen Antoinnette, havia ordenado em janeiro de 2007, que o bebê não fosse alimentado enquanto não dissesse "amém" antes das refeições. A criança morreu de inanição.

A mãe foi condenada a 20 anos de prisão e a cinco de condicional, mas o juiz disse que ela terá a pena reduzida se aceitar testemunhar contra os membros da seita. O acordo inclui que ela passará por um programa para se desligar do culto.

Segundo os promotores, a jovem mãe ainda teria insistido que a Justiça concorde em reduzir sua pena se ela conseguir "ressuscitar o bebê". Os membros da seita diziam que o bebê estava possuído pelo demônio.

Uma semana após a morte, o corpo da criança foi embalado em um cobertor e transportado com o grupo da seita dentro de uma mala para a Filadélfia, e a mãe teria rezado por mais de um ano para que a criança ressuscitasse.

O julgamento de Antoinette, 40 anos, e de outros três membros do culto estava marcado para a segunda-feira, mas foi adiado porque eles não têm representantes legais.

Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/mundo/html/2009/4/bebe_morre_sem_receber_alimento_porque_nao_dizia_amem_3593.html

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Sim às células-tronco afasta Obama de evangélicos moderados

Um aviso. E daqueles bem diretos. Em artigo publicado na segunda quinzena de março no USA Today, o jornal de maior circulação dos Estados Unidos, o professor de Ética Cristã da Universidade de Mercer, no Estado da Geórgia, David P.Gushee, já dizia a que vinha no título: Presidente Obama, nós Precisamos Mais do que Discurso. Gushee, que é batista e presidente da organização não-governamental Evangelicals For Human Rights, dizia em seu artigo em tom de advertência que ‘evangélicos moderados’ como ele estavam desapontados com as primeiras medidas da administração Obama em assuntos caros à comunidade cristã, como o aborto e a pesquisa com células-troncos de embriões.

A escolha da governadora democrata Kathernine Sibelius, uma católica favorável ao direito de as mulheres decidirem se querem ou não abortar, para a secretaria da Saúde - cargo equivalente ao do ministro José Gomes Tinhorão no Brasil - e o anúncio das revogações de políticas adotadas com pompa pelo governo Bush, como a proibição de se enviar fundos federais para organizações que promovam o direito ao aborto e as restrições às pesquisas com células-tronco embrionárias, alarmaram os evangélicos centristas, importantes na vitória apertada de Obama em Estados mais conservadores, como Colorado, Virgínia e Indiana. Especialistas acreditam que este grupo representa cerca de 6 milhões de eleitores em todo o país, mas concentrados nos chamado swing states, que ora votam com a direita, ora com a esquerda.

Desde o início da campanha eleitoral, Obama contou com o jovem reverendo Joshua DuBois, um líder pentecostal, para estabelecer uma ponte entre sua candidatura e cristãos moderados, tanto protestantes quanto católicos. A brecha na coalizão cristã, que votou em peso em George W. Bush nas eleições de 2000 e 2004, levou a números significativos: nas eleições de novembro, Obama praticamente dobrou o número de eleitores evangélicos caucasianos entre 18 e 44 anos em relação a John Kerry há cinco anos.

Gushee, autor de O Futuro da Fé na Política Americana, constatou uma ‘divisão de gerações’ entre os evangélicos que enfraqueceu a coalizão republicana. Mas lembra agora que a dificuldade do governo Obama em encontrar um meio-termo em suas políticas sociais - por exemplo, cumprindo a promessa de campanha de criar iniciativas voltadas para a prevenção e redução do aborto - pode aliená-lo de uma base importante para as ambições futuras do Partido Democrata. Mais preocupado com uma crise moral gerada pela ausência de salvaguardas para os moderados - por exemplo, o respeito do governo a médicos cristãos que se recusem a fazer aborto - do que em uma concentração ainda maior de evangélicos apoiando o Partido Republicano já nas eleições de 2010, quando boa parte do Congresso será renovada, Gushee conversou com o Terra sobre as guerras culturais que teimam em permanecer no centro do tabuleiro político norte-americano.

O título de seu artigo na página de Opinião do USA Today é bem forte. O senhor acredita que parte dos chamados evangélicos moderados já se sentem traídos pela administração Obama em pouco mais de dois meses de governo?


O mais correto seria dizer que estamos preocupados. Tememos não conseguir mais nada além do que palavras. Palavras e nada mais. Mas não estamos convencidos de que esta seja a instância final do governo Obama. O artigo representa um preocupação de que as promessas que o presidente fez durante a campanha e a esperança que ele nos despertou em termos de encontrar um caminho do meio não sejam de fato realizadas. Mas, ao contrário dos mais conservadores, não desistimos de Obama. Não acreditamos que ele seja falso ou um mero impostor, como a direita radical já o apresenta.

O senhor esteve próximo dele durante a campanha eleitoral no ano passado. Poderia dividir suas impressões sobre Obama?


Ele é extremamente inteligente e o que mais me impressiona é a capacidade de manter a calma no meio do furacão. Ele é disciplinado, conduziu uma campanha de forma honrada, e a experiência de líder comunitário possibilitou a ele se aproximar dos mais diversos grupos, incluindo os evangélicos moderados. Em termos religiosos, ele me parece ser alguém em busca de respostas, que tem interesse em diversas orientações religiosas. Ele me disse que era um cristão, e acreditei nele. Mas creio que ele se sente mais confortável com o aspecto social da religião, a vê como força impulsionadora de justiça social. E, apesar de muito jovem e inexperiente, foi, sem sombra de dúvida, o candidato que mais nos impressionou desde as primárias do ano passado.

O senhor escreveu que a promessa de levar para Washington uma ‘liderança transformativa’ foi justamente o que mais o impressionou em Obama. Que seria possível possível um modelo diferente do de George W.Bush, que dividiu ainda mais o país em questões de âmbito culturais e sociais…


O estilo de Obama, em geral, é conciliatório, e isso é ajuda claramente o debate. Mas meu artigo centra em suas ações, depois de ocupar a Casa Branca, no que se refere ao aborto e a outros temas correlatos. Ações que não levaram a consenso algum. São apenas posições clássicas liberais, de esquerda.

Uma de suas maiores decepções parece ser o esquecimento de uma das promessas de campanha dos democratas que recebeu maior acolhida entre os evangélicos moderados, a de que o novo governo iria iniciar esforços para a redução do número de abortos no país…


Sim. Existem estudos que mostram como a ausência de políticas públicas levam a um incremento do aborto ou a não se levar em conta outras formas de prevenção ou soluções alternativas. O uso de contraceptivos, a educação sexual nas escolas, uma política de prevenção a abusos sexuais, o investimento do Estado nos casos de gravidez de pessoas menos favorecidas economicamente e uma política eficiente de estímulo à adoção passam pela questão do aborto. No mundo industrializado, os EUA têm os piores números no que diz respeito à gravidez indesejada. Há os casos de mães e casais que não têm plano de saúde e por isso acabam optando pelo aborto e o Estado precisa atuar nestes casos. O que queremos é que não haja esta possibilidade em um país rico como os EUA - a escolha o aborto exclusivamente porque não se tem dinheiro para criar um filho ou sequer para as despesas-extras no período de gravidez. Estamos prontos para trabalhar tanto com a secretária Sibelius quanto com o presidente Obama no desenvolvimento desta estratégia.

Aqui há uma clara distinção entre evangélicos e católicos…


Sim, no que diz respeito ao uso de contraceptivos. Sabemos disso, e este é um teste difícil para a Igreja Católica, que se opõe a métodos de controle natal, com exceção da abstinência sexual.

No Brasil há uma discussão neste momento gerada pelos abortos clandestinos, que poderiam chegar a 1 milhão por ano, de acordo com estimativas extra-oficiais. O senhor acredita que a legalização do direito ao aborto seria uma salvaguarda para a saúde de mães dispostas a interromper a gravidez?


Não tenho como entrar na realidade específica do Brasil, mas aqui nos EUA, por exemplo, não há a menor chance, em um futuro próximo, de que o direito ao aborto seja colocado fora-da-lei. Então, é possível, para um cidadão religioso, como eu, lamentar este fato e lutar para reduzir o número de abortos. Partimos do princípio de que há uma demanda por aborto em toda e qualquer sociedade em que o número de gravidez indesejada é grande. A mensagem dos religiosos não pode ser apenas não faça aborto, mas sim evite a gravidez indesejada.

No Brasil, a Igreja Católica acaba de excomungar a mãe de uma menina de 9 anos, violentada pelo padrasto. A família optou pelo aborto, previsto pela lei, e os médicos que a atenderam também foram excomungados pelo Arcebispo de Recife e Olinda. O fato gerou reações do presidente Lula e do Ministro da Saúde, que enfatizaram a necessidade de se proteger a vida de uma criança vítima de um abuso sexual. O senhor não acha que líderes religiosos deveriam se abster de grandes debates públicos e se concentrarem em seu próprio rebanho?


Penso que líderes só são de fato religiosos e não políticos quando se lembram que sua audiência são os fiéis, seu rebanho. Quando tratamos de sociedades plurais, como a brasileira e a norte-americana, não há como pensar diferente. Pode-se proclamar seus valores, mas todos o estão fazendo: cristãos, judeus, muçulmanos, sem-religião, judeus. Cabe à comunidade decidir os valores que prevalecerão na sociedade. Diria que um valor religioso muito pouco apreciado, infelizmente, e que cabe aqui neste caso, é a liberdade de consciência.

Mas não seria este justamente o caso da discussão sobre o aborto?


Aí há uma luta de visões. Há quem considere sim esta uma questão de liberdade individual. Outros dizem que é uma proteção do ser humano em seu estado mais vulnerável.

O senhor claramente está com o segundo grupo. E ainda vai além, afirmando que a justificativa ética para a pesquisa científica, no caso das células-tronco embrionárias, seria semelhante a fins condenados pelos liberais e pela esquerda - como o incremento econômico e a segurança nacional. Fins que não justificariam jamais os meios, no caso a destruição do meio-ambiente e o uso da tortura.


Exatamente. E creio que tenho credibilidade para lidar com estes temas, já que fui um dos primeiros a colocá-los em destaque dentro da comunidade evangélica nos EUA. Defendo um limite nos experimentos médicos porque existem certos direitos intrínsecos do ser humano. Do mesmo modo que você não pode torturar um homem para garantir a segurança de milhares de outros, também não é eticamente correto fazer experimentos com embriões para o benefício da humanidade. A ética cristã, neste caso, funciona de modo igual, oferecendo um compromisso com a dignidade do ser vivo que não pode ser abordado como mais um item de comércio. Não se pode trocar uma vida pela outra. De certo modo, este utilitarismo é o que condenamos na prática do aborto também. Em nossa sociedade quase tudo pode ser trocado por algo que teria um valor supostamente maior, o que é extremamente perigoso.

O que me leva ao fim de seu artigo, em que o senhor diz que ’se perdermos estas batalhas’, se ‘não alcançarmos um caminho do meio’ a sociedade norte-americana entrará em um período de grande crise moral. O senhor diria que este poderia ser mais um imenso problema para a administração Obama?


A sociedade institucionalizar o que chamamos de aborto on demand, ou seja, pela simples vontade da mulher, nos seis primeiros meses de gravidez, quando e como ela bem entender, é uma coisa. Mas não se respeitar o direito de médicos ou hospitais cristãos de se recusarem a fazer este aborto é outra. O que queremos evitar é uma guerra contra a religião. Não acredito que isso vá acontecer, mas parte de meu artigo foi uma advertência para que o governo proteja o direito de consciência dos profissionais de saúde e das instituições religiosas ou uma grande parcela da sociedade americana vai se sentir atacada por esta administração e isso seria muito, muito, muito ruim.

O senhor já vê parte da comunidade evangélica mais moderada votando no Partido Republicano em 2010 por conta das primeiras medidas anunciadas pelo governo Obama?


Ainda é cedo para sabermos se já houve esta migração na intenção de votos. Veja bem, 78% dos evangélicos caucasianos votaram em Bush em 2004 e 74% em McCain no ano passado. Então, a maioria seguirá votando na direita. Mas, claramente, houve uma mudança entre os mais novos, e em Estados que decidem o Colégio Eleitoral. O número de votos que o tíquete democrata recebeu entre jovens evangélicos foi o dobro do que recebera em 2004! E aí, sim, há um risco de evangélicos moderados, assim como de católicos centristas, que esperavam posições menos partidárias de Obama, abandonarem o presidente. É preciso que ele mande sinais de que implantará de fato uma política de redução do aborto como disse que faria. Mas ainda é cedo, e não se pode esquecer que há uma profunda crise econômica que afeta muito mais os eleitores neste momento do que os temas culturais e sociais.

Fonte: Terra