segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Parlamento da UE vota para impor “casamento” de mesmo sexo em todos os países membros

Por Hilary White

ROMA, Itália, 24 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Quase que simultaneamente, o Parlamento Europeu anunciou sua intenção de “fortalecer a família” para lidar com a vertiginosa queda demográfica que está vindo para a Europa, e impor o “casamento gay” ou parcerias civis homossexuais em todos os países membros a União Europeia.

O Parlamento da UE votou ontem a favor de um relatório que tem a intenção de forçar todos os 27 países a reconhecerem mutuamente e defenderem legalmente os “efeitos de documentos de estado civil” de outro país da UE, que imporá a exigência do reconhecimento do “casamento” homossexual, parcerias civis ou arranjos semelhantes.

A organização pró-família Vigilância da Dignidade Europeia (European Dignity Watch [EDW]) diz que o relatório, “além das exigências razoáveis” que faz, “poderia implicar” num reconhecimento em toda a UE de casamento de mesmo sexo “mediante meios sorrateiros e gravemente passando por cima do princípio da subsidiariedade”*.

De acordo com a Vigilância da Dignidade, a Seção 40 do relatório “poderia significar que os países membros serão forçados indiretamente a reconhecer uniões de mesmo sexo como iguais ao casamento mesmo que tal reconhecimento não exista no sistema legal do respectivo país”.

A consequência, disse a organização, “seria incontrolável ‘turismo de casamento’ para países que reconhecem o ‘casamento’ de mesmo sexo” como Bélgica, Espanha, Portugal e Suécia, “ou até ‘casamentos’ polígamos… que já são reconhecidos na Holanda”.

Uma das questões legais úteis que está provocando discórdia para os grupos homossexuais de pressão política dentro da UE é a questão da “harmonização que cruza fronteiras”, um conceito de que os países membros precisam reconhecer as leis, inclusive leis com relação à condição conjugal dos cidadãos, em todos os 27 países. Isso, junto com a liberdade legal de todos os cidadãos da UE de viverem em qualquer país da UE que escolherem, é a base de argumentos feitos pelas influentes organizações homossexuais como a Associação Internacional de Gays e Lésbicas (cuja sigla em inglês é ILGA).

VDE diz: “Se o relatório for aprovado em sua forma de rascunho agora, violará gravemente o princípio da subsidiariedade*, um dos principais princípios da fundação da UE. Há um risco óbvio de minar a soberania dos países membros no direito de família e especificamente a definição de casamento em seu próprio país por meio da mudança da definição de casamento transformando-o de direito de família — que é uma competência exclusiva dos países membros — para direito processual”.

A Seção 40 menciona o direito de os cidadãos à “livre circulação” nos países da UE e “fortemente apoia planos para possibilitar o reconhecimento mutuo dos efeitos dos documentos de condição civil”. A seção pede “iniciativas adicionais para reduzir as barreiras para os cidadãos que exercem seus direitos de livre circulação, particularmente com relação ao acesso aos benefícios sociais aos quais eles têm direito de votar nas eleições municipais”.

Os grupos homossexuais de pressão política têm em várias jurisdições ao redor do mundo adotado com êxito a tática de manipular os tribunais para estabelecer o “casamento gay” ou parcerias civis legais. Em vários casos, os ativistas homossexuais “se casaram” num país com o único propósito de forçar os tribunais, e mais tarde as assembleias legislativas, de outro país a reconhecer a “união” deles.

A ILGA recomenda esse método para seus membros, dizendo que o relatório pode ser “usado para propósitos de pressão política e legal” para “exercer pressão em seus governos para exigir que os casamentos domésticos sejam reconhecidos em toda a UE”.

Ao mesmo tempo em que está tentando impor em toda a UE a dissolução do casamento natural e procriativo, a UE está começando a reconhecer a ameaça do iminente colapso demográfico devido a seus baixos índices de fertilidade.

Em 11 de novembro, o Parlamento da UE votou para apoiar um relatório elaborado pelo parlamentar alemão Thomas Mann sobre o “desafio e solidariedade demográficos entre as gerações”.

O relatório frisa a importância da família natural e o papel dos pais para o bem-estar econômico da sociedade em tempos de mudança demográfica.

O relatório também pede uma “mudança de mentalidade” para com os idosos, que, diz ele, não devem ser considerados como um peso sobre a sociedade, mas em vez disso como um recurso de estabilidade. Pede o reconhecimento das igrejas e organizações sem fins lucrativos que contribuem para o “desenvolvimento social da sociedade”.

O relatório citou várias razões para o “inverno demográfico” da Europa, inclusive o adiamento dos adultos para se casarem e formarem famílias à luz de um “mercado de trabalho cada vez mais inseguro”.

O relatório prediz uma mudança demográfica em que haverá um aumento de 4 a 11 por cento de pessoas idosas e uma diminuição de 100 a 66 milhões em 2050 de pessoas jovens com menos de 15 anos de idade.

* Nota do tradutor: O princípio de que um governo central tem função subsidiária, realizando apenas aquelas tarefas que não podem ser realizadas num nível mais local.

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/

Assassinatos contra gays: dados manipulados

Por Júlio Lins

Se o número de assassinatos contra gays é de cerca de 200, os gays estão subrepresentados quanto ao total de assassinatos, ou seja, os gays são menos propensos a sofrer violência e assassinatos que o resto da população.
Segundo reportagem da Agência Câmara, "pesquisas registram mais de 200 assassinatos a homossexuais em todo o país". Sim, mas assassinados por quê? Pelo fato de serem homossexuais? Pelo fato de estarem em ambientes marcados pela violência? Pelo consumo de drogas? Pela libertinagem? Por latrocínios? Pelo fato de estarem de madrugada em ruas e bairros perigosos? Não se cita. Assim sendo, parece que, se um homossexual estiver andando de madrugada na Vila Cruzeiro no Rio de Janeiro e calhar de ele ser assassinado, engrossará as estatísticas de "assassinatos contra homossexuais".

Não bastasse a ausência de detalhes em tais pesquisas, todos os veículos de imprensa falham em mencionar que, no Brasil, no ano de 2007, ocorreram 47.707 assassinatos. Logo, se cerca de 200 são contra homossexuais, então o número de assassinatos contra homossexuais é 0,42% do total.

Homossexuais representam 0,42% da população? Certamente não. Não há pesquisas isentas sobre o número de homossexuais no Brasil, embora os grupos gays mais radicais dizem chegar a 9% da população. No entanto, na Europa, onde a aceitação ao homossexualismo é maior que no Brasil, a porcentagem de gays não chega a passar de 2%.

No Reino Unido, segundo pesquisa da ONS (Office for National Statistics), feita com quase 250.000 pessoas, chegou-se à conclusão que 1,3% dos homens são gays, 0,6% das mulheres são lésbicas e 0,5% são bissexuais. No total, 1,5% das pessoas são gays ou bissexuais.

Na Espanha, pesquisa da INE, baseada em 10.838 entrevistas praticadas no último semestre de 2003, assinalou que somente 1% da população mantém relações exclusivamente homossexuais. A população que reconhece ter tido em alguma ocasião este tipo de relação ao longo de sua vida é de 3%, 3,7% entre os homens e 2,7% entre as mulheres.

No Canadá, pesquisas feitas em 2003 com 121.000 adultos canadenses mostrou que somente 1,4% se consideravam homossexuais.

O fato é que, de uma forma ou de outra, se o número de assassinatos contra gays é de cerca de 200, os gays estão subrepresentados quanto ao total de assassinatos, ou seja, os gays são menos propensos a sofrer violência e assassinatos que o resto da população, ao contrário do que a grande mídia propala.

Alguém poderia dizer: e a agressão contra um homossexual ocorrida recentemente em São Paulo? Eu responderia: Sim, é um caso deplorável, mas se a pessoa agrediu o homossexual, o Código Penal já prevê punição para ela; o que não pode acontecer é o crime se tornar maior pelo fato de o agredido ser homossexual, pois isso configuraria uma discriminação contra todos os não-homossexuais.

Quantas pessoas morrem por ano em filas de hospitais? Seriam menos de 200? E o número de mendigos mortos queimados, principalmente no Nordeste? Seriam menos de 200 por ano? Quantas pessoas inocentes morrem por dia na violência das grandes cidades? Seriam menos de 200 por ano? Quantos policiais morrem vítimas da violência? Quantas pessoas morrem por ano vítimas das drogas? Quantas pessoas morrem por ano em acidentes de trânsito? Seriam menos de 200?

Logo, não faz sentido nenhum as polícias e o Poder Judiciário desviarem a atenção dos 99,58% de assassinados no Brasil (uma vez que a segurança pública brasileira é insuficiente para atender as pessoas que mais precisam dela) para dar tratamento especial a uma minoria de 0,42% que, aliás, está subrepresentada nas estatísticas de assassinatos.

Fontes:
1. Agência Câmara: Pesquisas mostram aumento da violência contra homossexuais
2. Estudo canadense (doutores Cameron) - em pdf
3. Forum Libertas: Menos de los que el homosexualismo político argumenta: un 2,5% de adolescentes dice ser gay
4. Forum Libertas: ¿Cuántos millones de homosexuales dice usted que hay en España?
5. Daily Mail: Only one in 100 Britons is gay despite long-held myth... but 71% of public say they are Christian
6. Blog Estadão: A morte nas grandes cidades
7. Forum Libertas: Sólo un 1,4% de los adultos son gays: a veces se hinchan cifras ignorando los mayores de 50 años..

Publicado no site: Mídia Sem Mascara


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Federação Internacional de Planejamento Familiar buscando abaixar a idade de consentimento sexual para 14 anos no Peru

Por Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina

LIMA, Peru, 19 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — A Federação Internacional de Planejamento Familiar está promovendo um novo projeto de lei no Peru que abaixará a idade de consentimento sexual para 14 anos de idade, provocando revolta de organizações pró-família e avisos de que o país poderá se converter num “paraíso sexual” para predadores sexuais.

Embora os que estão promovendo o projeto de lei estejam alegando que essa lei é necessária para impedir os adolescentes de sofrerem ações legais por relações sexuais consensuais, os oponentes dizem que ela aumentará o nível de atividade sexual entre os adolescentes, que raramente têm relações sexuais no conservador Peru, e os abre para a exploração fácil por parte de adultos.

“Aprovar essa lei como está me parece absurdo e imbecil”, disse o arcebispo José Antonio Eguren de Piura numa declaração recente. “Em primeiro lugar, as estatísticas do governo peruano indicam que menos de 15% dos adolescentes chegam aos 18 anos de idade tendo se envolvido em atividade sexual. Queremos que esse número aumente? Queremos que as relações sexuais dos adolescentes aumentem e pois elevem o número de gravidezes em nossos jovens?”

O arcebispo está também preocupado com o fato de que a lei “dará licença para indivíduos inescrupulosos que poderão tirar vantagem de menores de idade que não são suficientemente maduros para compreender a magnitude de sua sexualidade”, e declara que “aprovando-se essa lei corremos o enorme risco de converter nosso país num ‘paraíso sexual’ para turistas interessados na prostituição de crianças e adolescentes. É essa a imagem do Peru que queremos dar ao mundo?”

O novo projeto de lei está sendo introduzido enquanto o governo de Obama está ajudando a bombardear o Peru com um número estimado de 18 milhões de camisinhas, uma medida que está sendo denunciada como um ato de subversão contra a moralidade sexual dos jovens peruanos.

Carlos Polo, diretor da filial na América do Sul do Instituto de Pesquisa Populacional, disse para LifeSiteNews que o propósito real da medida parece ser a promoção de interesses comerciais que produzirão lucro com o aumento da promiscuidade sexual entre os adolescentes.

“Os maiores beneficiários da descriminalização das relações sexuais entre os adolescentes são as empresas que vendem contraceptivos”, disse Polo. “O segmento da população entre 14 e 18 anos, que é alvo do projeto de lei, será um negócio suculento para essas empresas, e essa é a razão por que parece suspeito o ‘entusiasmo’ incomum dos promotores desse projeto de lei”.

O projeto, que foi aprovado pela “Comissão de Justiça e Direitos Humanos” do Senado do Peru no começo deste mês, foi encaminhando para votação no plenário do Congresso. O projeto está recebendo apoio da filial peruana da Federação Internacional de Planejamento Familiar, a qual se chama Instituto Peruano de Paternidade Responsável, cuja sigla em espanhol é INPPARES.

Informações de contato:

Embaixada do Peru no Brasil

SES Av. das Nações, Quadra 811, Lote 43

CEP: 70428-900 Brasília DF

Tel. (61) 32429933 - 32429435 Fax: (61) 32259136

e-mail: embperu@embperu.org.br

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/
 

domingo, 21 de novembro de 2010

Agressiva ideologia homossexual silenciando os cristãos

Por Hilary White

ROMA, Itália, 18 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Uma “ideologia agressiva”, uma terapia de conduta de “libertinagem completa”, está à solta no mundo, e parece estar prevalecendo contra a cultura cristã tradicional do Ocidente, disse o cardeal Giacomo Biffi.

O clérigo fez os comentários num livro de memórias intitulado “The Inconvenient Memoirs” (Memórias Inconvenientes), que foi publicado e lançado hoje em Roma com uma seção adicional sobre os perigos da ideologia homossexual.

Nestes tempos “destroçados”, disse o cardeal, as novas ideologias resultaram numa “cegueira intelectual” e no silenciamento dos cristãos que sofrem intimidações e perseguições por parte de homossexuais e seus cúmplices ideológicos.

Mas no fim, escreveu o cardeal, a Igreja não será derrotada: “Estamos com o Senhor da História”.

O arcebispo emérito de Bolonha e teólogo dogmático é conhecido por ter sido um dos mais fortes apoiadores de Joseph Ratzinger no último conclave e foi ele mesmo considerado brevemente como candidato ao trono papal. Biffi dirigiu a diocese de Bolonha de 1984 a 2003 e é uma das maiores vozes “conservadoras” da Igreja.

A ideologia da homossexualidade, disse ele, como muitas vezes acontece com as ideologias quando ficam agressivas e se tornam politicamente vitoriosas, “se torna uma ameaça a nossa legítima autonomia de pensamento: aqueles que não a aceitam arriscam ser condenados a um tipo de marginalização cultural e social”.

“Os ataques à liberdade de pensamento começam com a linguagem”, escreveu ele. “Aqueles que não se resignam a aceitar a ‘homofilia’… são acusados de ‘homofobia’”.

“Será que ainda temos permissão… de sermos discípulos fiéis e coerentes dos ensinos de Cristo… ou será que temos de nos preparar para uma nova forma de perseguição, promovida pelos ativistas homossexuais, por seus cúmplices ideológicos e até mesmo por aqueles cuja tarefa deveria ser defender a liberdade intelectual de todos, inclusive dos cristãos?”

As novas seções do livro, além de lidarem com a ideologia homossexual, examinam os efeitos negativos do Concílio Vaticano Segundo, o “desafio da castidade” e o papel das mulheres.

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

Médica cristã demitida de comissão de adoção perde recurso no Tribunal de Emprego

Por Hilary White

LEICESTER, Inglaterra, 17 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O juiz de um Tribunal de Emprego disse que não houve discriminação no caso de uma pediatra cristã removida de uma comissão de adoção depois que ela pediu permissão para se abster de votar em casos envolvendo pedidos vindos de homossexuais para adotar crianças.

O juiz John MacMillan rejeitou o recurso, dizendo que o caso “tem honestamente sustentação fraca em seus fatos”.

Sheila expressou sua opinião profissional, citando pesquisas acadêmicas bem como suas convicções religiosas, de que os melhores interesses das crianças não são atendidos quando elas são entregues em adoção para parceiros homossexuais.

Sob a atual lei britânica, os homossexuais, como indivíduos ou como parceiros, não podem receber recusa, com base na “orientação sexual” deles, em todas as considerações que são feitas na área de adoção.

A Dra. Sheila expressou seu “extremo desapontamento” com a decisão, e disse que tem a intenção de levar seu caso adiante depois que for legalmente aconselhada. Ela disse que trouxe a questão diante do Tribunal de Emprego “para frisar o que está se tornando uma tendência preocupante e no final das contas danosa” na sociedade britânica.

“Os profissionais cristãos, que buscam expressar sua perspectiva profissional nos exatos melhores interesses das crianças, estão sendo silenciados ou sofrendo discriminação”, disse ela.

“Há muitos casos ocorrendo em todo o país em que indivíduos sinceros estão sendo acusados de discriminação ou de promoverem opiniões religiosas de forma irracional e parece que os direitos de outros grupos (tais como os grupos homossexuais) passam por cima dos direitos dos cristãos. Creio que na maioria dos casos deveria ser possível haver um melhor equilíbrio de direitos”.

MacMillan disse que não havia evidência de que a Dra. Sheila foi tratada de forma diferente de qualquer outro membro da comissão que poderia solicitar abstenção de votação, ou que ela sofreu discriminação de forma específica na base do Cristianismo dela.

Em sua decisão, MacMillan revelou que conversou com um juiz muçulmano que disse que os muçulmanos teriam as mesmas preocupações sobre permitir adoção para duplas de mesmo sexo. Isso significava, disse ele, que a preocupação se aplica igualmente às preocupações de outras religiões ou de quem não tem nenhuma religião e que a “desvantagem” não afeta “especificamente” os cristãos. Portanto, a Dra. Sheila não foi vítima de discriminação porque ela é cristã.

Ele disse que a questão “transcende os limites de todas as religiões” e deu como decisão que a Dra. Sheila deveria pagar as despesas legais da municipalidade.

O Centro Legal Cristão (CLC), que estava lidando com o caso da Dra. Sheila, chamou o raciocínio de MacMillan de “um argumento hipócrita criado a fim de garantir que o recurso da Dra. Sheila não prosseguisse”.

O CLC acusou o juiz de querer evitar investigações nos méritos da opinião dela e de “lavar as mãos nessa questão vital”. A organização disse que o fato de que o juiz levou apenas quinze minutos para dar sua decisão indica que ele já havia escrito sua opinião antes de ouvir o caso.

A Dra. Sheila pediu que o caso fosse encaminhado ao Tribunal Europeu de Justiça, na esperança de que a questão maior do equilíbrio dos direitos religiosos com os direitos homossexuais fosse plenamente examinada num contexto legal.

“Penso que é uma situação triste quando sou castigada por expressar de forma respeitosa uma opinião religiosa e profissional”, disse ela. “Muitas pessoas estão entrando em contato comigo para expressar suas preocupações acerca dessa área. Por isso, sei que não estou só na defesa dessa opinião”.

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

sábado, 20 de novembro de 2010

Tribunal da Colômbia se recusa a impor “casamento” gay na nação

Por Matthew Cullinan Hoffman, correspondente na América Latina


BOGOTÁ, Colômbia, 16 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Numa decisão surpreendente, o ultraliberal Tribunal Constitucional da Colômbia recusou um pedido de impor o “casamento” homossexual na nação da América do Sul.

Num veredicto de 5 a 4 dado na última sexta-feira, o tribunal se recusou a dar uma decisão num processo judicial que estava requerendo que o Tribunal mudasse o código civil da nação para permitir “casamento” entre indivíduos do mesmo sexo.

O artigo 42 da Constituição da Colômbia declara: “A família é o núcleo fundamental da sociedade. É constituída por ligações naturais ou jurídicas, pela decisão livre de um homem e uma mulher de contraírem matrimônio ou pelo desejo responsável de fazer um”.

O atual código civil reflete a definição tradicional de casamento na Constituição, declarando que o casamento é “um contrato pelo qual um homem e uma mulher se unem para o propósito de viver juntos, procriar e ajudar um ao outro”. Por ora, o código permanecerá intacto, embora o fato de que o tribunal não tenha querido dar um veredicto deixe a porta aberta para uma futura decisão sobre o assunto.

A recusa do tribunal de agir corre em sentido contrário a uma série de decretos judiciais que ele vem tomando, revogando proibições contra o aborto em casos de estupro e exigindo que todas as escolas ensinem programas de educação sexual a favor do aborto e da homossexualidade. As decisões impopulares estão provocando uma repercussão negativa de protestos e estão levando o Partido Conservador da nação a lançar uma campanha para emendar a constituição para proteger o direito à vida em todos os casos.

Cobertura relacionada de LifeSiteNews:

Prominent Political Party Launches Campaign to Restore Right to Life in Colombia

http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/nov/10111101.html

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/

Universidade Mackenzie: Em Defesa da Liberdade de Expressão Religiosa

Por Blog FIEL

A Universidade Presbiteriana Mackenzie vem recebendo ataques e críticas por um texto alegadamente “homofóbico” veiculado em seu site desde 2007. Nós, de várias denominações cristãs, vimos prestar solidariedade à instituição. Nós nos levantamos contra o uso indiscriminado do termo “homofobia”, que pretende aplicar-se tanto a assassinos, agressores e discriminadores de homossexuais quanto a líderes religiosos cristãos que, à luz da Escritura Sagrada, consideram a homossexualidade um pecado. Ora, nossa liberdade de consciência e de expressão não nos pode ser negada, nem confundida com violência. Consideramos que mencionar pecados para chamar os homens a um arrependimento voluntário é parte integrante do anúncio do Evangelho de Jesus Cristo. Nenhum discurso de ódio pode se calcar na pregação do amor e da graça de Deus.

Como cristãos, temos o mandato bíblico de oferecer o Evangelho da salvação a todas as pessoas. Jesus Cristo morreu para salvar e reconciliar o ser humano com Deus. Cremos, de acordo com as Escrituras, que “todos pecaram e carecem da glória de Deus” (Romanos 3.23). Somos pecadores, todos nós. Não existe uma divisão entre “pecadores” e “não-pecadores”. A Bíblia apresenta longas listas de pecado e informa que sem o perdão de Deus o homem está perdido e condenado. Sabemos que são pecado: “prostituição, impureza, lascívia, idolatria, feitiçaria, inimizades, contendas, rivalidades, iras, pelejas, dissensões, heresias, invejas, homicídios, bebedices, glutonarias” (Gálatas 5.19). Em sua interpretação tradicional e histórica, as Escrituras judaico-cristãs tratam da conduta homossexual como um pecado, como demonstram os textos de Levítico 18.22, 1Coríntios 6.9-10, Romanos 1.18-32, entre outros. Se queremos o arrependimento e a conversão do perdido, precisamos nomear também esse pecado. Não desejamos mudança de comportamento por força de lei, mas sim, a conversão do coração. E a conversão do coração não passa por pressão externa, mas pela ação graciosa e persuasiva do Espírito Santo de Deus, que, como ensinou o Senhor Jesus Cristo, convence “do pecado, da justiça e do juízo” (João 16.8).

Queremos assim nos certificar de que a eventual aprovação de leis chamadas anti-homofobia não nos impedirá de estender esse convite livremente a todos, um convite que também pode ser recusado. Não somos a favor de nenhum tipo de lei que proíba a conduta homossexual; da mesma forma, somos contrários a qualquer lei que atente contra um princípio caro à sociedade brasileira: a liberdade de consciência. A Constituição Federal (artigo 5º) assegura que “todos são iguais perante a lei”, “estipula ser inviolável a liberdade de consciência e de crença” e “estipula que ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política”. Também nos opomos a qualquer força exterior – intimidação, ameaças, agressões verbais e físicas – que vise à mudança de mentalidades. Não aceitamos que a criminalização da opinião seja um instrumento válido para transformações sociais, pois, além de inconstitucional, fomenta uma indesejável onda de autoritarismo, ferindo as bases da democracia. Assim como não buscamos reprimir a conduta homossexual por esses meios coercivos, não queremos que os mesmos meios sejam utilizados para que deixemos de pregar o que cremos. Queremos manter nossa liberdade de anunciar o arrependimento e o perdão de Deus publicamente. Queremos sustentar nosso direito de abrir instituições de ensino confessionais, que reflitam a cosmovisão cristã. Queremos garantir que a comunidade religiosa possa exprimir-se sobre todos os assuntos importantes para a sociedade.

Manifestamos, portanto, nosso total apoio ao pronunciamento da Igreja Presbiteriana do Brasil publicado no ano de 2007 e reproduzido parcialmente, também em 2007, no site da Universidade Presbiteriana Mackenzie, por seu chanceler, Reverendo Dr. Augustus Nicodemus Gomes Lopes. Se ativistas homossexuais pretendem criminalizar a postura da Universidade Presbiteriana Mackenzie, devem se preparar para confrontar igualmente a Igreja Presbiteriana do Brasil, as igrejas evangélicas de todo o país, a Igreja Católica Apostólica Romana, a Congregação Judaica do Brasil e, em última instância, censurar as próprias Escrituras judaico-cristãs. Indivíduos, grupos religiosos e instituições têm o direito garantido por lei de expressar sua confessionalidade e sua consciência sujeitas à Palavra de Deus. Postamo-nos firmemente para que essa liberdade não nos seja tirada.
Este manifesto é uma criação coletiva com vistas a representar o pensamento cristão brasileiro.

ASSISTAM O MANIFESTO EM DEFESA DA LIBERDADE DE EXPRESSÃO DOS RELIGIOSOS

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Órgão da ONU promove educação sexual a partir do nascimento

Por Dr. Terrence McKeegan


NOVA IORQUE, EUA, 4 de novembro de 2010 (C-FAM/Notícias Pró-Família) — “Nunca é cedo demais para começar a falar sobre assuntos sexuais para crianças”, diz guia lançado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO).

Outrora muito respeitada por sua independência e integridade, a UNESCO agora trabalha em parceria com o Conselho de Educação e Informações sobre Sexualidade dos EUA (cuja sigla em inglês é SIECUS), braço educacional do polêmico Instituto Kinsey.

Em setembro passado, uma torrente de críticas saudou o novo guia da UNESCO sobre educação sexual por promover o aborto legal e masturbação para crianças até de cinco anos. A intensidade das objeções forçou a agência a remover o guia, apenas para de modo discreto relançar um novo guia em dezembro.

A UNESCO reconhece que um ex-diretor do SIECUS é um dos principais autores de seu guia sexual. O guia é citado oficialmente como modelo de educação sexual apropriada conforme a idade num novo relatório da ONU sobre direitos educacionais que foi veementemente denunciado por membros da ONU na semana passada.

A UNESCO removeu alguns trechos que continham linguagem mais explícita no guia revisado, mas manteve um apêndice com “princípios orientadores” que inclui um currículo de educação sexual inspirado por Kinsey para crianças a partir do nascimento até os cinco anos de idade. Esse currículo instrui os pais a dar para crianças novas bonecas com órgãos sexuais para brincarem, informá-las acerca de relacionamentos sexuais diversos e apoiarem a masturbação.

“Se uma criança está tocando a área genital em particular, ignore a conduta”, sugere o currículo. Com relação à identidade de gênero e orientação sexual, o currículo avisa os pais que a insistência em reforçar identidades sexuais tradicionais impedirá o desenvolvimento de seus filhos. “Confusão sobre essas questões e medo da homossexualidade (homofobia) têm feito com que muitos pais e outros adultos limitem o modo como meninas e meninos se expressam”.

Um currículo modelo incluído no guia da UNESCO orienta os instrutores que eles têm de evitar moralizações, pois não há certo e errado no debate sobre valores. Em outro currículo, os autores comentam uma contradição ao tratar de “enfoque e atitudes religiosas ao lidar [sexo] e enfoque e atitudes baseadas em direitos”. Contudo, outro currículo examina o desenvolvimento sexual de crianças novas, observando que desde o nascimento até a idade de dois anos as crianças podem “experimentar prazer genital”, e com a idade de três podem se envolver em “brincadeiras sexuais”.

O infame sexólogo Alfred Kinsey fundou seu instituto na Universidade de Indiana. Kinsey alcançou proeminência nas décadas de 1940 e 1950 por seu trabalho de documentar as condutas sexuais humanas. Os críticos acusaram Kinsey de promover a pedofilia, apontando para suas pesquisas que documentavam adultos fazendo com que crianças e bebês tivessem orgasmo. O Instituto Kinsey criou o SIECUS em 1964 como seu braço educacional. Seu primeiro diretor foi a Dra. Mary Calderone, ex-diretora médica da Federação de Planejamento Familiar [a maior rede de aborto dos EUA].

Um recente relatório do governo revelou que SIECUS recebeu $1,6 milhões de dólares em verbas federais entre 2002 e 2009.

No mês passado, um grupo de trabalho da UNESCO lançou um relatório que pede que a proibição da ONU à clonagem humana seja reavaliada. O grupo propôs que apenas a clonagem terapêutica deva ser proibida, o que permitira apoio para as pesquisas envolvendo outros tipos de clonagem.

Este artigo foi publicado com a permissão de http://www.c-fam.org/
Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aborto - Uma história real emocionante. A Vida começa na concepção

O vídeo abaixo mostra a força do nosso DEUS que é o autor e consumador da vida.

Veja o caso real de um bebê que venceu a morte ainda no ventre de sua mãe. Foi jogado para a morte, mas o Autor da Vida sempre tem um plano, cabe a Ele a última palavra.

Você que é mãe e está grávida e deseja praticar uma aborto porque acha que o seu bebê é um mal, não foi planejado, não é bem-vindo.... Assista este filme e repense a sua história e a do seu filhinho.

Se não quiser ter o bebê doe para outra família, pois existem milhares de lares a espera de uma linda criança.

Entre em contato conosco que buscaremos ajuda para você.

Diga sim a vida e não a política do aborto.

Álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack , diz estudo

Um estudo britânico que analisou os danos causados aos usuários de drogas e para as pessoas que os cercam concluiu que o álcool é mais prejudicial do que a heroína ou o crack.

O estudo divulgado na publicação científica Lancet classifica os danos causados por cada substância em uma escala de 16 pontos.

Os pesquisadores concluíram que a heroína e a anfetamina conhecida como “crystal meth” são mais danosas aos usuários, mas quando computados também os danos às pessoas em volta do usuário, no topo das substâncias mais nocivas estão, na ordem, o álcool, a heroína e o crack.

O cigarro e a cocaína são considerados igualmente nocivos também quando se leva em conta as pessoas do círculo social dos usuários, segundo os pesquisadores. Drogas como LSD e ecstasy foram classificadas entre as menos danosas.

Apolítica

Um dos autores do estudo é David Nutt, que ocupou o cargo de principal conselheiro do governo britânico para a questão das drogas.

Após deixar o posto, no ano passado, ele formou o Comitê Científico Independente sobre Drogas, instituição que se propõe a investigar o tema de forma apolítica.

O professor Nutt afirma que “considerados os danos totais, o álcool, o crack e a heroína são claramente mais prejudiciais que todas as outras (substâncias)”.

“Nossas conclusões confirmam outros trabalhos que afirmam que a classificação atual das drogas tem pouca relação com as evidências de danos”, diz o estudo.

“Elas também consideram como uma estratégia de saúde pública válida e necessária o combate agressivo aos males do álcool.”

Fonte: BBC BRASIL / via Padom

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Casal cristão é proibido de adotar criança ou prestar assistência social por ser contra a homossexualidade

Inglaterra -(01/11/2010) Um casal cristão na Inglaterra, fez várias tentativas para prestar assistência social às crianças, mas foi bloqueada por causa de suas opiniões sobre a homossexualidade.

Eunice e Owen Johns estão escalados para enfrentar o Supremo Tribunal, nesta segunda-feira, seus advogados dizem que o desfecho do caso pode afetar o futuro de acolhedores cristãos e os pais adotivos.

“É possível que as autoridades locais decidam que os Cristãos não podem cuidar de algumas das crianças mais vulneráveis na nossa sociedade, simplesmente porque eles desaprovam a homossexualidade,” disse o Centro Legal Cristão, em um comunicado.

Os Johns entraram com o pedido em 2007 para serem prestadores de cuidados temporários de crianças entre as idades de cinco e dez anos. Uma assistente social visita a sua casa em Derby, na Inglaterra, a cada duas semanas como parte do processo de avaliação. Durante uma das visitas, a assistente social mencionou que, se uma criança chegou da escola e disse aos pais adotivos que ele ou ela é homossexual, os pais teriam de dizer ao filho que está tudo bem.

Eunice Johns respondeu: “Como Cristão, crentes na Bíblia, eu não acho que eu possa fazer isso.”

Com isso, o Conselho da cidade de Derby City suspendeu o processo de candidatura. Os Johns, em seguida, enfrentaram um grupo de pelo menos uma dúzia de pessoas e afirmaram novamente que se recusam a dizer a uma criança que está tudo bem em ser um homossexual.

“Eu disse a eles que eu sei que eles não vão me deixar adotar… mas não há nenhuma maneira que eu possa fazer isso como um Cristão crente na Bíblia sem que eu não tenha que dizer isso,” disse ela.

Uma semana depois, o casal recebeu uma carta do conselho dizendo “obrigado por retirar sua candidatura.”

O Centro Legal Cristão apontou a ironia na matéria em que os Johns serviram anteriormente como pais adotivos para o município Derby mesmo por cerca de 12 anos.

“Os Johns são um casal cristão amoroso, que no passado, e no futuro, darão uma casa maravilhosa para uma criança vulnerável,” disse Andrea Minichiello-Williams, diretora do centro, de acordo com Telegraph UK.

O Conselho da cidade de Derby reintegrou pedido do casal e foram convidados pelo Centro Legal Cristão para clarificar a sua política sobre a adequação das famílias de acolhimento, com as visões tradicionais sobre ética sexual. O painel de aprovação do Conselho falharam em tomar uma decisão final sobre o pedido dos Johns.

Como o caso enfrenta o Tribunal Superior, o Centro Legal Cristão diz: “este é um processo vital para a liberdade cristã.”

“O município tem a obrigação de respeitar as crenças religiosas dos Johns, mas também para cumprir a lei da igualdade, que proíbe a discriminação por orientação sexual. O caso vai decidir se os Johns serão capazes de promover, sem comprometer suas crenças,” explicou o centro.

O Novo Ato de Igualdade do Reino Unido entrou em vigor no mês passado. A lei consolida nove peças de legislação de anti-discriminação em um estatuto e abrange áreas como financeiro, gênero, deficiência, religião e crença. A nova lei visa impedir a discriminação de uma ampla gama de setores, incluindo o local de trabalho, educação e serviços.

Fonte: Gospel+

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Assim Caminha a Cristandade...

Por Carlos Moreira

“Certa vez, tendo sido interrogado pelos fariseus sobre quando viria o Reino de Deus, Jesus respondeu: "O Reino de Deus não vem de modo visível, nem se dirá: ‘Aqui está ele’, ou ‘Lá está’; porque o Reino de Deus está dentro de vocês". Lc. 17:20-21.

O Sagrado em Israel se descaracterizara como experiência religiosa bem antes do tempo Jesus. Na verdade, a fé para os judeus havia se transformado num poderoso sistema que possuía dois grandes tentáculos: um político e o outro econômico. Assim como nos nossos dias, os que mercadejavam o espiritual perceberam que manipular com a fé das pessoas era um extraordinário e lucrativo negócio.

O texto citado acima nos dá a dimensão exata do que estava acontecendo naqueles dias... Mas nós não conseguimos discerni-lo com todos os seus matizes porque o “cenário” no qual os fatos se passam nos é totalmente estranho. No encontro inusitado entre Jesus e os Fariseus, a questão principal não é o que parece estar evidente, ou seja, o Reino de Deus, mas o que está subliminar – o reino dos homens.

Ora, isto pode ser visto claramente na pergunta, aparentemente “espiritual”, – “mostra-nos o teu Reino”. Ela não tinha nada a ver com os conteúdos, valores e princípios éticos do Evangelho de Jesus. A preocupação estava centrada apenas nos aspectos institucionais – nas estruturas físicas (templo, sinagogas), nos códigos regulamentares (a Lei e os Profetas), no centro de decisão (o Sinédrio), nos rituais “litúrgicos” (sacrifícios, oferendas), ou seja, o que estava em “jogo”, era entender quais os mecanismos que compunham a “engrenagem” que o Galileu estava anunciando. E isto era “bastante razoável”, uma vez que o “sistema” que eles possuíam já estava há anos sendo “tecido” pela aristocracia judaica, pelas castas sacerdotais e pelos grupos religiosos e, o melhor de tudo, “operava” perfeitamente.

A religião judaica criara uma opulência que entorpecia o ser. Era um conjunto de ritos e mitos que sacralizava o banal, petrificava o coração, cauterizava as percepções e roubava as emoções. Em torno de tudo aquilo girava uma “máquina” de fazer dinheiro, e era muita grana que circulava em torno do templo, o “centro espiritual” de toda a engrenagem, e de onde os recursos eram distribuídos para manter as benesses de muita gente e para bancar o “custo” da estrutura que era, sem dúvida, muito cara.

Aí vem Jesus que, em vez de propor manter a opulência do “negócio”, trás a mensagem de ressignificação da consciência! O Reino de Deus, anunciado através do Evangelho do Reino, não tinha “donos”, nem “trono”, nem ditames humanos, nem regras, nem lei, nem sacrifícios, nem intermediários sacerdotais, nem traficantes de influências espirituais, nem castas religiosas, nem comércio do sagrado, nem barganhas com a divindade, nem nada! Era a proposta de um Reino que crescia de dentro para fora, que instaurava valores no coração a partir de uma reconstrução da consciência. Por isso a discrepância tão grande entre um projeto e o outro. Agora dá para entender porque a proposta de Jesus era tão bizarra para aquela moçada, porque ela, simplesmente, desmantelava com o sistema inteiro!

O Evangelho do Reino é contra-cultura! É algo que se impõe para derrubar a cultura vigente. É subversão silenciosa, pacífica, de boca em boca, de casa em casa, de pequenos gestos, de serviço ao próximo, de amor ao necessitado, de acolhimento ao excluído. É uma lógica totalmente diferente! O sistema diz: ajunte, acumule, recolha. O Evangelho do Reino responde: espalhe, compartilhe, distribua. Onde um diz: seja servido; o outro preconiza: torne-se servo. Onde um diz: seja o primeiro; o outro afirma: seja o último. Onde um diz: busque reconhecimento; o outro adverte: faça tudo em secreto. Onde um diz: se exalte; o outro ensina: se humilhe. E ainda tem a segunda milha, a túnica junto com a capa, a face para o que o fere, o perdão setenta vezes sete... É metanóia!

Mudar a cultura é mudar a forma como as pessoas vivem. E isto varia de época para época, pois a cultura é um subproduto do social e do humano. É antropológica e temporal, segundo Vergílio Ferreira. Não foi diferente com Jesus. Em seus dias Ele lidava com vários tipos de culturas e filosofias distintas: os epicuristas, os estóicos, os cínicos, os céticos, além de toda a influência helênica – 600 anos de pensamento grego sincretizado com os cultos de mistérios egípcios, culto ao imperador, religiões pagãs e por aí vai... Mas o Evangelho do Reino, pregado pelo Nazareno, e depois pelos seus discípulos, propunha uma contra-cultura que desmantelava com tudo aquilo. E eles subverteram o mundo com a mensagem da paz, da esperança e do amor! E eu lhe afirmo: se já foi feito antes, pode ser feito novamente...

Geraldo D’Almeida Alves nos questiona de forma instigante: “para que servem cultura e filosofia? Na verdade, elas são imprescindíveis ao próprio existir humano. Um homem sem cultura não existe, e a filosofia existe justamente para que toda atividade humana possa ter significado”.

Quando a cultura muda, as pessoas mudam. Por isso Jesus queria estabelecer um novo Reino (uma nova consciência – cultura), baseado num Evangelho que tinha um “vinho novo” (valores e princípios). De lá para cá, vimos o mundo mergulhar em muitas crenças e culturas diferentes: a medieval, a renascentista, a moderna e agora, a contemporânea. Mas o que fez o cristianismo durante este período? Que propostas trouxe como contraponto, como contra-cultura para enfrentar os sofismas e as vãs filosofias? Eu lhes respondo: quase nada. E está ficando cada vez pior... Quem somos nós hoje? Como somos vistos? Como somos interpretados? Quem está disposto a ouvir nossa mensagem? E o principal: por que será que isto está acontecendo? Eu não tenho todas as respostas, mas tenho minhas “teses”. Você não precisa concordar com elas, mas pode a partir delas expandir sua consciência e buscar construir seus próprios “mapas”. Contudo, lembre-se: respostas que não produzem mudanças tornam-se apenas filosofia de botequim.

O problema é que nós nos conformamos à cultura vigente. Nos amoldamos, nos amalgamamos a tudo o que esta posto aí. Vivemos como todo mundo vive, corremos atrás das mesmas coisas, nossas famílias são pautadas pelos mesmos valores, nossos filhos são criados do mesmo jeito, nossos negócios são conduzidos da mesma forma, nossas “igrejas” viraram empresas! A proposta deveria ser exatamente outra: deveríamos nos rebelar pacificamente! Deveríamos denunciar de forma ordeira! Onde está a nossa voz profética? Ela se tornou “profétida” tantos são os escândalos nos quais estamos envolvidos. Não há mais diferença, como afirmava o profeta Malaquias, entre o que serve a Deus e o que não serve. Todos são iguais, participam das mesmas práticas, se envolvem nos mesmos conluios, vivem pelos mesmos princípios.

Alguém recentemente me perguntou: “mas pastor, eu vou ter de criar meu filho diferente de todos os outros?”. E eu respondi: “para que então você quer servir a Deus se não está disposta a fazer diferente e fazer diferença!”. Os crentes hoje são execrados na sociedade e com toda a razão, na grande maioria dos casos. Os piores profissionais que trabalharam na minha casa e na minha empresa eram “evangélicos”. Gente de duas conversas, que nunca cumpria prazo, que empenhava a palavra e não a honrava. É o empresário “evangélico” usando caixa dois, meia nota, propina para fechar negociatas, sonegação fiscal, e por aí vai. Qual a diferença?! Onde está a contra-cultura do Reino? E alguém me diz: “mas se eu fizer tudo certinho vou quebrar meu negócio”. Ora, então mude de profissão! É melhor perder o negócio e preservar a salvação e a vida eterna, do que ir para o inferno com o negócio e tudo!

Está achando o discurso duro? Então faça uma pesquisa sobre o que a sociedade acha dos cultos de catarse que promovemos para espoliar as pessoas. Pergunte aos seus amigos e vizinhos o que eles acham dos “evangélicos”. Veja se não estamos associados à idéia de gente perversa, julgadora, presunçosa, arrogante, falsa... Pergunte a deputados e senadores sérios – ainda existem alguns – o que eles acham da bancada “evangélica” no Congresso Nacional? Eu que sou pastor que o diga. Não há ninguém que não me olhe e não ache que eu sou ladrão, manipulador ou aproveitador. E aí me vem, do nada, um fulano querendo saber da marca da besta do apocalipse! Ora meu mano, a marca da besta já está aí, presente em tudo o que se faz neste “sistema” no qual nós estamos imersos. Ela existe desde Caim, que ficou com sua fronte marcada para que todo homem soubesse que ali estava alguém que vivia em desacordo com a vontade de Deus. Não precisa de marca no pulso, na testa, de número 666, porque tudo já está “tatuado” no coração, enraizado em práticas perversas, assumido por uma consciência anestesiada, incapaz de discernir o que o Espírito está falando a Igreja.

E assim vamos vivendo. Misturados ao todo e diluídos na massa, sequer aparecemos. Somos considerados gente de gueto, povo de segunda categoria, seres que não pensam, confraria de tolos. Não influenciamos, mas somos massacrados pelo marketing, pela mídia, pela cultura da aparência, do parecer ao invés do ser, dos valores pagãos, da fé commoditizada, mecanizada, robotizada, que produz uma massa de alienados que não consegue nem influenciar os que estão em suas próprias casas.

É amigos, parafraseando o Lulu Santos, assim caminha a cristandade, com passos de formiga e sem vontade. Até quando? Não sei. Mas parece que algo começa a acontecer, lentamente, silenciosamente. Há uma geração se levantando contra essas coisas, anunciando que Evangelho não é isto, que Jesus nunca propôs nada do que aí está. A revolução não começa nas estruturas, nas denominações, nos grupos se matando uns contra os outros, mas na consciência, numa nova hermenêutica, na ressignificação dos valores e das verdades do Evangelho do Reino, na restauração do ministério profético.

E quando menos se esperar, surgirá de onde não se imagina, dos anônimos de bairro, dos discípulos que estão com a mão na massa, nas chagas das pessoas, socorrendo os desabrigados da Terra, os excluídos da sociedade, porque esta é a Igreja de Jesus. Ela está aí, como sal dissipada pelo mundo, ativa, falando nos blogs "subversivos", na cabeça de pensadores e escritores que fomentam novas idéias, no púlpito de algumas Igrejas, nos corredores dos hospitais, dos presídios, nos encontros de pequenos grupos.

Por isso, saiba: a “massa do bolo” está crescendo e o “caldo está engrossando”. Desta forma, preste atenção! O Evangelho do Reino está sendo pregado novamente e as profundas mudanças por ele trazidas estão a caminho e nada, absolutamente nada, poderá impedi-las de subverter novamente a sociedade e trazê-la para um encontro definitivo – restaurador e pacificador – com o Deus de toda a vida! E nem altura, nem profundidade, nem coisas do presente, nem do porvir, nem principados nem potestades, nada poderá deter o que já se iniciou por vontade única e exclusiva do Senhor de toda a Terra. Quem vai pagar para ver?

fonte: A nova cristandade