WASHINGTON, D.C., EUA, 13 de outubro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Falando na Cúpula dos Eleitores de Valores, o deputado federal Ron Paul, candidato republicano para as eleições de 2012, ofereceu à sua audiência uma explicação detalhada das raízes de sua filosofia de governo limitado, de acordo com os valores cristãos, inclusive como a expansão do governo está comprometendo os direitos da família.
“Nossas famílias estão sob ataque. E tenho algumas ideias sobre as razões por que isso está acontecendo e o que poderíamos fazer sobre isso”, Paul disse para a audiência conservadora no sábado de manhã.
Centenas de apoiadores de Paul apareceram cedo no segundo dia da cúpula para aclamar o discurso e votação ao seu candidato na eleição não oficial do fim de semana, onde Paul ficou na dianteira, com 37 por cento. Seu colega candidato Herman Cain ficou em segundo, com 23 por cento.
O discurso de Paul apelou para valores judaico-cristãos e o testemunho bíblico como apoiando sua postura contra o governo usando de sua autoridade para agarrar tudo, algo que ele comparou aos israelitas reivindicando um chefe de estado secular, descrito no livro de Samuel como rejeição à soberania de Deus.
“Samuel… aconselhou o povo de Israel a não aceitar o rei, pois o rei, ele avisou, não seria generoso. Ele minaria as liberdades. Haveria mais guerras. Haveria mais impostos”, disse Paul. “Além disso, aceitar a noção de um rei rejeitaria a noção de que… seu verdadeiro rei era seu Deus e a orientação de seu Deus… Muitas vezes confiamos em nosso rei da capital dos Estados Unidos, e precisamos mudar isso… Prefiro o rei diferente, o rei original, a instrução que vem de nosso Criador, não do nosso governo”, disse ele.
Embora mantivesse uma postura a favor de valores conservadores, Paul disse que os regulamentos de aborto e as definições de casamento deveriam ser deixados ao critério dos estados individuais, e votou contra várias restrições ao aborto enquanto atuou no Congresso. Contudo, em 2007 Paul introduziu a Lei de Santidade da Vida, a qual teria declarado que toda vida humana começa no momento da concepção, que “o termo ‘pessoa’ incluirá toda vida humana”, e que os tribunais federais não têm jurisdição sobre as leis de aborto.
Paul argumentou que as leis geralmente não mudam a moralidade, mas disse que a sociedade sempre mudou os valores morais predominantes antes que a nova moralidade virasse lei ou precedente legal, tal como no caso da decisão Roe versus Wade [na qual o Supremo Tribunal dos EUA legalizou o aborto nos EUA]. “[A década de 1960] foi a década em que o aborto era feito flagrantemente contra a lei. E — pasmem! — as leis foram mudadas depois que a moralidade mudou”, disse ele.
Paul fez um gráfico da mudança da estrutura moral da sociedade como algo igual ao surgimento de uma nova ética de trabalho e a cultura onde todos querem direitos. Como exemplo, ele apontou como o assistencialismo do governo substituiu a responsabilidade da geração mais jovem cuidar de seus idosos.
“Certamente, o décimo mandamento nos diz algo sobre honrar nossos pais e cuidar deles. Não disse que deveríamos criar um sistema onde o governo cuide de nós desde o nascimento até os últimos dias da velhice”, disse ele.
O Dep. Paul, que exerceu a profissão médica durante anos como ginecologista e obstetra, explicou como a ética pró-vida se encaixa na estrutura como um direito original sobre o qual a liberdade se escora. “A vida é o que há de mais precioso. Falo sobre vida e liberdade. Defendo a liberdade ao grau máximo, enquanto as pessoas não estiverem prejudicando e matando umas as outras e roubando e assaltando”, disse ele. “Mas só dá para se defender a liberdade quando se compreende claramente a vida”.
Embora precisemos nos corrigir como indivíduos primeiro, disse ele, “nosso passo seguinte é nossas famílias: nossos filhos e nossos pais, e então nossos vizinhos e nossas igrejas. É daí que deveriam vir os valores morais. E, bem francamente, é nesse ponto que escorregamos”.
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