3 de agosto de 2010 (Notícias Pró-Família) — O debate envolvendo terapia para tratar atração pelo mesmo sexo (AMS) e desordem de identidade de gênero (DIG) vem ocorrendo há anos. Recentemente, a APA (Associação Psicológica Americana) publicou um documento designado para resolver a questão. Contudo, a introdução do Relatório de Força Tarefa da APA sobre Respostas Terapêuticas Adequadas para a Orientação Sexual define os parâmetros para a discussão de tal maneira que os defensores da terapia de AMS e DIG são colocados no pior ângulo possível. A questão é essencialmente decidida em favor de terapias que confirmem a normalidade da homossexualidade antes que se ouça a evidência.
De acordo com a introdução do documento: “Vemos essa abordagem favorável e multiculturalmente competente como baseada numa aceitação dos seguintes fatos científicos”.
Em seguida vêm os cinco fatos supostamente científicos que são apresentados para a aceitação como o fundamento para o debate. Contudo, os cinco pontos não são fatos universalmente aceitos baseados em evidência científica incontestável, mas declarações tendenciosas que obscurecem os fatos. Aqui estão os cinco tão chamados fatos e preocupações que eles levantam.
1) Atrações, conduta e orientações de mesmo sexo em si são variações normais e positivas da sexualidade humana — em outras palavras, não indicam desordens mentais ou de desenvolvimento.
O uso do termo “em si” confunde a questão. É verdade que as atrações, conduta e orientações de mesmo sexo em si não indicam nada. Considerando a variedade de atrações e condutas humanas em diferentes culturas, em toda a história, e entre muitos povos, não dá para dizer nada acerca de todas as pessoas que têm atração de mesmo sexo, todos os que se envolvem em conduta de mesmo sexo ou afirmam uma particular orientação sexual. No entanto, há evidência significativa de que a atração de mesmo sexo é a sequela de um distúrbio bem no começo da infância, em particular uma incapacidade de alcançar uma ligação segura com a mãe [1] e uma incapacidade de se identificar com o pai ou a mãe e colegas do mesmo sexo [2]. Há evidência também de que pessoas com AMS têm mais probabilidade de terem sido vítimas de abuso na infância [3], inclusive abuso sexual [4], ou outro tipo de exposição a experiências impróprias para sua idade.
Uma grande amostra bem designada de estudos revelou que indivíduos com AMS têm mais probabilidade de sofrer de desordens psicológicas, problemas de abuso de drogas [5] e idealização suicida [6]. Homens que têm sexo com homens têm mais risco de contrair uma DST, inclusive o HIV [7]. Embora nem todas as pessoas com AMS sejam incluídas dentro dessas categorias, uma percentagem significativa é. Não há por outro lado evidências copiadas de que a AMS seja genética ou congenitamente predeterminada e, pois, uma variação natural e imutável [8]. Portanto, dá para se argumentar que há evidência de que a AMS em alguns casos (ou alguns poderiam argumentar na maioria dos casos) tem ligação com uma desordem psicológica ou de desenvolvimento.
2) A homossexualidade e a bissexualidade estão estigmatizadas, e esse estigma pode ter uma variedade de consequências negativas (isto é, estresse de minoria) na expectativa de vida.
Os atos sexuais entre duas pessoas do mesmo sexo, junto com adultério, fornicação e parafilias sexuais são condenados por muitas religiões como sempre contrários à lei de Deus. Já que essas religiões são baseadas em revelação imutável, essas doutrinas não podem ser alteradas. Portanto, envolver-se em relações de mesmo sexo sempre será considerado por alguns como inaceitável. O amor e a compaixão por aqueles que lutam contra tentações não requer a aceitação dessas condutas. A liberdade de religião protege o direito das pessoas, que creem que os atos homossexuais são sempre errados, de declarar sua convicção publicamente e ensinar essa convicção a seus filhos sem medo de discriminação. Tais convicções não são intolerância, discriminação, homofobia ou discurso de ódio.
É verdade que a compreensão de que uma parte significativa da comunidade crê que a conduta de uma pessoa não é aceitável pode levar essa pessoa a se sentir mal. Os indivíduos envolvidos em conduta homossexual podem desejar silenciar aqueles que desaprovam. Eles podem desejar que sua conduta seja aceita por todos; mas enquanto as pessoas tiverem liberdade de religião essa situação não mudará.
3) Atrações e condutas sexuais de mesmo sexo ocorrem no contexto de uma variedade de orientações sexuais e identidades de orientação sexual, e para alguns, identidade de orientação sexual (por exemplo, ser membro e sócio individual ou grupal, auto-rotulação) é flexível ou tem um resultado indefinido.
Os ativistas gays querem que creiamos que a AMS é uma variação normal e imutável, mas estudos numerosos revelam que a AMS é flexível [9]. Se conforme mostra a evidência é possível que a AMS e a conduta mudem espontaneamente, então por que será que uma pessoa não pode buscar terapia psicológica ou aconselhamento espiritual para efetuar uma mudança na AMS ou conduta? [10]
4) Homens gays, lésbicas e indivíduos bissexuais formam relacionamentos e famílias estáveis e leais que são equivalentes aos relacionamentos e famílias heterossexuais em aspectos essenciais.
Relacionamentos de mesmo sexo diferem em muitos aspectos de um casamento entre um homem e uma mulher. Dois indivíduos do mesmo sexo não podem ter um casamento completo e perfeito — pois eles não têm o único ato que une um homem e uma mulher como uma só carne. Eles não podem conceber um filho que seja o fruto de sua união biológica. Toda criança obtida por uma dupla de mesmo sexo foi separada de um ou ambos os pais biológicos. Tal separação é percebida pela criança como perda. Toda criança criada por uma dupla de mesmo sexo tem falta de um pai e de mãe. Duas pessoas do mesmo sexo não têm a complementaridade psicológica e emocional que é parte da união de um marido e esposa. E em análise final, é interessante observar que exclusividade não é considerada essencial para as duplas masculinas [11].
5) Alguns indivíduos escolhem viver suas vidas de acordo com valores pessoais ou religiosos (isto é, coerência com um propósito).
Alguns indivíduos não só escolhem viver suas vidas de acordo com a lei revelada de Deus, mas também creem que já que as verdades da revelação e as verdades descobertas pela ciência vêm da mesma fonte, quando ambas são compreendidas de forma adequada ficarão de acordo. O termo “valores” degrada essa convicção, transformando-a em mera opinião pessoal; uma pessoa “valoriza” uma coisa; outra “valoriza” outra coisa. Aqueles que creem na coerência da revelação e ciência rejeitam esse tipo de revelação. Eles sustentam que é possível por meio da revelação e ciência abordar a verdade e que certas opiniões são simplesmente erradas. Contudo, eles respeitam o direito daqueles que se opõem a eles como sendo errados e de defender suas crenças. Embora os ativistas gays reivindiquem aceitação e defesa de todos para si mesmos, eles usam todos os métodos disponíveis para silenciar e marginalizar aqueles que discordam deles.
Aqueles que defendem a terapia para adultos com AMS indesejada e crianças com DIG precisam deixar claro que não aceitam os fatos pseudocientíficos propostos pela Força Tarefa.
Para referências clique aqui.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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