domingo, 1 de março de 2009

Conselho reafirma posição sobre verdadeiro casamento


O Conselho Permanente da Conferência Episcopal Portuguesa emitiu ontem uma nota pastoral, intitulada Em favor do verdadeiro casamento, onde que se lê como ponto primário: “A verdade da vida humana assenta na complementaridade do homem e da mulher.”

Numa altura em que “veio a público recentemente a intenção de, na próxima legislatura, ser proposta à Assembleia da República uma lei que equipare as uniões homossexuais ao casamento das famílias constituídas na base do amor entre um homem e uma mulher”, os bispos portugueses decidiram defender “os valores que se encontram na base do nosso modo de viver, entre os quais o casamento e a família têm um lugar privilegiado.”

“É [a] complementaridade dos sexos […] que está na base antropológica da família. Só assim esta pode desempenhar a relevantíssima função de célula base da sociedade, que assegura a sua renovação harmoniosa”, explica a nota.

A CEP rejeita a redefinição dos conceitos tradicionais de casamento e família; “Pretender redefini-los seria porta aberta para diversos modelos alternativos à sua autenticidade genuína, o que constituiria fonte de perturbação para adolescentes e jovens, com a sua identidade em estruturação, e enfraqueceria a instituição da família”, que, segundo o Conselho Episcopal, é “fundada no casamento entre um homem e uma mulher”.

No entanto, o documento faz questão de esclarecer que a Igreja não aceita forma alguma de “discriminação ou marginalização das pessoas homossexuais”, dispondo-se a “acolhê-las fraternalmente e a ajudá-las a superar as dificuldades que, em não poucos casos, acarretam grande sofrimento.”

Além de recusar a possibilidade da “união entre pessoas do mesmo sexo ser equiparada” ao “casamento entre um homem e uma mulher”, a Conferência Episcopal Portuguesa rejeita também uma eventual lei que “permita adopção de crianças por homossexuais”, o que, segundo a CEP, “constituiria uma alteração grave das bases antropológicas da família e com ela de toda a sociedade, colocando em causa o seu equilíbrio.”

Fonte: Diário Cristão / Gospel+

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