Por Elwood McQuaid
Há algum tempo acompanhei uma entrevista em que estava sendo abordado o anti-semitismo nos Estados Unidos. O entrevistado, um empresário e deputado estadual de origem judaica, relatava algumas experiências pessoais. Ele disse, por exemplo, que já havia sido barrado em clubes locais e contou vários episódios em que sua família tinha sofrido algum tipo de discriminação.
No meio da conversa, ele parou por um instante e comentou: "Acho que todo judeu, mesmo que não esteja plenamente consciente disso, vez por outra dá uma olhada em volta, para o seu círculo de amigos e conhecidos, e se pergunta: ‘Se um Adolf Hitler subisse ao poder nos Estados Unidos, qual dessas pessoas me ofereceria um lugar para me esconder?"’
Quer gostemos disso ou não, o anti-semitismo continua sendo usado para ameaçar os judeus. No Oriente Médio, em especial, os Protocolos dos Sábios de Sião, uma notória falsificação violentamente anti-semita, tem ampla circulação.
No Ocidente, inclusive nos Estados Unidos, o ativismo antiisraelense/antijudaico está proliferando de uma forma alarmante. Há algum tempo, uma pesquisa telefônica pediu a 7.500 europeus que apontassem qual seria, em sua opinião, a maior ameaça à paz mundial. Cinqüenta e nove por cento responderam "Israel". Entre os holandeses, o índice foi de 74 por cento.
Nos campi das principais universidades européias e americanas, os ataques contra estudantes judeus têm sido cada vez mais freqüentes. Algumas pessoas vêem essas tendências como nada mais que uma evolução inevitável do ativismo de minorias frustradas. Mas, na verdade, elas representam um perigoso retrocesso a tempos de opressão em que pessoas consideradas indesejáveis foram transformadas em bodes expiatórios e comunidades inteiras tiveram a vida posta em risco.
Contrariando essas tendências perturbadoras, a maioria dos cristãos evangélicos tem um sentimento de gratidão e reconhecimento pelo que nos foi legado através do povo judeu: o Salvador, a Bíblia e a herança espiritual. Quando nos lembramos dos tesouros que recebemos através dos profetas judeus – a revelação da glória e as alianças, a outorga da lei e as promessas – devemos sentir um profundo apreço por esse povo. É claro que, para os evangélicos, o fator primordial é a passagem bíblica que diz: "também deles descende o Cristo, segundo a carne" (Rm 9.5).
Os evangélicos não sentem nenhum mal-estar pelo fato de Jesus de Nazaré ter sido judeu. Além do mais, Sua origem étnica tem uma influência tremenda na nossa visão das Escrituras e no modo como elas devem ser interpretadas. Nossa teologia dá a Israel e ao povo judeu o lugar que o próprio Deus lhes concedeu. Reconhecer que Jesus veio à terra como judeu fortalece o conceito de que a Escritura pode ser melhor compreendida se for estudada através do contexto histórico e cultural em que foi produzida.
Jesus não nasceu judeu por acaso. Portanto, é vital examinar Sua vida e Seus ensinamentos sob o ponto de vista de Seu povo e da cultura em que vivia. Acima de tudo, é importante lembrar Suas correlações com as Escrituras hebraicas e as grandes comemorações festivas que constituíam o cerne da vida religiosa e social da nação de Israel.
De vez em quando ouço judeus dizerem que os cristãos "gentilizaram" tanto sua abordagem das Escrituras que os judeus encontram pouca coisa nos ensinos cristãos com que possam se identificar. Infelizmente, isso acontece em grande parcela do Protestantismo. Também é verdade que alguns protestantes têm idéias muito erradas sobre certos ensinamentos do Novo Testamento [a respeito de Israel].
Mas a grande maioria dos evangélicos aceita que os propósitos estabelecidos por Deus para Israel e o povo judeu são irrevogáveis. Da mesma forma, entende que Jesus veio à terra como judeu e que teve o cuidado de comunicar-se conosco a partir de um sistema de referência judaico. Uma vez compreendidos esses fatos, é impossível deixar de sentir afinidade e apreço pelo povo judeu.
"Sou Devedor"!
Essas palavras são interessantes. O apóstolo Paulo, referindo-se à responsabilidade de transmitir a mensagem do evangelho ao mundo, afirmou: "Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes" (Rm 1.14). Era esse o sentimento daquele judeu em relação aos pagãos não-regenerados que ele descreve como "não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Ef 2.12).
A expressão da dedicação de Paulo à sua missão é admirável. Todos nós, crentes gentios, podemos afirmar que somos beneficiários diretos desse compromisso. Portanto, deveríamos também entender que somos devedores e, diante disso, sentir-nos motivados a levar a toda a humanidade a mensagem de amor e vida que Jesus nos deixou! (Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br).
Há algum tempo acompanhei uma entrevista em que estava sendo abordado o anti-semitismo nos Estados Unidos. O entrevistado, um empresário e deputado estadual de origem judaica, relatava algumas experiências pessoais. Ele disse, por exemplo, que já havia sido barrado em clubes locais e contou vários episódios em que sua família tinha sofrido algum tipo de discriminação.
No meio da conversa, ele parou por um instante e comentou: "Acho que todo judeu, mesmo que não esteja plenamente consciente disso, vez por outra dá uma olhada em volta, para o seu círculo de amigos e conhecidos, e se pergunta: ‘Se um Adolf Hitler subisse ao poder nos Estados Unidos, qual dessas pessoas me ofereceria um lugar para me esconder?"’
Quer gostemos disso ou não, o anti-semitismo continua sendo usado para ameaçar os judeus. No Oriente Médio, em especial, os Protocolos dos Sábios de Sião, uma notória falsificação violentamente anti-semita, tem ampla circulação.
No Ocidente, inclusive nos Estados Unidos, o ativismo antiisraelense/antijudaico está proliferando de uma forma alarmante. Há algum tempo, uma pesquisa telefônica pediu a 7.500 europeus que apontassem qual seria, em sua opinião, a maior ameaça à paz mundial. Cinqüenta e nove por cento responderam "Israel". Entre os holandeses, o índice foi de 74 por cento.
Nos campi das principais universidades européias e americanas, os ataques contra estudantes judeus têm sido cada vez mais freqüentes. Algumas pessoas vêem essas tendências como nada mais que uma evolução inevitável do ativismo de minorias frustradas. Mas, na verdade, elas representam um perigoso retrocesso a tempos de opressão em que pessoas consideradas indesejáveis foram transformadas em bodes expiatórios e comunidades inteiras tiveram a vida posta em risco.
Contrariando essas tendências perturbadoras, a maioria dos cristãos evangélicos tem um sentimento de gratidão e reconhecimento pelo que nos foi legado através do povo judeu: o Salvador, a Bíblia e a herança espiritual. Quando nos lembramos dos tesouros que recebemos através dos profetas judeus – a revelação da glória e as alianças, a outorga da lei e as promessas – devemos sentir um profundo apreço por esse povo. É claro que, para os evangélicos, o fator primordial é a passagem bíblica que diz: "também deles descende o Cristo, segundo a carne" (Rm 9.5).
Os evangélicos não sentem nenhum mal-estar pelo fato de Jesus de Nazaré ter sido judeu. Além do mais, Sua origem étnica tem uma influência tremenda na nossa visão das Escrituras e no modo como elas devem ser interpretadas. Nossa teologia dá a Israel e ao povo judeu o lugar que o próprio Deus lhes concedeu. Reconhecer que Jesus veio à terra como judeu fortalece o conceito de que a Escritura pode ser melhor compreendida se for estudada através do contexto histórico e cultural em que foi produzida.
Jesus não nasceu judeu por acaso. Portanto, é vital examinar Sua vida e Seus ensinamentos sob o ponto de vista de Seu povo e da cultura em que vivia. Acima de tudo, é importante lembrar Suas correlações com as Escrituras hebraicas e as grandes comemorações festivas que constituíam o cerne da vida religiosa e social da nação de Israel.
De vez em quando ouço judeus dizerem que os cristãos "gentilizaram" tanto sua abordagem das Escrituras que os judeus encontram pouca coisa nos ensinos cristãos com que possam se identificar. Infelizmente, isso acontece em grande parcela do Protestantismo. Também é verdade que alguns protestantes têm idéias muito erradas sobre certos ensinamentos do Novo Testamento [a respeito de Israel].
Mas a grande maioria dos evangélicos aceita que os propósitos estabelecidos por Deus para Israel e o povo judeu são irrevogáveis. Da mesma forma, entende que Jesus veio à terra como judeu e que teve o cuidado de comunicar-se conosco a partir de um sistema de referência judaico. Uma vez compreendidos esses fatos, é impossível deixar de sentir afinidade e apreço pelo povo judeu.
"Sou Devedor"!
Essas palavras são interessantes. O apóstolo Paulo, referindo-se à responsabilidade de transmitir a mensagem do evangelho ao mundo, afirmou: "Pois sou devedor tanto a gregos como a bárbaros, tanto a sábios como a ignorantes" (Rm 1.14). Era esse o sentimento daquele judeu em relação aos pagãos não-regenerados que ele descreve como "não tendo esperança e sem Deus no mundo" (Ef 2.12).
A expressão da dedicação de Paulo à sua missão é admirável. Todos nós, crentes gentios, podemos afirmar que somos beneficiários diretos desse compromisso. Portanto, deveríamos também entender que somos devedores e, diante disso, sentir-nos motivados a levar a toda a humanidade a mensagem de amor e vida que Jesus nos deixou! (Israel My Glory - http://www.beth-shalom.com.br).
Elwood McQuaid é editor-chefe de The Friends of Israel.
Fonte: Beth-Shalom
Divulgação: www.juliosevero.com.br
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