A Superintendência da Polícia Federal na Paraíba instaurou inquérito nesta quarta-feira para apurar um esquema de venda de votos para candidatos à Câmara Municipal de João Pessoa, com o suposto envolvimento de pastores evangélicos e líderes comunitários.
A investigação tem como ponto de partida um depoimento dado à PF pelo vereador Aristávora de Souza Santos (PTB), na última segunda-feira.
Segundo o delegado Derli Brasileiro, que conduz as investigações, o vereador entregou à polícia uma lista com os nomes de seis pessoas que lhe procuraram desde julho oferecendo "apoio político" em comunidades pobres de João Pessoa em troca de dinheiro.
Segundo o vereador, quatro pastores e dois líderes comunitários lhe procuraram em situações diferentes, oferecendo votos em comunidades das zonas norte e oeste de João Pessoa. Os nomes e os bairros de atuação dessas pessoas não foram divulgados nem pelo vereador nem pela polícia.
O delegado disse que vai convocar todos os demais 20 vereadores da Câmara Municipal para prestar depoimento nos próximos dias. O objetivo da convocação dos vereadores, diz Brasileiro, é verificar se, além do crime de venda de votos, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão, algum político aceitou a "prestação de serviços". O delegado diz ter o "pressentimento" de que isso pode ter acontecido.
Dois já foram ouvidos extra-oficialmente e, apesar de, segundo Brasileiro, admitirem saber da existência de ofertas, negaram ter sido procurados por interessados em vender votos. Outros três vereadores ouvidos pela Folha hoje também negaram ter recebido qualquer oferta semelhante às relatadas à PF.
Segundo Souza Santos, que concorre ao quinto mandato como vereador, um coordenador de liderança comunitária na zona oeste de João Pessoa lhe pediu R$ 37 mil semanais há cerca de duas semanas.
O dinheiro, diz, seria distribuído para outros líderes comunitários, que garantiriam o apoio da população local à eleição do vereador.
Em outra situação, segundo o vereador, um pastor da zona norte da capital pediu R$ 10 mil em troca de 500 votos --uma média de R$ 20 por voto. O vereador não soube dizer a que igreja o pastor pertencia.
Nas eleições municipais de 2004, o vereador eleito com a menor votação em João Pessoa recebeu 2.065 votos.
fonte: BOL
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Segundo o vereador, quatro pastores e dois líderes comunitários lhe procuraram em situações diferentes, oferecendo votos em comunidades das zonas norte e oeste de João Pessoa. Os nomes e os bairros de atuação dessas pessoas não foram divulgados nem pelo vereador nem pela polícia.
O delegado disse que vai convocar todos os demais 20 vereadores da Câmara Municipal para prestar depoimento nos próximos dias. O objetivo da convocação dos vereadores, diz Brasileiro, é verificar se, além do crime de venda de votos, cuja pena pode chegar a quatro anos de reclusão, algum político aceitou a "prestação de serviços". O delegado diz ter o "pressentimento" de que isso pode ter acontecido.
Dois já foram ouvidos extra-oficialmente e, apesar de, segundo Brasileiro, admitirem saber da existência de ofertas, negaram ter sido procurados por interessados em vender votos. Outros três vereadores ouvidos pela Folha hoje também negaram ter recebido qualquer oferta semelhante às relatadas à PF.
Segundo Souza Santos, que concorre ao quinto mandato como vereador, um coordenador de liderança comunitária na zona oeste de João Pessoa lhe pediu R$ 37 mil semanais há cerca de duas semanas.
O dinheiro, diz, seria distribuído para outros líderes comunitários, que garantiriam o apoio da população local à eleição do vereador.
Em outra situação, segundo o vereador, um pastor da zona norte da capital pediu R$ 10 mil em troca de 500 votos --uma média de R$ 20 por voto. O vereador não soube dizer a que igreja o pastor pertencia.
Nas eleições municipais de 2004, o vereador eleito com a menor votação em João Pessoa recebeu 2.065 votos.
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