NOVA IORQUE, EUA, 15 de novembro de 2011 (Notícias Pró-Família) — Um estudo publicado numa das mais respeitadas revistas médicas do mundo revelou neste mês que muitos pacientes “vegetativos” estão na verdade plenamente conscientes e cônscios.
Especialistas da Universidade de Ontário Ocidental conduziram o experimento aplicando uma máquina de eletroencefalograma (EEG), um mecanismo comum para medir ondas cerebrais, num grupo grande de pacientes sem reações sofrendo de danos cerebrais.
O jornal New York Times relatou que, quando os pesquisadores pediram que os pacientes “vegetativos” imaginassem fechar o punho ou mexer os dedos do pé no momento correto, eles viram que as ondas cerebrais de cerca de 20 por cento de tais pacientes reagiram precisamente do mesmo jeito dos pacientes saudáveis.
A pesquisa foi antecipada por vários estudos de menor escala e indícios casuais de especialistas que mostravam que o diagnóstico de estado “vegetativo” é inconfiável na melhor das hipóteses. Um longo artigo publicado na revista Discover de julho foi o resultado de anos de pesquisa realizada por dois especialistas principais que dizem que testemunharam tais pacientes — alguns dos quais tinham apenas uma “sombra de fluído” no crânio onde o cérebro deveria ter estado — se reconectarem com o mundo externo muitas vezes.
Mas as barreiras para avançar tratamento podem ser mais elevadas do que a ciência pode sozinha transpor. O Dr. Joseph Giancino, diretor de neuropsicologia de reabilitação no Hospital de Reabilitação Spaulding, contou para a revista Discoveracerca do nível de preconceito que ele testemunhou contra os pacientes mais vulneráveis num prestigioso hospital em que ele apresentou suas descobertas.
“O médico diretor do setor de traumas me agradece e de maneira muito jovial diz: ‘Em minha época, o termo para esses pacientes era medusa’. E ele ri e continua seu trabalho”, disse ele. “O que você faz com isso?”
Embora um dos pesquisadores do estudo da Lancet tivesse concluído que o experimento foi “um forte sinal de nossa incapacidade de diagnosticar corretamente no estado vegetativo”, alguns defensores de deficientes dizem que o diagnóstico deveria ser totalmente abandonado, argumentando que é uma ferramenta rotineiramente usada para cometer discriminações contra deficientes cognitivos.
Bobby Schindler, irmão de Terri Schiavo e fundador da Rede Vida e Esperança Terri Schiavo, disse em resposta ao artigo daDiscover que a “classe médica precisa eliminar o diagnóstico [de persistente estado vegetativo]”.
“A classificação de persistente estado vegetativo não só é elevadamente falha e sem base científica em seu diagnóstico (o diagnóstico incorreto ocorre mais que 50% do tempo), mas é também desumanizadora para o indivíduo que está sendo rotulado como um ‘vegetal’”, disse Schindler. “Contudo, o que é mais importante e preocupante é que a condição de persistente estado vegetativo (PEV) está sendo usada como um critério para matar aqueles que têm deficiência cognitiva como foi usado para deliberadamente matar minha irmã, Terri”.
Terri Schiavo foi diagnosticada com PEV em 1991, e uma ordem judicial proibiu que ela recebesse alimento e liquido, o que levou à infame morte dela por desidratação, apesar de um vídeo e fotos que mostravam que ela estava alerta e reagia.
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