sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Feminismo tornando impossível que as mulheres se dediquem à família


As mulheres estão ultrapassando os homens na formação acadêmica e no mercado de trabalho, disse ontem um ministro do governo britânico, criando uma nova geração de pais “donos de casa”.
David Willetts, Ministro das Universidades e Ciência, previu que os relacionamentos e a estrutura familiar tradicional se transformariam, com a maior igualdade de poderes entre os sexos, e que as mulheres iriam ganhar mais do que seus parceiros.
Mulheres bem sucedidas terão que se casar com homens menos qualificados do que elas, e cada vez mais, terão que escolher seus maridos com base em quão compreensivos eles serão com as carreiras delas, em vez da sua capacidade de dar suporte financeiro.
Procurando o amor: Pesquisa sugere que mulheres estão tendo mais dificuldades em achar homens de status social parecido.
E os especialistas dizem que as mulheres irão com mais frequência se tornar as provedoras, com cada vez mais homens ficando em casa para cuidar das crianças.
O Ministro Willetts afirma que há evidências claras das escolas de que os garotos estão ficando para trás, sendo ultrapassados por estudantes do sexo feminino nas universidades.
Willetts afirma: “Não sou contra as mulheres terem mais vantagens, mas agora existe uma lacuna enorme se você considerar as estatísticas, em que parece que cerca de 50% das mulheres estão se formando na universidade quando elas completam 30 anos de idade, enquanto só cerca de 40% dos homens estão se formando”.
Ele acrescenta: “Isso pode causar mudanças nos padrões de vida das famílias. Então há questões bastante profundas”.
O estudo do Pew Research Centre da Filadélfia, publicado na revista The Atlantic, sugere que as mulheres que se formam nas universidades se encontram em situação similar à que enfrentam, durante algum tempo, as mulheres negras.
Os tempos estão mudando: À medida que elas se destacam, cada vez menos conseguem encontrar o marido ideal
Nos Estados Unidos, 70% das mulheres negras são solteiras, e o número de mulheres negras com diploma universitário é o dobro do de homens negros.
Na Inglaterra, muitas mulheres acreditam que há uma escassez de maridos tradicionais.
Claire Davis, de 33 anos, que trabalha com serviços financeiros e mora no sul de Londres, disse ao jornal The Times o seguinte: “Tenho um bom emprego, meu próprio apartamento e posso fazer tudo o que quero, mas muitos dos homens com os quais me deparo não estão à altura de mim. Se eu levar em conta os meus colegas de faculdade, os homens tendem a não se sair tão bem quanto as mulheres".
De acordo as últimas estimativas, 50% das mulheres estão se formando em curso superior. Em comparação, só 40% dos homens chegam a esse nível.
Em entrevista para Dermot Murnaghan, da agência Sky News, o Ministro Wiletts disse que essa tendência pode levar a uma mudança na vida das famílias.
Willetts afirma: “Existe agora uma lacuna enorme se você considerar as estatísticas, em que parece que cerca de 50% das mulheres estão se formando na universidade quando elas completam 30 anos de idade, enquanto só cerca de 40% dos homens estão se formando.”
“É aqui que entram os sociólogos, e as pessoas refletem sobre as consequências disso, mas nós temos uma lacuna no desempenho acadêmico aqui que vai desde as escolas às universidades, e eu quero ver uma melhora nas oportunidades educacionais para homens e mulheres, porque parece que o desafio hoje na nossa sociedade é evitar que os meninos fiquem para trás”.
“Isso pode, por sua vez, inverter a diferença salarial entre homens e mulheres, pois isso tem relação com o que eu estava dizendo antes, de que em geral os mais qualificados ganham mais”.
“Isso pode levar a mudanças nos padrões de vida das famílias, então há questões bastante profundas aqui, e eu acho que são essas as questões nas quais nós, como sociedade, deveríamos focar”.
Traduzido por: Luis Gustavo Gentil
Fonte em português: www.juliosevero.com

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