SANTIAGO, Chile, 1 de junho de 2011 (Notícias Pró-Família) — Depois de meses de resistência, Sebastian Piñera, o presidente do Chile, capitulou na sexta-feira passada às exigências das organizações homossexuais e concordou em introduzir um projeto de lei para criar “uniões civis” entre pessoas do mesmo sexo.
Até recentemente, o outrora conservador Piñera estava recebendo muitos elogios das organizações pró-família por sua forte postura em favor do casamento, bem como do direito à vida. Embora ele tivesse no passado prometido propor um projeto de lei de uniões civis, ele havia resistido às exigências nesse sentido feitas por organizações homossexualistas à medida que o debate ia se enfurecendo dentro de seu próprio partido por causa dessa questão. Além disso, Piñera havia fortemente defendido o casamento como a união entre um homem e uma mulher, e definia as famílias de um jeito que excluía as duplas homossexuais.
“Acredito muito no casamento, no casamento como tem de ser, entre um homem e uma mulher, que se casam um com o outro para ter um projeto de vida em comum, para gerar uma nova família, para receber os filhos que Deus nos envia”, Piñera declarou em 20 de maio, provocando uma reação furiosa da maior organização homossexual do Chile.
“Temos uma profunda diferença com Piñera com relação ao casamento homossexual, pois opor-se à igualdade legal de todas as pessoas é inaceitável numa sociedade democrática”, disse num comunicado à imprensa o Movimento de Integração e Liberação Homossexual (MOVILH). “O que repudiamos com força especial é que ele esteja sendo retrógrado com relação à sua concepção de família. Ele não pode mudar sua posição sobre essa questão depois de assumir a presidência”.
Os temores dos grupos homossexuais de pressão política de que Piñera permaneceria firme na defesa da família foram dissipados na sexta-feira quando seu governo anunciou que logo introduzirá o prometido projeto de lei para colocar como lei as “uniões civis” a fim de “garantir a dignidade desses casais, quer sejam de sexos diferentes ou do mesmo sexo”.
O site homossexualista On Top comentou que a decisão de Piñera ocorreu depois das pressões pesadas do MOVILH, que “convocou uma marcha nacional em apoio do casamento gay e sugeriu que Piñera não havia cumprido com as expectativas de uma promessa de campanha de apoiar um projeto de uniões civis”.
Entretanto, as organizações pró-família têm esperança de que Piñera vacile — o presidente havia prometido o projeto de lei de uniões civis várias vezes no passado, e ainda não cumpriu sua palavra. Pode ser em parte por esse motivo que, de acordo com as reportagens, o MOVILH decidiu ir em frente com sua marcha de protesto marcada para 25 de junho em Santiago, apesar da aparente capitulação do presidente do Chile.
Traduzido por Julio Severo: www.juliosevero.com
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