Por Dra. Susan Yoshihara
1 de abril de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um relatório recente da ONU apoiado pelas maiores organizações de controle populacional do mundo argumenta que as nações precisam duplicar seus investimentos em planejamento familiar e aborto nos países pobres para um total de $24 bilhões por ano, afirmando que isso reduziria dramaticamente as mortes maternais e infantis e resolveria muitos males sociais.
O relatório, com o título de “Somando: os custos e benefícios dos investimentos em planejamento familiar e saúde de recém-nascidos”, afirma que se os países membros da ONU investirem outros $12 bilhões por ano em “moderno planejamento familiar”, o resultado mundial incluirá economia de custos para os países pobres em saúde, água, saneamento básico e serviços sociais, uma redução de 2/3 de gravidezes não intencionais, uma diminuição de 70% em mortes maternais, uma diminuição de 44% em mortes de recém-nascidos, uma redução de 73% em abortos “inseguros” e uma redução de 60% em deficiências físicas.
O relatório argumenta que “se todas as mulheres que querem evitar uma gravidez usassem modernos contraceptivos, o declínio resultante em gravidezes não intencionais reduziria o custo de dar a todas essas mulheres o padrão recomendado de assistência maternal e infantil em $5.1 bilhões — de $6.9 bilhões para $1.8 bilhão.”
Elaborado e financiado pelo Instituto Guttmacher, que é o órgão de pesquisas da [organização abortista] Federação de Planejamento Familiar, junto com o Fundo de População das Nações Unidas (FNUAP), o relatório recebeu comentários de líderes das maiores instituições de controle populacional, inclusive o Conselho de População, a Ação Internacional de População e a Agência de Desenvolvimento Internacional dos EUA (conhecida pela sigla em inglês USAID).
O aborto “seguro” é promovido como um meio de melhorar a saúde maternal e infantil no relatório. Os autores afirmam que “em 2003, aproximadamente 20 milhões de abortos no mundo inteiro — quase 47% de todos os abortos — foram procedimentos inseguros”. Para sustentar essa declaração, o relatório cita um documento polêmico de 2009 do Guttmacher, escrito pelo mesmo autor.
Os críticos argumentam que a única razão para usar mortes maternais e infantis no recente relatório brota da necessidade do lobby do controle populacional de criar uma sensação de urgência para que as nações que fazem contribuições invistam em planejamento familiar. O relatório critica o fato de que “a assistência, vinda de nações que fazem doações, dedicada especificamente ao planejamento familiar caiu dramaticamente em quantias absolutas de dólar desde meados da década de 1990”.
De acordo com o relatório: “Os serviços de planejamento familiar e saúde maternal têm de ser vistos como partes interconectadas de uma sequência de assistência”. Como resultado, não se sabe quanto das alegadas melhorias em saúde maternal e infantil vem de melhor assistência pré-natal e quanto viria de impedir nascimentos todos combinados por meio do planejamento familiar. Os autores dizem: “Comparados com os serviços de contraceptivos, os serviços maternais e de recém-nascidos são mais complexos e mais difíceis de definir e medir”, e que “Avaliar os benefícios de assistência maternal e de recém-nascidos é difícil porque poucos estudos examinaram a questão”.
Essa é a primeira vez que o relatório “Somando”, primeiramente publicado em 2003, tentou usar a questão da saúde maternal e infantil para justificar mais financiamentos para serviços mundiais de contracepção e aborto. De acordo com o relatório, a análise foi expandida para “incluir assistência maternal e de recém-nascidos e os efeitos sinérgicos de se investir simultaneamente nessa assistência e em planejamento familiar.
Este artigo foi reproduzido com a permissão de: http://www.c-fam.org/
Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/
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