2 de dezembro de 2011 (frc.org/Notícias Pró-Família) — Desde o suicídio fartamente publicado de um estudante universitário de Nova Jérsei em setembro de 2010, os ativistas homossexuais vêm usando as questões do bullying e suicídio de adolescentes como ferramentas para promover sua agenda política, e como arma retórica contra aqueles que se opõem a ela. Toda vez que aparece uma reportagem sobre o suicídio de um adolescente que se identificava ou era percebido como “gay”, e que teria sofrido bullying, os dedos acusadores são apontados diretamente para os conservadores. O bullying pode causar suicídios, segundo nos dizem, e a expressão pública das opiniões políticas, sociais ou religiosas conservadoras com relação à homossexualidade provocam bullying. Defenda a conduta homossexual como moralmente neutra, ou então mais meninos morrerão.
No entanto, já em outubro de 2010 especialistas em prevenção de suicídio estavam alertando que essa abordagem simplista ligando suicídios (que são sempre trágicos) ao bullying (que é sempre errado) poderia levar a mais mal do que bem. Um artigo que teve como base uma entrevista com Ann Haas, diretora de pesquisa da Fundação Americana para a Prevenção do Suicídio, perguntou: “E se o modo como estão falando desses suicídios estiver realmente incentivando jovens vulneráveis a copiar essa conduta trágica?”
Um ano mais tarde, um comentário no mês passado no site da The Advocate, a principal revista gay dos EUA, finalmente confessou que esse é um problema sério. David McFarland é “diretor-executivo interino” do Projeto Trevor, que administra um telefone de emergência de prevenção de suicídio para jovens LGBT. McFarland citou o “benefício politico e cultural de exibir a crise de saúde dos índices desproporcionais de suicídios e incidências de bullying que afetam jovens LBGT”. Contudo — numa confissão surpreendente — ele também reconheceu que “essa tática está também criando risco de suicídio”.
Entendeu isso? Eis um ativista gayzista confessando que “essa tática” (“exibir… suicídio e… bullying”) “está também aumentando o risco de suicídio” (a ênfase é minha).
Há três problemas principais com a questão de “o bullying provoca suicídio”. O primeiro é que essa questão ignora a maior parte do que sabemos acerca das causas do suicídio. McFarland reconhece levemente que “as razões por que um indivíduo tenta o suicídio são… complicadas”, e comenta que “o suicídio está intimamente ligado ao bem-estar psicológico”. Haas foi mais direta, indicando para o jornalista que “as questões fundamentais de saúde mental… estão presentes em 90 por cento das pessoas que morrem por suicídio”. Em outras palavras, a maioria das pessoas que sofrem bullying não comete suicídio. O que causa a maioria dos suicídios é a doença mental, não o suicídio.
Entretanto, o segundo problema com a ênfase que estão dando numa ligação entre bullying e suicídio é que, conforme declara McFarland, “pode influenciar alguém que está em elevado risco a presumir que tirar a própria vida é o que ele tem de fazer em seguida se ele é LGBT ou está sofrendo bullying”. Haas fez o mesmo argumento um ano atrás, alertando que identificar publicamente o bullying como motivo para o suicídio pode “fazer o suicídio parecer como o ápice compreensível, e até mesmo inevitável, da experiência de uma pessoa”. Ela acrescentou: “O suicídio não é um ato racional”. McFarland defende o mesmo argumento, declarando que “podemos ajudar a evitar fazer o suicídio parecer como uma escolha lógica”.
O terceiro problema, que flui do segundo, é o que McFarland chama de “contágio de suicídio”. Ele alerta que “quanto mais o caso de uma vítima específica é divulgado, maior é a probabilidade de que uma ou mais pessoas que estão em risco também tentarão o suicídio”. Haas avisou: “Os casos que retratam de forma muito favorável a pessoa que morreu por suicídio podem inadvertidamente incentivar jovens vulneráveis a se identificarem com ele ou ela”. Em outras palavras, ser reverenciado como mártir na morte pode parecer mais atraente do que continuar vivendo uma vida com experiências de sofrimento.
Precisamos fazer tudo o que pudermos para ajudar os jovens que têm doença mental — quer sejam homossexuais ou heterossexuais — e prevenir os suicídios de adolescentes. E precisamos fazer tudo o que pudermos para prevenir o bullying de qualquer criança — por sua orientação sexual, aparência, religião ou qualquer outra razão. Mas é hora dos ativistas homossexuais pararem de explorar as tragédias pessoais para avançar sua agenda política — principalmente de um jeito que possa causar mais tragédias desse tipo.
Fonte: Julio Severo
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