domingo, 12 de setembro de 2010

Cardeal tem prova de que juízes mexicanos foram subornados para aprovar “casamento” gay

Por Matthew Cullinan Hoffman

GUADALAJARA, México, 19 de agosto de 2010 (Notícias Pró-Família) — Um porta-voz da Arquidiocese de Guadalajara disse ontem aos jornalistas que o cardeal arcebispo dessa cidade tem prova para apoiar sua afirmação de que os juízes do Supremo Tribunal foram de certo modo “gratificados” pelos apoiadores do “casamento” e adoção homossexual a fim de ganharem os votos deles em favor dessas políticas.

Respondendo às ameaças de Marcel Ebrard, governador da Cidade do México, de entrar com ações contra o Cardeal Juan Sandoval Iñiguez por “danos morais”, o porta-voz arquidiocesano Antonio Gutiérrez Montaño expressou pouca preocupação, e disse que o arcebispo provaria suas acusações se necessário.

“O sr. Ebrard tem a liberdade de proceder conforme desejar”, disse Gutiérrez Montaño ao jornal mexicano Milenio, acrescentando que se lançarem uma ação legal, o cardeal revelaria a prova que tem para sua declaração, e “não se retratará nem pedirá desculpas” pelo que disse.

“Não há medo com relação a essa ameaça”, disse Gutiérrez Montaño. “Ele [o cardeal] também tem o direito de exercer o que ele pensa que ele deve fazer se qualquer calúnia for levantada contra ele”.

Sandoval Iñiguez fez as acusações de suborno numa coletiva à imprensa na segunda-feira enquanto estava no estado de Aguascalientes. Ele acusou o governador da Cidade do México e as organizações pró-aborto internacionais de terem “gratificado” os ministros com “presentes” a fim de obterem a aprovação do “casamento” e adoção homossexual.

Católicos e socialistas se enfrentam

Depois dos comentários, a liderança da Igreja Católica no México se uniu na defesa de Sandoval Iñiguez e do cardeal arcebispo da Cidade do México, Norberto Rivera, que também fez declarações fortes condenando as uniões homossexuais após a decisão que impôs tais uniões em todos os 31 estados mexicanos no começo deste mês.

“Expressamos nossa solidariedade e nossos sentimentos aos cardeais Norberto Rivera Carrera e Juan Sandoval Iñiguez com relação a esse tema delicado”, escreveram os líderes da conferência dos bispos do México num comunicado divulgado na terça-feira.

“Os bispos, sensíveis à opinião da maioria não só na Cidade do México, mas também no país inteiro, expressam, no exercício da liberdade de expressão garantida por nosso regime político democrático, nosso total desacordo com o veredicto anunciado pelo SPJN [Supremo Tribunal de Justiça da Nação]” os bispos declararam também, acrescentando que “nós cremos que igualar essas uniões com o nome de matrimonio é uma falta de respeito à própria essência do casamento entre um homem e uma mulher, expressa na Constituição de nosso país em seu artigo 4, bem como aos costumes da própria cultura que tem reinado sobre nós há séculos”.

Jesús Ortega, líder do socialista Partido da Revolução Democrática (PRD), do qual Ebrard é membro, expressou apoio a Ebrard e disse que o partido “está exortando o Cardeal Juan Sandoval Iñiguez a se retratar das acusações de que o líder local [da Cidade do México] subornou ministros do Supremo Tribunal da Nação”.

Ebrard declarou que ao meio dia de hoje, ele entrará com ações contra o cardeal num tribunal local. “Ele sabe perfeitamente bem que está mentindo, que o que ele está dizendo é falso e ele vai ter de confrontar esse processo”, Ebrard disse para os meios de comunicação internacionais.

Ebrard também pediu investigações por parte do Secretariado do Governo e da Comissão Eleitoral Federal contra o cardeal.

“Pior do que o narcotráfico”

Hugo Valdemar, porta-voz da Arquidiocese do México, acrescentou sua voz ao coro que está denunciando as recentes decisões do Supremo Tribunal, declarando ontem que “[Marcelo Ebrard] e seu governo criaram leis que são destrutivas para a família, que causam danos piores do que o narcotráfico. Marcelo Ebrard e seu partido, o PRD, têm se esforçado para nos destruir”.

Ebrard respondeu às declarações de Valdemar pedindo que o governo federal o leve a juízo bem como ao Cardeal Iñiguez por violarem a Constituição.

A Constituição do México, criada em 1917 por forças revolucionárias esquerdistas, proíbe que os clérigos da nação tenham qualquer participação política. Embora as cláusulas anticlericais raramente sejam impostas, elas permanecem como potenciais armas para serem usadas pelo governo contra prelados que desafiarem suas ações.

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/
Fonte: http://noticiasprofamilia.blogspot.com/

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