Por James Tillman
ATLANTA, Georgia, EUA, 15 de fevereiro de 2010 (Notícias Pró-Família) — Uma polêmica campanha recente nos meios de comunicação no Estado da Georgia liga o racismo de Margaret Sanger, a fundadora da Federação de Planejamento Familiar, aos números desproporcionais de abortos feitos anualmente em mulheres afro-americanas nos Estados Unidos.
A campanha apresenta outdoors que declaram que “Crianças negras são uma espécie em extinção”, orientando o público para o site http://www.toomanyaborted.com/
“A Federação de Planejamento Familiar tem mentido para as mulheres”, disse Ryan Bomberger, fundador da Fundação Radiance, que está patrocinando os anúncios. “E essa é a essência do site http://www.toomanyaborted.com/, que fala sobre desmascarar essas coisas, sobre usar os fatos, sobre usar as próprias palavras de Margaret Sanger”.
O objetivo da Fundação Radiance é “inspirar pessoas a viver uma vida de sentido” ajudando as pessoas a perceberem que todos são criados com um propósito dado por Deus.
O site deles descreve como Margaret Sanger estabeleceu o “Projeto dos Negros” para reduzir o número de nascimentos entre afro-americanos. O site também a liga ao movimento de purificação racial, que defendia a esterilização dos fracos e estava intimamente relacionado à ideologia racista do nazismo.
“Os abortos aumentam onde há clínicas. E onde essas clínicas estão localizadas?” perguntou o Dr. La Verne Tolbert, ex-membro da diretoria da Federação de Planejamento Familiar. “Noventa e quatro por cento das clínicas estão localizadas em áreas urbanas onde residem negros. Em minha própria vizinhança que é uma vizinhança afro-americana na Califórnia, há três clínicas de aborto estrategicamente localizadas na mesma área”.
Alguns têm acusado os próprios patrocinadores do anúncio de racismo por mirarem um grupo demográfico específico em suas tentativas de reduzir o aborto.
“A linguagem do outdoor está usando mensagens de medo e vergonha para mirar mulheres de cor”, disse Leola Reis, porta-voz da Federação de Planejamento Familiar da Georgia.
“É incrivelmente ofensivo”, disse Heidi Williamson de SisterSong, um grupo de saúde pró-aborto para afro-americanos. “É simplesmente horrível passar de carro em frente do outdoor todo dia”.
Mas Bomberger respondeu que, “Essa não é uma campanha mirando mulheres negras. É uma campanha que desmascara uma indústria que cremos mira afro-americanas”.
“Frisamos como o aborto é uma tragédia, é uma questão humana, não é especificamente de uma raça”, ele disse no programa de TV Laura Ingraham. “Essa campanha foi lançada, porém, por causa da extrema disparidade dos números”.
Os afro-americanos foram responsáveis pela maioria dos abortos na Georgia em 2006, embora sejam apenas um terço da população do estado. Aproximadamente 40% das gravidezes afro-americanas nos Estados Unidos terminam em aborto.
“As crianças negras são abortadas três vezes mais do que todas as outras populações”, disse Catherine Davis, diretora da campanha para alcançar as minorias da entidade Direito à Vida da Georgia, que também está patrocinando os anúncios. “A Georgia lidera o país no número de abortos registrados realizados em mulheres negras, 18.901 em 2008 apenas”.
A campanha começou com outdoors nos municípios de Dekalb e Fulton; de acordo com Catherine Davis, mais de dois terços dos abortos na Georgia ocorrem nesses dois municípios.
Numa notícia relacionada, na última terça-feira Barry Loudermilk, deputado federal da Georgia, introduziu a Lei Antidiscriminação Pré-natal.
“Essa legislação tornará ilegal a realização de abortos humanos seletivos com base no sexo, raça ou cor de uma criança”, disse ele. “A lei aplica à prática do aborto humano os mesmos padrões de não discriminação da atual lei com relação a emprego, educação, governo e moradia. A lei também dá à mãe o direito de buscar indenização civil contra qualquer médico ou clínica aborteira que realize um aborto ilegal no estado da Georgia”.
Veja notícia relacionada em LifeSiteNews.com:
Planned Parenthood: Racist Donations Welcome -- We Abort Black Babies
Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/
Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesite.net/ldn/viewonsite.html?articleid=10021502
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