Um menino
de 12 anos que estuprou uma menina de nove anos de idade depois de
acessar sites de pornografia na internet escapou da pena de prisão
na Escócia.
A Alta
Corte de Edimburgo considerou que o menino, que não foi identificado
e agora está com 14 anos, "emulou" as ações que havia
visto depois de ter acesso "irrestrito" a sites de
pornografia.
A juíza
Anne Smith disse que o menino será mantido sob supervisão por
quatro anos, o que significa que ele será observado de perto por
assistentes sociais até completar 18 anos de idade.
O caso
levantou debates e preocupação na Grã-Bretanha com a visão
deturpada que crianças e adolescentes podem vir a desenvolver sobre
sexo através do acesso a pornografia na internet.
Para o
advogado de defesa do garoto, Sean Templeton, "há um risco real
de que os jovens da atual geração de adolescentes estejam crescendo
com uma visão distorcida do que é sexo e atividade sexual.
"Ele
teve acesso irrestrito à internet e ficou claro que, a partir de
muito jovem, dos 12 anos de idade, acessava pornografia hardcore",
acrescenta.
Templeton
disse que o menino identificou os sites visitados para a polícia.
'COMPORTE-SE'
A juíza
do caso disse ao garoto que ele deveria "se comportar" e
que estava tendo a oportunidade de "fazer algo" de si
mesmo. E ainda para deixar seus erros para trás e pensar
cuidadosamente sobre o que a menina sentiu e como seria para ela
"conviver com o que ele fez de errado".
"Você
não deve considerar a pornografia um guia sobre como se comportar
sexualmente", disse a juíza ao garoto durante a audiência.
O garoto,
que não pode ser identificado por razões legais, admitido ter
cometido crimes de estupro e agressão sexual entre 1º de dezembro
de 2010 e 31 de janeiro de 2011, em uma comunidade em uma ilha
escocesa.
A
procuradora Jane Farquharson disse que os crimes vieram à tona
depois que a menina perguntou à mãe se suas dores de estômago
poderiam estar ligadas ao fato de estar esperando um bebê.
Interrogada
pela mãe, a menina, histérica, revelou o que o menino tinha feito
com ela em pelo menos duas ocasiões.
Fonte: Folha
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