domingo, 21 de novembro de 2010

Médica cristã demitida de comissão de adoção perde recurso no Tribunal de Emprego

Por Hilary White

LEICESTER, Inglaterra, 17 de novembro de 2010 (Notícias Pró-Família) — O juiz de um Tribunal de Emprego disse que não houve discriminação no caso de uma pediatra cristã removida de uma comissão de adoção depois que ela pediu permissão para se abster de votar em casos envolvendo pedidos vindos de homossexuais para adotar crianças.

O juiz John MacMillan rejeitou o recurso, dizendo que o caso “tem honestamente sustentação fraca em seus fatos”.

Sheila expressou sua opinião profissional, citando pesquisas acadêmicas bem como suas convicções religiosas, de que os melhores interesses das crianças não são atendidos quando elas são entregues em adoção para parceiros homossexuais.

Sob a atual lei britânica, os homossexuais, como indivíduos ou como parceiros, não podem receber recusa, com base na “orientação sexual” deles, em todas as considerações que são feitas na área de adoção.

A Dra. Sheila expressou seu “extremo desapontamento” com a decisão, e disse que tem a intenção de levar seu caso adiante depois que for legalmente aconselhada. Ela disse que trouxe a questão diante do Tribunal de Emprego “para frisar o que está se tornando uma tendência preocupante e no final das contas danosa” na sociedade britânica.

“Os profissionais cristãos, que buscam expressar sua perspectiva profissional nos exatos melhores interesses das crianças, estão sendo silenciados ou sofrendo discriminação”, disse ela.

“Há muitos casos ocorrendo em todo o país em que indivíduos sinceros estão sendo acusados de discriminação ou de promoverem opiniões religiosas de forma irracional e parece que os direitos de outros grupos (tais como os grupos homossexuais) passam por cima dos direitos dos cristãos. Creio que na maioria dos casos deveria ser possível haver um melhor equilíbrio de direitos”.

MacMillan disse que não havia evidência de que a Dra. Sheila foi tratada de forma diferente de qualquer outro membro da comissão que poderia solicitar abstenção de votação, ou que ela sofreu discriminação de forma específica na base do Cristianismo dela.

Em sua decisão, MacMillan revelou que conversou com um juiz muçulmano que disse que os muçulmanos teriam as mesmas preocupações sobre permitir adoção para duplas de mesmo sexo. Isso significava, disse ele, que a preocupação se aplica igualmente às preocupações de outras religiões ou de quem não tem nenhuma religião e que a “desvantagem” não afeta “especificamente” os cristãos. Portanto, a Dra. Sheila não foi vítima de discriminação porque ela é cristã.

Ele disse que a questão “transcende os limites de todas as religiões” e deu como decisão que a Dra. Sheila deveria pagar as despesas legais da municipalidade.

O Centro Legal Cristão (CLC), que estava lidando com o caso da Dra. Sheila, chamou o raciocínio de MacMillan de “um argumento hipócrita criado a fim de garantir que o recurso da Dra. Sheila não prosseguisse”.

O CLC acusou o juiz de querer evitar investigações nos méritos da opinião dela e de “lavar as mãos nessa questão vital”. A organização disse que o fato de que o juiz levou apenas quinze minutos para dar sua decisão indica que ele já havia escrito sua opinião antes de ouvir o caso.

A Dra. Sheila pediu que o caso fosse encaminhado ao Tribunal Europeu de Justiça, na esperança de que a questão maior do equilíbrio dos direitos religiosos com os direitos homossexuais fosse plenamente examinada num contexto legal.

“Penso que é uma situação triste quando sou castigada por expressar de forma respeitosa uma opinião religiosa e profissional”, disse ela. “Muitas pessoas estão entrando em contato comigo para expressar suas preocupações acerca dessa área. Por isso, sei que não estou só na defesa dessa opinião”.

Traduzido por Julio Severo: http://www.juliosevero.com/

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